segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Pentágono abre mais de 50 investigações criminais para apurar desvio de ajuda dos EUA à Ucrânia

O inspetor-geral do Pentágono, Robert Storch, disse em um briefing na quinta-feira (21) que os seus investigadores abriram mais de 50 casos relacionados à ajuda norte-americana prestada a Kiev.

Segundo Storch, as investigações, que estão em diferentes estágios, analisam questões que incluem "fraude em compras, substituição de produtos, roubo, fraude ou corrupção e desvio", relatou o inspetor segundo a Bloomberg.

"Não fundamentamos tais alegações, embora isso possa mudar no futuro", sublinhou.

Storch também alertou que provavelmente haveria mais apurações sobre abusos ou desvios de equipamentos dos Estados Unidos "dada a quantidade e velocidade" dos equipamentos que fluem para a Ucrânia.

Até agora, os auditores descobriram "estresses e lacunas" na prestação de assistência. Por exemplo, as auditorias revelaram manifestos incompletos para remessas transferidas para Kiev através da Polônia, disse o inspetor.

Em junho do ano passado, o gabinete já havia sinalizado que "[...] o pessoal do Departamento de Defesa [DoD] não exigiu visibilidade e responsabilidade de todos os tipos de equipamentos durante o processo de transferência", recordou a mídia.

O gabinete de Storch conta com mais de 200 pessoas envolvidas na supervisão da Ucrânia, e pretende aumentar o número de pessoas que trabalham em Kiev dos atuais 28, que incluem dois na Embaixada dos Estados Unidos na capital ucraniana, relata a mídia.

Entre outras auditorias ainda em curso, o Pentágono está avaliando questões relacionadas a granadas de artilharia de 155 milímetros, para determinar se os EUA cumpriram os seus objetivos, equilibrando simultaneamente as necessidades das suas próprias reservas, treino e operações.

No começo da semana, foi divulgado um relatório do DoD no qual Storch admite que houve falha do departamento ao planejar a manutenção e suporte das armas e equipamentos enviados para território ucraniano, conforme noticiado.

·        Especialista qualifica de 'insanidade' as novas sanções dos EUA contra a Rússia

As autoridades dos EUA, impondo cada vez mais sanções contra a Rússia, repetem as mesmas ações na esperança de obter um novo resultado, mostrando assim sinais de insanidade, declarou à Sputnik o ex-conselheiro da Comissão Presidencial Bilateral EUA–Rússia no Departamento de Estado dos EUA James Carden.

"Qual é a definição de insanidade? Fazer a mesma coisa várias vezes e esperar outro resultado. É exatamente o que isso é", comentou ele o novo pacote de sanções dos EUA contra a Rússia.

De acordo com Washington Post, é improvável que as novas sanções contra a Rússia tenham um impacto negativo significativo em sua economia, "tendo em conta a resiliência da Rússia".

Sexta (23), o Departamento do Tesouro, o Departamento do Comércio e o Departamento de Estado dos EUA anunciaram a introdução de sanções em larga escala contra a Rússia. No total, cerca de 500 indivíduos e entidades, incluindo de países terceiros, foram incluídos às listas de sanções.

 

Ø  Chefe da OTAN alerta que situação na Ucrânia é 'extremamente séria'

 

Stoltenberg também afirmou que a aliança está se articulando para que Kiev realmente se torne mais um país-membro.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, disse que a situação no campo de batalha na Ucrânia "continua extremamente grave", mas sublinhou o compromisso de dois aliados em continuar a fornecer armas e apoio econômico a Kiev.

"A situação no campo de batalha continua extremamente grave", disse Stoltenberg neste sábado (24) segundo o site da Aliança Atlântica.

O chefe da OTAN também afirmou que Kiev "está mais perto do que nunca" de aderir à aliança militar.

"[...] A Ucrânia está agora mais próxima da OTAN do que nunca […]. A Ucrânia vai aderir à OTAN. Não é uma questão de se, mas de quando", afirmou.

Neste sábado (24), Canadá e da Itália assinaram acordos de segurança por 10 anos com Kiev, seguindo outros acordos assinados com Alemanha, Reino Unido e França em semanas anteriores.

A Rússia, através do seu chanceler Sergei Lavrov, já pediu diversas vezes para que países do Ocidente deixem de armar a Ucrânia para que um diálogo possa ser alcançado. Nesta semana, ele voltou a fazer o mesmo pedido em viagem ao Brasil para a cúpula de chanceleres do G20.

·        Revista revela armamento dos EUA que será difícil para a Ucrânia substituir

Para a Ucrânia será difícil substituir os sistemas de defesa antiaérea Patriot devido a problemas de fornecimento dos aliados ocidentais, escreve Military Watch.

"Os militares russos atingiram com sucesso um sistema de defesa antiaérea Patriot com mísseis MIM-104 utilizado pelas Forças Armadas da Ucrânia. Foram atingidos o lançador de mísseis superfície–ar, munições e outros componentes não especificados", detalha o artigo.

A mídia sugere que o sistema de defesa antiaérea dos EUA poderia ter sido atingido por mísseis Kinzhal ou Iskander.

Observadores enfatizaram que será difícil para Kiev substituir as partes destruídas do sistema de defesa antiaérea ocidental devido à suspensão do apoio norte-americano.

Sexta (23), o serviço de imprensa do Ministério da Defesa da Rússia informou que na semana passada (o período de 17 a 23 de fevereiro) as tropas de mísseis russas atingiram um sistema de defesa antiaérea Patriot na Ucrânia.

·        Exército russo enfrenta na operação especial todo o potencial militar-industrial da OTAN

Forças Armadas da Rússia enfrentam na zona da operação militar especial todo o potencial militar-industrial da OTAN, relatou o vice-comandante do Distrito Militar Central Yevgeny Tsindyaikin.

O vice-comandante apresentou ao ministro da Defesa da Rússia Sergei Shoigu amostras de equipamento militar estrangeiro tomado pelos militares russos. Shoigu inspecionou o agrupamento de tropas russas Tsentr (Centro) na zona da operação especial.

Entretanto o vice-comandante destacou que quase todos os veículos ocidentais têm a desvantagem na fraca capacidade de superação de terreno acidentado.

Ele chamou a atenção para as deficiências do armamento ocidental no exemplo do veículo blindado de transporte de pessoal M113 de produção dos EUA. "A desvantagem deste veículo é a fraca capacidade de superação do terreno. Isso se aplica a quase todos os veículos europeus em nossas condições [climáticas]", disse Tsindyaikin.

¨      Ucranianos se rendem em Avdeevka

Militares do agrupamento de tropas russas Tsentr (Centro) comunicaram a Shoigu sobre a rendição em massa de soldados ucranianos em Avdeevka. Cerca de 200 homens se renderam após a limpeza da cidade de Avdeevka.

O ministro da Defesa da Rússia chamou a atenção para a necessidade de tratamento humano dos soldados capturados das forças ucranianas.

Agrupamento Tsentr deve ser reforçado com meios de guerra eletrônica

Shoigu instruiu para fortalecer ainda mais o agrupamento com meios de guerra eletrônica, especialmente no nível tático. Ele disse também que está sendo preparada a entrega de drones que são operados usando tecnologia de inteligência artificial (IA).

·        Especialista revela colapso das tropas ucranianas na região de Kherson

Unidades ucranianas no povoado de Krynki, localizado na região de Kherson, foram completamente derrotadas, disse o especialista britânico Alexander Mercouris em entrevista ao canal de YouTube Duran.

"A cabeça de ponte das Forças Armadas da Ucrânia em Krynki, onde os militares ucranianos tentaram se consolidar, sofreu colapso total. Os russos tomaram este território sob controle total", disse Mercouris.

O especialista também observou que em outras áreas, incluindo em Donbass, o Exército ucraniano está em uma situação ruim. Em algumas partes do front, grandes agrupamentos das tropas ucranianas foram pegos no cerco e em caldeiras, resumiu ele.

Anteriormente, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, declarou que o Exército russo havia limpado o território em Krynki, na região de Kherson. Ele especificou que o Exército de Kiev havia reunido no local quatro brigadas do 30º Corpo de Fuzileiros Navais, que haviam combatido em diferentes direções, incluindo Mariupol. Todas elas sofreram pesadas perdas como resultado de ataques do Exército russo, disse o ministro.

 

Ø  Líder da maioria no Senado dos EUA: 'Zelensky me disse que a Ucrânia perderá a guerra'

 

O democrata Chuck Schumer, líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, afirmou nesta sexta-feira (23) que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, o comunicou que Kiev perderia o conflito com a Rússia sem o apoio militar americano.

Após usar a derrota ucraniana em Avdeevka como motivo para pressionar Washington a liberar mais armas, Zelensky busca agora a aprovação rápida do influente legislador para uma nova assistência militar e financeira a Kiev. Atualmente, essa ajuda está retida na Câmara dos Representantes devido à oposição republicana.

"O presidente Zelensky afirmou a mim e à nossa delegação que a Ucrânia perderá a guerra, com consequências terríveis para o povo ucraniano, para os Estados Unidos e para a democracia e a liberdade, sem essa ajuda vital", escreveu Schumer em suas redes sociais.

Ele enfatizou que a Câmara dos Deputados deve aprovar o projeto de lei de segurança nacional do Senado o mais rápido possível.

Schumer está na Ucrânia para marcar o segundo aniversário da operação militar especial da Rússia. A delegação do Congresso, que inclui os senadores Jack Reed, Michael Bennet, Richard Blumenthal e Maggie Hassan, se encontrou com Zelensky.

A visita ocorre após o Senado dos EUA aprovar um projeto de lei de financiamento suplementar de US$ 95 bilhões (R$ 474,5 bilhões), com US$ 60 bilhões (quase R$ 300 bilhões) em ajuda adicional à Ucrânia e US$ 14,1 bilhões (R$ 70,44 bilhões) em assistência de segurança a Israel, sem medidas de segurança nas fronteiras.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

Nenhum comentário: