segunda-feira, 2 de junho de 2025

"Pessoas que tomam café somente pela manhã têm menos probabilidade de sofrer ataque cardíaco”, diz cardiologista

O café é uma das bebidas mais consumida pelos brasileiros. E não é à toa, né? Ele dá a disposição necessária para encararmos a rotina, afastando o cansaço. Porém a quantidade de café por vezes pode ser perigosa! Como tudo em excesso é ruim, até mesmo essa bebida entra para as estatísticas.

Mas não precisa se preocupar: o cardiologista Aurelio Rojas compartilhou a partir da sua conta no Instagram que quem toma café uma vez por dia, assim que acorda, tem menos tendências de desenvolver problemas com a cafeína e pode até mesmo ser beneficiado. "Parece que pessoas que tomam café apenas pela manhã têm maior expectativa de vida e menor chance de sofrer um ataque cardíaco.", afirma o médico.

Ele analisou um estudo publicado no European Heart Journal, que analisou mais de 40.000 pessoas por quase 20 anos e descobriu que beber café pela manhã pode estar associado a melhor saúde cardiovascular e longevidade.

<><> O estudo sobre o café e a saúde do coração

Um estudo publicado no European Heart Journal revelou que o horário em que se consome café pode influenciar significativamente a saúde cardiovascular e a longevidade. Pesquisadores da Universidade de Tulane analisaram dados de 40.725 adultos nos Estados Unidos, coletados entre 1999 e 2018, e descobriram que aqueles que bebem café predominantemente pela manhã apresentam benefícios notáveis para a saúde do coração.

Os participantes que consumiam café principalmente antes do meio-dia tiveram 31% menos risco de morte por doenças cardiovasculares.

<><> Por que o horário e a quantidade de café são importantes?

Embora o estudo seja observacional e não estabeleça uma relação de causa e efeito, os pesquisadores sugerem que o consumo de café à tarde ou à noite pode interferir nos ritmos circadianos, afetando negativamente o sono e, consequentemente, a saúde cardiovascular. Evitar o consumo de café no final do dia pode ajudar a manter um ritmo circadiano saudável e promover um sono de qualidade. Além disso, aqueles que tomam café pela manhã podem estar mais dispostos a se exercitar e seguir uma dieta mais saudável.

Mas atenção: não passe de uma xícara de café pela manhã. Moderação é essencial quando o assunto é saúde. Na dúvida, faça exames e consultas periódicas com médicos especializados.

•        Tomar café à noite é mesmo ruim e interfere no sono?

O café é um alimento muito popular pelo mundo, principalmente em forma de bebida. No Brasil, tomar um cafezinho pela manhã é essencial para a maioria das pessoas, para acordar e aumentar a disposição para enfrentar o dia que vem pela frente.

Inclusive, é bastante comum que o café também seja consumido em outros momentos ao longo do dia, como depois do almoço e no café da tarde. Contudo, é preciso tomar cuidado com o horário em que ele é consumido porque consumi-lo muito tarde pode atrapalhar o sono.

Isso porque a cafeína é famosa por ter propriedades estimulantes que nos mantém alerta, totalmente ao contrário de como o corpo espera ficar perto da hora de dormir. Dessa forma, um cérebro quimicamente mais estimulado — pelo café — terá dificuldades para dormir.

Então, vem a pergunta: quando devemos parar de beber o café durante o dia? Ou, então, o quão tarde você pode ingerir a bebida sem que ela seja prejudicial ao seu sono? Veja na matéria abaixo.

<><> Tomar café à noite é mesmo ruim e interfere no sono?

A cafeína bloqueia os efeitos da adenosina, um químico natural do corpo que promove o desejo de dormir. Além disso, reduz os níveis de melatonina, o que pode interferir no sono. Por isso, tomar café à noite pode ser ruim.

Além disso, a substância encontrada no café pode, inclusive, aumentar os níveis de ansiedade nas pessoas. Sendo assim, vemos que a cafeína tem quase tudo o que é capaz de nos impedir de dormir.

Então, que horas é recomendado tomar a última xícara de café do dia? Antes de qualquer coisa, é preciso dizer que isso é bastante individual, dependendo do organismo de cada pessoa.

E muito disso é por conta da nossa genética, que faz com que algumas pessoas sejam capazes de metabolizar a cafeína mais rapidamente do que outras.

Quem metaboliza a cafeína lentamente, provavelmente deve evitar a cafeína noturna caso queira ter uma boa noite de sono, de acordo com o nutricionista Anthony DiMarino, em entrevista para a Cleveland Clinic.

De acordo com o profissional, pode levar de duas a 10 horas para que apenas metade dos efeitos da cafeína passem, e isso varia de pessoa para pessoa.

No entanto, especialistas em sono aconselham, no geral, que se você for para a cama por volta das 23h, o ideal é parar de tomar café por volta das 14h ou 15h, por exemplo. Por mais que pareça cedo, há algumas evidências de que beber cafeína por volta de seis horas antes de dormir já é o suficiente para que o sono sofra alterações.

Já uma revisão de estudos publicada na revista Sleep chegou à conclusão de que, para evitar os efeitos da cafeína na hora de dormir, a última xícara precisa ser consumida cerca de 8,8 horas antes da pessoa ir para a cama.

Isso significa que, se você costuma dormir às 22h, o último café deve ser tomado idealmente logo depois do almoço, por volta das 13h.

Apesar de existir praticamente um consenso a respeito do horário máximo de consumo de café, o mesmo não vale para a quantidade a ser ingerida. E isso também tem a ver com as diferenças de metabolização da cafeína em cada organismo.

Ainda de acordo com o estudo, consumir uma xícara de café perto da hora de dormir diminui o tempo total de sono, e o impacto aumenta quanto mais próximo da hora de ir para a cama ele for ingerido.

O consumo da cafeína mais perto da hora de dormir reduz em cerca de 45 minutos o tempo de sono, diminuindo a eficiência do descanso em 7%, encurtando o tempo de sono profundo e aumentando o de sono leve.

•        Como a cafeína afeta o sono? Ciência investiga o impacto cerebral

O café é praticamente indispensável para milhões de pessoas ao redor do mundo: há quem não consiga começar o dia sem uma xícara pela manhã ou voltar ao ritmo após o almoço sem uma dose extra de cafeína.

Sabemos como o café — ou, mais especificamente, a cafeína — ajuda a nos manter despertos. Mas um novo estudo da Universidade de Montreal (UdeM), no Canadá, investigou os efeitos dessa substância no momento em que mais precisamos desligar: o sono.

Vale lembrar que, embora o café seja a principal bebida que pensamos quando falamos em consumo de cafeína, a substância também aparece em diversas outras bebidas comuns na vida moderna: chá, alguns refrigerantes e energéticos também contém cafeína.

Por isso, mesmo quem nunca bebeu café pode ter o sono afetado pela cafeína — basta consumir certos tipos de chá, refrigerantes ou energéticos.

<><> O que a ciência descobriu sobre a cafeína e o sono

O estudo da Universidade de Montreal foi liderado pelo pesquisador Philipp Thölke, do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Computacional (CoCo Lab) da UdeM, e co-liderada pelo diretor do laboratório, Karim Jerbi, professor de psicologia e pesquisador do Mila — Instituto de IA do Quebec. Julie Carrier, professora de psicologia do sono e envelhecimento do Centro de Pesquisas Avançadas em Medicina do Sono da UdeM, também atuou no estudo com sua equipe.

Os cientistas usaram inteligência artificial e eletroencefalografia (EEG) para estudar os efeitos da cafeína no sono, e observaram que o consumo da substância altera a complexidade dos sinais cerebrais durante o sono — mantendo o cérebro em um estado de maior atividade. Esse efeito foi mais pronunciado em adultos jovens do que em pessoas mais velhas.

<><> Cafeína mantém cérebro ativo mesmo durante o sono

Para o estudo, os pesquisadores analisaram registros da atividade cerebral noturna de 40 adultos saudáveis usando eletroencefalograma. Os dados foram analisados a partir de duas noites diferentes: em uma, eles consumiram cápsulas de cafeína três horas e depois uma hora antes de se deitar. Na outra, alguns receberam um placebo nos mesmos horários.

“A cafeína estimula o cérebro e o empurra para um estado de criticidade, no qual ele fica mais desperto, alerta e reativo. Embora isso seja útil durante o dia para a concentração, esse estado pode interferir no descanso à noite: o cérebro não conseguiria relaxar nem se recuperar adequadamente,” explicou Carrier.

O consumo de cafeína também gerou outras alterações no ritmo elétrico do cérebro durante o sono, segundo os pesquisadores. Ao atenuar oscilações mais lentas, como ondas relacionadas ao sono profundo e restaurador, a substância também estimulou atividades em ondas relacionadas à vigília e ao engajamento mental.

<><> Estudos futuros devem aprofundar os efeitos da cafeína em cérebros jovens

Os efeitos são ainda maiores na população mais jovem. O estudo notou resposta maior à cafeína em jovens adultos — entre 20 e 27 anos — do que entre pessoas na faixa etária entre os 41 e 58 anos.

“Os receptores de adenosina diminuem naturalmente com a idade, reduzindo a capacidade da cafeína de bloqueá-los e de melhorar a complexidade cerebral, o que pode explicar em parte o efeito reduzido da cafeína observado em participantes de meia-idade”, disse Carrier.

Os pesquisadores destacam a necessidade de estudos mais aprofundados para entender melhor como a cafeína afeta o cérebro em diferentes faixas etárias — especialmente entre os mais jovens, que parecem ser mais sensíveis aos seus efeitos.

 

Fonte: Tudo Gostoso/Olhar Digital

 

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