Morro do Chapéu: Feira Agropecuária terá
Tayrone, Cavaleiros e Limão com Mel
A Prefeitura de Morro
do Chapéu, na Chapada Diamantina, anunciou na noite desta segunda-feira (26) as
primeiras atrações da Feira Agropecuária do município, que será realizada nos
dias 19, 20 e 21 de abril. A grade completa de atrações e atividades do evento
deve ser divulgada nos próximos dias.
A feira terá
apresentações dos cantores Tayrone e Luana Matos e das bandas Cavaleiros do
Forró e Limão Com Mel. O anúncio foi feito pela prefeita Juliana Araújo,
durante transmissão realizada nas redes sociais. Na edição do ano passado, a
mostra agropecuária reuniu mais de 90 mil pessoas nos três dias de
evento.
Além das apresentações
musicais, que ocorrem sempre durante a noite, a feira vai contar com
expositores de equinos, caprinos, ovinos, bovinos de corte e de leite, além de
insumos e defensivos agrícolas, máquinas e implementos agrícolas, energia
solar, entre outros atrativos. Também fazem parte da grade de atividades a rota
enogastronômica da cidade, exposição e venda de diversos produtos, como queijos
e embutidos.
“A Feira Agropecuária
de Morro do Chapéu já se consolidou como um dos principais eventos do setor no
nosso estado. No ano passado, foram mais de 90 mil pessoas nos três dias, com
movimentação econômica de R$7 milhões, o que demonstra a robustez do evento.
Tenho certeza que a edição deste ano será ainda maior e melhor do que em 2023”,
disse a prefeita.
Para além de
impulsionar o setor agropecuário, a feira atrai turistas e movimenta diversos
setores da economia local. “Hoje, por exemplo, nós temos sete vinícolas em
operação e outras três estão em fase de implantação. Então, além de termos a
rota enogastronômica e a exposição de produtos na feira, ainda teremos diversos
turistas que vêm para o evento e aproveitam para visitar as nossas vinícolas.
Sem contar em todos os outros setores, como o comércio, serviços, hotelaria,
bares e restaurantes, todos se beneficiam de um evento desta magnitude”,
destacou.
Ø
Panorama Internacional Coisa de Cinema
movimenta Salvador em março
Salvador terá uma
grande festa de exposição da produção audiovisual brasileira e internacional
entre os dias 14 e 20 de março, com a realização do XIX Panorama Internacional
Coisa de Cinema no Cine Glauber Rocha, situado na Praça Castro Alves, e também
na Sala Walter da Silveira, nos Barris. As informações sobre os filmes que irão
participar do Panorama foram divulgadas na tarde desta terça-feira (27),
durante coletiva de imprensa, no Cine Glauber Rocha.
Será um momento único
para acompanhar a diversidade cinematográfica produzida na Bahia, no Brasil e
em outros países do mundo. Além da exibição dos filmes, o panorama também vai
contar com a realização de oficinas, laboratórios, diálogos, debates e palestras
sobre o cinema e as produções cinematográficas em âmbito local, nacional e
internacional.
O XIX Panorama
Internacional Coisa de Cinema está sendo realizado por meio do edital SalCine,
desenvolvido pela Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de
Mattos (FGM) e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a partir
da Lei Paulo Gustavo, com recursos da União e suplementação do Município. O
evento conta também com patrocínio do Instituto Flávia Abubakir e da produtora
Coisa de Cinema.
Gestor audiovisual da
Secult, Felipe Rêgo, destacou que o SalCine se estabelece no cenário
audiovisual soteropolitano como um marco junto aos principais eventos de
audiovisual. Sendo assim, o Panorama abre um calendário de projetos que serão
executados este ano.
“O SalCine assina a
realização do Panorama, este ano, através do seu edital e da sua política de
fomento, que financiou 66 projetos no ano passado. Foram investidos mais de
R$19 milhões na cadeia audiovisual, em projetos de produção, de difusão, como o
projeto do Panorama. Então, é um grande prazer e uma grande honra para a
Prefeitura poder contribuir agora com a realização do maior e mais longevo
festival do estado”, destacou.
Idealizador e
coordenador do Panorama, Cláudio Marques disse estar muito feliz com o fomento
municipal. “É a primeira vez que estamos sendo patrocinados pela Prefeitura. Eu
estou muito contente e de fato há uma novidade no ar. De fato, a Prefeitura
começou a se importar com o audiovisual na cidade. Isso é uma novidade das mais
interessantes. É perceptível um interesse genuíno da gestão municipal em apoiar
e patrocinar a produção audiovisual em Salvador e eu acho que vem mais coisas
pela frente”, disse.
Também coordenadora do
evento, Marília Hughes lembrou que, no ano passado, o festival não foi
realizado por falta de patrocínio. “Quando surgiu o edital da Prefeitura
através da SalCine e fomos contemplados, foi muito bom, porque a gente tinha
trabalhado para realizar no ano passado. Então já vínhamos fazendo curadoria
desde março de 2023 e ia ser um trabalho que iria se perder. Com o SalCine,
conseguimos dar continuidade e finalizar esse trabalho agora para o início de
2024”, contou.
Em sua 19ª edição, o
Panorama homenageia Glauber Rocha e Castro Alves, artistas baianos nascidos em
14 de março - o cineasta em 1939, o poeta em 1847 - e com papel fundamental na
cultura brasileira.
·
Filmes
Fazem parte das 138
produções, dentre longas, curtas e documentários, os 73 filmes selecionados
para as Competitivas Nacional, Baiana e Internacional, que avaliarão e
premiarão os melhores filmes no último dia do Panorama, dia 20 de março. Ao
todo, nove longas baianos estão na disputa, dois deles na Competitiva Nacional.
Na Competitiva Baiana, são sete longas e 24 curtas, representando um período
produtivo no cenário atual baiano.
Os longas que fazem
parte da Competitiva Baiana são A Matriarca, com direção de Lula Oliveira;
Café, Pépi e Limão, de Adler Kibe Paz e Pedro Léo; Cosmovisões, de Marcília
Cavalcante, Diário de Primavera, de Fabíola Aquino e Juliano de Paula Santos;
Dois Sertões, de Caio Resende e Fabiana Leite; Sysyphus, de George Neri e No
Rastro do Pé de Bode, de Fabíola Aquino e Juliano de Paula Santos. Alguns dos
curtas da competitiva baiana são 56 Dias, de Lara Carvalho; A Faísca, de
Gabriela Monteiro; Além da Cancela, de Margarete Jesus, Camaleoa, de Euardo
Tosta e O Homem que Virou Castanha, de Natan Fox.
A relação completa dos
filmes participantes e as informações sobre as oficinas e laboratórios podem
ser acessada no site do XIX Panorama Internacional Coisa de Cinema e também no
perfil do Instagram (@panoramacoisadecinema). Os ingressos para as sessões terão
preços populares de R$12 (inteira) e R$ 6 (meia entrada). Além disso, será
comercializado um passaporte individual para dez sessões por R$55, e na Sala
Walter da Silveira, a programação será gratuita.
Ø
O poeta e compositor Raul Seixas é o
homenageado na edição 2024 da FLIPELÔ
A edição 2024 da Festa
Literária Internacional do Pelourinho (FLIPELÔ), que acontecerá de 7 a 11 de
agosto, no Centro Histórico de Salvador, vai homenagear o poeta, cantor,
compositor, produtor e multi-instrumentista Raul Seixas (1945–1989),
considerado o pai do rock brasileiro. Um mestre das palavras, que desde a
infância desenvolveu uma paixão pelos livros.
Trazer Raul Seixas
como homenageado em uma Festa Literária é revelar, especialmente para as novas
gerações, o quanto a literatura teve significado para ele, contribuindo com o
seu talento, libertando a sua mente para criar letras e harmonias únicas e muito
criativas.
Durante a
adolescência, o baiano maluco beleza passava horas na vasta biblioteca do pai,
repleta de clássicos da literatura. Suas grandes paixões eram a filosofia e
livros de ficção. Raul Seixas adorava escrever contos, poesias e histórias em
quadrinhos. Pensava em ser escritor, citava Jorge Amado como referência, como
consta em depoimento no livro Raul Seixas: Uma antologia (1992), de Sylvio
Passos e Toninho Buda: “Eu queria ser escritor, feito Jorge Amado, vivendo de
meus livros, escrevendo o dia todo, com uma camisa branca aberta no peito e
cigarro caindo do lado”.
E foi escritor. Compôs
grandes poesias, depois transformadas em canções que conquistaram o povo
brasileiro. Raul Seixas teve uma carreira curta, que durou apenas 26 anos, mas
os 17 álbuns que lançou definiram o rock nacional.
·
Homenagem
A FLIPELÔ sempre
homenageia pessoas que tenham alguma relação com o universo amadiano. Entre as
justificativas apresentadas por Angela Fraga, diretora executiva da Fundação
Casa de Jorge Amado, é que Raul Seixas, assim como Amado, foi buscar na cultura
popular o tempero de suas obras. Importante destacar que ele pegou o rock de
Elvis Presley e misturou aos ritmos dançantes nordestinos, como o baião e o
xaxado.
"Também igual a
Jorge Amado, questionou as desigualdades sociais vigentes. Raul Seixas defendia
uma sociedade alternativa, o que o levou a virar alvo da ditadura militar. Teve
sua obra censurada, foi perseguido e exilado", acrescentou Ângela.
"Mas nada disso
diminuiu a força da sua obra, que segue viva e atual. Raul Seixas é um dos
maiores artistas brasileiros. É referência às velhas e novas gerações. Suas
palavras, como as de Jorge Amado, são contemporâneas, definem o Brasil de hoje:
um país que segue em uma 'metamorfose ambulante'. E é essa obra potente do
Maluco Beleza que a FLIPELÔ vai debater e reverenciar", finalizou a
diretora executiva da Fundação Casa de Jorge Amado.
A FLIPELÔ é uma
realização da Fundação Casa de Jorge Amado, em correalização com o Sesc.
Fonte: Tribuna da Bahia
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