quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Ocidente terá que reconstruir as relações com a Rússia após Biden e Starmer, diz político britânico

O líder do Partido da Herança Britânica vê o atual curso antirrusso como prejudicial, mas crê que passará após a saída dos atuais líderes dos EUA e do Reino Unido.

O Ocidente deve restabelecer boas relações com a Rússia depois que Joe Biden, presidente dos EUA, e Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, renunciarem a seus cargos, disse o líder do Partido da Herança Britânica.

"A Rússia não é nossa inimiga. Depois de Biden e depois de Starmer, o Ocidente deve tentar restaurar as boas relações novamente", escreveu no sábado (24) David Kurten em sua página na rede social X.

Anteriormente, Michael Walz, membro do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes dos EUA, disse em um briefing em Chicago que o ex-presidente norte-americano Donald Trump (2017-2021), se vencer a eleição, se concentrará em acabar com o conflito ucraniano em um momento em que os EUA não podem mais subsidiar a segurança europeia, e a Ucrânia está em uma situação desesperadora.

A representante do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova - Sputnik Brasil, 1920, 06.08.2024

Panorama internacional

Rússia e seus interesses 'não têm lugar' na fórmula de mediação de Paris, diz Moscou

6 de agosto, 12:02

Em 18 de agosto, a mídia britânica escreveu que o primeiro-ministro britânico havia solicitado ao Conselho de Segurança Nacional do país que pensasse em planos para fornecer mais apoio a Kiev.

A Rússia considera que o fornecimento de armas à Ucrânia prejudica a resolução do conflito, além de envolver diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e representa um "jogo perigoso".

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, destacou que quaisquer cargas contendo armamentos para a Ucrânia serão alvos legítimos para a Rússia. Segundo o chanceler, Estados Unidos e OTAN estão diretamente envolvidos no conflito, não apenas com o fornecimento de armas, mas também com a formação de pessoal no Reino Unido, na Alemanha, na Itália e em outros países.

O Kremlin afirmou que o aumento do fornecimento de armas à Ucrânia pelo Ocidente não contribui para as negociações e terá efeito negativo.

<><> Rússia permanecerá maior potência no Ártico apesar da adesão da Suécia e Finlândia à OTAN, diz mídia

A Aliança Atlântica está cometendo um erro com sua abordagem agressiva e confrontativa na região, argumenta a publicação The American Conservative.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) deve adotar uma postura menos hostil e mais amigável no seu relacionamento com a Rússia e a China no Ártico, escreveu na segunda-feira (26) a revista norte-americana The American Conservative.

"Mesmo com a adesão da Finlândia e a Suécia à aliança da OTAN, a Rússia continuará sendo o ator mais influente no Ártico", diz ela.

A publicação escreve que nem a modernização das bases militares soviéticas na região, nem as tentativas da China de construir a Rota da Seda do Gelo representam uma ameaça suficiente para transformar o Ártico no próximo campo de batalha das grandes potências. Apesar disso, o autor avalia que a Aliança do Atlântico Norte está determinada a enfrentar a suposta ameaça na região.

O autor do artigo acredita que o Ocidente, em vez de colocar mais lenha na fogueira das relações com a Rússia, deve dar importância à manutenção dos canais de comunicação abertos com a Rússia, além de evitar crises e reduzir os riscos de conflito.

"Washington e a aliança da OTAN devem reconhecer que entrar em um confronto militar no Ártico seria extremamente caro e complexo", apontou a American Conservative.

Anteriormente, a Rússia e a China concordaram em aumentar a interação no Ártico e usar mais ativamente as oportunidades da Rota Marítima do Norte.

¨      Kremlin: tema das negociações com Ucrânia perdeu sua relevância no momento

O assunto das negociações com a Ucrânia perdeu sua relevância no momento, nem todos os relatos sobre contatos são verdadeiros, disse hoje (26) o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, afirmando que não houve conversas entre a Rússia e a Ucrânia mesmo antes do ataque à região de Kursk.

No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia. A ação marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro de 2022.

Comentando o ataque, o presidente russo Vladimir Putin disse que a Ucrânia havia realizado outra provocação em larga escala, atirando indiscriminadamente em alvos civis. O inimigo terá uma resposta adequada, acrescentou Putin.

"Você sabe que o assunto das negociações, no momento, perdeu bastante sua relevância. Relatos sobre vários contatos na mídia são publicados em grande quantidade, e nem todos eles têm, de fato, um caráter verdadeiro", disse Peskov em uma coletiva de imprensa.

Quando perguntado pela Sputnik se as negociações entre a Rússia e a Ucrânia haviam de fato ocorrido antes da incursão das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kursk, Peskov respondeu:

"Não, não houve negociação."

Falando sobre a reação das autoridades russas ao ataque à região de Kursk, Peskov disse que tais ações hostis não podem ficar sem resposta, assegurando que haverá uma resposta, não se tratando de uma decisão única.

Além disso, os jornalistas tocaram na questão da prisão do fundador do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Durov, na França.

Segundo Peskov, o Kremlin não acha correto comentar a prisão de Durov agora, pois ainda não se sabe do que ele é acusado.

"Vamos aguardar o anúncio das acusações, se forem anunciadas, se for o caso", respondeu o porta-voz do presidente russo, indicando que o presidente russo Vladimir Putin e Pavel Durov não se encontraram durante a recente visita do líder russo a Baku.

No sábado (24) à noite, a mídia francesa informou que o fundador do Telegram, Pavel Durov, que nasceu e começou sua carreira na Rússia, foi detido no aeroporto de Le Bourget, ao sair de seu jato chegado do Azerbaijão.

De acordo com a imprensa francesa, Durov, que tem, entre outras, cidadania francesa, estava na lista de procurados do país.

A Justiça francesa considera que Durov está envolvido em crimes por uma série de razões, incluindo a recusa do Telegram em cooperar com as autoridades do país.

O fundador do aplicativo de mensagens pode enfrentar acusações de terrorismo, tráfico de drogas, fraude e lavagem de dinheiro, entre outras. De acordo com o jornalista francês Cyril Amursky, o empresário pode pegar até 20 anos de prisão.

Por sua vez, a embaixada russa na França disse à Sputnik que as autoridades francesas até agora têm se recusado a cooperar com a Rússia nessa questão.

¨      Cemitério de blindados da OTAN: conheça as armas destruídas durante investida de Kiev em Kursk

Junto com tropas de elite e mercenários estrangeiros, a ofensiva surpresa de Kiev na região de Kursk envolveu o uso de uma série de equipamentos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Aqui está o que foi destruído ou capturado pela Rússia até o momento.

O Ministério da Defesa russo diz que as perdas ucranianas em Kursk desde 6 de agosto incluem mais de 70 tanques, mais de 30 veículos de combate de infantaria (IFVs, na sigla em inglês), 58 veículos blindados de transporte de pessoal (APCs, na sigla em inglês), mais de 380 veículos de combate anfíbio (ACVs, na sigla em inglês), quase 180 outros veículos, 37 peças de artilharia, cinco mísseis terra-ar (SAMs, na sigla em inglês), 11 instalações de sistemas de lançamento múltiplo de foguetes (MLRS, na sigla em inglês), nove sistemas de guerra eletrônica (EW, na sigla em inglês) e luta contrabateria e cinco peças de equipamento de engenharia. Mas esse é o quadro geral. Aqui estão alguns dos veículos da OTAN muito elogiados que foram destruídos:

# Challenger 2: o tanque de batalha principal (MBT, na sigla em inglês) britânico, tímido em batalhas, perdeu seu cobiçado status de único tanque moderno que nunca foi destruído por fogo inimigo quando Londres começou a enviá-los para a Ucrânia no ano passado. Uma munição vagante russa destruiu um Challenger 2 em Kursk em meados de agosto.

# Abrams: os tanques Abrams norte-americanos do modelo de exportação usados pela Ucrânia também perderam seu brilho após serem enviados para Kiev, com o primeiro abate de um Abrams em Kursk ainda na semana passada, com seu kit de blindagem reativa explosiva atualizado supostamente se mostrando incapaz de parar um míssil antitanque portátil russo Kornet. Até o momento, pelo menos 20 dos 31 Abrams fornecidos a Kiev foram perdidos.

# Stryker: dezenas desses híbridos APC-IFV canadenses-americanos com rodas foram enviados para a região de Kursk na ofensiva de Kiev, com os militares russos destruindo cerca de 12 até o momento usando poder aéreo, drones Lancet e armas tripuladas pela Infantaria Naval da Frota do Mar Negro. Pelo menos dois Strykers foram capturados, um quase totalmente intacto.

# Marder: esses IFVs de fabricação alemã também têm sido altamente ativos em Kursk. Na semana passada, imagens chocantes mostraram um Marder sendo usado para demolir casas em uma vila de Kursk. Pelo menos três dos Schutzenpanzers alemães foram destruídos pelas forças russas até o momento.

# Bradley IFVs: o Ministério da Defesa russo diz que pelo menos oito Bradleys foram destruídos no decorrer do dia 12 de agosto durante uma tentativa de avanço, junto com mais de 24 outros veículos. Pelo menos cinco Bradleys adicionais foram relatados como destruídos em combates em outros lugares até agora.

# Kirpi: na semana passada, imagens de drones com visão em primeira pessoa (FPV, na sigla em inglês) russos mostraram um ataque de drone a um MRAP Kirpi operando em algum lugar na região de Kursk. Pelo menos 33 desses veículos turcos entregues em massa foram destruídos pelas forças russas até o momento.

# Humvee: esses veículos de mobilidade onipresentes produzidos nos EUA foram vistos extensivamente em briefings do Ministério da Defesa e relatórios da mídia sobre equipamentos inimigos destruídos em Kursk, com veículos destruídos vistos em uma série de modificações, de versões equipadas com torre de metralhadora fortemente blindada a veículos de suporte misteriosos.

# APC M113: esses veículos blindados de esteira da era da Guerra do Vietnã também foram vistos operando na região de Kursk. Pelo menos um M113 foi alvo do novo drone FPV com fio resistente à guerra eletrônica Knyaz Vandal of Novgorod da Rússia.

Outras plataformas mais exóticas da OTAN foram vistas (e destruídas ou capturadas) em Kursk, incluindo veículos blindados Roshel Senator de fabricação canadense e MRAPs Cougar norte-americanos.

Os veículos da OTAN vistos em Kursk (mas ainda não confirmados como destruídos) incluem os veículos blindados TSV Husky do Reino Unido e os IMV Otokar Cobra, de fabricação turca.

¨      Ataque ucraniano na região de Kursk cruzou linha vermelha de Washington, diz mídia

O ataque das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kursk já cruza as linhas vermelhas dos Estados Unidos, uma vez que põe o mundo na beira de uma Terceira Guerra Mundial, diz o comentador-chefe de relações exteriores do jornal Financial Times, Gideon Rachman.

Rachman escreve que, desde o início do conflito entre a Rússia e Ucrânia, os EUA afirmaram que seu objetivo era apoiar a Ucrânia para manter os territórios que controlava, enquanto todas as sugestões de mover o conflito para fora da zona da operação militar especial foram vistas como perigosas.

"Com sua ofensiva em Kursk, a Ucrânia não apenas cruzou as fronteiras da Rússia. Ela também ultrapassou as linhas vermelhas estabelecidas por Washington", disse.

O colunista político notou que se o governo norte-americano tiver de escolher entre apoiar a Ucrânia e "evitar a Terceira Guerra Mundial" os EUA claramente escolheriam a segunda opção.

Rachman indicou também que, apesar de os governos dos EUA e Ucrânia negarem oficialmente que o presidente norte-americano Joe Biden foi informado sobre o ataque, "é claramente do interesse dos Estados Unidos negar o envolvimento direto no planejamento de um ataque em solo russo, isso parece ser verdade".

Mesmo com isso, as autoridades norte-americanas, segundo o autor, ainda querem evitar um conflito direto com a Rússia e ainda levam a sério a ameaça de um conflito nuclear.

No dia 6 de agosto, as tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia. A ação marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro de 2022.

Comentando o ataque, o presidente russo Vladimir Putin disse que a Ucrânia havia realizado outra provocação em larga escala, atirando indiscriminadamente em alvos civis. O inimigo terá uma resposta adequada, acrescentou Putin.

¨      Forças Armadas russas dominam toda linha de combate em várias direções, diz major-general

As Forças Armadas da Rússia dominam em toda a linha de combate, e na direção de Donetsk há um avanço significativo das tropas, informou neste domingo (25) o general-major Apti Alaudinov.

O militar havia relatado anteriormente que, ao final do dia, as unidades de forças especiais Akhmat se consolidaram, deslocando o inimigo em algumas áreas da direção de Kursk.

"Falando sobre outras direções, como a direção de Donetsk, também estamos registrando um avanço muito poderoso das nossas tropas. Todos esses dias, todas as nossas unidades estão avançando bem. Podemos afirmar que em toda a linha de contato de combate, a Rússia já domina", declarou em um vídeo publicado em seu canal no Telegram.

Alaudinov também observou que, apesar do recente "avanço" das formações ucranianas na direção de Kursk, o inimigo foi destruído e continuará sendo destruído.

As unidades das Forças Armadas da Ucrânia iniciaram um ataque no dia 6 de agosto com o objetivo de capturar territórios na região de Kursk, mas seu avanço foi interrompido, afirmou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Valery Gerasimov.

A autoridade russa destacou que a operação na região de Kursk será concluída com a derrota do inimigo e o alcance da fronteira estatal. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, em 25 de agosto, durante as operações na direção de Kursk, as forças ucranianas perderam mais de 5.800 pessoas, 72 tanques e 11 lançadores de sistemas de foguetes de múltiplos disparos.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o regime de Kiev realizou uma provocação, conduzindo tiros indiscriminados, inclusive contra alvos civis. Putin afirmou que a Ucrânia receberá uma resposta à altura e que todos os objetivos da Rússia serão alcançados.

Em Kursk, bem como nas regiões de Belgorod e Bryansk, está em vigor um regime de operação antiterrorista para garantir a segurança dos cidadãos.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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