Como evitar brigas com parentes durante as
eleições?
Para este 1° turno, a
psicóloga e professora da Universidade Cruzeiro do Sul, Regiane Aquino, explica
como o eleitor pode considerar este momento e favorecer a manutenção dos laços
com os familiares e amigos
##
Com o início das
eleições de 2024, o 1° turno deste ano está aflorando atritos com
posicionamentos políticos divergentes com relação ao país e estado, em alguns
lugares. Porém, a partir disso, é onde a alegria ou revolta vêm à tona, fazendo
com que muitas pessoas, ao explicitar suas escolhas políticas, discutam e até
rompam relações, como a familiares e/ou amigos.
Para a psicóloga e
professora do curso de Psicologia da Universidade Cruzeiro do Sul, Regiane de
Aquino Ribeiro Serralheiro, as eleições de 2018 foram marcadas pelo
estreitamento e por um estremecimento das relações familiares e sociais, de
maneira geral. Mas esse cenário começou a se desenhar desde os eventos de 2016
e seus desdobramentos, nos quais as ideias e posições antagônicas provocaram um
grande abismo entre pensamentos diferentes.
No entanto, Regiane
ressalta a importância das discussões políticas, desde que ocorram de forma
saudável e respeitosa. “O respeito e a tolerância ao diferente precisam estar
presentes, mas com a preservação de valores democráticos básicos. Permitir-se
sair da bolha e avaliar nossas posições é importante, além de entendermos que
às vezes podemos estar errados. Reconhecer que os indivíduos podem mudar de
opinião, que o diferente não é um inimigo a ser combatido e recuperar os
valores essenciais e humanos são elementos saudáveis para o nosso
desenvolvimento”, afirma.
De acordo com Regiane,
o prejuízo pelo rompimento das relações pode ser observado pelo próprio
distanciamento. “O sofrimento e o estresse podem ser potencializados pela
radicalização, bem como o estímulo ao ódio pelo diferente, mas é importante
destacar que algumas relações, já fragilizadas, podem ter sido potencializadas
por esse momento e suas rupturas foram aceleradas. Para a reconciliação de uma
relação que foi rompida, ambos os lados precisam estar dispostos a exercitar a
tolerância”, aconselha.
“As brigas e
afastamentos políticos decorrem da dificuldade em ouvir e lidar com o
diferente. A intolerância com pensamentos divergentes não combina com o
processo democrático, que é muito importante, devendo ser protegido a todo
custo”, explica a docente.
Para evitar este tipo
de situação, a psicóloga diz que os indivíduos não devem tomar o todo apenas
por uma parte, ou seja, precisam compreender que todos podem estar equivocados.
Para Regiane, é preciso analisar bem as posições e refutar notícias falsas.
“Reduzir o discurso
motivado por ódio em que adversários são inimigos, é um exercício essencial.
Reconhecer que somos dotados de diversos sentimentos como a raiva, o amor,
entre outros, nos torna humanos e em situações extremas, podemos direcionar
nosso ódio para algo ou alguém”, enfatiza.
Por fim, Aquino conta
que “dialogar, combater notícias falsas e exercer a tolerância pode ser um
caminho, desde que ambos os lados possibilitem, pois a valorização implica na
disputa entre dois grupos que não estão dispostos ao diálogo, já que estão convictos
de suas posições. Enquanto adversários forem vistos como inimigos, os grupos se
fecham em suas bolhas, tornando as diferenças ainda mais inconciliáveis.
Infelizmente, poderá haver situações que neste momento não é possível a
reconciliação; neste caso, dar tempo ao tempo pode ser importante, respeitar o
momento de cada um e até compreender que algumas situações poderão ser
irreversíveis”.
<><> Sobre
a Universidade Cruzeiro do Sul
Há 50 anos atuando no
ensino superior, a Universidade Cruzeiro do Sul possui alunos distribuídos em
cursos de Graduação, Pós-graduação lato e stricto sensu, a distância e
presencial, nos campi Anália Franco, Liberdade, São Miguel, Paulista, Santo
Amaro, Guarulhos e Villa Lobos. É reconhecida por sua forte atuação na área
social e pelo destaque em vários indicadores oficiais nas áreas de ensino,
pesquisa e extensão. Pertence ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, um dos mais
representativos do País, que reúne instituições academicamente relevantes e
marcas reconhecidas em seus respectivos mercados. Visite: site e conheça o
Nosso Jeito de Ensinar.
Fonte: XCOM Agência de
Comunicação Universidade Cruzeiro do Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário