Aumento de câncer colorretal em jovens
reforça importância de detecção precoce
O câncer de intestino,
também conhecido como câncer colorretal, está se tornando cada vez mais comum
no Brasil, e estudos indicam que essa tendência pode continuar. Especialistas
preveem um aumento de 10% na probabilidade de mortes prematuras por esse tipo
de câncer entre adultos de 30 a 69 anos até 2030. Este aumento é preocupante em
todas as regiões do país e afeta tanto homens quanto mulheres, sendo
particularmente alto no Nordeste, que apresentou um aumento projetado de 37%
entre os homens e 38% entre as mulheres.
Atualmente, o câncer
de intestino é o segundo tipo mais comum no Brasil, atrás apenas do câncer de
próstata em homens e de mama em mulheres. De acordo com o gastroenterologista e
coordenador científico do Itaigara Memorial Gastro-Hepato Endoscopia, Rodrigo
Felipe, “estima-se que, a cada ano, cerca de 46 mil pessoas sejam
diagnosticadas com este câncer, o que representa em torno de 10% de todos os
diagnósticos de câncer no país, excluindo o câncer de pele não melanoma”.
Interessantemente,
houve um aumento na incidência desse tipo de câncer entre pessoas mais jovens,
nas faixas de 20 a 49 anos e de 50 a 69 anos, observado entre os anos 2000 e
2015. “Esse aumento nos alerta sobre a importância de entender os fatores de risco
associados ao câncer de intestino, que incluem aspectos genéticos, hábitos
alimentares e níveis de atividade física”, afirma o médico.
Segundo Felipe,
fatores genéticos podem aumentar o risco de desenvolver o câncer de intestino,
especialmente se houver histórico familiar da doença. “Isso significa que
pessoas com familiares próximos que tiveram câncer de intestino podem ter um
risco maior de desenvolvê-lo”. Vale ressaltar que a realização do exame de
colonoscopia deve ser feita a partir dos 45 anos. “Se a pessoa já teve casos na
família, ela pode marcar a sua primeira avaliação 10 anos antes da idade em que
foi descoberta a doença no familiar”, esclarece.
Além disso, a
alimentação desempenha um papel crucial na prevenção do câncer de intestino.
“Dietas ricas em carnes vermelhas e processadas, com baixo consumo de fibras,
frutas e vegetais, podem aumentar o risco de desenvolver essa doença. Por outro
lado, uma alimentação balanceada, rica em fibras, frutas, vegetais e com menor
consumo de alimentos processados, pode ajudar a reduzir o risco. Já a carne
vermelha vai depender da quantidade e modo de preparo”, explica.
A atividade física
regular também é fundamental. O sedentarismo aumenta o risco de câncer de
intestino, enquanto que manter-se ativo pode ajudar a diminuir esse risco,
afirma o gastroenterologista. “Portanto, incorporar exercícios físicos na
rotina é uma estratégia importante na prevenção dessa doença”.
“Compreender esses
fatores de risco e adotar medidas preventivas, como manter uma alimentação
saudável, praticar exercícios regularmente e estar atento ao histórico
familiar, são passos importantes para reduzir o risco de desenvolver câncer de
intestino”, destaca Felipe.
O Itaigara Memorial
Gastro-Hepato Endoscopia é referência no Brasil em Gastroenterologia e
Endoscopia e dispõe de uma equipe de gastroenterologistas, coloproctologistas e
endoscopistas altamente capacitada para o diagnóstico e tratamento de doenças -
desde consultas até a realização de exames, como a colonoscopia, e
procedimentos cirúrgicos em hospital dia.
Fonte: Tribuna da
Bahia
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