Ministério da Moralidade do Talebã impõe
novas regras aos homens e mulheres afegãos
O governo talebã afirma
que um conjunto de novas leis aprovadas na semana passada no Afeganistão procura
“promover a virtude e eliminar o vício”. As Nações Unidas classificaram
a medida como “preocupante”.
Os regulamentos
incluem a proibição de mulheres falarem alto em
público e mostrarem o rosto fora de casa.
Um alto funcionário da
ONU alertou no domingo que esses estatutos oferecem uma “visão preocupante do
futuro para o Afeganistão”.
As novas leis já foram
ratificadas pelo líder supremo do país, Haibatullah Akhundzada.
O Ministério da
Moralidade, formalmente conhecido como Ministério para a Propagação da Virtude
e Prevenção do Vício, afirmou que ninguém no país está isento de cumprir essas
medidas.
As novas regras
permitem que a mohtasabeen, ou polícia da moralidade, interfira na
vida pública dos afegãos, desde a forma como se vestem até ao que comem ou
bebem.
Segundo essa nova
legislação, as vozes das mulheres também são consideradas um “vício” quando
ouvidas em público. As restrições relativas a isso estabelecem que “sempre que
uma mulher adulta sai de casa por necessidade, é obrigada a esconder a voz, o
rosto e o corpo”.
O ministério já estava
impondo requisitos morais semelhantes com base na sharia, ou lei
religiosa islâmica, e informou que já deteve milhares de pessoas por não
cumprirem as determinações.
Essas regras, segundo
os talebãs, estão em linha com a interpretação da sharia e o
Ministério da Moralidade é responsável pela sua aplicação.
Elas se baseiam em um
decreto de 2022 do líder supremo que agora foi oficialmente publicado como lei.
<><>
O que a lei diz sobre as mulheres?
A lei explica como as
mulheres devem cobrir completamente os seus corpos, incluindo o rosto, “para
evitar induzir os homens à tentação e ao vício”.
Abaixo estão outros
itens:
- A voz de uma mulher é considerada awrah e
não deve ser ouvida em público. A palavra árabe awrah se
refere às partes do corpo de homens e mulheres que devem ser cobertas e
não devem ser visíveis em público.
- As mulheres também não devem ser ouvidas cantando ou lendo
em voz alta, mesmo dentro de suas casas.
- As roupas femininas não devem ser finas, curtas ou justas.
- As mulheres devem esconder os seus corpos e rostos dos
homens com quem não são casadas ou não têm parentesco sanguíneo.
- Os homens também estão proibidos de olhar para os corpos e
rostos das mulheres, e o mesmo se aplica às mulheres adultas que olham
para os corpos dos homens.
<><>
Novas restrições para os homens
As novas leis de
moralidade também impõem algumas restrições aos homens.
Eles agora são
obrigados a cobrir o corpo do umbigo aos joelhos quando estão fora de casa,
pois essas partes do corpo são consideradas awrah.
Os homens não podem
pentear o cabelo de uma forma que vá contra a sharia.
Assim, os talebãs
proibiram barbeiros de várias províncias de raspar ou aparar barbas de uma
forma que destoe das novas leis, alegando que esse decreto está em conformidade
com a sharia.
De acordo com os novos
regulamentos, as barbas devem ter o comprimento de um punho. A lei da
moralidade também proíbe os homens de usarem gravatas.
·
Quem são os 'mohtasabeen'?
Os mohtasabeen são
responsáveis pela aplicação dessas leis e operam em todas as províncias.
Com a promulgação da
nova legislação, o seu poder executivo aumentou, especialmente porque contam
com o total apoio do líder talebã.
Eles podem ser capazes
de silenciar as vozes das mulheres ou a música que vem das suas casas e pedir
aos homens que barbeiem ou cortem o cabelo caso não cumpram as restrições de
penteado.
A lei diz que a
polícia da moralidade também terá autoridade para impedir que os taxistas
transportem nos seus carros mulheres que não estejam acompanhadas por um
familiar próximo do sexo masculino, como um pai ou irmão adulto, ou que não
estejam a usar o hijab conforme orientado na sharia.
Homens e mulheres
também não podem se sentar lado a lado no carro.
·
Não são permitidas
fotografias de seres vivos
A nova lei também
proíbe a criação, preservação ou publicação de imagens de seres vivos e abrange
desde desenhar um pássaro até tirar a foto de um membro da família.
Pela nova regra,
também fica proibida a compra e venda de estátuas de seres vivos.
A lei pede à polícia
moral que evite o “uso indevido” de gravadores e rádios, como tocar música, o
que é considerado haram (algo proibido) pela sharia.
Também é proibida a
produção e visualização de fotografias e filmes de seres vivos.
Mas, em contradição
com as novas regras, quase todos os funcionários do governo Talebã apareceram
diante das câmeras, incluindo Mohammad Khaled Hanafi, o ministro da Propagação
da Virtude e da Prevenção do Vício.
·
Quais são as sanções?
A lei diz que se uma
pessoa cometer abertamente um “ato repreensível”, ela estará sujeita a uma
série de punições, que vão desde “ser avisada e assustada pela retribuição
divina de Deus”, até multa e prisão de até três dias.
A promulgação da lei
tem sido alvo de inúmeras críticas.
“Depois de décadas de
guerra e no meio de uma terrível crise humanitária, o povo afegão merece muito
mais do que ser ameaçado ou preso se se atrasar para as orações, olhar para
alguém do sexo oposto que não é membro da sua família ou possuir a fotografia
de um ente querido”, disse Roza Otunbayeva, chefe da Missão de Assistência das
Nações Unidas no Afeganistão.
·
Não se aplica em todo
o país
O governo talebã impôs
um regime teocrático, mas em algumas partes do país, incluindo a capital,
Cabul, a lei não está sendo aplicada de forma sistemática.
Uma fonte do
Ministério da Moralidade disse à BBC News que eles estavam trabalhando em uma
nova estrutura para poder aplicar o estatuto de forma mais ampla.
Segundo a fonte, uma
vez finalizado esse plano haverá mais clareza na aplicação da lei.
No resto do país, a
maior parte das suas implicações está em vigor.
O Ministério para a
Propagação da Virtude e Prevenção do Vício é um dos órgãos governamentais mais
ativos no Afeganistão.
E foi relatado que no
ano passado a polícia moral deteve temporariamente mais de 13 mil pessoas por
não cumprirem a sharia.
¨ Como calças cor-de-rosa ajudaram australiana a suportar 804 dias
em temida prisão iraniana
"Deveria ter sido
uma rápida viagem ao Irã. Eu ficaria no país por duas semanas e meia e voltaria
para casa para continuar com a minha vida", recorda Kylie Moore-Gilbert.
A acadêmica
australiana-britânica, especializada em ciências políticas do Oriente Médio, havia
sido convidada para uma conferência na cidade iraniana de Qom, a cerca de 150
km da capital do país, Teerã.
Moore-Gilbert se
especializou nos Estados árabes do Golfo Pérsico e falava árabe e hebraico. Ela
vinha estudando o Irã, mas não falava farsi, o idioma do país.
Tudo ia bem até um
pouco antes de voltar. Ela havia feito amizade com o recepcionista do hotel,
que a procurou e contou que "alguns homens muito maus" haviam vindo
buscá-la.
"É claro que
fiquei preocupada", ela conta, "mas meu voo sairia no dia seguinte,
achei que ficaria bem".
Mas, no controle de
passaportes no aeroporto, alguns homens vestidos de preto se aproximaram dela.
Moore-Gilbert não sabia que eles eram da Guarda Revolucionária Iraniana.
Depois de mantê-la em
uma sala de interrogatório por cerca de oito horas, eles a levaram para um
apartamento. Ali, eles a interrogaram durante horas enquanto a filmavam.
Moore-Gilbert foi
acusada de espionagem, o que ela sempre negou e nunca foi provado.
No dia seguinte,
"eles me levaram para um hotel com uma equipe de vigilância e fiquei
detida por uma semana. Eles me interrogavam diariamente".
Em circunstâncias como
aquela, o pior sempre vem à mente. Mas Moore-Gilbert conta que "naquele
momento, eles ainda não haviam decidido o que fazer comigo, de forma que me
tratavam comparativamente melhor do que quando me colocaram na prisão".
"Havia dois
grupos distintos", relembra ela. "Um deles queria me recrutar para
coletar informações no exterior. Eles mencionaram isso desde a primeira noite
da minha prisão e durante quase todo o tempo que passei no Irã."
"Depois daquela
semana, eles me levaram para a prisão. Eles me colocaram na solitária e
começaram a se comportar de forma muito mais surpreendente."
<><>
Isolamento e incerteza
Kylie Moore-Gilbert
estava na prisão de Evin,
conhecida por abrigar prisioneiros políticos, antes e depois da Revolução Islâmica de 1979.
A prisão tem uma ala
apelidada de "Universidade Evin", devido ao grande número de
intelectuais que recebe. Ela foi criticada por grupos ocidentais de defesa dos
direitos humanos e incluída na lista negra do governo americano em 2018, por
"graves abusos dos direitos humanos".
A acadêmica
"sequer sabia que estava em uma prisão". "Mas, verificando a
mudança de tratamento, entendi que estava em sérios problemas."
Moore-Gilbert foi
mantida na solitária.
"O isolamento é
uma tortura psicológica", ela conta. "Foi idealizado para destruir
você para o interrogatório."
"Havia muitas
privações físicas, sensoriais. Eu estava frequentemente mascarada, sem poder
ver. Quando me tiravam da cela, eles me levavam por um labirinto de corredores
até o bloco de interrogatórios, com os olhos vendados."
"Ali, eu ouvia
muitos homens falando comigo agressivamente em farsi. Eu não entendia, mas
receava que eles pudessem me agredir sexualmente. Mas, naquela fase, eles não
me causaram danos físicos, embora tenham posteriormente me batido."
Ela calcula que aquela
fase tenha se estendido por quatro meses.
"Você fica em uma
cela de 2 x 2 metros, sem luz natural e não tem como saber as horas",
relembra Moore-Gilbert.
"Você não sabe se
será interrogada naquele dia ou não. E, se for, quando e por quanto tempo. Nada
é previsível e esta incerteza alimenta sua agitação mental."
Kylie Moore-Gilbert
passou grande parte da sua condenação em regime de isolamento.
"O período mais
longo foi de sete meses. Em certo sentido, é pior do que a tortura física, ela
devora você por dentro."
"Mas o primeiro
mês foi o pior: a solidão extrema."
·
'Não estava sozinha!'
Para sobreviver àquele
pesadelo, Moore-Gilbert compreendeu que não tinha outra opção a não ser
controlar a mente.
"Você precisa
viver sua vida segundo a segundo, minuto a minuto, concentrada no
presente", ela conta.
Ela precisou colocar
de lado todos os lamentos e conjecturas sobre o que a teria levado até ali, bem
como toda a ansiedade sobre o que eles poderiam fazer com ela no futuro.
Ela passava o tempo
fazendo "exercícios, jogos e truques mentais para me manter saudável,
contando ou memorizando coisas, imaginando padrões nos azulejos da
parede".
Moore-Gilbert também
se imaginava caminhando por lugares conhecidos, mas evitando recordações
emotivas, para não se entristecer.
"A raiva
provavelmente foi a emoção mais difícil de controlar, porque ela se renovava
constantemente", relembra ela. "Cada interação com os guardas ou com
meus interrogadores a provocava."
Em meio àquela
solidão, surgiu o impensável: um canal ilícito de comunicação com algumas
detentas nas outras celas de isolamento. Duas delas ouviram Moore-Gilbert
falando com os guardas no corredor.
"Eles ouviram
esta mulher estrangeira em apuros", relembra ela. "Elas falavam
inglês, queriam me oferecer apoio e se arriscaram."
Moore-Gilbert conta
que havia um varanda aonde eles a levavam, uma a uma, para passar meia hora
pela manhã e meia hora à tarde. Tudo era controlado com muito rigor por dois
guardas, mas era possível ouvir suas vozes, o que lhes permitia tentar
adivinhar quando estavam menos expostas às câmeras.
"Elas observaram
tudo isso e organizaram algumas folhas para chamar minha atenção para um vaso,
onde haviam deixado um saco plástico com nozes e frutas secas", relembra
ela.
"Quando vi
aquilo, foi extraordinário. Sabendo que estava sendo monitorada, eu agarrei o
saco e o escondi. E, ao voltar à minha cela, de costas para a câmera, abri o
pequeno saco."
"Fui um
verdadeiro prazer. Elas haviam me presenteado com algo que também era muito
precioso para elas."
"Havia também uma
bola feita com um pedaço de papel higiênico, dizendo: 'Querida Kylie, somos
suas amigas. Você não está sozinha'."
"Elas haviam
escrito com o canto de um pedaço de chocolate que haviam conseguido de alguma
forma", ela conta. "Elas tinham uma caneta escondida, mas receavam
que a mensagem fosse interceptada ou que eu não fosse digna de confiança."
"Senti uma emoção
incrível. Sempre que podia, voltava a ler a mensagem. Elas sabiam meu nome,
eram minhas amigas, eu não estava sozinha!"
·
Recados e vozes
Aquele foi o primeiro
de diversos recados, já que Moore-Gilbert conseguiu roubar uma caneta e
responder para elas. E também começou a se comunicar com mulheres de outras
celas.
"Havia diversas
redes de mensagens, de forma que muitos recados ficavam por ali, escondidos em
muitos lugares diferentes", relembra ela.
"Depois de cerca
de seis meses, inventei um método muito seguro: as calças viajantes."
"O uniforme da
prisão incluía umas calças folgadas de calicô rosa brilhante, que podíamos
lavar manualmente em uma lavanderia comum."
"Uma das
prisioneiras saiu e deixou suas calças ali, de forma que as peguei e abri a
costura de uma das pernas, para poder colocar uma mensagem. Se molhássemos as
calças, com exceção daquela pequena região da perna, parecia que ela teria sido
lavada e pendurada para secar."
"E, quando todas
entenderam que aquelas eram as calças viajantes que serviam para passar
recados, começamos a usá-las", descreve ela. "Alguém depositava um
recado, a cela seguinte recolhia as calças como se fossem suas... assim, a cada
dois ou três dias, recebíamos cartas novas."
Mas havia outra forma
de comunicação anterior, que permitiu a Moore-Gilbert ouvir as vozes de amigas
que nunca havia encontrado antes.
"Havia uma rede
de grades de ventilação de ar na unidade onde fiquei em isolamento",
descreve Moore-Gilbert. "Era perigoso falar por aqueles respiradouros
porque os guardas, se estivessem em uma determinada parte do edifício, iriam
nos ouvir."
"Mas, às vezes,
conseguíamos ouvir uma televisão, de forma que deduzíamos qual turno de guarda
era mais seguro para falarmos."
"Nós nos
comunicávamos batendo na parede e, quando as outras respondiam, eu ficava sobre
o vaso sanitário para conversar por cinco minutos."
Naqueles curtos
momentos, Moore-Gilbert conseguiu começar a entender coisas que ela não sabia.
"Ouvir vozes
amistosas em inglês era maravilhoso", relembra ela. "E elas podiam me
dizer muito mais verbalmente do que em um pequeno pedaço de papel
higiênico."
"Pude receber
muitas informações sobre o que me aconteceria e sobre coisas como a diplomacia
dos reféns, o fato de que o Irã toma para si os estrangeiros e os utiliza como
moeda de troca para obter algum tipo de concessão do seu país de origem."
"Elas me diziam:
'Não faça confissões falsas. Seja como for, no final, eles irão trocar você por
algo, de forma que não se preocupe."
"Eles podem dar a
você qualquer sentença, mas não irão cumprir. Vão tentar se aproveitar de você
para conseguir algo da Austrália ou do Reino Unido. Um desses países irá dar
algo para o Irã em troca de você'."
"Aquelas mulheres
me deram esperança", conta Moore-Gilbert.
·
Elas tinham razão
Com isso, Kylie
Moore-Gilbert passou mais de dois anos rejeitando, em centenas de horas de
interrogatórios, as diversas acusações que eram sucessivamente apresentadas: de
ser agente de órgãos de inteligência como o Mossad israelense, do MI6 britânico
ou espiã da Austrália.
Ela não fez nenhuma
confissão e se negou a aceitar repetidas propostas de espionar para o Irã.
Mesmo assim, ela foi
julgada por Abolqasem Salavati, conhecido como o "juiz da forca",
pelo número de sentenças de morte que ele impunha. E, inevitavelmente, foi
declarada culpada e condenada a 10 anos de prisão.
A esperança oferecida
pelas suas amigas ressurgiu quando ela compreendeu que, de fato, era uma refém
esperando para ser trocada. Mas, um ano depois da sua detenção, quase ninguém
sabia sobre a difícil situação de Kylie Moore-Gilbert.
O governo australiano
disse à sua família que não levasse a situação a público. Eles insistiam que a
estratégia mais eficaz seria a "diplomacia silenciosa".
Mas algumas detentas
que saíram do confinamento deixaram vazar a notícia de que havia uma
australiana em Evin. Com isso, a informação deixou de ser segredo.
Posteriormente, cartas
que a própria Moore-Gilbert conseguiu enviar secretamente chegaram às mãos da
imprensa britânica, até que começou uma campanha pública para sua libertação.
A movimentação fez com
que suas condições na prisão melhorassem, até que finalmente aconteceu aquilo
que suas amigas haviam antecipado. Sua liberdade foi obtida com uma complicada
troca de prisioneiros, que teve a participação de quatro países.
Três iranianos,
condenados por uma tentativa de atentado a bomba contra a Embaixada de Israel
em Bangkok, na Tailândia, foram libertados de uma prisão local.
A notícia da troca de
prisioneiros foi publicada pela primeira vez no site do Clube de Jovens
Jornalistas, afiliado à TV estatal do Irã.
Segundo o site,
"um empresário e dois cidadãos iranianos que estavam detidos no exterior
por acusações infundadas foram trocados por uma espiã com dupla nacionalidade
chamada Kylie Moore-Gilbert, que trabalhava para o regime sionista".
Moore-Gilbert foi
libertada em novembro de 2020, durante a pandemia de covid-19. Por isso, assim
que aterrissou na Austrália, foi levada para um hotel, para passar a
quarentena. E, curiosamente, as semanas de solidão em solo australiano acabaram
sendo uma bênção para ela.
"Eu havia ficado
em isolamento por sete semanas muito difíceis e dolorosas antes da minha
libertação", relembra ela. "Por isso, aquilo me permitiu voltar
lentamente à realidade, interagindo pouco a pouco com as pessoas."
"Embora estivesse
afastada da maior parte da humanidade, eu tinha acesso à internet e ao
telefone, de forma que ligava para as pessoas quando tinha vontade de
falar."
"Se tivessem me
lançado imediatamente de volta ao mundo, teria sido muito difícil. Realmente,
aquilo foi positivo."
Fonte: BBC News
Persian/Série Outlook - Serviço Mundial da BBC
Nenhum comentário:
Postar um comentário