BRICS:
Nem privilégios, nem exorbitantes
A
dominância do dólar sempre concedeu vantagens significativas aos Estados
Unidos, como a capacidade de sustentar déficits fiscais e comerciais
irresponsavelmente, ou o poder de compra privilegiado dos recursos naturais de
outros países. Porém, a acentuação do uso coercitivo da moeda e as frequentes
crises do sistema colocam na ordem do dia a urgência de construção de uma nova
arquitetura financeira.
Desde a
crise dos anos 1970, quando o dólar abandonou qualquer possibilidade de lastro
material e se aboliram os limites para a criação de dinheiro, o dólar se tornou
uma “moeda financeira”, mais atrativo pelo acesso aos mercados financeiros e
liquidez do que pela estabilidade de seu poder de compra. O que permite que os
EUA financiem seus déficits, através dos títulos de dívida, em condições
privilegiadas e sem obstáculos para alimentar sua indústria bélica. Por outro
lado, a subordinação da economia global à especulação financeira tem submetido
toda economia global às vulnerabilidades e instabilidades, como a crise de
2008. As recentes crises ambiental, econômica e pandêmica demonstram a
incapacidade do sistema financeiro em enfrentar ou solucionar estas
contradições de forma satisfatória ou de proteger países e povos.
Para os
países do Sul Global, além do papel na exploração barata dos bens comuns da
natureza, na extorsão de poupança através das dívidas, o dólar é um instrumento
político, usado através de sanções que bloqueiam pagamentos internacionais e
apreendem bens e depósitos no exterior, como ocorrido com a Venezuela e Rússia.
A postura arbitrária e truculenta dos primeiros meses do governo Trump apenas
aprofundam a necessidade que os países do Sul Global busquem alternativas
para construir sistemas financeiros independentes.
Diante
deste cenário, alternativas ao dólar, como transações transfronteiriças em
moedas nacionais e a redução da participação do dólar nas reservas
internacionais já têm sido construídas por países ou blocos regionais. Mas são
insuficientes para a construção de uma nova arquitetura financeira.
Um
caminho possível seria construir uma nova economia global que articulasse as
economias nacionais com as instituições multilaterais através de blocos e
articulações regionais, como arranjos de comércio, como o Mercosul,
arranjos de financiamento regional ou bancos de desenvolvimento regional, com
plataformas que integrem e cooperem estes esforços com maior inclusão e maior
governabilidade local. A atuação de blocos regionais é determinante ainda para
assegurar a soberania dos países do Sul Global sobre os bens comuns da
natureza, como, por exemplo, uma “OPEP dos recursos energéticos” necessários
para a transição climática.
Neste
contexto, os BRICS poderiam ser o núcleo articulador destas iniciativas,
coordenando bancos de desenvolvimento e arranjos regionais, através da
ampliação das ferramentas já existentes, o Novo Banco de Desenvolvimento e o
Arranjo Contingente de Reservas (CRA), mas também através da construção de
novos mecanismos, como um sistema de pagamentos alternativo ao SWIFT, uma
unidade de conta para transações internacionais e reserva e a adoção de moedas
digitais.
O certo
é que protelar a iniciativa de uma nova arquitetura financeira significa
permanecer acorrentado a um sistema desigual, extorsivo e não confiável. É
atrelar o destino das populações ao destino dos Estados Unidos e de sua
governança autoritária e ensimesmada. Por sua vez, necessariamente, a
construção de um sistema alternativo passa pela coragem e ousadia dos Brics em
constituírem-se como alternativa de fato para as aspirações do Sul Global.
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Com foco em reformas no FMI, dívida global e governança tributária,
Brasil recebe cúpula do Brics+
O
Brasil sediará em julho a cúpula do Brics+, grupo que completa 16 anos desde
sua primeira reunião de líderes, realizada em 2009. A nova edição do encontro
ocorre em um contexto geopolítico diferente daquele que originou o bloco,
formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que
agora se amplia com a adesão de novos membros e a solicitação de entrada por
mais de 20 países.
Criado
em meio à crise financeira global de 2008, o Brics surgiu com a proposta de
reformar instituições financeiras internacionais, especialmente o Fundo
Monetário Internacional (FMI), então alvo de críticas pela condução das
respostas à crise. Naquele momento, o bloco defendia maior representatividade
dos países em desenvolvimento nas estruturas multilaterais, sem confrontar
diretamente os organismos existentes.
Nos
últimos anos, porém, o grupo passou a adotar uma postura mais voltada à
geopolítica, especialmente após o aprofundamento das tensões entre China e
Estados Unidos, os conflitos envolvendo a Rússia e o avanço de discussões sobre
alternativas ao dólar como moeda de referência. A entrada de novos membros —
entre eles grandes exportadores de petróleo — e a expansão da agenda para além
da economia fortalecem a posição do Brics+ como coalizão política no cenário
internacional.
Apesar
da mudança de foco, os países do bloco seguem defendendo reformas na
arquitetura financeira internacional. Um dos principais pontos da agenda da
presidência brasileira será a revisão das regras de governança e cotas do FMI,
com o objetivo de aumentar a representação dos países do Sul Global.
O bloco
também propõe a reformulação da política de empréstimos da instituição,
incluindo a revisão das sobretaxas aplicadas durante crises e a definição de
limites para os juros sobre os Direitos Especiais de Saque (SDRs).
O grupo
defende ainda a criação de um modelo anticíclico para o sistema de sobretaxas
do FMI, permitindo que os encargos sejam reduzidos em momentos de
vulnerabilidade fiscal, em vez de aumentados. Outra frente de atuação será a
busca por alternativas ao atual modelo do Common Framework do
G20 para reestruturação de dívidas soberanas, considerado ineficaz por não
prever mecanismos de participação obrigatória de credores privados nem
incorporar critérios sociais ou ambientais.
O
Brics+ reúne países com diferentes perfis econômicos, incluindo credores como a
China e devedores como Egito, Etiópia e África do Sul. A Etiópia, por exemplo,
participa desde 2021 de negociações sobre tratamento de dívida no âmbito do
G20. Para que o bloco fortaleça sua atuação, lideranças defendem que a China
adote medidas concretas de alívio da dívida de países do grupo, o que poderia
viabilizar investimentos em áreas como clima e desenvolvimento social.
Uma das
propostas discutidas é a reforma da Análise de Sustentabilidade da Dívida
(DSA), atualmente conduzida por organismos financeiros internacionais. O Brics+
propõe que essa análise passe a incorporar objetivos de longo prazo, como
adaptação às mudanças climáticas, transição energética e inclusão social. A
avaliação de sustentabilidade deixaria de se basear exclusivamente em
indicadores fiscais e passaria a considerar os compromissos assumidos em
acordos multilaterais.
A
presidência brasileira também deverá priorizar o fortalecimento do Arranjo
Contingente de Reservas (ACR), criado pelo Brics para apoiar países com
dificuldades na balança de pagamentos. O Brasil propõe que a parcela dos
recursos do ACR desvinculada do FMI — hoje limitada a 30% — seja ampliada.
Outra proposta é permitir que os empréstimos do ACR sejam concedidos em moedas
locais, reduzindo a exposição ao dólar e os impactos do endividamento externo.
O grupo
defende, ainda, a inclusão das moedas dos novos membros do Brics na cesta de
referência do ACR, o que aumentaria a flexibilidade operacional do fundo e
ampliaria sua relevância como instrumento financeiro autônomo.
Na
agenda tributária, os países do Brics reconheceram a importância da
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Cooperação Tributária Internacional
(UNFCITC), formalmente estabelecida em 2024. O grupo considera a ONU um espaço
mais representativo do que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), atualmente responsável pela liderança das negociações sobre
erosão da base tributária e transferência de lucros (BEPS).
O
acordo dos “Dois Pilares”, formulado pela OCDE, tem sido alvo de críticas de
países em desenvolvimento, que argumentam que suas necessidades não são
contempladas. O Brics+ defende que a UNFCITC se torne o novo fórum de
negociação de normas tributárias internacionais, com base em princípios de
justiça fiscal e participação equitativa.
Durante
o G20 de 2024, foi apresentada a proposta de criação de um imposto global sobre
indivíduos de alto patrimônio, medida que também será discutida no âmbito do
Brics+. A implementação dependerá da formação de um consenso interno no bloco e
da articulação com outras nações do Sul Global.
As
propostas defendidas pelo Brasil incluem ainda o estabelecimento de um novo
marco multilateral de governança da dívida, que incorpore parâmetros
atualizados de DSA, mecanismos de transparência — como um registro
internacional de dívidas soberanas — e compromissos com direitos humanos,
equidade de gênero e salvaguardas ambientais.
O
encontro de julho ocorrerá sob a liderança da presidência brasileira, que
pretende reforçar a coordenação interna do bloco e consolidar parcerias
estratégicas com países em desenvolvimento. A expectativa é de que o Brics+
avance na construção de uma nova arquitetura financeira internacional, com foco
na equidade entre países e na sustentabilidade das políticas de financiamento
global.
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'Ausência de Xi Jinping causa desprestígio à cúpula do
BRICS no Brasil', avalia socióloga
Era de
se esperar a ausência do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na cúpula
do BRICS sediada pelo
Brasil neste
ano, levando em consideração o mandado de Tribunal Penal Internacional (TPI) do
qual é alvo, e o governo Lula enquanto signatário do Estatuto de
Roma. Contudo, “havia uma expectativa” para a presença do chefe de Estado
chinês, Xi Jinping, que, pela primeira vez, confirmou sua desistência a este
evento por “conflitos de agenda” e, consequentemente, anunciou o envio de seu
primeiro-ministro Li Qiang para representá-lo.
A
avaliação é de Rita Coitinho, que integra o Conselho Civil do BRICS. A Opera
Mundi, a socióloga destacou que do país asiático “vem o número 2, que não é
pouca coisa”, mas reconheceu que a falta do chefe de Estado deixa “uma sensação
de pouco prestígio da cúpula”.
“Acho
que havia uma expectativa pela sua presença – embora ela já tenha vindo ao
Brasil recentemente.
Os chineses estão muito engajados no BRICS. Há encontros montados por eles de
empresários, pesquisadores, etc. acontecendo paralelamente ou antes da cúpula
no Rio”, pontuou.
A 17ª edição da cúpula
do grupo de
países de economias “em desenvolvimento” ocorre entre domingo (06/07) e
segunda-feira (07/07) na capital do Rio de Janeiro. Embora as siglas “R” e “C”
façam referência respectivamente à Rússia e China, importantes atores no cenário geopolítico e essenciais na
busca por uma nova ordem mundial, ambas as nações confirmaram que seus chefes
de Estado não participarão do evento.
Sobre
como a relação sino-russa influencia as decisões do BRICS, especialmente em
temas-chave como o comércio em moedas
alternativas ao dólar,
Coitinho classificou Moscou e Pequim como sendo “os motores” do bloco
econômico.
“A
presidência da Rússia foi um acontecimento. Repleta de debates, muitos recursos
investidos, propostas ousadas na área de pagamentos intrabloco. Os chineses
também apostam muito, especialmente nos temas que afetam a área de energia
renovável e infraestrutura. Os demais países parece que vão mais devagar e isso
inclui o Brasil”, explicou a socióloga.
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Tensões geopolíticas
O BRICS
deste ano ocorre em um cenário de crescentes tensões geopolíticas, envolvendo
guerras tarifárias em âmbito mundial, além de bélicas, em especial,
concentradas no Oriente Médio. Nos bastidores, muito se questionou se a recente
guerra entre Irã e Israel, respaldada pelos Estados Unidos e atualmente
interrompida com a consolidação de um cessar-fogo, implicaria na realização da
cúpula.
“Acredito
que deve sair alguma declaração, por exemplo, na defesa do livre comércio e na
condenação das tarifas unilaterais e guerras tarifárias”, indicou Coitinho.
“No tema da paz, a questão é mais espinhosa no que se refere ao Irã (e mesmo à
Ucrânia) pela presença da Índia, Emirados Árabes e Arábia Saudita, que têm
posições meio dúbias devido às suas relações com os EUA”.
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O que esperar desta edição?
De
acordo com a avaliação de Coitinho, o BRICS obteve uma resposta “muito
positiva” envolvendo o conjunto de países do chamado “Sul Global”, antagônico
ao Ocidente. O bloco econômico surgiu visando a discussão de um sistema financeiro
internacional e
se tornou “um espaço de diálogo sobre múltiplas temáticas”, visando atender às
necessidades dos países fora do eixo dos ditos desenvolvidos como os europeus,
ou os EUA, Canadá e Japão – embora tenha tido um resultado “muito aquém” do
esperado, conforme a socióloga.
“Nessa
cúpula, até pelas prioridades
elencadas pela presidência brasileira – Cooperação em Saúde Global; Comércio,
Investimentos e Finanças; Mudança do Clima; Governança da Inteligência
Artificial; Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança; e Desenvolvimento
Institucional do BRICS – a tendência é que tenhamos uma declaração que abarque
esses múltiplos aspectos, numa certa continuidade do que já veio da cúpula
passada, em Kazan, mas com ênfase no tema do Clima”, analisou Coitinho.
A
socióloga recordou que o Brasil também sedia a COP30 (Conferência das Nações
Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), em Belém do Pará, neste
ano. Desta forma, o assunto do clima “tem nuances quando se fala de
BRICS”.
“De um
lado temos o Brasil e a Indonésia, países megadiversos, com grandes florestas,
e muito interesse em fundos relacionados à preservação (comércio de carbono,
etc.). De outro, temos países com grande presença no mercado de petróleo e
derivados. E ainda a China, que tem investimentos vultosos em energias
renováveis”, explicou, acrescentando que a expectativa é de que saia uma
formulação que corresponda “à média desses interesses” nesta cúpula. “Algo como
investimentos em tecnologias renováveis”.
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China supera Rússia como parceira de Cuba com investimentos em energia solar
A China
assume a posição de principal parceira econômica de Cuba ao financiar 55 novos
projetos de energia solar até 2025.
A Reuters constatou a mudança ao analisar as exportações
chinesas de energia solar para a ilha
caribenha, enquanto as promessas russas de desenvolvimento no país não se
materializaram.
Segundo
a reportagem da agência britânica, o tráfego da China no porto de Mariel,
principal centro de transporte de Cuba, começou a aumentar em agosto de 2024.
“Navios
que chegaram de Xangai, Tianjin e outros portos chineses importantes
transportavam painéis solares, aço, ferramentas,
peças e também combustível para transporte terrestre, garantindo que os painéis
chegassem aos seus destinos”, declararam fontes do porto à Reuters.
A
parceria entre China e Cuba cresceu após a ilha aderir à Iniciativa Cinturão e
Rota em 2018. A China investiu em projetos de infraestrutura, incluindo
transporte, portos e telecomunicações.
“Uma
análise da Reuters de vários locais no local sugere que, onde
muitas das promessas mais recentes da Rússia fracassaram, a China discretamente
se apresentou para preencher o vazio, avançando com uma série de projetos com
prazos críticos, visando ajudar Cuba a salvar sua economia”, afirma a
reportagem.
A
mudança ocorre em momento crítico para Cuba, que enfrenta grave crise econômica
maximizada pelo bloqueio dos Estados Unidos, com escassez de alimentos,
combustível e medicamentos, além de apagões prolongados. Segundo apuração da
agência de notícias britânica, a situação piorou com a queda no turismo,
redução nas exportações e novas sanções norte-americanas impostas pelo governo
Trump.
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China assume mais da metade da demanda energética de Cuba
Os
investimentos chineses alcançam desde áreas próximas à capital até Jatibonico,
cidade remota a horas de Havana. Esta pequena cidade usa charretes puxadas por
cavalos e enfrenta longos períodos sem luz. O local exemplifica o contraste
entre promessas russas não cumpridas e avanços dos projetos chineses.
Em
Jatibonico, enquanto a antiga usina de açúcar, que já foi a maior do país,
permanece inoperante apesar do anúncio feito há dois anos pela empresa russa
Progress Agro, três tratores preparam um antigo canavial para a instalação de
um parque solar financiado pela China, que fornecerá 21 MW de eletricidade.
“Quando
os (russos) virão? É só disso que todo mundo fala”, questionou Carlos Tirado
Pino, de 58 anos, à Reuters. Ele é um dos poucos trabalhadores de
manutenção que mantiveram seus empregos na usina de açúcar local.
Os
projetos solares chineses já produziram quase 400 MW de energia, representando
aproximadamente um terço do déficit energético diurno de Cuba. Segundo
estimativas oficiais, os novos investimentos devem elevar essa capacidade para
mais de 1.100 MW até o final de 2025, quase cobrindo o déficit diurno e
economizando combustível para uso noturno.
Em
fevereiro passado, Cuba inaugurou um parque solar em Cotorro, nos arredores da
capital, com a presença do embaixador chinês em Havana, Hua Xin, e do
presidente cubano Miguel Diaz-Canel, que descreveu o projeto como uma
“colaboração de nossa irmã República China”.
Autoridades
anunciaram ainda durante o evento que a China participa de um projeto para
modernizar toda a rede elétrica cubana, com 55 parques solares a serem
construídos em 2025 e outros 37 até 2028, totalizando 2.000 MW – o que
representará cerca de dois terços da demanda atual de energia no país.
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Projetos russos permanecem estagnados
Em
contraste, muitos projetos russos anunciados em 2023 não avançaram. Em maio
daquele ano, o vice-primeiro-ministro russo Dmitry Chernyshenko participou da
cerimônia de reabertura da maior siderúrgica de Cuba, viabilizada por um
financiamento russo de US$ 100 milhões.
O
diretor da fábrica, Reinier Guillén, havia prometido que a produção de barras
de aço aumentaria para 62.000 toneladas métricas em 2024, mas a agência oficial
de estatísticas de Cuba (ONEI) informou em abril que a ilha produziu apenas
4.200 toneladas métricas naquele ano.
“Falar
é fácil. Quando (a fábrica) está funcionando, ouvimos o barulho, vemos os
trabalhadores, mas não vi nenhum sinal de que esteja funcionando”, relatou
Esperanza Perez, 37 anos, moradora local. “Não vimos nenhum benefício aqui”.
Outros
projetos russos não avançaram. A reconstrução da comunidade residencial de
praia de Tarara, próxima a Havana, e a abertura do “Rusmarket” foram adiadas. O
mercado seria um ponto de entrada para produtos russos.
Apesar
das falhas em cumprir promessas anteriores, a Rússia ainda mantém alguma
presença em Cuba, fornecendo cargas marítimas de trigo e petróleo e promovendo
o turismo na ilha.
Em maio
deste ano, Chernyshenko anunciou um plano para subsidiar taxas de juros para
empresas interessadas em investir até US$ 1 bilhão em Cuba, referindo-se ao
país como “parceiro confiável”.
“Ainda
há muito trabalho duro a ser feito, avançaremos aos poucos”, declarou
Chernyshenko a repórteres em Moscou. Ele acrescentou por fim que “é impossível
conseguir as coisas imediatamente, como num passe de mágica”.
Fonte:
Opera Mundi/O Cafezinho

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