terça-feira, 22 de julho de 2025

Elvino Bohn Gass: Cadeia para Jair e Eduardo Bolsonaro Já

O que os Bolsonaros estão fazendo não é política. É crime! É traição! Jair e Eduardo Bolsonaro — e todos os que os apoiam — usam um tarifaço imposto por Donald Trump contra o Brasil como chantagem para tentar impedir que se faça Justiça e se puna os bandidos golpistas. Isso é nojento. É vergonhoso. E precisa ser tratado com o rigor da lei.

Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros para “protestar” contra decisões do STF. E o que faz Eduardo? Vai às redes agradecer o agressor, incentivar seguidores a bajulá-lo e ameaçar o Brasil com o “caos econômico” se o Judiciário não recuar. Isso não é opinião, é uma tentativa torpe de coação internacional. Quem se presta a isso não está defendendo pátria alguma — está vendendo a soberania do país em troca de impunidade.

Pior: há suspeitas de que esses tarifaços façam parte de um esquema mais amplo, um golpe articulado não só para pressionar o STF, mas para enriquecer amigos e aliados dos golpistas, apostando na especulação e no desmonte da nossa economia. Um crime duplo: contra a democracia e contra o bolso do povo.

Jair Bolsonaro continua posando de vítima, mas o mundo inteiro sabe: ele arquitetou um golpe. Há provas, vídeos, depoimentos e até planos de assassinato contra Lula, Moraes e Alckmin. É um inimigo perigoso da democracia — e da vida.

Não é só o Judiciário que está sob ataque. É o Brasil. Eles querem que o povo sofra para, no meio do caos, escaparem da cadeia. Mas o povo está atento. O STF agiu certo com tornozeleira, restrições e silêncio forçado. E precisa ir além.

Cadeia já para Jair e Eduardo Bolsonaro!

Por conspiração, por traição, por sabotagem econômica e por transformar a soberania nacional em moeda de troca.

Não aceitaremos chantagens nem submissão a fascista algum. O Brasil tem povo, tem dignidade, tem Justiça e tem presidente. E quem tentou destruir tudo isso tem que pagar — com prisão.

¨      Temendo prisão, Bolsonaro recua e agora diz que não pode negociar com Trump

Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta segunda-feira (21), qualquer envolvimento com o tarifaço de 50% contra produtos brasileiros anunciado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de rechaçar a responsabilidade de seu grupo político e a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, no episódio. "Isso é lá do governo Trump. Não tem nada a ver com a gente. Querem colar na gente os 50%. Mentira", disse o ex-mandatário em entrevista à jornalista Andréia Sadi, do G1. "Não tenho contato com autoridades americanas", afirmou.

A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi anunciada por Trump com menção direta a Jair Bolsonaro. O presidente estadunidense qualificou como "vergonha internacional" os processos que o ex-mandatário responde no Supremo Tribunal Federal, incluindo um por tentativa de golpe de Estado. Mesmo assim, o ex-presidente manteve elogios ao líder republicano, a quem disse admirar. Em uma postagem anterior à entrevista, Bolsonaro chegou a afirmar que "com anistia, haverá paz para a economia".

"Eu não vou falar o que eu acho para o Trump. Eu tenho profunda gratidão e respeito por ele (...) Tivemos um excelente relacionamento. Ele queria taxar o aço e o alumínio em 2019. Eu conversei com ele e ele não taxou. Esse governo Lula até hoje não buscou contato com o Trump", disse Bolsonaro.

Na entrevista, Bolsonaro também rebateu declarações feitas pelo próprio filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que dias antes havia se apresentado como responsável pelas negociações com os Estados Unidos visando à imposição de sanções contra autoridades brasileiras.

"Ele não pode falar em nome do governo do Brasil. O Eduardo não pode falar em nome do governo brasileiro", afirmou o ex-mandatário, acrescentando ter pedido ao filho que "segurasse" as declarações e "medisse as palavras". Mesmo assim, defendeu a atuação do parlamentar como sendo a de "um cara responsável". Indagado se Eduardo deveria retornar ao Brasil – sua licença na Câmara terminou no domingo (20) –, o ex-mandatário desconversou. "Eu não acho nada. Ele é maior de idade, pessoa responsável, tem vergonha na cara, está fazendo um trabalho pela nossa liberdade."

Apesar de tentar se desvincular da medida, Bolsonaro reconheceu que a tarifa anunciada por Trump causará prejuízos significativos à economia brasileira. "Qualquer pessoa sabe que isso tem um impacto enorme para a economia brasileira", afirmou, antes de sugerir uma solução direta: "Tem que ir lá conversar com o Trump, ouvir as condições dele."

Pesquisa divulgada pela Quaest no dia 15 mostra que 72% dos brasileiros são contra o tarifaço e 79% acreditam que a medida terá impactos negativos em suas vidas. Para o diretor da Quaest, Felipe Nunes, o episódio "jogou o eleitor de centro para o colo de Lula", que agora aparece à frente de Bolsonaro em um eventual segundo turno em 2026 – antes, ambos estavam tecnicamente empatados.

Na mesma entrevista, Bolsonaro comentou a apreensão de US$ 14 mil feita pela Polícia Federal (PF) em sua residência na última sexta-feira (18), minimizando a importância do montante. "Você acha que 14 mil dólares é muita coisa? Eu tenho um bom recurso no banco. No momento, tive lá R$ 17 milhões lá atrás, do Pix (...) Então, perto do que eu tenho no banco, em dinheiro que está no banco, não é quase nada esses US$ 14 mil", declarou.

Ele também comentou o conteúdo de um pen drive apreendido pela PF em um banheiro da residência que, segundo a perícia realizada pela PF, não continha elementos relevantes para a investigação. "Ouvi dizer que tinha música gospel e foto de família."

Ao longo da entrevista, Bolsonaro voltou a defender anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e criticou possíveis interferências do Supremo Tribunal Federal no tema. "Olha o Congresso: pela Constituição, anistia é algo privativo do Parlamento. Agora, quando começa a discutir anistia, alguém do Supremo fala 'se aprovar, nós vamos declarar inconstitucional'. Acabou a conversa."

Por fim, o ex-mandatário afirmou que pretende participar de reuniões da bancada do PL no Congresso. As medidas restritivas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, não o impedem de frequentar o Parlamento.

¨      Agora tem que mandar prender. Por Alex Solnik

É inacreditável! Mesmo tendo de cumprir as medidas cautelares por obstrução e coação de justiça (além de traição à pátria), Jair Bolsonaro pretende reincidir na conduta criminosa: vai comparecer à Câmara para articular uma campanha nacional contra a “perseguição política” e dará nova entrevista à imprensa contestando, sem fato algum, só com mentiras, as decisões da Suprema Corte, na tentativa de se fazer de vítima, quando é réu, jogando novamente a opinião pública contra o STF, coagindo os ministros e reforçando a pressão de Trump sobre o Brasil.

   Agora não tem jeito. Ele não vai parar. Alexandre de Moraes vai ter que decretar sua prisão preventiva. É o único jeito de impedir que continue a cometer crimes. 

   E seus aliados precisam entender que a solidariedade a um ex-presidente réu num processo de golpe de estado e de atentado à soberania - os mais graves crimes que a maior autoridade do país pode cometer contra seu país - pode transformá-los em cúmplices.  

¨      Eduardo Bolsonaro precisa ser cassado. Por Aquiles Lins

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atua fora do país para atacar o próprio Brasil. Vive nos Estados Unidos desde março, quando deixou o território nacional sob o pretexto de perseguição política. Está licenciado do mandato há 120 dias, prazo máximo permitido pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados para afastamento por motivos particulares. A partir desta segunda-feira (21), sua licença termina e ele volta automaticamente a receber salário — R$ 46,3 mil — mesmo sem trabalhar, sem comparecer às sessões e sem intenção de retornar ao país.

O deputado afirma publicamente que pretende continuar fora por mais tempo e que consegue “levar o mandato” por mais três meses. Zomba da Câmara, do Regimento e do povo que paga seu salário. Em vez de cumprir suas funções, utiliza o cargo para conspirar contra o Brasil. Segundo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ele e o pai, Jair Bolsonaro, estão atuando “em conjunto nos atentados à Soberania Nacional”. Moraes determinou que ambos não se comuniquem, medida imposta ao ex-presidente quando foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica.

Eduardo já declarou que não voltará ao Brasil por medo de ser preso. Em entrevista, disse que, se necessário, abrirá mão do mandato. Poucos dias depois, mudou o tom e, em uma transmissão ao vivo, admitiu que vai se manter no cargo sem trabalhar. Enquanto isso, acumula quatro faltas não justificadas no plenário e planeja continuar ausente, protegido por brechas regimentais e pelo recesso parlamentar.

O Diretório Nacional do PT protocolou no STF um pedido de cassação do mandato de Eduardo. A legenda denuncia que o deputado atua para articular sanções econômicas dos Estados Unidos contra o Brasil. Um parlamentar não pode usar o cargo para atacar a soberania do país. Isso fere a Constituição, desrespeita a democracia e trai a confiança do povo.

O Código de Ética da Câmara permite a cassação por descumprimento das atribuições do mandato. A Câmara não pode alegar recesso para continuar ignorando esse caso. A Mesa Diretora precisa agir. Manter Eduardo Bolsonaro no cargo, com salário e foro privilegiado, enquanto ele pede agressões ao Brasil, é inaceitável.

Cassar o mandato deste fascista é uma obrigação institucional. Quem ocupa um mandato federal não pode trabalhar contra o próprio país. A omissão do Congresso diante disso enfraquece a democracia e compromete a autoridade da própria Câmara.

¨      PT vê em falas de Eduardo Bolsonaro ofensiva golpista articulada com apoio internacional

As declarações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra a Polícia Federal acenderam o alerta entre lideranças do Partido dos Trabalhadores, que enxergam nos ataques uma nova etapa de uma estratégia para deslegitimar as instituições brasileiras e fortalecer articulações golpistas com apoio internacional. A denúncia foi feita pelo presidente do PT, Edinho Silva, e pelo líder da sigla na Câmara, Lindbergh Farias. A informação é do g1.

“Essas declarações reforçam as tentativas (...) de tentar materializar a trama golpista”, afirmou Edinho Silva, em reação ao conteúdo de uma live transmitida por Eduardo no domingo (20). 

O parlamentar, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, fez ataques diretos ao delegado da PF Fábio Alvarez Shor, responsável por inquéritos envolvendo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e o escândalo das joias sauditas.

Durante a transmissão, Eduardo se referiu a policiais federais como “cachorrinhos da Polícia Federal” e lançou ameaças veladas contra Shor: “Deixa eu saber não, irmão. Se eu ficar sabendo quem é você, ah, eu vou me mexer aqui. Pergunta ao tal delegado Fábio Shor se ele conhece a gente.” Em outro trecho da live, ironizou: “Vocês não sabem a honra que é ser perseguido por vocês.”

Lindbergh Farias reagiu com dureza, afirmando que o deputado ultrapassou todos os limites. “Esse é o cara que esteve à frente da investigação da trama golpista. Eles começaram uma campanha de ataques, inclusive contra familiares”, declarou. Para o parlamentar, trata-se de uma “campanha coordenada” que visa intimidar agentes públicos. “Esse cara não pode continuar usando as redes sociais livremente pra cometer crimes", afirmou.

O líder petista confirmou que ele e o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) protocolaram um pedido de prisão preventiva contra Eduardo Bolsonaro. “Está claro que o que ele está fazendo é crime, crime de traição à nação”, disse Lindbergh.

A resposta também veio da cúpula da Polícia Federal. O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, classificou as declarações como uma “covarde tentativa de intimidação” e assegurou que a PF tomará as providências legais cabíveis.

 A instituição ressaltou que ameaças a servidores públicos no exercício de suas funções podem ser objeto de novas investigações criminais.O mandato de Eduardo Bolsonaro, que havia sido suspenso desde março por pedido de licença, foi retomado justamente neste domingo (20). Ele é alvo de investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de obstrução de Justiça, coação no curso do processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A apuração envolve possíveis ações do deputado nos Estados Unidos para interferir em processos contra seu pai e aliados, além de ataques públicos ao STF.

¨      Psol pede impeachment de Tarcísio por apoio a Trump e tentativa de favorecer Bolsonaro

Deputados estaduais do Psol protocolaram nesta segunda-feira (21) um pedido de impeachment contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sob a acusação de crimes de responsabilidade. A denúncia, apresentada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), sustenta que o chefe do Executivo paulista violou a soberania nacional ao apoiar publicamente ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra instituições brasileiras e ao tentar facilitar a ida de Jair Bolsonaro aos EUA. 

Assinado por Carlos Giannazi, Ediane Maria, Guilherme Cortez, Mônica Seixas das Pretas e Paula da Bancada Feminista, o documento detalha uma série de ações do governador que, segundo os parlamentares, excedem suas competências constitucionais e afrontam princípios fundamentais da República. Entre elas, o endosso público à carta de Trump exigindo o fim do julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) e a tentativa de interceder junto à Corte para liberar o passaporte do ex-presidente.

Play Video

“Enquanto o Brasil sofre um ataque econômico e institucional sem precedentes, o governador de São Paulo se comporta como um agente a serviço de um projeto autoritário estrangeiro, que busca enfraquecer a soberania brasileira, fragilizar a democracia e subjugar a nossa economia”, declarou o deputado Guilherme Cortez, líder da bancada do Psol na Alesp.

>>>> Apoio público a Trump em meio a sanções ao Brasil

De acordo com os parlamentares, a postura do governador diante da vitória eleitoral de Donald Trump e durante sua posse foi marcada por manifestações de exaltação e submissão política. Tarcísio chegou a usar o slogan da campanha do republicano, “Make America Great Again”, e compartilhou vídeos celebrando sua posse. Mesmo após Trump anunciar tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros — medida que afeta diretamente a economia paulista, maior exportadora para os EUA — o governador optou por atacar o governo federal e silenciar diante da decisão do mandatário americano.

>>>> Tentativa de interferência no STF e favorecimento de fuga

Outro ponto central do pedido de impeachment é a articulação de Tarcísio junto ao STF para tentar liberar o passaporte de Bolsonaro, alegando que o ex-presidente deveria negociar pessoalmente com Trump a suspensão das tarifas. A justificativa foi classificada como “esdrúxula” por ministros da Corte, segundo relatos da imprensa.

A bancada do Psol argumenta que essa conduta configura tentativa de obstrução da Justiça, além de possível colaboração para uma fuga internacional, diante das investigações em curso contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

>>>> Crimes apontados na denúncia

A denúncia, fundamentada na Lei 1.079/1950, lista uma série de possíveis crimes de responsabilidade cometidos por Tarcísio:

  • Atentado contra a existência da União ao apoiar ações hostis de governo estrangeiro;
  • Comprometimento da independência dos Poderes ao interferir em decisões do STF;
  • Ato contra a segurança interna por favorecer investigado por ameaça ao Estado Democrático de Direito;
  • Violação à probidade administrativa por priorizar interesses políticos pessoais em detrimento dos institucionais;
  • Descumprimento de decisão judicial ao tentar reverter medida de apreensão de passaporte imposta pelo STF.

O pedido solicita o imediato processamento do impeachment, com a instauração de tribunal misto presidido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. A sanção requerida inclui a perda do cargo e a inabilitação de Tarcísio para funções públicas por até cinco anos.

 

Fonte: Brasil 247

 

Nenhum comentário: