Oliveiros
Marques: Eduardo Bananão deslumbrado e aloprado que entende zero de estratégia
O atual
senador e ex-vice-presidente general Mourão errou ao cunhar o apelido
“Bananinha” para Eduardo Bolsonaro. A movimentação dele nos Estados Unidos,
junto a parlamentares ligados a Trump - que ajudaram a construir a BolsoTaxa -
mostrou que, na verdade, ele é um Bananão. Um deslumbrado que entende zero de
estratégia. E quem diz isso não sou eu - são seus amigos do agro.
O
aloprado Bananão, no desespero para tentar evitar que o pai seja preso e que
ele próprio seja condenado nos diversos processos que enfrentam - especialmente
o que investiga a intentona golpista de 8 de janeiro de 2023 - tropeçou nas
fake news em que acredita e conseguiu unir setores que até então parecia
impossível ver caminhando lado a lado.
Segmentos
mais esclarecidos - que possuem mais do que meio neurônio do lado esquerdo do
cérebro - e que ainda demonstravam apoio ao bolsonarismo, finalmente
perceberam: o projeto defendido por Jair, Carlos, Flávio, Michelle e Eduardo
não é político, é familiar. Nada os move além dos próprios laços sanguíneos.
Dos milhões arrecadados via PIX pelos incautos aos milhões do fundo partidário
do PL, tudo, inclusive a BolsoTaxa, é pensado sempre em função do sobrenome,
nunca de um projeto político que poderia incluir esses apoiadores.
Eles
apertaram o botão do “foda-se” para todos os aliados no Brasil. E esses aliados
perceberam. Segundo estudos divulgados hoje pelo grupo de pesquisa
Nemea-Cedeplar, da Universidade Federal de Minas Gerais, a BolsoTaxa causaria
um impacto negativo de 0,16% no PIB brasileiro - o equivalente a R$ 19,2
bilhões. Imagina o sentimento de traição pairando na contabilidade desses
aliados.
E o
mais irônico da genialidade estratégica do Bananão: os Estados que mais
sofrerão os impactos econômicos são justamente governados por seus aliados - ao
que tudo indica, por pouco tempo. São Paulo, do governador que adora o boné do
MAGA, perderia R$ 4,4 bilhões. Paraná, R$ 1,9 bilhão. Santa Catarina, R$ 1,74
bilhão. Minas Gerais, R$ 1,66 bilhão.
O
Bananão acabou presenteando Lula e sua base social com o combustível ideal para
manter a ofensiva que se iniciou com o debate sobre a cobrança de impostos de
bilionários, bancos e casas de apostas. A imbecilidade de sua estratégia
garante semanas de vantagem no debate público - com potencial real de furar a
bolha.
No fim
das contas, acho que o Bananão vai ter que ficar mais um tempo na Disney.
Porque por aqui, as coisas pioraram para ele - e muito. Deve ser porque Deus é
brasileiro.
¨
Eduardo Bolsonaro condiciona fim do tarifaço de Trump a
anistia ampla e ataca STF
O
deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a adotar tom
beligerante nesta sexta-feira (11), ao condicionar qualquer avanço nas
negociações sobre o aumento de tarifas comerciais imposto pelos Estados Unidos
ao Brasil a uma “anistia ampla, geral e irrestrita”. A declaração foi feita na
rede social X (antigo Twitter), após o governador de São Paulo, Tarcísio de
Freitas (Republicanos), se reunir com o encarregado de negócios da embaixada
americana em Brasília, Gabriel Escobar.
A
informação foi publicada pela Folha de S.Paulo, que revelou os
bastidores da crescente crise entre Brasil e EUA, envolvendo interesses
comerciais, alinhamentos políticos e a possível candidatura de Tarcísio à
Presidência da República em 2026. O governador é considerado o principal nome
do campo bolsonarista após a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030.
Eduardo
vive atualmente nos Estados Unidos, onde atua politicamente para pressionar por
sanções contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) e o governo de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). Em sua postagem, Eduardo usou linguagem agressiva para
criticar o regime democrático brasileiro e reforçar a retórica golpista do
bolsonarismo.
“Qualquer
tentativa de acordo sem um primeiro passo do regime em direção a uma democracia
será interpretado como mais um acordo caracu, pois isso já foi exaustivamente
tentado no passado —e os americanos também já conhecem essas histórias”,
escreveu o deputado.
A
ofensiva de Eduardo veio logo após o ex-presidente americano Donald Trump
declarar que, por ora, não pretende discutir as sobretaxas com Lula, mas que
isso poderia mudar no futuro. Trump impôs tarifas mais pesadas a produtos
brasileiros, num gesto que, segundo analistas, tem forte conotação política.
Enquanto
isso, Tarcísio tenta se apresentar como uma figura moderada, disposta ao
diálogo com o governo norte-americano e com o setor produtivo. “Vamos abrir
diálogo com as empresas paulistas, lastreado em dados e argumentos
consolidados, para buscar soluções efetivas. É preciso negociar. Narrativas não
resolverão o problema. A responsabilidade é de quem governa”, declarou o
governador.
A
movimentação de Tarcísio, porém, gerou desconforto entre os aliados mais
próximos de Bolsonaro. Há temor de que sua imagem se desgaste perante a base
bolsonarista caso ele se distancie do discurso de enfrentamento ao STF. Por
outro lado, uma adesão explícita às tarifas de Trump poderia gerar desgaste com
o agronegócio, o mercado financeiro e o eleitorado mais moderado.
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A briga dos Bolsonaro sobre a anistia. Por Rachel Vargas
Nos
bastidores, lideranças do PL tentam conter uma divergência que toma o clã
Bolsonaro. Trata-se da anistia e dos termos do suposto projeto que pode vir a
ser votado. Isso porque Jair Bolsonaro estaria disposto a aceitar o texto
negociado pela cúpula do Congresso que, em tese, perdoaria somente as pessoas
comuns envolvidas no 8 de janeiro, deixando de fora os mentores, inclusive o
próprio Jair. Já o filho Eduardo Bolsonaro, que atua nos Estados Unidos por
sanções ao ministro Alexandre de Moraes, discorda do pai e tenta convencê-lo a
insistir por um projeto mais amplo e que anistie a todos os acusados. O gesto
seria uma forma, também, de motivar o presidente norte-americano a impor
limites a Moraes, como a suspensão do visto do magistrado.
¨
Coordenador do grupo Prerrogativas diz que Eduardo
Bolsonaro cometeu crime de lesa-pátria
O
coordenador do Grupo Prerrogativas - composto por advogados e juristas empenhados
na defesa da democracia -, Marco Aurélio de Carvalho, sugere que se instaure um
procedimento administrativo disciplinar, para apurar a atuação do filho de Jair
Bolsonaro, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Seu
posicionamento está em linha com a denúncia feita pelo Partido dos
Trabalhadores (PT), protocolada nesta quinta-feira (10), no Conselho de Ética
da Câmara dos Deputados e que pede a cassação do seu mandato.
Carvalho
justifica a instauração do procedimento, com base no “que ele próprio disse.
Ele publicou uma carta/confissão, ele interagiu com autoridades americanas na
busca dessas sanções. Portanto, é um crime de lesa-pátria. Ele desonrou o
mandato popular recebido após ser democraticamente eleito e atentou contra os
interesses soberanos do país”, reforça.
Para o
advogado, esse “é um dos crimes mais graves, sobretudo para um parlamentar.
Então ele tem que ter o mandato cassado e tem que ter decretada a
inelegibilidade por muitos anos”, considera.
Tanto o
PT quanto Marco Aurélio Carvalho estão de acordo com a punição para o
comportamento do parlamentar. O grande desafio, porém, é trazê-lo de volta ao
país, agora que ele está declaradamente sob as asas de Donald Trump.
O
presidente dos Estados Unidos, na interpretação do que disse o economista e
prêmio Nobel de Economia, Paul Krugman, à GloboNews, nesta tarde, perpetrou uma
ingerência inédita, que foi trazer para a economia uma chantagem política sem
precedentes. Na opinião de Krugman, se a democracia estivesse em pleno
funcionamento nos EUA, Trump mereceria o impeachment. O economista classificou
de um gesto extremamente violento.
Numa
interpretação livre, do que disse Krugman, poderíamos avaliar que foi
inaugurado um novo tipo de lawfaire, o econômico. Ao chantagear o
Brasil a partir de sanções em seus produtos, desorganizando uma relação de 200
anos entre os dois países, e exigindo em troca o fim de um processo no
Judiciário, foi o que fez o presidente dos EUA, uma espécie de lawfaire econômico.
Eduardo
Bolsonaro pediu licença da Câmara por seis meses do mandato de deputado federal
e decidiu se mudar para os Estados Unidos. O filho 03 de Jair, deixou claro em
uma carta assinada nesta quarta-feira (09/07), juntamente com Paulo Figueiredo
- o neto do último ditador do Brasil, João Figueiredo -, que foi o autor das
articulações que desembocaram na atitude do presidente estadunidense, Donald
Trump, de estabelecer tarifas da ordem de 50% sobre os produtos brasileiros, a
partir de 1º de agosto.
Para
sustá-las, Trump impôs que o Brasil suspenda “IMEDIATAMENTE” (assim mesmo, aos
berros na linguagem da Internet, e em tom de ordem), os processos que intitulou
de “caça às bruxas”, contra o ex-presidente, a quem classificou de vítima de
“perseguições”.
Na
carta divulgada ontem à noite, no Brasil, o deputado Eduardo Bolsonaro,
licenciado da Câmara desde março, escreveu pedido para autoridades brasileiras
"evitarem escalar" o conflito com os Estados Unidos para evitar
"o pior". Um flagrante ameaça ao seu próprio país.
<><>
Na Paulista, contra mais um desmando Trump-Bolsonaro
Enquanto
milhares de pessoas se mobilizavam na Avenida Paulista na noite de ontem, em
protesto contra o bolsonarismo e seus desmandos, mesmo nas fileiras da oposição
ao governo Lula não era possível disfarçar o mal-estar com a conjuntura
política.
“Foi um
tiro no pé”, chegou a reclamar um dirigente bolsonarista, referindo-se à
decisão do padrinho-aliado Donald Trump, ao anunciar a cobrança de uma tarifa
pornográfica de 50% sobre as exportações brasileiras destinadas ao mercado dos
Estados Unidos — medida que terá consequências nefastas diante dos esforços de
brasileiros e brasileiras para defender o emprego e preservar a economia do
país.
Ao
deixar claro que uma medida de natureza colonial, obviamente prejudicial aos
interesses nacionais, não passava de uma retaliação rasteira contra os
legítimos esforços das autoridades jurídicas do país para conduzir Bolsonaro a
um julgamento necessário, Trump apenas demonstrou a conhecida natureza imperial
de seu governo.
Sua
mensagem a Lula tenta justificar uma tarifa de 50% sobre produtos feitos no
país em nome de “insidiosos ataques do Brasil”. Misturando temas de natureza
diversa, numa arrogância imprópria para documentos oficiais — mas que já faz
parte de um modo de governo —, a Casa Branca registrou o palpite de que o
julgamento que Jair Bolsonaro enfrenta, a partir de provas e testemunhos, não
passa de uma “caça às bruxas”.
Mas
este aspecto não é o mais importante. Quem esteve na Paulista ontem acompanhou,
sob frio intenso e sob a permanente ameaça de uma chuva que não veio, uma
mobilização de cidadãos sempre atentos para denunciar mais uma operação do
império contra os interesses do país. Para quem já compreendeu os enigmas e
incertezas da conjuntura que se avizinha, é sempre uma boa notícia.
Alguma
dúvida?
¨
Bolsonaro se curva a Trump com postura de traição
nacional diante do tarifaço
Em um
dos episódios mais simbólicos de submissão de um ex-presidente brasileiro a
interesses estrangeiros, Jair Bolsonaro voltou a demonstrar fidelidade
incondicional ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mesmo diante
de um grave ataque à economia brasileira. Após a imposição de tarifas de 50%
sobre produtos nacionais anunciada pelo atual governo norte-americano,
Bolsonaro declarou publicamente que mantém “respeito e admiração” pelos EUA e
justificou o tarifaço como consequência das escolhas diplomáticas do governo
Lula, aponta o jornal O Estado de S.Paulo.
Em vez
de se posicionar ao lado do Brasil e criticar a retaliação injusta promovida
por Trump, Bolsonaro preferiu usar o episódio para atacar o Governo Lula,
afirmando que o Brasil "se afastou do mundo livre" e abandonou
“compromissos históricos com a liberdade e o Estado de Direito”. Trata-se de
uma declaração gravíssima, que revela a total incapacidade do ex-presidente de
separar suas afinidades ideológicas pessoais dos interesses concretos da
nação.
A
postura de Bolsonaro contrasta fortemente com a do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, que repudiou imediatamente a ação unilateral do governo dos Estados
Unidos, classificando-a como “inaceitável”. Lula anunciou a aplicação da Lei da
Reciprocidade contra os EUA e afirmou que o Brasil recorrerá à Organização
Mundial do Comércio (OMC), buscando apoio de outros países que também foram
afetados por tarifas semelhantes. Mais do que isso, Lula reforçou a necessidade
de fortalecer alianças com outras economias do Sul Global e defendeu uma ordem
internacional baseada na cooperação e no respeito mútuo.
Enquanto
Lula atua como estadista e protege a soberania nacional, Bolsonaro reafirma sua
vocação para a vassalagem. O episódio é uma demonstração explícita de traição
aos interesses brasileiros. Em nome de uma aliança ideológica com Trump e da
disputa política interna, Bolsonaro prefere a rendição à defesa do Brasil.
Neste
momento, em que a soberania nacional é desafiada, fica claro quem se posiciona
com altivez e quem se ajoelha diante dos poderosos. O povo brasileiro saberá
reconhecer quem luta pelo país — e quem o entrega.
¨
Aliados defendem que Bolsonaro procure Trump para
reverter crise
Lideranças
de direita que atuam junto ao entorno de Jair Bolsonaro defendem uma reação do
ex-presidente a fim de tentar reverter – se é que é possível – os impactos
políticos do tarifaço de Donald Trump que recaem sob a reputação do clã
Bolsonaro. A ideia discutida com alguns dos principais aliados de Jair é para
que ele escreva uma carta pública a Donald Trump pedindo a retirada das tarifas
sobre produtos brasileiros.
O
documento, segundo defende uma importante liderança, deveria conter uma espécie
de agradecimento pelo apoio do norte-americano em relação ao julgamento a que
Bolsonaro é submetido. Também sugerem criticar o que consideram a fragilidade
do sistema democrático de direito do Brasil e, por fim, pedir a revisão da
tarifa de 50%. Para quem defende esse gesto, Bolsonaro conseguiria ter uma
saída honrosa de uma crise provocada por ele e pelo filho Eduardo Bolsonaro e
que atinge setores da indústria, do agro e outros vários segmentos que apoiam
Bolsonaro. Mesmo que o conselho chegue a Bolsonaro, ninguém acredita num gesto
de grandeza do ex-presidente.
¨
Gonet finaliza parecer para condenar Bolsonaro por
tentativa de golpe
A
Procuradoria-Geral da República (PGR) deve entregar nos próximos dias o parecer
que pede a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por participação na
trama golpista que tentou impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e do vice Geraldo Alckmin.
O
parecer está sendo finalizado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet,
e será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal no
Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é de que o documento seja
protocolado até segunda-feira (14), prazo final para a apresentação das
alegações finais no processo.
Considerado
um dos casos mais relevantes da história recente do STF, o julgamento pode
resultar na condenação e até na prisão de Bolsonaro. A análise do processo será
feita pela Primeira Turma da Corte, composta por cinco ministros, e poderá
começar a partir do fim de agosto.
O
relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, acelerou a tramitação da ação
penal. Um dos fatores que contribuíram para essa decisão foi a prisão do
general Walter Braga Netto — ex-ministro e candidato a vice na chapa de
Bolsonaro em 2022 — que também figura como réu no inquérito.
A
finalização do parecer ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, impor tarifas de 50% sobre o Brasil como retaliação às investigações
sobre Bolsonaro. No entanto, Gonet teria sinalizado que as tensões diplomáticas
não vão impactar seus trabalhos sobre o caso que investiga a trama golpista.
As
defesas dos réus esperam um parecer “duríssimo” de Gonet e avaliam que o
ex-presidente deve pegar uma pena de pelo menos 20 anos de prisão – no entorno
bolsonarista, a previsão é até mais pessimista, de 30 anos.
Fonte:
Brasil 247

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