quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Chefe da AIEA alerta: corrida global por armas nucleares atinge alta recorde desde a Guerra Fria

Desde o fim da Guerra Fria, o regime de não proliferação de armas nucleares não sofria tamanha pressão por parte dos Estados, disse o chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, à mídia britânica.

O regime de não proliferação nuclear do mundo está sob maior pressão do que em qualquer outro momento desde o fim da Guerra Fria, já que países "importantes" estavam debatendo abertamente se deveriam desenvolver armas atômicas, alertou o chefe do órgão de fiscalização da ONU.

De acordo com Financial Times (FT), Grossi afirmou que as relações tensas entre os EUA, Rússia e China, bem como o conflito no Oriente Médio, estavam colocando tensões sem precedentes no tratado de não proliferação nuclear (TNP) assinado em 1968, que visava limitar o desenvolvimento do arsenal atômico mundial.

"Não acho que na década de 1990 você ouviria países importantes dizerem: 'bem, por que não temos armas nucleares também?'", disse ele, destacando que "esses países estão tendo uma discussão pública sobre isso, o que não era o caso antes. Eles estão dizendo isso publicamente. Eles estão dizendo isso para a imprensa. Chefes de Estado se referiram à possibilidade de repensar tudo isso."

Segundo o chefe da AIEA, há vários fatores contribuindo para o interesse renovado no desenvolvimento de armas nucleares entre alguns países, embora não tenha querido citar nenhum nominalmente.

O professor assistente no Dartmouth College, Nicholas Miller, disse à apuração do FT que existe "uma competição geopolítica mais intensa entre grandes potências" no momento, e que, por "estarem ocupadas competindo com seus rivais" a proliferação nuclear tem sua discussão reacendida, citando o Irã como o maior risco potencial nesta matéria.

Teerã insiste que seu programa nuclear é para fins pacíficos e civis. Mas nos últimos meses, quando a guerra Israel-Hamas desencadeou uma onda de hostilidades regionais, autoridades iranianas alertaram que a república poderia mudar sua doutrina caso se sentisse ameaçada.

A AIEA, que continua a ter inspetores na república, diz que não tem evidências de que o Irã esteja buscando desenvolver ou avançar para um programa de armas.

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, também aumentou a temperatura ao dizer publicamente que um programa de armas nucleares pode ser necessário para conter a ameaça da Coreia do Norte com armas nucleares, e em Bruxelas, o líder do Partido Popular Europeu de centro-direita, pediu que a Europa construísse mais dissuasão contra a Rússia.

Grossi disse que a AIEA tem falado com os países e enfatizado a importância do regime de não proliferação. "Temos que garantir que reforçamos o regime porque não acho que adicionar mais Estados com armas nucleares tornará a situação atual melhor", disse ele.

<><> Rússia: serviços secretos estrangeiros preparam ataques terroristas à infraestrutura marítima russa

Serviços secretos estrangeiros estão organizando ataques terroristas no território russo contra a infraestrutura marítima de importância estratégica, disse o assessor presidencial russo e presidente do Colégio Marítimo da Rússia, Nikolai Patrushev.

Os Estados Unidos e seus aliados tentam impedir o acesso da Rússia aos recursos dos oceanos e limitar a capacidade de usar importantes conexões de transporte marítimo, segundo o assessor.

Patrushev avisou que os países ocidentais aumentam sua presença nas áreas marítimas diretamente contíguas ao território da Rússia.

"Os serviços de inteligência estrangeiros estão organizando atos terroristas no território de nosso país contra infraestruturas marítimas estrategicamente importantes", disse ele.

A política dos países ocidentais também tem como objetivo restringir as atividades econômicas marítimas da Rússia, acrescentou o assessor presidencial.

De acordo com ele, o Ocidente está realizando uma campanha para desacreditar as atividades marítimas da Rússia, usando a agenda ambiental como forma de pressionar e promover seus interesses.

"A detenção ou apreensão de embarcações russas, a imposição de sanções secundárias a empresas que realizam transporte para nosso país, a interrupção do fornecimento de equipamentos para navios e a suspensão da construção de embarcações russas em estaleiros estrangeiros, tudo isso constitui ameaças significativas à segurança da Rússia", destacou Patrushev.

<><> Kim Jong-un assiste a testes de drones kamikaze da Coreia do Norte e quer mais modelos diferentes

O líder norte-coreano expressou a necessidade de produzir mais veículos aéreos não tripulados, mas também um torpedo nuclear e tecnologia de inteligência artificial.

Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, supervisionou no sábado (24) um teste de drones realizado pelo instituto de pesquisa de drones da Academia de Defesa Nacional da Coreia do Norte e ordenou o desenvolvimento ativo e o aumento da produção de vários tipos de drones, informou na segunda-feira (26) a KCNA.

A agência norte-coreana afirma que Kim Jong-un foi acompanhado no local por quadros sêniores do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia. O alto responsável então se familiarizou com os drones atualmente em desenvolvimento.

"Os drones com diferentes alcances foram projetados para atingir qualquer alvo inimigo em terra e mar. Os vários drones voaram por rotas diferentes predeterminadas, reconheceram com precisão os alvos especificados e os destruíram", escreveu a KCNA.

Kim Jong-un expressou satisfação com as características táticas e técnicas e os dados dos novos drones. Ainda, sublinhou que era necessário "aumentar a intensidade" dos testes de combate para colocar os drones em serviço o mais rápido possível.

Kim salientou que, com base na experiência de combate e nas tendências militares, o desenvolvimento de drones de vários tipos e o aprimoramento de suas características ocupam "uma parte importante na preparação para a guerra".

"Precisamos desenvolver ativamente e aumentar a produção não apenas de drones de reconhecimento estratégico e drones de ataque multiuso, mas também de vários drones kamikaze para unidades de infantaria tática e forças especiais", enfatizou o presidente.

Ele disse que, devido à localização geográfica da Coreia do Norte na península, o país deve desenvolver "incansavelmente" não apenas armas estratégicas subaquáticas, incluindo um torpedo nuclear, mas também drones de ataque kamikaze subaquáticos e introduzir ativamente a tecnologia de inteligência artificial. Kim Jong-un definiu tarefas para os designers e destacou maneiras de realizá-las.

¨      Especialista chinês: exercícios de Taiwan revelam vontade de 'conquistar a independência pela força'

Um analista da Universidade de Nanjing criticou os passos militares de Taiwan, que descreve como tentativas de afirmar independência da China continental.

Os exercícios militares de Taiwan mostram que as autoridades da ilha ainda estão mantendo o sonho de resistir à reunificação pela força, a China continental não fechará os olhos para isso, disse o vice-diretor do Instituto de Estudos de Relações Internacionais da Universidade de Nanjing, China, à Sputnik.

Taiwan iniciou na segunda-feira (26) um exercício de fogo real de dois dias em Tianma, no qual testará plataformas de lançamento de mísseis TOW de última geração pela primeira vez à noite. Su Ziyun, pesquisador do Instituto de Defesa Nacional e Estudos de Segurança de Taiwan do Ministério da Defesa, disse que os exercícios ajudariam as Forças Armadas do território a "responder melhor às armadilhas da China, já que o Exército de Libertação Popular [ELP] pode atacar a qualquer hora do dia".

"Os exercícios realizados pelas autoridades de Taiwan mostram que os separatistas taiwaneses ainda estão mantendo o sonho de resistir militarmente à reunificação" com a China, opinou Zheng Anguang.

No entanto, o analista disse que a reunificação da China com Taiwan é uma tendência histórica.

"As tentativas dos separatistas taiwaneses de, contando com a ajuda do exterior, conquistar a independência pela força, são prejudiciais à situação no estreito de Taiwan e uma provocação às aspirações das pessoas que esperam paz em ambos os lados do estreito. A China continental não fechará os olhos para isso, reforçará ainda mais a vontade de realizar a reunificação e fará mais esforços para reforçar sua capacidade de defender a reunificação e conter as atividades dos separatistas", sublinhou Zheng.

<><> Taiwan prepara exercícios de fogo real e testes de lançadores de mísseis de nova geração

Taiwan começa hoje, segunda-feira (26), os exercícios de fogo real Tian Ma, durante os quais testará plataformas de lançamento de mísseis TOW de nova geração pela primeira vez, informou a mídia taiwanesa.

Os exercícios de dois dias serão realizados no condado de Pingtung, localizado no sul da ilha. De acordo com o United Daily News de Taiwan, Tian Ma é um dos exercícios mais importantes do ano para as forças armadas da ilha.

A agência de notícias de Taiwan informou, citando um especialista, que as forças armadas da ilha testarão mísseis antitanque a partir de lançadores TOW 2B, montados em veículos de rodas multiuso de alta mobilidade M1167.

A fonte ouvida pela mídia taiwanesa também destacou que os lançadores são equipados com funções de imagem térmica e rastreamento, permitindo que operações sejam realizadas durante a noite. As forças armadas de Taiwan testarão os mísseis à noite pela primeira vez desde que entraram em serviço.

Segundo a agência, diferentemente dos TOW 2A, os mísseis TOW 2B são capazes de atingir de cima e têm um alcance de pelo menos 4,5 km, o que os torna ideais para destruir bunkers, veículos blindados e embarcações.

Nos últimos anos, as autoridades de Taiwan têm cada vez mais declarado sua determinação em melhorar suas capacidades de autodefesa. Na semana passada, o Yuan Executivo — o principal órgão executivo da ilha — divulgou um projeto de orçamento indicando que Taiwan aumentará os gastos com a defesa em 7,7% em 2025 para NT$ 647 bilhões (US$ 20,2 bilhões). Isso elevará os gastos com a defesa no próximo ano para 2,45% do PIB, um novo recorde.

¨      EUA preparam revolução colorida na Geórgia em ano de eleição, diz inteligência da Rússia

Os americanos estão insatisfeitos com a situação no país, onde os partidos de oposição pró-ocidentais são fracos e fragmentados, indica o Serviço de Inteligência Externa russo.

Os EUA preparam uma revolução colorida no país, relata na segunda-feira (26) o escritório de imprensa do Serviço de Inteligência Externa (SVR, na sigla em russo) da Rússia.

"Os americanos estão preparando uma revolução colorida na Geórgia. O departamento de imprensa do Serviço de Inteligência Externa da Federação da Rússia informa que, de acordo com as informações recebidas, a Casa Branca está extremamente insatisfeita com o desenvolvimento da situação na Geórgia antes das eleições parlamentares de 26 de outubro", diz o comunicado.

Para isso, explica o SVR, as ONGs pró-ocidentais da Geórgia estão recrutando um grande número de pessoas para monitorar de perto o processo de votação. O objetivo de realizar um maidan em Tbilisi e divulgar "evidências de fraude" na votação, declarar o não reconhecimento dos resultados das eleições e exigir uma mudança de poder. As agências policiais serão provocadas a reprimir os protestos pela força.

Além disso, Washington está elaborando com antecedência opções para uma resposta política e econômica "implacável" ao uso "excessivo" da força pelas autoridades contra "civis", disse o serviço de inteligência russo.

No entanto, o partido governista Sonho Georgiano seria capaz de obter confiança pública suficiente nas eleições de 26 de outubro, segundo a entidade russa, já que as forças de oposição da Geórgia, apesar dos esforços dos americanos, permanecem fragmentadas e as coalizões que elas criam são muito frágeis. Isso, temem os EUA, fará com que o partido governista "siga um curso soberano e se recuse a cumprir as exigências ocidentais que são contrárias aos interesses nacionais da Geórgia".

"A Casa Branca considera esse cenário inaceitável. Os americanos pretendem aumentar a pressão sobre as autoridades georgianas em grande escala nas semanas que faltam para as eleições, a fim de enfraquecer a posição eleitoral do Sonho Georgiano o máximo possível", disse o comunicado do SVR.

¨      Rússia efetua ataque maciço contra infraestrutura energética das forças ucranianas, diz MD russo

Além de eliminar perto de 2.000 efetivos, foi informado que a Rússia atingiu severamente as instalações energéticas da Ucrânia que abastecem seu complexo militar-industrial.

As Forças Armadas da Rússia lançaram na manhã de segunda-feira (26) um ataque maciço com armas de alta precisão e drones contra as infraestruturas energéticas críticas que abastecem o complexo militar-industrial da Ucrânia, comunicou na segunda-feira (26) o Ministério da Defesa russo.

"Todos os alvos designados foram atingidos", disse ele.

Os agrupamentos de tropas Dniepre e Tsentr (Centro) aniquilaram nas áreas de Malye Scherbaki (região de Zaporozhie), Sablukovka, Tokarveka, Kherson (região de Kherson), Dzerzhinsk, Tarasovka, Zhuravka, Vozdvizhenka, Novozhelannoe e Yasnobrodovka (República Popular de Donetsk) até 655 militares, 15 veículos militares, obuseiros D-20 (três), Msta-B (dois), D-30 (três) e M119, uma estação de guerra eletrônica e um sistema de artilharia autopropulsado Gvozdika ucranianos, disse o ministério.

Os agrupamentos Zapad (Oeste) e Yug (Sul), por sua vez, eliminaram nas áreas de Sinkovka, Petropavlovka, Tabaevka (região de Carcóvia), Stelmakhovka, Makeevka, Nevskoe (República Popular de Lugansk), Torskoe, Verkhnekamenskoe, Pereezdnoe, Grigorovka, Chasov Yar, Dyleevka, Krasnogorovka, Konstantinovka, Uspenovka (RPD) e Serebryanskoe Lesnichestvo até 1.050 efetivos, 20 veículos militares, um sistema de artilharia autopropulsado Gvozdika, sete depósitos de munição e outros alvos militares.

Enquanto isso, os agrupamentos de tropas Sever (Norte) e Vostok (Leste) atingiram com sucesso nas áreas de Glubokoe, Liptsy, Volchanskie Khutora (região de Carcóvia), Pokrovka (região de Sumy), Vodyanoe, Ugledar, Pavolvka, Prechistovka e Neskuchnoe (RPD) até 225 efetivos, sete carros, obuseiros D-20 e D-30 (dois) e duas estações de contrabateria, detalhou o Ministério da Defesa.

No total, durante a realização da operação militar especial, foram destruídos 640 aviões, 283 helicópteros, 30.533 veículos aéreos não tripulados, 575 sistemas de defesa antiaérea, 17.574 tanques e outros veículos blindados de combate, 1.425 lançadores múltiplos de foguetes, 13.677 peças de artilharia de campanha e morteiros e 25.234 unidades de veículos militares especiais ucranianos, resumiu o Ministério da Defesa da Rússia.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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