Laís Martins: ‘Elon Musk não desafia apenas
o STF – mas a soberania nacional’
Clientes da Starlink
no Brasil receberam na noite de quinta-feira, 29, um e-mail inesperado. A
empresa informava que continuaria prestando serviços, mesmo que gratuitamente,
após a ordem judicial do ministro Alexandre de Moraes que congelou suas contas.
A nota podia ter acabado ali, mas foi além. Criticou a “determinação infundada”
e afirmou estar “comprometida em defender” os direitos dos clientes “protegidos
por sua Constituição”.
Foi mais uma
oportunidade que Elon Musk, o bilionário dono do Starlink e da rede social X,
encontrou para bater no judiciário brasileiro – desta vez, mobilizando uma
imensa base de clientes de seus satélites contra as decisões do STF.
Para especialistas
ouvidas pelo Intercept Brasil, a postura de Musk deve ser entendida não apenas
como um ataque ao Supremo – mas à própria soberania nacional.
“Nós podemos ter
críticas às decisões de Moraes enquanto brasileiros e podemos discutir
internamente. Mas o fato é que o Brasil hoje é uma democracia com instituições,
com três poderes que tomam decisões sobre o que acontece no país”, diz Nina
Santos, pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em
Democracia Digital, o INCT.DD.
“O que Musk faz é
tentar se sobrepor a essas decisões. É dizer que ele, enquanto dono de uma
plataforma digital, não é obrigado a obedecer a decisões das quais discorda”,
disse Santos. “Trata-se de um empresário americano que acha que pode
desrespeitar decisões de uma instituição brasileira”.
Até outubro de 2023,
90% das cidades da Amazônia tinham ao menos uma antena Starlink conectando-as à
internet. Em um texto publicado em abril, Luã Cruz, coordenador de
Telecomunicações e Direitos Digitais do Idec, alertou que depender
exclusivamente da Starlink para garantir conexão nessas regiões poderia deixar
a população “suscetíveis às vontades de um único indivíduo”. Foi o que
aconteceu.
“A gente enquanto
sociedade, e evidentemente com a responsabilidade maior dos poderes públicos,
foi construindo essa infraestrutura de comunicação que hoje nos deixa muito
vulneráveis”, analisa Santos.
Para a pesquisadora, é
preciso olhar para a escalada nas tensões não como uma discordância entre Musk
e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes – mas como um
episódio de desrespeito à soberania brasileira.
• Sai X, entra Starlink
Intimado pelo perfil
oficial do STF brasileiro no próprio X a indicar um representante legal no
Brasil sob a pena de ter a plataforma suspensa, Elon Musk respondeu com um
tweet-ameaça: uma foto de um homem calvo atrás de grades e, por escrito, a
promessa de que veria Moraes preso um dia. Depois, mais tweets: uma ilustração
de um rolo de papel higiênico com “Alexandre” escrito, e montagens comparando
Moraes a um vilão da saga Star Wars.
Na quinta-feira, 29, a
Globonews revelou que em 18 de agosto Moraes mandou bloquear os valores do
grupo Starlink no Brasil como forma de garantir que o X pagasse as multas
pendentes. A empresa está recorrendo no STF contra a decisão de Moraes e pede o
desbloqueio das contas.
Mas Musk extrapolou os
limites da corte e levou a discussão para a arena pública. Ao envolver a
Starlink nos ataques ao Supremo, Musk deixou claro como sua disputa com o STF não acaba com o
iminente bloqueio do X. Ao bilionário, interessa e muito manter o Brasil como
antagonista dessa liberdade de expressão absoluta que ele diz defender. Sai de
cena Twitter/X, entra Starlink.
Ao dizer que a
Starlink está “comprometida em defender seus direitos protegidos por sua
Constituição”, Musk envolve um personagem que não cabe nessa disputa. E pior:
sugere que uma empresa estrangeira, prestadora de serviços de conectividade,
tem a prerrogativa de defender os cidadãos de um país democrático de suas
próprias instituições.
Só que a imagem de
Musk como paladino defensor da liberdade de expressão ou dos direitos
democráticos, como ele diz aos clientes da Starlink, já não cola faz tempo.
Quando ele diz que é este o motivo de descumprir ordens judiciais do Supremo
Tribunal Federal, é só um jogo de palavras.
Se ele acreditasse
nisso, não teria cumprido com as ordens de remoção de conteúdo e de bloqueio de
contas do governo autoritário de Narendra Modi, na Índia.
Tampouco teria
aceitado restringir conteúdos na Turquia a pedido do presidente Tayyip Erdogan.
Em ambos os casos, cumpriu as ordens sem acusar censura. Qual a diferença entre
a Turquia, a Índia e o Brasil de hoje? Quem está no poder no Brasil não é mais a
extrema direita, com quem Musk se alinha.
“A resposta do Musk ao
Alexandre de Moraes e, ali no início do ano ao [Presidente] Lula em alguns
tweets, é uma confirmação de que ele usa o Brasil como lugar para colocar em
plano suas posições políticas”, disse Bruna Santos, gerente de campanhas global
na Digital Action e integrante da Coalizão Direitos na Rede.
Em pleno ano eleitoral
nos Estados Unidos, Musk não esconde qual seu alinhamento político: basta
passear pelo seu feed do X para ver a quantidade de posts misóginos contra a
candidata democrata Kamala Harris. Em meados de agosto, o bilionário convidou o
candidato republicano Donald Trump para um papo amigável (mas cheio de falhas
técnicas) no X Spaces.
“Essa falta de
compliance e de decoro com as autoridades brasileiras – e não só com o
Alexandre de Moraes mas também com o Supremo – deixa muito claro qual a posição
política do Elon Musk e que ele vai continuar desafiando essas ordens judiciais
quando vierem de países com governos um pouco mais progressistas e que não
fazem parte desse alinhamento político dele”, disse Bruna.
• País de segunda classe
A falta de decoro e o
descumprimento das decisões judiciais por Musk reforçam também, segundo a
pesquisadora, a tese defendida há anos por acadêmicos e pela sociedade civil de
que há uma disparidade no tratamento dado pelas big techs a países do Norte Global
versus países do Sul Global, como o Brasil.
O embate do bilionário
com o judiciário se soma a uma série de ações que corroboram essa tese, como o
desmonte de equipes de moderação de conteúdo e o desmantelamento dos times de
Trust & Safety, que garantem a integridade do conteúdo nas plataformas.
Como efeito colateral
da desobediência do Twitter, outras empresas que operam no Brasil também
seguiram ações semelhantes, como redução de investimentos e esforços no Brasil.
Não quer dizer que elas irão entrar em confronto com o Supremo como faz Musk, mas
que ganham margem para serem menos complacentes. “Esse precedente acaba
mostrando que pode haver uma certa leniência com esse tipo de comportamento”,
disse Nina.
O desafio, para a
pesquisadora, é que o Supremo encontre um equilíbrio entre mostrar que existem
limites para o comportamento das empresas, ao mesmo tempo em que reconheça que
elas se tornaram infraestruturas centrais para a vida de muitos brasileiros.
Para a pesquisadora, a
regulação de plataformas digitais precisa passar por uma regulação econômica
que discuta monopólios ou oligopólios.
“Essa sobreposição de
camadas que vão ficando na mão de poucas pessoas em poucas empresas do cenário
internacional, muito concentradas nos Estados Unidos, e com pouquíssimas regras
sobre como elas devem obedecer a legislações e decisões de outros países é um
novo momento do capitalismo internacional, e que coloca desafios muito
grandes”.
• O que é a Starlink, de Elon Musk, que
teve contas bloqueadas por Alexandre de Moraes
O ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio das contas
bancárias da Starlink, empresa de internet via satélite do bilionário Elon
Musk.
A medida foi
estabelecida pelo ministro para garantir o pagamento de multas estipuladas pelo
descumprimento de decisões sobre o bloqueio de perfis de investigados pela
Corte na rede social X (antigo Twitter), que também pertence a Musk.
A decisão veio à tona
após Moraes determinar na quarta-feira (28) que Musk indicasse, no prazo de 24
horas, novo representante legal do X no Brasil, sob risco de suspensão da rede
social no país. O prazo venceu na noite desta quinta-feira (29) e a plataforma
anunciou que não vai cumprir as ordens do ministro.
O bloqueio determinado
pelo STF terá efeito nas contas da Starlink no Brasil. A medida não deve não
afetar o contrato com o governo federal, mas coloca em risco a atividade da
empresa em solo brasileiro.
A empresa fornece
serviço de internet para áreas rurais do país e tem contratos com órgãos
públicos, como as Forças Armadas e tribunais eleitorais.
Em postagem no X, a
Starlink chamou as decisões de Moraes de "inconstitucionais" e alegou
que pretende recorrer na Justiça.
"Esta ordem é
baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deve ser responsável
pelas multas cobradas — inconstitucionalmente — contra o X. Ela foi emitida em
segredo e sem dar à Starlink qualquer um dos devidos processos legais garantidos
pela Constituição do Brasil. Pretendemos abordar o assunto legalmente",
diz o texto.
Musk afirmou ainda que
sua empresa fornecerá serviços de internet para seus usuários no Brasil de
forma gratuita até que o assunto seja resolvido.
"Muitas escolas e
hospitais remotos dependem da Starlink da SpaceX! A SpaceX fornecerá serviço de
Internet para usuários no Brasil gratuitamente até que esse assunto seja
resolvido, pois não podemos receber pagamento, mas não queremos cortar o serviço
de ninguém", escreveu no X.
<><> O que
é a Starlink?
A Starlink é um braço
da SpaceX, a companhia de exploração espacial de Elon Musk.
A empresa fornece
serviços de internet por meio de uma enorme rede de satélites. Ela é voltada
para pessoas que vivem em áreas remotas, onde não há infraestrutura local como
cabos e postes — caso de boa parte da Amazônia.
Estima-se que mais de
6 mil satélites Starlink já foram lançados no espaço, segundo especialistas que
monitoram satélites.
Segundo a própria
empresa, trata-se da maior constelação de satélites do mundo, com uma base de
usuários em 37 países.
Os satélites da
Starlink foram colocados em órbita baixa ao redor da Terra para tornar as
velocidades de conexão entre os satélites e o solo o mais rápidas possível.
Quem lança os
satélites é a própria SpaceX, que usa seu foguete Falcon 9 para isso.
• Starlink no Brasil
No Brasil, a Starlink
diz ter mais de 250 mil clientes, incluindo pequenas empresas, escolas e
socorristas.
Segundo a Agência
Brasil, ligada ao governo federal, órgãos públicos, como as Forças Armadas e
tribunais eleitorais, têm contratos com a companhia.
Reportagem do jornal O
Estado de S. Paulo também afirma que a Marinha brasileira usa a internet da
empresa em alguns dos principais navios da frota, alegando interesse
experimental na tecnologia de Elon Musk.
A Starlink recebeu
sinal verde da Anatel para operar no Brasil em 2022, durante o governo do
ex-presidente Jair Bolsonaro. A concessão vai até 2027.
Desde então, a
Amazônia se tornou o principal mercado da empresa de Musk no Brasil.
Lançada na região em
setembro de 2022, a Starlink já é líder isolada entre os provedores de banda
larga fixa por satélite na Amazônia legal. Segundo um levantamento exclusivo da
BBC News Brasil, até julho de 2023 a empresa tinha antenas instaladas em 90%
municípios da região.
A maior parte destes
clientes estão em regiões de difícil acesso na Amazônia, onde não há
infraestrutura tradicional de internet de banda larga.
A Starlink possibilita
avanços importantes, como a possibilidade de uso de cartões de crédito e débito
e Pix em cidades que não tinham internet de alta velocidade.
Mas a expansão da
tecnologia de Musk também impulsiona atividades ilegais, apontaram autoridades
brasileiras à BBC News Brasil.
"O Ibama informa
que se tornou recorrente encontrar antenas Starlink nos garimpos", afirmou
o órgão em meados de 2023.
Imagens obtidas com
exclusividade pela BBC mostram antenas da empresa de Musk junto a armas,
munição e ouro recolhidos em operações da Polícia Federal e do Ibama.
Ainda segundo
especialistas, o acesso à internet de alta velocidade facilitou o trabalho de
garimpeiros e traficantes de madeira e drogas da região. Até a chegada da
empresa, o principal meio que eles tinham em locais isolados para se
comunicarem sobre a chegada de carregamentos ou operações de repressão da
Polícia Federal era o rádio.
Segundo uma reportagem
do jornal O Globo, a Advocacia-Geral da União (AGU) teria apresentado em abril
ao STF um pedido para que a Corte emitisse uma liminar exigindo que a Starlink
e pelo menos outras sete empresas que fornecem acesso à internet móvel via
satélite dentro da terra indígena yanomami suspendessem seus serviços para
todos os tipos de equipamentos, com exceção daqueles usados por órgãos de
Estado.
O objetivo do governo
seria combater a atuação do garimpo ilegal na terra ocupada pelos povos
yanomami, segundo o jornal.
O domínio da empresa
na conexão de regiões isoladas ainda levanta questões sobre segurança e
soberania nacional, segundo especialistas brasileiros e estrangeiros ouvidos
pela reportagem, especialmente depois da controvérsia recente sobre a
dependência ucraniana de antenas da Starlink na guerra contra o Exército russo.
A tecnologia, ao mesmo
tempo, trouxe transformações positivas a cidades e comunidades distantes dos
grandes centros.
No ano passado,
indígenas yanomami instalaram uma antena Starlink que agora permite a
comunicação em alta velocidade entre profissionais de postos de saúde e
familiares de doentes em comunidades isoladas da Terra Indígena.
"Nossa internet
está funcionando perfeitamente", disse à BBC News Brasil Junior Yanomami,
presidente da associação yanomami Urihi, na época.
"Tem ajudado de
forma excepcional, tanto para equipe de saúde, que diariamente repassa
informações e solicitações de resgate, como para os yanomami, que nos comunicam
sobre tudo que acontece na região em que está instalada a internet",
completou o líder indígena.
Em cidades em Roraima
e no Acre, moradores também passaram a poder usar cartões de débito ou crédito
— e até mesmo fazer pagamentos via Pix —, graças à estabilidade e velocidade da
conexão à internet via Starlink.
Em abril deste ano, a
Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) desmentiu informações
veiculadas de que o ministro da pasta, Paulo Pimenta, teria falado em rever
contratos do governo federal com a Starlink.
Segundo informações do
jornal O Estado de S. Paulo, um procurador do Ministério Público de Contas
teria pedido ao Tribunal de Contas da União (TCU) a suspensão. A representação
teria afirmado que os vínculos deveriam ser desfeitos por causa de “afronta à
soberania nacional” por parte de Musk, após críticas do bilionário sul-africano
ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Neste ano, com as
enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, Musk anunciou que a Starlink iria
doar mil terminais para as equipes de emergência, disponibilizando
gratuitamente o uso de todos os terminais da região até sua recuperação.
Em 2022, o bilionário
chegou ainda a anunciar o lançamento da Starlink para 19 mil escolas
desconectadas em áreas rurais e monitoramento ambiental da Amazônia. O
empresário declarou estar "super animado" para o projeto depois de
apertar as mãos do então presidente Jair Bolsonaro em um resort de luxo no
interior de São Paulo em maio daquele ano.
Mas a promessa não
saiu do papel. Os Ministérios de Comunicações e Educação negaram, em abril
deste ano, terem acordos firmados com a Starlink ou negociações em curso.
• Segurança de dados e superlotação
A atuação da empresa é
foco de controvérsia, com especialistas alertando que ela pode colocar decisões
importantes sobre países e governos nas mãos de Elon Musk.
A Starlink virou alvo
de debates sobre segurança de dados no mundo em setembro de 2023, quando Musk
admitiu não ter permitido que o governo da Ucrânia tivesse acesso à rede
Starlink para evitar relação com o que definiu como um “grande ato de guerra”.
"Se tivesse
concordado com o pedido, a SpaceX (empresa que envia os satélites usados pela
Starlink para o espaço) seria explicitamente cúmplice de um grande ato de
guerra e escalada de conflitos", disse Musk, que foi criticado por
autoridades ucranianas.
Na época, o professor
T.S. Kelso, ex-chefe do Instituto de Tecnologia e da Divisão de Análise
Espacial do Comando Espacial da Força Aérea dos Estados Unidos, disse à BBC
News Brasil que o debate sobre soberania nacional é "especialmente
significativo".
"Sistemas de
comunicação são frequentemente mantidos sob controle governamental por vários
motivos, da prevenção de comportamentos ilícitos à supressão de
dissidências", disse naquele momento.
"É de vital
importância para a segurança nacional, por exemplo, para a Defesa, ter sistemas
de comunicação seguros e confiáveis. Permitir que qualquer empresa – ou
indivíduo – decida unilateralmente estas questões parece ter sérias implicações
para a segurança nacional", continuou.
O especialista em
antropologia da tecnologia David Nemer, professor da Universidade da Virginia
(EUA), concordou.
"Quando a gente
fala de internet, não está falando só de Twitter ou Facebook. Falamos de
serviços vitais para o funcionamento de uma cidade. Dar esse poder à Starlink é
muito preocupante", avaliou naquele momento.
Colocar satélites em
órbita baixa ao redor da Terra também pode levar a problemas de superlotação no
espaço, afirmam especialistas
"Os satélites
podem atingir outras embarcações e criar fragmentos de destroços e estes, por
sua vez, podem causar muito mais danos ao voar em altas velocidades",
afirmou Sa'id Mosteshar, professor do Instituto de Política e Direito Espacial
da Universidade de Londres, à BBC News.
Diversos episódios de
risco envolvendo satélites Starlink foram registrados, incluindo um incidente
em que um deles quase colidiu com a estação espacial da China.
"Se houver muitos
fragmentos, isso pode tornar a órbita baixa da Terra inutilizável no
futuro", diz Lucinda King, Gerente de Projetos Espaciais na Universidade
de Portsmouth.
"E podemos não
ser capazes de sair da órbita baixa da Terra para órbitas mais altas, onde
nossos satélites de navegação e satélites de telecomunicações estão
situados."
Em seu site, a empresa
afirma estar profundamente comprometida "em manter um ambiente orbital
seguro, proteger os voos espaciais humanos e garantir que o ambiente seja
sustentável para futuras missões na órbita da Terra e além".
Segundo a Starlink,
seus satélites se movem automaticamente para evitar colisões com lixos
espaciais. Também há sensores de navegação para que os equipamentos possam
encontrar a melhor localização, altitude e orientação para envio de sinal de
internet.
A empresa também
afirma que possui operadores de prevenção de colisões disponíveis 24 horas por
dia para proprietários e operadores de satélites.
Fonte The
Intercept/BBC News Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário