Pentágono abre mais de 50 investigações
criminais para apurar desvio de ajuda dos EUA à Ucrânia
O inspetor-geral do
Pentágono, Robert Storch, disse em um briefing na quinta-feira (21) que os seus
investigadores abriram mais de 50 casos relacionados à ajuda norte-americana
prestada a Kiev.
Segundo Storch, as
investigações, que estão em diferentes estágios, analisam questões que incluem
"fraude em compras, substituição de produtos, roubo, fraude ou corrupção e
desvio", relatou o inspetor segundo a Bloomberg.
"Não
fundamentamos tais alegações, embora isso possa mudar no futuro",
sublinhou.
Storch também alertou
que provavelmente haveria mais apurações sobre abusos ou desvios de
equipamentos dos Estados Unidos "dada a quantidade e velocidade" dos
equipamentos que fluem para a Ucrânia.
Até agora, os
auditores descobriram "estresses e lacunas" na prestação de
assistência. Por exemplo, as auditorias revelaram manifestos incompletos para
remessas transferidas para Kiev através da Polônia, disse o inspetor.
Em junho do ano
passado, o gabinete já havia sinalizado que "[...] o pessoal do
Departamento de Defesa [DoD] não exigiu visibilidade e responsabilidade de
todos os tipos de equipamentos durante o processo de transferência",
recordou a mídia.
O gabinete de Storch
conta com mais de 200 pessoas envolvidas na supervisão da Ucrânia, e pretende
aumentar o número de pessoas que trabalham em Kiev dos atuais 28, que incluem
dois na Embaixada dos Estados Unidos na capital ucraniana, relata a mídia.
Entre outras
auditorias ainda em curso, o Pentágono está avaliando questões relacionadas a
granadas de artilharia de 155 milímetros, para determinar se os EUA cumpriram
os seus objetivos, equilibrando simultaneamente as necessidades das suas
próprias reservas, treino e operações.
No começo da semana,
foi divulgado um relatório do DoD no qual Storch admite que houve falha do
departamento ao planejar a manutenção e suporte das armas e equipamentos
enviados para território ucraniano, conforme noticiado.
·
Especialista qualifica de 'insanidade' as
novas sanções dos EUA contra a Rússia
As autoridades dos
EUA, impondo cada vez mais sanções contra a Rússia, repetem as mesmas ações na
esperança de obter um novo resultado, mostrando assim sinais de insanidade,
declarou à Sputnik o ex-conselheiro da Comissão Presidencial Bilateral
EUA–Rússia no Departamento de Estado dos EUA James Carden.
"Qual é a
definição de insanidade? Fazer a mesma coisa várias vezes e esperar outro
resultado. É exatamente o que isso é", comentou ele o novo pacote de
sanções dos EUA contra a Rússia.
De acordo com
Washington Post, é improvável que as novas sanções contra a Rússia tenham um
impacto negativo significativo em sua economia, "tendo em conta a
resiliência da Rússia".
Sexta (23), o
Departamento do Tesouro, o Departamento do Comércio e o Departamento de Estado
dos EUA anunciaram a introdução de sanções em larga escala contra a Rússia. No
total, cerca de 500 indivíduos e entidades, incluindo de países terceiros,
foram incluídos às listas de sanções.
Ø
Chefe da OTAN alerta que situação na
Ucrânia é 'extremamente séria'
Stoltenberg também
afirmou que a aliança está se articulando para que Kiev realmente se torne mais
um país-membro.
O secretário-geral da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, disse que a
situação no campo de batalha na Ucrânia "continua extremamente
grave", mas sublinhou o compromisso de dois aliados em continuar a
fornecer armas e apoio econômico a Kiev.
"A situação no
campo de batalha continua extremamente grave", disse Stoltenberg neste
sábado (24) segundo o site da Aliança Atlântica.
O chefe da OTAN também
afirmou que Kiev "está mais perto do que nunca" de aderir à aliança
militar.
"[...] A Ucrânia
está agora mais próxima da OTAN do que nunca […]. A Ucrânia vai aderir à OTAN.
Não é uma questão de se, mas de quando", afirmou.
Neste sábado (24),
Canadá e da Itália assinaram acordos de segurança por 10 anos com Kiev,
seguindo outros acordos assinados com Alemanha, Reino Unido e França em semanas
anteriores.
A Rússia, através do
seu chanceler Sergei Lavrov, já pediu diversas vezes para que países do
Ocidente deixem de armar a Ucrânia para que um diálogo possa ser alcançado.
Nesta semana, ele voltou a fazer o mesmo pedido em viagem ao Brasil para a
cúpula de chanceleres do G20.
·
Revista revela armamento dos EUA que será
difícil para a Ucrânia substituir
Para a Ucrânia será
difícil substituir os sistemas de defesa antiaérea Patriot devido a problemas
de fornecimento dos aliados ocidentais, escreve Military Watch.
"Os militares
russos atingiram com sucesso um sistema de defesa antiaérea Patriot com mísseis
MIM-104 utilizado pelas Forças Armadas da Ucrânia. Foram atingidos o lançador
de mísseis superfície–ar, munições e outros componentes não especificados",
detalha o artigo.
A mídia sugere que o
sistema de defesa antiaérea dos EUA poderia ter sido atingido por mísseis
Kinzhal ou Iskander.
Observadores
enfatizaram que será difícil para Kiev substituir as partes destruídas do
sistema de defesa antiaérea ocidental devido à suspensão do apoio
norte-americano.
Sexta (23), o serviço
de imprensa do Ministério da Defesa da Rússia informou que na semana passada (o
período de 17 a 23 de fevereiro) as tropas de mísseis russas atingiram um
sistema de defesa antiaérea Patriot na Ucrânia.
·
Exército russo enfrenta na operação
especial todo o potencial militar-industrial da OTAN
Forças Armadas da
Rússia enfrentam na zona da operação militar especial todo o potencial
militar-industrial da OTAN, relatou o vice-comandante do Distrito Militar
Central Yevgeny Tsindyaikin.
O vice-comandante
apresentou ao ministro da Defesa da Rússia Sergei Shoigu amostras de
equipamento militar estrangeiro tomado pelos militares russos. Shoigu
inspecionou o agrupamento de tropas russas Tsentr (Centro) na zona da operação
especial.
Entretanto o
vice-comandante destacou que quase todos os veículos ocidentais têm a
desvantagem na fraca capacidade de superação de terreno acidentado.
Ele chamou a atenção
para as deficiências do armamento ocidental no exemplo do veículo blindado de
transporte de pessoal M113 de produção dos EUA. "A desvantagem deste
veículo é a fraca capacidade de superação do terreno. Isso se aplica a quase
todos os veículos europeus em nossas condições [climáticas]", disse
Tsindyaikin.
¨
Ucranianos se rendem em Avdeevka
Militares do
agrupamento de tropas russas Tsentr (Centro) comunicaram a Shoigu sobre a
rendição em massa de soldados ucranianos em Avdeevka. Cerca de 200 homens se
renderam após a limpeza da cidade de Avdeevka.
O ministro da Defesa
da Rússia chamou a atenção para a necessidade de tratamento humano dos soldados
capturados das forças ucranianas.
Agrupamento Tsentr
deve ser reforçado com meios de guerra eletrônica
Shoigu instruiu para
fortalecer ainda mais o agrupamento com meios de guerra eletrônica,
especialmente no nível tático. Ele disse também que está sendo preparada a
entrega de drones que são operados usando tecnologia de inteligência artificial
(IA).
·
Especialista revela colapso das tropas
ucranianas na região de Kherson
Unidades ucranianas no
povoado de Krynki, localizado na região de Kherson, foram completamente
derrotadas, disse o especialista britânico Alexander Mercouris em entrevista ao
canal de YouTube Duran.
"A cabeça de
ponte das Forças Armadas da Ucrânia em Krynki, onde os militares ucranianos
tentaram se consolidar, sofreu colapso total. Os russos tomaram este território
sob controle total", disse Mercouris.
O especialista também
observou que em outras áreas, incluindo em Donbass, o Exército ucraniano está
em uma situação ruim. Em algumas partes do front, grandes agrupamentos das
tropas ucranianas foram pegos no cerco e em caldeiras, resumiu ele.
Anteriormente, o
ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, declarou que o Exército russo
havia limpado o território em Krynki, na região de Kherson. Ele especificou que
o Exército de Kiev havia reunido no local quatro brigadas do 30º Corpo de
Fuzileiros Navais, que haviam combatido em diferentes direções, incluindo
Mariupol. Todas elas sofreram pesadas perdas como resultado de ataques do
Exército russo, disse o ministro.
Ø
Líder da maioria no Senado dos EUA:
'Zelensky me disse que a Ucrânia perderá a guerra'
O democrata Chuck
Schumer, líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, afirmou nesta
sexta-feira (23) que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, o comunicou que
Kiev perderia o conflito com a Rússia sem o apoio militar americano.
Após usar a derrota
ucraniana em Avdeevka como motivo para pressionar Washington a liberar mais
armas, Zelensky busca agora a aprovação rápida do influente legislador para uma
nova assistência militar e financeira a Kiev. Atualmente, essa ajuda está
retida na Câmara dos Representantes devido à oposição republicana.
"O presidente
Zelensky afirmou a mim e à nossa delegação que a Ucrânia perderá a guerra, com
consequências terríveis para o povo ucraniano, para os Estados Unidos e para a
democracia e a liberdade, sem essa ajuda vital", escreveu Schumer em suas
redes sociais.
Ele enfatizou que a
Câmara dos Deputados deve aprovar o projeto de lei de segurança nacional do
Senado o mais rápido possível.
Schumer está na
Ucrânia para marcar o segundo aniversário da operação militar especial da
Rússia. A delegação do Congresso, que inclui os senadores Jack Reed, Michael
Bennet, Richard Blumenthal e Maggie Hassan, se encontrou com Zelensky.
A visita ocorre após o
Senado dos EUA aprovar um projeto de lei de financiamento suplementar de US$ 95
bilhões (R$ 474,5 bilhões), com US$ 60 bilhões (quase R$ 300 bilhões) em ajuda
adicional à Ucrânia e US$ 14,1 bilhões (R$ 70,44 bilhões) em assistência de
segurança a Israel, sem medidas de segurança nas fronteiras.
Fonte: Sputnik Brasil
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