'Chás
medicinais': um guia para uso, preparo e indicações terapêuticas para uma vida
mais saudável
Chás
são mais que bebidas agradáveis: para serem medicinais, exigem preparo correto,
temperatura ideal e atenção às suas propriedades para diversos sintomas.
As
bebidas e seus benefícios são um tema recorrente nas conversas sobre bem-estar.
Seja por prazer, para emagrecer, ou para aliviar algum mal-estar, a verdade é
que muitas pessoas incorporam essa bebida em sua rotina diária.
Mas nem
todo chá é medicinal, e compreender essa distinção é o primeiro passo para
aproveitar os verdadeiros poderes dessas plantas.
Aqueles
encontrados em saquinhos nos supermercados, por exemplo, são considerados
alimentícios e não possuem indicações medicinais. Para encontrar chás com
propriedades terapêuticas, é preciso buscar por chás medicinais,
comercializados em lojas especializadas ou farmácias de manipulação.
Um
aspecto crucial para a eficácia dos chás medicinais é a temperatura.
Especialistas ressaltam que o chá só funciona quando está quente. Ao ser
resfriado, ele perde suas propriedades e se transforma em um simples refresco.
"Especialistas
lembram que o chá perde as propriedades quando está gelado – vira um refresco.
Ele só funciona quando está quente", afirma a consultora e pediatra Ana
Escobar, em conjunto com o farmacêutico Nilton Luz Netto Junior.
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O ritual do preparo: infusão e decocção
Muita
gente pensa que preparar chá medicinal é uma tarefa simples, mas existem
técnicas específicas para garantir a extração dos princípios ativos e a máxima
eficácia. é sempre recomendado seguir a indicação de dose presente na embalagem
do produto.
1. Infusão: se você vai usar folhas frescas,
elas não devem ser fervidas com a água. O ideal é adicionar as folhas à água já
quente (após a fervura) e abafar por alguns minutos, como um processo de
infusão.
2. Decocção: para raízes, cascas e folhas
mais duras, o método é diferente: esses componentes podem e devem ser fervidos
junto com a água para liberar suas propriedades.
Em
ambos os casos, o uso do chá deve ser imediato para evitar a perda do princípio
ativo.
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Propriedades e indicações terapêuticas: um guia prático
Cada
planta possui indicações específicas para diferentes sintomas. Veja uma lista
das propriedades de alguns chás medicinais amplamente utilizados:
• Espinheira santa: excelente como
antiácido, auxilia na má digestão e atua como protetora da mucosa gástrica;
• Capim santo: conhecido por aliviar
cólicas e atuar como um sedativo leve;
• Erva cidreira: muito utilizada como
sedativo, relaxante muscular e para cólicas;
• Erva doce: ajuda na má digestão,
cólicas, previne a formação de gases e favorece sua eliminação;
• Gengibre: eficaz para enjoos (inclusive
de gestantes e os causados por movimento), mal-estar gástrico e como
expectorante;
• Boldo: auxilia na má digestão, na função
intestinal e estimula a digestão hepática;
• Guaco: uma ótima opção expectorante,
especialmente para quem não pode tomar o xarope; e
• Hortelã: auxílio contra gripes e
resfriados, e também na digestão.
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Fitoterápicos no SUS: acesso e disponibilidade
O
governo brasileiro, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza
alguns medicamentos fitoterápicos.
É
importante notar que a disponibilidade desses fitoterápicos pode variar
conforme a prefeitura ou o governo de cada região. Alguns dos fitoterápicos que
podem ser encontrados na lista são:
• Alcachofra (cápsula, comprimido, drágea,
solução oral e tintura);
• Aroeira (gel e óvulo);
• Babosa (creme);
• Cáscara-safrada (cápsula e tintura);
• Espinheira santa (cápsula, emulsão,
solução oral e tintura);
• Guaco (cápsula, solução oral, tintura e
xarope);
• Garra-do-diabo (cápsula e comprimido);
• Hortelã (cápsula);
• Isoflavona de soja (cápsula e
comprimido);
• Plantago (pó para dispersão oral);
• Salgueiro (comprimido); e
• Unha-de-gato (cápsula, comprimido e
gel).
Compreender
o uso correto e as indicações dos chás medicinais é um caminho valioso para
quem busca bem-estar e saúde de forma mais natural.
Fonte:
g1

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