"Pessoas
que tomam café somente pela manhã têm menos probabilidade de sofrer ataque
cardíaco”, diz cardiologista
O café
é uma das bebidas mais consumida pelos brasileiros. E não é à toa, né? Ele dá a
disposição necessária para encararmos a rotina, afastando o cansaço. Porém a
quantidade de café por vezes pode ser perigosa! Como tudo em excesso é ruim,
até mesmo essa bebida entra para as estatísticas.
Mas não
precisa se preocupar: o cardiologista Aurelio Rojas compartilhou a partir da
sua conta no Instagram que quem toma café uma vez por dia, assim que acorda,
tem menos tendências de desenvolver problemas com a cafeína e pode até mesmo
ser beneficiado. "Parece que pessoas que tomam café apenas pela manhã têm
maior expectativa de vida e menor chance de sofrer um ataque cardíaco.",
afirma o médico.
Ele
analisou um estudo publicado no European Heart Journal, que analisou mais de
40.000 pessoas por quase 20 anos e descobriu que beber café pela manhã pode
estar associado a melhor saúde cardiovascular e longevidade.
<><>
O estudo sobre o café e a saúde do coração
Um
estudo publicado no European Heart Journal revelou que o horário em que se
consome café pode influenciar significativamente a saúde cardiovascular e a
longevidade. Pesquisadores da Universidade de Tulane analisaram dados de 40.725
adultos nos Estados Unidos, coletados entre 1999 e 2018, e descobriram que
aqueles que bebem café predominantemente pela manhã apresentam benefícios
notáveis para a saúde do coração.
Os
participantes que consumiam café principalmente antes do meio-dia tiveram 31%
menos risco de morte por doenças cardiovasculares.
<><>
Por que o horário e a quantidade de café são importantes?
Embora
o estudo seja observacional e não estabeleça uma relação de causa e efeito, os pesquisadores
sugerem que o consumo de café à tarde ou à noite pode interferir nos ritmos
circadianos, afetando negativamente o sono e, consequentemente, a saúde
cardiovascular. Evitar o consumo de café no final do dia pode ajudar a manter
um ritmo circadiano saudável e promover um sono de qualidade. Além disso,
aqueles que tomam café pela manhã podem estar mais dispostos a se exercitar e
seguir uma dieta mais saudável.
Mas
atenção: não passe de uma xícara de café pela manhã. Moderação é essencial
quando o assunto é saúde. Na dúvida, faça exames e consultas periódicas com
médicos especializados.
• Tomar café à noite é mesmo ruim e
interfere no sono?
O café
é um alimento muito popular pelo mundo, principalmente em forma de bebida. No
Brasil, tomar um cafezinho pela manhã é essencial para a maioria das pessoas,
para acordar e aumentar a disposição para enfrentar o dia que vem pela frente.
Inclusive,
é bastante comum que o café também seja consumido em outros momentos ao longo
do dia, como depois do almoço e no café da tarde. Contudo, é preciso tomar
cuidado com o horário em que ele é consumido porque consumi-lo muito tarde pode
atrapalhar o sono.
Isso
porque a cafeína é famosa por ter propriedades estimulantes que nos mantém
alerta, totalmente ao contrário de como o corpo espera ficar perto da hora de
dormir. Dessa forma, um cérebro quimicamente mais estimulado — pelo café — terá
dificuldades para dormir.
Então,
vem a pergunta: quando devemos parar de beber o café durante o dia? Ou, então,
o quão tarde você pode ingerir a bebida sem que ela seja prejudicial ao seu
sono? Veja na matéria abaixo.
<><>
Tomar café à noite é mesmo ruim e interfere no sono?
A
cafeína bloqueia os efeitos da adenosina, um químico natural do corpo que
promove o desejo de dormir. Além disso, reduz os níveis de melatonina, o que
pode interferir no sono. Por isso, tomar café à noite pode ser ruim.
Além
disso, a substância encontrada no café pode, inclusive, aumentar os níveis de
ansiedade nas pessoas. Sendo assim, vemos que a cafeína tem quase tudo o que é
capaz de nos impedir de dormir.
Então,
que horas é recomendado tomar a última xícara de café do dia? Antes de qualquer
coisa, é preciso dizer que isso é bastante individual, dependendo do organismo
de cada pessoa.
E muito
disso é por conta da nossa genética, que faz com que algumas pessoas sejam
capazes de metabolizar a cafeína mais rapidamente do que outras.
Quem
metaboliza a cafeína lentamente, provavelmente deve evitar a cafeína noturna
caso queira ter uma boa noite de sono, de acordo com o nutricionista Anthony
DiMarino, em entrevista para a Cleveland Clinic.
De
acordo com o profissional, pode levar de duas a 10 horas para que apenas metade
dos efeitos da cafeína passem, e isso varia de pessoa para pessoa.
No
entanto, especialistas em sono aconselham, no geral, que se você for para a
cama por volta das 23h, o ideal é parar de tomar café por volta das 14h ou 15h,
por exemplo. Por mais que pareça cedo, há algumas evidências de que beber
cafeína por volta de seis horas antes de dormir já é o suficiente para que o
sono sofra alterações.
Já uma
revisão de estudos publicada na revista Sleep chegou à conclusão de que, para
evitar os efeitos da cafeína na hora de dormir, a última xícara precisa ser
consumida cerca de 8,8 horas antes da pessoa ir para a cama.
Isso
significa que, se você costuma dormir às 22h, o último café deve ser tomado
idealmente logo depois do almoço, por volta das 13h.
Apesar
de existir praticamente um consenso a respeito do horário máximo de consumo de
café, o mesmo não vale para a quantidade a ser ingerida. E isso também tem a
ver com as diferenças de metabolização da cafeína em cada organismo.
Ainda
de acordo com o estudo, consumir uma xícara de café perto da hora de dormir
diminui o tempo total de sono, e o impacto aumenta quanto mais próximo da hora
de ir para a cama ele for ingerido.
O
consumo da cafeína mais perto da hora de dormir reduz em cerca de 45 minutos o
tempo de sono, diminuindo a eficiência do descanso em 7%, encurtando o tempo de
sono profundo e aumentando o de sono leve.
• Como a cafeína afeta o sono? Ciência
investiga o impacto cerebral
O café
é praticamente indispensável para milhões de pessoas ao redor do mundo: há quem
não consiga começar o dia sem uma xícara pela manhã ou voltar ao ritmo após o
almoço sem uma dose extra de cafeína.
Sabemos
como o café — ou, mais especificamente, a cafeína — ajuda a nos manter
despertos. Mas um novo estudo da Universidade de Montreal (UdeM), no Canadá,
investigou os efeitos dessa substância no momento em que mais precisamos
desligar: o sono.
Vale
lembrar que, embora o café seja a principal bebida que pensamos quando falamos
em consumo de cafeína, a substância também aparece em diversas outras bebidas
comuns na vida moderna: chá, alguns refrigerantes e energéticos também contém
cafeína.
Por
isso, mesmo quem nunca bebeu café pode ter o sono afetado pela cafeína — basta
consumir certos tipos de chá, refrigerantes ou energéticos.
<><>
O que a ciência descobriu sobre a cafeína e o sono
O
estudo da Universidade de Montreal foi liderado pelo pesquisador Philipp
Thölke, do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Computacional (CoCo Lab) da
UdeM, e co-liderada pelo diretor do laboratório, Karim Jerbi, professor de
psicologia e pesquisador do Mila — Instituto de IA do Quebec. Julie Carrier,
professora de psicologia do sono e envelhecimento do Centro de Pesquisas
Avançadas em Medicina do Sono da UdeM, também atuou no estudo com sua equipe.
Os
cientistas usaram inteligência artificial e eletroencefalografia (EEG) para
estudar os efeitos da cafeína no sono, e observaram que o consumo da substância
altera a complexidade dos sinais cerebrais durante o sono — mantendo o cérebro
em um estado de maior atividade. Esse efeito foi mais pronunciado em adultos
jovens do que em pessoas mais velhas.
<><>
Cafeína mantém cérebro ativo mesmo durante o sono
Para o
estudo, os pesquisadores analisaram registros da atividade cerebral noturna de
40 adultos saudáveis usando eletroencefalograma. Os dados foram analisados a
partir de duas noites diferentes: em uma, eles consumiram cápsulas de cafeína
três horas e depois uma hora antes de se deitar. Na outra, alguns receberam um
placebo nos mesmos horários.
“A
cafeína estimula o cérebro e o empurra para um estado de criticidade, no qual
ele fica mais desperto, alerta e reativo. Embora isso seja útil durante o dia
para a concentração, esse estado pode interferir no descanso à noite: o cérebro
não conseguiria relaxar nem se recuperar adequadamente,” explicou Carrier.
O
consumo de cafeína também gerou outras alterações no ritmo elétrico do cérebro
durante o sono, segundo os pesquisadores. Ao atenuar oscilações mais lentas,
como ondas relacionadas ao sono profundo e restaurador, a substância também
estimulou atividades em ondas relacionadas à vigília e ao engajamento mental.
<><>
Estudos futuros devem aprofundar os efeitos da cafeína em cérebros jovens
Os
efeitos são ainda maiores na população mais jovem. O estudo notou resposta
maior à cafeína em jovens adultos — entre 20 e 27 anos — do que entre pessoas
na faixa etária entre os 41 e 58 anos.
“Os
receptores de adenosina diminuem naturalmente com a idade, reduzindo a
capacidade da cafeína de bloqueá-los e de melhorar a complexidade cerebral, o
que pode explicar em parte o efeito reduzido da cafeína observado em
participantes de meia-idade”, disse Carrier.
Os
pesquisadores destacam a necessidade de estudos mais aprofundados para entender
melhor como a cafeína afeta o cérebro em diferentes faixas etárias —
especialmente entre os mais jovens, que parecem ser mais sensíveis aos seus
efeitos.
Fonte:
Tudo Gostoso/Olhar Digital

Nenhum comentário:
Postar um comentário