8 sinais e sintomas de autismo (TEA)
Os sinais e sintomas
de autismo, também conhecido como transtorno do espectro autista (TEA), são
muito variados e nem sempre são fáceis de serem percebidos.
Os sintomas estão
relacionados principalmente à dificuldade de comunicação e socialização, no
entanto também são acompanhados de comportamentos e interesses incomuns, como
interesse excessivo por determinados assuntos ou objetos, dificuldade de
adaptação a mudanças na rotina ou movimentos anormais com o corpo.
Embora algumas dessas
alterações possam começar a ser encontradas ainda em bebês, muitas vezes o
diagnóstico só é feito alguns anos mais tarde. Além disso, quando a gravidade
dos sintomas é mais leve pode ocorrer de serem identificados apenas na adolescência
ou idade adulta.
<><> 8
principais sintomas de autismo
Os sinais e sintomas
mais comuns de autismo são:
1. Pouco contato
visual
As pessoas com
transtorno do espectro autista tendem a manter menos contato visual ao
interagir com outras pessoas.
2. Dificuldade para
expressar ideias e sentimentos
No autismo pode haver
dificuldade para usar e compreender a linguagem corporal, gestos e expressões
faciais. Por isso, é muito comum que essas pessoas apresentem dificuldade para
compartilhar seus interesses e demonstrar sentimentos ou afeto, o que pode ser
interpretado de forma errada como indiferença.
3. Aborrecimento com
mudanças na rotina
É muito comum que
crianças com autismo façam birras, chorem muito ou fiquem mais agressivas
quando ocorrem mudanças na sua rotina ou no ambiente em que vivem. Essas
mudanças podem ser pequenas e nem sempre são claras para os cuidadores, podendo
incluir a troca da embalagem do alimento favorito ou fazer trajetos diferentes
daqueles acostumados ao sair de casa.
4. Comportamentos
repetitivos
Esses comportamentos
podem incluir abanar as mãos, estalar os dedos, balançar o corpo para frente e
para trás quando sentado e andar nas pontas dos pés. Esses comportamentos podem
ser vistos como “manias”, são mais comuns em momentos de felicidade e também
podem incluir a repetição de palavras ou frases que ouviram.
5. Maior interesse em
objetos do que pessoas
Crianças com autismo
geralmente preferem brincar sozinhas e têm menos interesse por estar com outras
crianças, podendo até ficar irritadas ou agressivas ao participar de atividades
em grupo. Além disso, pode haver interesse incomum e excessivo por determinados
objetos, brinquedos ou partes deles.
6. Maior sensibilidade
a sons, luzes, cheiros ou contato
Ambientes movimentados
ou barulhentos, fogos de artifício, luzes que piscam, cheiros, toque ou o uso
de certas roupas, por exemplo, podem despertar o interesse ou causar reações
exageradas, como choro ou irritabilidade.
7. Não responder ao
próprio nome ao ser chamado
As crianças com
transtorno do espectro autista tendem a olhar menos quando chamadas pelo nome.
8. Dificuldades na
comunicação
As dificuldades na
comunicação podem variar desde atraso do desenvolvimento da fala até
dificuldade para iniciar conversas ou participar delas, assim como para se
adaptar em diferentes ambientes. Por isso, muitas vezes as pessoas com autismo
sentem-se desconfortáveis ao interagir com outras pessoas ou agem de forma
considerada inapropriada.
# O que fazer em caso
de suspeita
Em crianças, na
presença de sinais de autismo, principalmente quando há atraso no
desenvolvimento da fala, dificuldades de aprendizado, socialização ou para
desenvolver autonomia, é importante consultar um pediatra ou neuropediatra.
No entanto, quando os
sintomas e dificuldades do autismo não são identificadas na infância, nem
sempre são facilmente percebidos na adolescência ou após. Por isso, em caso de
suspeita em adolescentes, é recomendado consultar um neuropediatra e, em adultos,
um neurologista.
# Sintomas de autismo
em bebês
Bebês por volta dos 6
meses de idade, podem apresentar poucas expressões faciais, baixo contato
visual e não sorrir quando interagem com outras pessoas. Aos 9 meses, o bebê
pode não responder às comunicações dos cuidadores, não olhar quando é chamado,
não balbuciar sons como “mama” ou “papa” e não olhar para onde o adulto aponta.
Além disso, aos 12 meses o uso de gestos ou sua imitação, como dar tchau, bater
palmas ou jogar beijo, podem estar ausentes e o bebê não ter iniciado as
primeiras palavrinhas.
# Sintomas de autismo
em crianças
Nos casos de autismo
leve, os sintomas muitas vezes podem passar despercebidos por serem menos
visíveis. Já os casos com gravidade moderada e grave os sintomas são mais
intensos e as crianças geralmente apresentam dificuldade maior de aprendizado,
convívio com outras crianças e no desenvolvimento de autonomia.
<><> Os
sintomas de autismo em crianças podem incluir:
1. Dificuldade na
interação social
• Não olhar nos olhos ou evitar olhar nos
olhos;
• Não sorrir quando alguém sorrir para a
criança, ou sorrir pouco;
• Não se deixar abraçar ou beijar;
• Ter dificuldade em fazer amigos;
• Ter dificuldade em se relacionar com
outras crianças, preferindo ficar sozinho.
2. Dificuldade de
comunicação
• Não falar tanto quanto as outras
crianças;
• Repetir frases e palavras várias vezes;
• Não compreender gestos e expressões
faciais de outras pessoas;
• Não entender piadas, ditados populares
ou sarcasmo;
• Deixar de responder ou demorar a
responder quando chamado;
• Manter um tom de voz monótona,
semelhante a um robô.
3. Alterações
comportamentais
• Não ter medo de situações perigosas,
como atravessar a rua sem olhar para os carros, ou chegar perto de animais
perigosos, como cães de grande porte;
• Ficar muito agitado e aborrecido com
pequenas mudanças na rotina;
• Ter muito interesse por algo muito
específico, como a roda de um carrinho ou a asa de um avião;
• Fazer movimentos repetitivos, como bater
as mãos, sacudir os dedos ou balançar o corpo para frente e para trás;
• Ficar muito agitado quando está em
público ou em ambientes barulhentos.
Além disso, os sinais
de autismo podem ser diferentes em meninas, que podem ser mais quietas e terem
maior dificuldade de se adaptar às situações sociais. De qualquer forma, na
suspeita destes sintomas é recomendado consultar um pediatra ou neuropediatra.
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Sintomas de autismo em adolescentes e adultos
Algumas vezes, os
sinais e sintomas passam despercebidos na infância e são apenas identificados
em adolescentes ou na idade adulta, quando as responsabilidades escolares, do
trabalho e necessidade de independência são maiores.
Os principais sintomas
e sinais de autismo em adolescentes e adultos são:
• Ter dificuldades em fazer amigos,
preferindo ficar sozinho;
• Evitar contato visual;
• Ficar mais ansioso durante as interações
sociais;
• Ser mais rude, sincero e desinteressado
com os outros sem querer;
• Apresentar sintomas de depressão e
ansiedade;
• Gostar de planejar as coisas com muito
cuidado e atenção;
• Não conseguir entender o que as pessoas
sentem;
• Perceber melhor pequenos detalhes, como
cheiros, sons ou padrões;
• Ficar muito agitado com a mudança de
rotinas e hábitos;
• Ter dificuldades para entender piadas,
ditados populares ou sarcasmo;
• Ficar incomodado se alguém chegar muito
perto ou tocar;
• Ter interesse excessivo por assuntos
pouco comuns, como astronomia e meteorologia, e atividades muito específicas,
como acompanhar vários jornais da televisão e estudar todos os detalhes de
apenas um assunto, por exemplo.
O diagnóstico de
autismo nesta faixa etária muitas vezes é difícil, seja porque os sintomas
podem ser muito leves ou porque a pessoa acaba desenvolvendo formas de lidar
com as próprias dificuldades, como evitando situações que a façam se sentir
desconfortável, por exemplo, o que mascara os sintomas.
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Como é feito o tratamento
Não há tratamento
específico para o autismo e as intervenções dependem da gravidade dos sintomas.
As medidas orientadas geralmente ajudam a melhorar a comunicação, a
concentração e a qualidade de vida da pessoa e o tratamento envolve uma equipe
de profissionais de saúde, incluindo médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e
psicólogos de acordo com a necessidade de cada um. Muitas vezes, medicamentos
são indicados para ajudar a aliviar alguns sintomas.
• Cerca de 40% dos médicos podem
desenvolver transtornos psicológicos, diz estudo
Cerca de 40% dos
médicos podem desenvolver transtornos psicológicos. Doenças como depressão,
ansiedade e burnout estão presentes em uma parcela significativa destes
profissionais. Os dados são do estudo “Qualidade de Vida dos Médicos”,
realizado pela Afya por meio do núcleo de pesquisa Research Center.
Segundo a pesquisa,
duas em cada três profissionais afetados pelos problemas de saúde citados são
do gênero feminino.
Outro dado que chama a
atenção é o de que pelo menos metade dos profissionais na faixa etária dos 25
aos 35 anos sofre com transtornos psicológicos.
Dentre os transtornos
observados, os mais comuns foram ansiedade (33,5%), sendo que quatro em cada
dez profissionais mulheres, seguido de depressão (22,1%) e burnout (6,7%).
A pesquisa foi
realizada entre os dias 2 de julho e 6 de agosto de 2024 com um total de 2005
respostas.
“A proposta deste
estudo é manter um panorama vivo e dinâmico sobre a qualidade de vida médicos
e, a partir disso, incentivar a comunidade a criar soluções que deem suporte e
acolhimento a este público. Ao compreender esse cenário, podemos promover um ambiente
de trabalho mais saudável, prevenindo o esgotamento e assegurando a
continuidade de um cuidado médico de qualidade para toda a população”, explicou
Eduardo Moura, médico e diretor de pesquisa do Research Center da Afya, em
comunicado enviado à CNN.
Diante do resultado, a
Afya lançou, nesta quinta-feira (28), a campanha “Está tudo bem?”, que visa
incentivar médicos e estudantes de medicina a procurar por ajuda especializada.
Durante o mês de
setembro, médicos e alunos de medicina de todo o país terão acesso ao botão
“Está tudo bem?”, nova funcionalidade nas plataformas digitais da Afya. Ao
utilizar esse recurso, o usuário será direcionado para um mapeamento de saúde
mental, onde poderá contar com suporte médico e psicológico gratuito.
Fonte: Tua Saúde/CNN
Brasil
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