Haddad
sobre medidas econômicas: "Corrige distorção sem aumentar tributo para o
povo"
Trabalhadores
e pessoas de baixa renda não pagarão nada a mais pelas novas medidas de ajustes
fiscais e tributários encaminhadas, na semana passada, pelo Governo Federal ao
Congresso. Com essa convicção, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
percorreu corredores e gabinetes ao longo dos dias mais recentes, no esforço de
encaminhar as propostas para suplantar lacunas orçamentárias que as
desonerações fiscais e outras distorções tributárias têm causado.
Na
noite de quarta-feira (11/6), enfim, um decreto e uma medida provisória
publicados pelo governo no Diário Oficial da União deram contornos reais às
propostas que a Fazenda, conforme o ministro ressalta, negociou com lideranças
do Congresso.
Haddad
se desdobrou a repetir que as medidas vão criar tributos apenas para aqueles
que o ministro tem chamado de “moradores da cobertura” acostumados a não pagar
as taxas de condomínio.
Calcula-se
que a renúncia fiscal corresponda a 4,8% do PIB brasileiro. O ministro fala em
R$ 800 bilhões em impostos "perdoados" anualmente. Os números
ilustram o tamanho do buraco produzido por isenções suportadas pelo orçamento
público. Mais um exemplo: nos cálculos da Fazenda, títulos negociados no
mercado financeiro isentos de impostos no Brasil giram R$ 1,7 trilhão,
anualmente.
O
deputado Rogério Correia (PT-MG) recorreu a outra analogia para definir a farra
fiscal dos mais ricos: “A gente vê um grito geral daqueles que são bilionários,
como diz a música do Raul Seixas: 'Nós não vamos pagar nada', ficam os
milionários, lá em cima, gritando isso, e o povo precisando de melhorias”.
Nas
entrevistas que concedeu ao longo da semana, seja em estúdios de TV ou à saída
de algumas das tantas reuniões de que participou, o ministro Fernando Haddad
deu especial destaque às plataformas de apostas digitais, as chamadas bets, e
às fintechs - os bancos digitais, que não têm rede física de atendimento – como
exemplos maiores da analogia dos condôminos endinheirados e inadimplentes que
lucram, mas escapam da tributação e não contribuem para o financiamento das
políticas públicas e sociais.
Mas
Haddad também falou do agronegócio e da construção civil, dois setores que têm
sido beneficiados com apoio do Governo Federal mas, segundo alguns de seus
representantes, seriam prejudicados com as novas medidas. Haddad buscou, também
neste caso, demonstrar que as novas regras vão abarcar apenas os especuladores
que manipulam os as letras de crédito que deveriam, em tese, estimular
atividades produtivas.
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Bets e fintechs
Sobre
as bets, Haddad disse a jornalistas, na quinta-feira (12): “Esse setor hoje, e
é bom que a população saiba disso, entre o que recebe de apostas e o que paga
de prêmios, eles estão tendo um lucro bruto, nessa diferença, de cerca de R$ 40
bilhões. E não geram emprego. Para vocês terem uma ideia, desses R$ 40 bilhões,
eles devem gerar menos do que R$ 10 bilhões de impostos, ou seja, uma alíquota
menor do que uma empresa normal”, completou.
A
medida efetivamente adotada pelo Governo Federal foi instituir uma taxa de 18%
sobre o faturamento das plataformas de bets. Atualmente, a taxa é de 12%. A
nova alíquota começa a valer em outubro. O Ministério da Fazenda lembra que não
haverá aumento de impostos para os apostadores que ganharem prêmios. Segundo o
ministério, o imposto que será cobrado das bets vai ser usado para políticas de
seguridade social, especialmente a Saúde.
Sobre a
fintechs, o ministro afirmou que haverá cobrança de alíquota da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) semelhante à dos demais bancos, passando
dos atuais 9% para 15% ou 20%. Haddad comentou: “Por que um banco do tamanho do
Nubank paga menos impostos do que um banco do tamanho do Bradesco? São bancos
da mesma dimensão, estão competindo pelo mesmo mercado, pelo mesmo cliente”.
O
ministro afirma que a nova tributação das fintechs – com o Nubank, C6, Inter,
Pay Pall, 99 Pay, Mercado Pago etc. – é nada menos que corrigir uma distorção
existente.
“Eu
estou nivelando o pagamento de tributo pelas instituições financeiras, a partir
de um determinado patamar, para criar as condições de concorrência iguais. Não
vejo nenhum sentido em falar disso como um aumento de tributo”, disse. Durante
a entrevista, Haddad repetiu que essa tributação das fintechs não vai afetar o
cidadão comum.
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IOF nas manchetes
O
argumento de Haddad não encontrou eco nas manchetes das principais emissoras e
portais de notícias. A versão que a imprensa comercial emprega insiste num
mantra de "aumento de impostos" em vez de corte de
"gastos". Geralmente chamando de gastos os reajustes de
aposentadorias, do salário mínimo e os investimentos em educação e saúde.
O
principal calcanhar-de-aquiles do conjunto de medidas foi o Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF), aliás, o ponto de partida da mais recente disputa.
O Governo Federal havia enviado uma proposta original de aumento do IOF no
final de maio, que foi refutada pela oposição, por amplos setores da mídia e do
mercado financeiro.
Nesse
ponto específico do IOF, Haddad elaborou nova proposta, com menor elevação das
tarifas. Do projeto original que previa alíquotas de 3,5% para fundos no
exterior, para câmbio e seguros, as novas medidas, apresentadas em forma de
decreto, eliminam IOF para o chamado “risco sacado” e determinam cobrança sobre
aportes de previdência privada apenas acima de R$ 300 mil. De qualquer maneira,
99,2% das pessoas que investem neste tipo de plano de previdência estará isenta
do IOF, confirmando o que o ministro disse sobre a diferença entre “moradores
de cobertura” e os demais.
Mesmo
assim, setores do Congresso ameaçam derrubar o decreto, sob alegação de aumento
da carga tributária, sem considerar que os novos tributos vão incidir sobre
aqueles que não pagam. Analistas de mercado defenderam, em programas de TV, que
o Governo Federal, em lugar de tributar o IOF, deve desvincular o aumento do
salário mínimo dos reajustes das aposentadorias pagas pelo INSS. Pedem,
portanto, que as aposentadorias sejam congeladas.
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Agronegócio e construção civil não serão prejudicados
Os
rendimentos das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e de Letras de Crédio
Agropecuário (LCA) são, atualmente, isentas de imposto de renda. A Fazenda
anunciou a criação de um tributo de 5% sobre o rendimento de ambas. Durante a
semana, representantes dos dois setores acusaram o Governo de prejudicá-los e
disseram que o novo tributo vai inviabilizar investimentos.
Haddad
explica que a alíquota de 5% sobre essas letras de crédito, hoje isentas, vai
apenas corrigir distorções e não vai inviablizar as atividades dos dois
setores. Ele discorreu sobre essa medida durante pronunciamento na Câmara, que
o convidou para audiência na última quarta-feira (11).
"Talvez
este Governo seja o maior amigo da construção civil, de longe. Se não fosse
isso, não existiria a construção civil neste País, pois metade dela hoje
depende do Minha Casa, Minha Vida, que tinha acabado (no governo anterior).
Então, como um Governo, que é o maior apoiador da construção civil, vai ser
acusado de outra coisa? Não tem sentido isso. Até porque esses benefícios
fiscais não vão para o produtor. Eles não vão. De 60% a 70% deles ficam no meio
do caminho, com o detentor do título ou o sistema bancário. Esses benefícios
não ficam com o produtor. Então, a gente está vendo essas distorções e
procurando corrigi-las", disse Haddad.
O
ministro da Fazenda explicava, dessa forma, que a maior parte da isenção fiscal
que beneficiaria LCI e a LCA, na verdade, é retida pela especulação financeira,
os detentores dos títulos e as instituições financeiras que os negociam no
mercado. Não é aplicada em sua totalidade, portanto, no financiamento produtivo
dos dois setores. Tributá-las seria cobrar de quem não paga e não contribui
para a atividade produtiva.
"Aí,
fala-se que isso é aumento de tributo. Não. É correção de distorção. São R$ 41
bilhões em renúncia fiscal nos títulos isentos — 41 bilhões de reais. É mais do
que o Seguro-Desemprego inteiro. É três vezes o Farmácia Popular. Do que nós
estamos falando? É do tamanho do PAC", ilustrou.
Haddad
já havia explicitado o montante de benefícios fiscais concedidos ao
agronegócio, para lembrar que o Governo Federal tem apoiado o setor e que esses
valores devem ser levados em consideração: “As pessoas, às vezes, falam que, no
caso do agro, o Governo está prejudicando. Nós fizemos o maior Plano Safra da
história do Brasil, pelo segundo ano consecutivo, e a renúncia fiscal do agro é
de R$ 158 bilhões. Isso é declarado pelas empresas. Não sou eu que estou
declarando isso.”
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Treta com Nikolas e Jordy
Foi na
mesma audiência na Câmara que aconteceu o episódio mais visível dessa disputa.
O ministro altercou com deputados da base bolsonarista. Além da visibilidade
dada pela imprensa ao debate, Haddad pôde apresentar argumentos para afirmar
que o Governo Federal trata as contas públicas com seriedade e eficácia e que
não há aumento da carga tributária, contrariando as provocações dos deputados
Nikolas Ferreira (PL-MG), Carlos Jordy (PL-RJ) e Capitão Alberto (PL-AM).
Nikolas
e Jordy haviam feito perguntas e acusaram o Governo Federal de elevar a carga
tributária e não tomar medidas de contenção de despesas. Também disseram que o
governo Bolsonaro produziu superávit e que a atual gestão teria produzido o
"maior déficit da história". Após as perguntas, ambos se retiraram da
audiência, antes que Haddad iniciasse suas respostas. Quando teve o direito à
fala, seguindo a ordem de inscrições determinada pela mesa da comissão, Haddad
criticou a dupla.
"Eu
tenho tido o ânimo de debater com os bolsonaristas, e eu não consigo debater.
Em 2018, o Bolsonaro fugiu de todos os debates. Eu era candidato a Presidente,
estava no segundo turno, e ele correu de debater comigo. E agora aparecem dois
deputados, fazem as perguntas e correm do debate”, protestou.
Na
sequência, Haddad disse que a postura da dupla representava “um pouco de
molecagem”. O ministro analisou o trato nas contas públicas dispensado pelo
governo anterior, defendido pelos deputados. Haddad lembrou que aquele
superávit foi conquistado às custas de calotes e manobras que empurraram para
depois o cumprimento de obrigações financeiras.
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Bolsonaro: calote e entrega de patrimônio público
“O
Jordy e o Nikolas falaram que em 2022 houve superávit primário. A que custo?
Vamos lá. O Bolsonaro deu um calote nos governadores. Tomou o ICMS sobre
combustíveis, dos governadores, com a promessa de pagar. Quem pagou foi o
Governo Lula, em março de 2023, R$ 30 bilhões, para indenizar os governadores
da barbeiragem do Governo Bolsonaro, que no ano anterior, para baixar o preço
da gasolina artificialmente, tomou esses R$ 30 bilhões”, insistiu.
O
ministro da Fazenda também recordou o calote bolsonarista sobre os precatórios.
“O superávit primário de 2022 também se deveu ao calote de precatórios, que,
somado com o calote de 2024 — porque não estava no Orçamento de 2024 e nem no
de 2023 e nem no de 2022 —, foi de R$ 92 bilhões a mais. Haddad provocou: “Onde
estavam os deputados Jordy e Nikolas quando o presidente Lula, em 2023, teve
que pagar o calote de precatórios do Bolsonaro?”
A venda
da Eletrobras e o descaso com a Petrobras para gerar caixa entraram na conta do
ministro da Fazenda. “O superávit de 2022 também teve outras duas razões. A
barbeiragem da venda da Eletrobras. Venderam, na bacia das almas, uma das
empresas mais importantes do Brasil. E depenaram a Petrobras, com a
distribuição de dividendos, que superou 200 bilhões de reais, num único ano de
distribuição de dividendos. Queridos amigos e amigas, assim qualquer um faz
superávit primário”, disse. “Dando calote? Vendendo patrimônio público? Tomando
dinheiro de governador? Esse é o padrão de qualidade econômica do Governo
Bolsonaro?”, finalizou.
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Ajuste fiscal e corte de despesas
Na
audiência na Câmara, com a ajuda de deputados da base aliada, que trouxeram
dados, Haddad voltou a esgrimir evidências de que o atual Governo tem buscado
controle de gastos e levado a sério a meta de superávit primário. O déficit
primário caiu de 2,12% do PIB para 0,09% em 2024. Parte desse resultado deve-se
a corte de despesas, que caíram de 19,5% do PIB; em 2023, para 18,8% do PIB, em
2024.
Na
audiência realizada na última quarta-feira, na Câmara dos Deputados, o diálogo
seguia bem até que, passados pouco mais de uma hora e vinte minutos de sessão,
os deputados Carlos Jordy e Nikolas Ferreira afirmaram, entre outras coisas,
que o Governo Lula "fez termos de cooperação técnica com os sindicatos
para roubar para os aposentados" ou que teria produzido o "maior
déficit fiscal" da história. Na verdade, os desvios no INSS foram
iniciados no governo anterior, também responsável pelo maior déficit primário
registrado na história da República.
Nikolas
retornou ao plenário cerca de 40 minutos depois de o ministro ter iniciado as
respostas à intervenção dele. A principal reivindicação de parlamentar, então,
foi a de que o termo "moleque" fosse retirado das notas taquigráficas
da sessão. Haddad não o havia chamado de moleque, e sim classificado sua
atitude inicial de "molecagem", como registrado - e conservado - nas
notas taquigráficas. Após pouco mais de duas horas e meia do início da
audiência, um tumulto se seguiu e a reunião foi encerrada.
• Taxar super-ricos é crucial para reduzir
desigualdade, aponta estudo
Um
estudo do Ministério da Fazenda mostra que o Brasil tem condições de não cobrar
mais imposto de renda de quem ganha até R$ 5 mil por mês. Mas para que isso
aconteça, é fundamental que o Congresso Nacional aprove também a taxação dos
super-ricos.
O
estudo elaborado pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda
analisou como ficaria o cenário fiscal do país com a aprovação do Congresso
Nacional do projeto de lei que prevê a ampliação da isenção do imposto de renda
para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
Foram
avaliados dois cenários. Um avalia como ficaria a situação do Brasil se apenas
a isenção para quem ganha até R$ 5 mil for aprovada. Outro considera a situação
se a reforma completa apresentada pelo Governo Federal, com a ampliação da
isenção e também a taxação dos mais ricos for aprovada.
A
pesquisa apontou que ampliar a isenção do imposto de renda de forma isolada,
sem aumentar também os impostos para os mais ricos, pode piorar as contas
públicas e ao invés de ajudar, pode aumentar a desigualdade social no país.
Para
que haja essa melhoria na distribuição de renda, para que tenha mais justiça
social, é fundamental que seja aprovada juntamente com a isenção de quem ganha
R$ 5 mil a tributação mínima dos super-ricos. Caso contrário, nós não veremos
uma melhoria da distribuição de renda no Brasil”, alerta o secretário de
Política Econômica, Guilherme Mello.
O
projeto que reforma o imposto de renda foi enviado para o Congresso Nacional em
março. E prevê a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda, a partir do
ano que vem. Hoje, estão isentas as pessoas que ganham até R$ 2.259,20. Com a
aprovação do projeto, a isenção seria ampliada e incluiria contribuintes que
ganham até R$ 5 mil. Com isso, cerca de 10 milhões de contribuintes deixariam
de pagar imposto de renda.
O
projeto também prevê reduzir o imposto para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7
mil. Para compensar essa perda de arrecadação, o governo propõe taxar os mais
ricos, que ganham mais que R$ 50 mil por mês ou R$ 600 mil por ano.
O
governo federal destacou que, da forma como está, existem distorções que afetam
a progressividade na cobrança do imposto.
Quem
tem renda maior que R$ 5 milhões por mês, por exemplo, paga apenas 5,67% de
alíquota real de imposto. Com a reforma proposta pelo governo federal, a
alíquota sobre a renda bruta dos mais ricos aumentaria de forma escalonada,
chegando a 10% para quem ganha mais de R$ 1,2 milhão por ano.
"Hoje,
no Brasil, uma pessoa de altíssima renda paga menos imposto de renda do que um
trabalhador comum. Então, uma pessoa que ganha mais de R$ 1 milhão, muitas
vezes, paga uma alíquota imposto de renda menor do que uma professora, do que
um policial militar, do que um bombeiro, do que uma enfermeira. E isso é um
retrato da desigualdade de renda no Brasil”, compara Guilherme Mello.
• Centrão e bolsonaristas aprovam urgência
para derrubar decreto do IOF e “sangrar” governo Lula
A
Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (16) o requerimento de
urgência para o projeto que derruba o decreto do governo Lula sobre o IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras). A votação, com 346 votos a favor e 97
contra, foi articulada pelo deputado Zucco (PL-RS), da oposição bolsonarista,
com apoio de partidos do centrão – muitos deles com ministérios no governo.
Nos
bastidores, o objetivo não é exatamente derrubar o decreto por seu conteúdo,
mas usar o desgaste político como moeda de troca pela liberação de emendas
parlamentares. “A ideia é deixar o governo sangrar”, revelou um deputado da
oposição, ao comentar a estratégia por trás da ofensiva.
O
governo recuou de parte do aumento do IOF, mantendo a taxação apenas para
grandes operações financeiras e aportes acima de R$ 300 mil, buscando justiça
fiscal sem pesar sobre os mais pobres. Ainda assim, o decreto virou alvo de
pressão de parlamentares ligados ao mercado financeiro e ao agronegócio.
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Chantagem por emendas e proteção aos mais ricos
A
ofensiva ocorre dias após o ministro do STF, Flávio Dino, cobrar explicações
sobre o orçamento de R$ 8,5 bilhões administrado sem transparência por
deputados. A decisão irritou o presidente da Câmara, Hugo Motta
(Republicanos-PB), que avisou à base governista que não pautará projetos do
Planalto se o pagamento de emendas continuar travado.
A
movimentação também coincide com a tentativa do governo de reequilibrar as
contas públicas sem sacrificar os mais pobres. A Medida Provisória (MP)
apresentada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, em substituição à alta do
IOF, propõe cortar isenções para grandes investidores, sites de apostas
esportivas (bets) e fintechs, ao mesmo tempo em que preserva programas sociais.
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Gleisi: “arcabouço vale para todos”
A
ministra Gleisi Hoffmann afirmou que a aprovação da urgência não enfraquece o
diálogo com o Congresso, mas alertou que “se o pacote fiscal for derrubado, o
contingenciamento vai aumentar” – inclusive das emendas parlamentares. “Os
congressistas aprovaram essas regras, então bate aqui e bate lá”, lembrou pouco
antes da votação na Câmara, destacando que o arcabouço fiscal vale tanto para o
Executivo quanto para o Legislativo.
O
mérito do projeto que suspende o decreto ainda não tem data para votação, e o
governo aposta no esvaziamento das sessões durante o recesso junino para ganhar
tempo e retomar a articulação.
Fonte:
Fórum

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