O
que é a pneumonia silenciosa? Veja sintomas e tratamento
Com a
chegada do inverno, os casos de doenças respiratórias se multiplicam em todo o
mundo, enchendo salas de emergência com pacientes que apresentam sintomas
variados, de tosse persistente a dificuldade para respirar.
Em meio
a esse cenário já conhecido, um vilão menos evidente começa a preocupar médicos
e especialistas: a pneumonia silenciosa.
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O que é e como ocorre a pneumonia silenciosa?
A
pneumonia silenciosa, também conhecida como “walking pneumonia”, é uma infecção
pulmonar causada, na maioria dos casos, pela bactéria Mycoplasma pneumoniae.
Ela
recebe esse nome porque costuma apresentar sintomas mais leves do que a
pneumonia comum, permitindo que o paciente continue suas atividades do dia a
dia mesmo estando infectado.
Por
isso, muitas vezes a doença passa despercebida ou é confundida com uma gripe
forte ou um resfriado persistente.
O
agente infeccioso Mycoplasma pneumoniae pertence a um grupo de bactérias que
não possuem parede celular, o que dificulta a detecção em exames comuns e torna
o tratamento com alguns antibióticos menos eficaz.
A
transmissão ocorre principalmente por meio de gotículas de saliva expelidas
durante a fala, tosse ou espirro. Ambientes fechados, como escolas, escritórios
e transportes coletivos, favorecem a propagação do microrganismo.
Diferente
da pneumonia bacteriana clássica, que pode ter início abrupto com febre alta,
calafrios e dores intensas no peito, a pneumonia silenciosa se instala de forma
gradual.
Os
sintomas incluem tosse seca persistente, cansaço, dor de cabeça, febre baixa,
rouquidão e falta de ar leve. Em alguns casos, a pessoa nem percebe que está
com uma infecção pulmonar, o que aumenta o risco de complicações, especialmente
em populações vulneráveis.
A
infecção não costuma ocorrer sem contato com pessoas contaminadas, embora seja
possível que o portador seja assintomático e ainda assim transmita a doença.
Por
isso, surtos em ambientes comunitários são comuns, principalmente entre
crianças, adolescentes e jovens adultos. O diagnóstico é feito por meio de
avaliação clínica e pode ser complementado com exames laboratoriais e de
imagem, como radiografia de tórax, que pode revelar áreas de inflamação nos
pulmões mesmo na ausência de sintomas intensos.
O
tratamento geralmente envolve antibióticos do grupo dos macrolídeos ou
tetraciclinas, além de repouso, hidratação e controle da febre.
A
pneumonia silenciosa tem cura, mas pode levar semanas para desaparecer
completamente.
Quando
não tratada de forma adequada, pode evoluir para quadros mais graves, como
pneumonia bilateral, infecções secundárias, ou mesmo falência respiratória,
especialmente em idosos, imunossuprimidos e pessoas com doenças crônicas. Em
casos raros, pode levar à morte.
A
principal diferença entre a pneumonia tradicional e a silenciosa está no grau
de intensidade dos sintomas. A pneumonia comum costuma ser mais agressiva e
exige hospitalização em muitos casos.
Já a
silenciosa, apesar de menos incapacitante, demanda atenção, pois pode passar
despercebida e permitir a progressão da infecção.
• Qual a diferença entre pneumonia viral e
bacteriana?
Quem já
teve pneumonia com certeza se questionou na hora do diagnóstico: “você está com
pneumonia viral”, ou ainda, “não é viral, é bacteriana”. Mas, afinal, qual a
diferença entre os dois tipos da doença?
A
pneumonia é uma doença respiratória provocada pela infiltração de agentes
infecciosos (bactérias, vírus, fungos e reações alérgicas), provocando
inflamação dos pulmões. Maior causa infecciosa de mortes de adultos e crianças,
a doença pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções e transfusão de sangue.
Segundo
o Ministério da Saúde, em 2019, 2,5 milhões de pessoas, sendo 672 mil crianças,
morreram vítimas de pneumonia. Em 2021, mais de 400 mil pacientes foram
hospitalizados devido à infecção, que possui tipos diferentes. Confira abaixo
as mais comuns e suas diferenças!
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Pneumonia viral
—
causadas pelos mesmos vírus de gripes e resfriados comuns, como Influenza A, B
ou C, H1N1, H5N1 e agora o vírus da Covid-19. A transmissão acontece por meio
de gotículas de saliva ou secreção respiratória espalhadas no ar, pela pessoa
infectada. o tipo viral é considerado o mais grave, em alguns casos, devido
suas complicações.
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Pneumonia bacteriana
— é
causada por vários tipos de bactérias, mas principalmente pelo Streptococcus
pneumoniae, também conhecido como pneumococo. Ser fumante, ingerir bebidas
alcoólicas e permanecer em ambientes fechados com ar-condicionado estão entre
os principais fatores de risco. O tipo bacteriana é o mais comum.
No
geral, os tipos de pneumonia variam de acordo com o agente causador, assim, há
ainda outros tipos menos comuns, como pneumonia química, causada por inalação
de substâncias agressivas, e a pneumonia fúngica, originária da presença de
fungos no pulmão; embora rara, ela pode ser bastante agressiva e costuma
aparecer em pessoas imunossuprimidas.
De
acordo com levantamento realizado pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h
Zona Leste, pertencente à Prefeitura de Santos (SP) e gerenciada pela
Pró-Saúde, entre janeiro e outubro deste ano a UPA ZL registrou 6.909
atendimentos de pacientes com pneumonia, sendo que deste total, 242 pessoas
precisaram de internação.
No
último sábado (12), foi o Dia Mundial da Pneumonia, e com a data especialistas
alertam para a importância da conscientização sobre a doença, além do
compartilhamento de informações sobre como evitar o contágio.
“Neste
período, a maioria dos casos que atendemos foram de pneumonia bacteriana, sendo
80% dos pacientes com idade acima de 60 anos e mais da metade eram mulheres.
Com necessidade de internação, ou não, nos casos bacterianos, todos os
pacientes precisaram fazer uso de antibióticos, sob prescrição médica”, contou
o médico Carlos Alberto de Oliveira, diretor Clínico da UPA Zona Leste.
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Como se proteger contra a pneumonia?
Entre
os principais sintomas da pneumonia estão: febre alta, tosse, dor no tórax,
alterações da pressão arterial, confusão mental, mal-estar generalizado, falta
de ar, fraqueza, secreção de muco de cor amarelada ou esverdeada.
“É
possível prevenir essa doença com atitudes simples, como lavar as mãos, não
fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, evitar estar em aglomerações de pessoas
e se vacinar”, destacou Carlos Alberto, aproveitando para chamar atenção para
outro problema: o uso de antibióticos por conta própria.
“Quando
usado sem necessidade ou sem acompanhamento de um profissional, há um risco
alto de resistência bacteriana, o que faz com que a medicação deixe de ser
eficaz, dificultando tratamento. Por isso, é essencial identificar qual o tipo
de pneumonia para iniciar o tratamento adequado.”
Além da
vacina da gripe, há disponível também a vacina pneumocócica, indicada para
prevenir as pneumonias causadas pela bactéria ‘pneumococo’. “Caso você seja
contaminado com a bactéria, ter se vacinado diminui a intensidade dos sintomas
e evita a forma mais grave da doença”, reforçou o médico.
Fonte:
Olhar Digital

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