Trump,
Netanyahu e a arquitetura da distração
Enquanto
Donald Trump encenava uma trégua na guerra da Ucrânia e vendia ao mundo a
imagem de um pacificador improvável, Israel avançava sem freios no Oriente
Médio, desmantelando o Eixo da Resistência e se aproximando perigosamente de um
confronto direto com o Irã. Este artigo revela como a retórica da paz serviu de
cobertura para a guerra — e como Washington e Tel Aviv operaram em sincronia
para redesenhar, à força, o mapa da região.
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A geopolítica da distração
Em
2025, Donald Trump voltou à presidência dos Estados Unidos com uma promessa
espalhafatosa: acabar com a guerra na Ucrânia “em 24 horas”. A frase, que
viralizou como bravata nas redes, rapidamente ganhou contornos de espetáculo
diplomático. Em fevereiro, após uma encenação de negociações a portas fechadas
com o Kremlin e representantes da OTAN, o governo norte-americano anunciou um
suposto acordo de cessar-fogo: a Ucrânia renunciaria à Crimeia e a partes do
Donbass, em troca da suspensão da ofensiva russa e da reabertura de canais
diplomáticos com Moscou. Na prática, o tratado jamais saiu do papel. Não houve
retirada russa, nem estabilidade no front ucraniano. O que houve, sim, foi uma
narrativa de pacificação construída para consumo internacional, enquanto o
aparato da OTAN era discretamente redirecionado e o foco diplomático do
Ocidente se diluía. O que parecia um gesto de reconciliação revelou-se um
teatro geopolítico — e sua principal função foi servir como cortina de fumaça
para o avanço israelense no Oriente Médio.
O que
parecia um gesto de distensão foi, na prática, uma manobra de desmobilização
tática do Ocidente, e um movimento geopolítico de alto nível que permitiu a
emergência de um novo front de guerra, muito mais letal e menos visível aos
olhos da opinião pública: o Oriente Médio.
Com a
atenção da diplomacia internacional voltada para os desdobramentos da “paz
ucraniana”, Israel avançou em múltiplas frentes, sem enfrentamento diplomático
proporcional, sem sanções, sem resolução do Conselho de Segurança. O que se
viu, entre fevereiro e junho de 2025, foi uma ofensiva militar devastadora e
sequencial que reconfigurou o equilíbrio regional do Oriente Médio: Gaza
destruída, o Hezbollah brutalmente enfraquecido, as bases iranianas na Síria
desarticuladas, e o Irã, por fim, atacado diretamente em seu território com o
apoio logístico silencioso dos Estados Unidos.
Nesse
contexto, a “retomada da paz” anunciada por Trump funcionou como um fator
diversionista de alta precisão. Enquanto as câmeras da mídia internacional se
voltavam para a assinatura de um papel em Genebra, os caças israelenses
cruzavam os céus de Damasco, Homs, Rafah, Baalbek e, finalmente, de Isfahan. O
mundo celebrava a diplomacia, enquanto assistia, em silêncio, ao desenrolar de
um conflito regional de larga escala — com o projeto do “Grande Israel”
avançando mais em cinco meses do que nos últimos vinte anos.
Essa é
a chave analítica deste artigo: mostrar como a ilusão da pacificação europeia
permitiu a expansão militar de Israel e abriu caminho para um confronto direto
com o Irã — uma guerra há muito prevista, mas que parecia até então inviável.
Não se trata apenas de analisar o que Trump fez na Ucrânia. Mas de entender o
que Israel fez enquanto isso.
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Trump 2.0 e a desmobilização do Ocidente na Ucrânia
Ao
reassumir o Salão Oval, Trump voltou a prometer o que sempre vendeu com sucesso
a seu eleitorado: força, unilateralismo e negócios. Mas a sua proposta de “paz
imediata” na Ucrânia — baseada em concessões territoriais de Kiev e na
normalização das relações com Moscou — foi, na verdade, uma engenharia
narrativa de desmobilização. Não se tratava de resolver a guerra, mas de
esvaziar o engajamento ocidental nela, para reposicionar a política externa
americana em outras frentes.
Nas
semanas seguintes à proposta, a OTAN entrou em estado de paralisia estratégica.
França e Alemanha expressaram desconforto com a ideia de ceder território
ucraniano, mas evitaram confrontar diretamente Washington. A Polônia e os
Bálticos endureceram o tom, mas sem respaldo efetivo. Com isso, a narrativa da
“paz sob Trump” se consolidou na opinião pública global — apesar de nenhum
armistício formal ter sido firmado e os combates seguirem intensos nas linhas
de frente entre Kharkiv e Zaporizhzhia.
A
consequência prática foi o esvaziamento progressivo da presença diplomática,
midiática e militar do Ocidente na Ucrânia, criando um vácuo de atenção que
passou a ser ocupado, silenciosamente, por outra escalada: a de Israel. Ao
mesmo tempo, em que as manchetes celebravam um “novo tempo” na Casa Branca e um
possível fim da guerra na Europa, Israel já bombardeava alvos estratégicos em
Gaza, Damasco e Baalbek com apoio logístico e respaldo velado dos EUA.
Trump
não apenas retirou a Ucrânia da centralidade geopolítica do Ocidente. Ele a
transformou numa peça retórica — útil para desviar o foco e liberar o terreno
para uma campanha militar regional que vinha sendo planejada há anos. O fim
simbólico da guerra na Europa abriu espaço, na prática, para o início de outra
guerra no coração do Oriente Médio — com menos cobertura, menos crítica e com a
legitimidade indireta conferida por Washington a Tel Aviv.
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A janela de oportunidade: o avanço israelense sem freios
Com a
distração internacional consumindo a pauta europeia, Israel operou com
liberdade inédita no Oriente Médio ao longo do primeiro semestre de 2025. O
governo Netanyahu identificou o momento como um ponto de inflexão: a retomada
de Trump à Casa Branca significava não apenas apoio irrestrito, mas também o
retorno de uma doutrina de permissividade bélica que lembra os tempos de Bush e
Sharon. Aproveitando o silêncio da diplomacia ocidental, Tel Aviv deu início à
mais extensa campanha militar regional desde a Guerra de 2006.
Em
Gaza, a operação chamada informalmente de Domo de Pedra destruiu o que restava
da infraestrutura civil e militar do Hamas. Estima-se que, entre fevereiro e
maio, mais de 30 mil palestinos tenham morrido em bombardeios sistemáticos
sobre escolas, hospitais, redes de esgoto e centros de comando subterrâneos. O
Hamas foi decapitado militarmente. A Faixa virou ruína.
No
Líbano, a Força Aérea Israelense iniciou bombardeios cirúrgicos, mas logo
escalou para ofensivas de saturação sobre o sul do país e regiões próximas ao
Vale do Bekaa. Cerca de 70% da capacidade de lançamento de foguetes do
Hezbollah foi destruída, segundo estimativas do Instituto de Estudos para a
Guerra (ISW). Além disso, ataques direcionados em Beirute mataram figuras
centrais da cúpula militar e da inteligência da organização.
Na
Síria, o exército israelense conduziu mais de 140 operações aéreas entre
fevereiro e junho, atingindo bases da Força Quds, depósitos de mísseis, centros
de vigilância eletrônica e rotas logísticas iranianas na região de Damasco,
Homs e Deir ez-Zor. A aliança Assad–Teerã ficou à deriva. A capacidade de
ressuprimento do Hezbollah foi cortada.
Houve
ainda operações clandestinas no Iraque, com apoio técnico do Mossad e
inteligência do CENTCOM, visando milícias pró-Irã como a Kataib Hezbollah e
Asa’ib Ahl al-Haq. Em Bagdá e Najaf, explosões atribuídas a "ataques
não-identificados" mataram pelo menos três líderes de alto escalão ligados
à Guarda Revolucionária Iraniana.
Enquanto
a comunidade internacional discutia a “neutralidade responsável” dos EUA na
Ucrânia, Israel alterava de forma irreversível o equilíbrio geoestratégico do
Oriente Médio. Em poucos meses, o país destruiu parte da espinha dorsal militar
e logística do Eixo da Resistência, sem qualquer reação real da ONU, sem
sanções, sem recuos. O momento era de avanço absoluto, e Tel Aviv o entendeu
perfeitamente.
O que
viria a seguir — um ataque direto ao território iraniano — já estava em
preparação. Mas antes, era preciso completar a tarefa: desfigurar o Eixo da
Resistência. E isso, Israel fez com método, impunidade e convicção.
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A desfiguração do Eixo da Resistência
O Eixo
da Resistência — coalizão geopolítica e militar formada por Irã, Hezbollah,
Hamas, Síria, milícias xiitas do Iraque e grupos armados do Iêmen — sempre
funcionou como uma arquitetura de dissuasão: ao espalhar forças e influência
por diversos territórios, Teerã impedia ataques diretos ao seu território ao
tornar a retaliação descentralizada e imprevisível. Esse arranjo, operado em
rede e reforçado por décadas, servia como escudo estratégico da República
Islâmica. Em 2025, Israel desmontou esse escudo com precisão cirúrgica.
Em
Gaza, o Hamas deixou de ser uma força militar operativa. A destruição completa
da infraestrutura urbana, associada a assassinatos direcionados de suas
lideranças e bloqueio absoluto das entradas terrestres, navais e aéreas,
reduziu o grupo a células isoladas e desarticuladas. A promessa de Teerã de
usar Gaza como “frente eterna de resistência” foi esvaziada.
No
Líbano, o Hezbollah sofreu o maior golpe desde a guerra de 2006. A morte de
comandantes veteranos — como Hussein al-Khalil e Abbas Raad — aliada à
destruição dos arsenais de foguetes de médio e longo alcance, impediu qualquer
resposta de largo espectro. Os bunkers na região de Nabatieh, antes
considerados impenetráveis, foram destruídos com munições antibunker
norte-americanas fornecidas por Washington. A organização, embora ainda viva,
perdeu sua capacidade dissuasiva.
Na
Síria, a penetração israelense chegou a um novo patamar. Bases militares
ligadas ao IRGC foram mapeadas e destruídas, depósitos de armas inteligentes
foram inutilizados, e o corredor logístico Damasco-Beirute foi rompido em
múltiplos pontos. O governo de Bashar al-Assad, já enfraquecido, tornou-se
irrelevante nas decisões militares da região.
No
Iraque, as milícias xiitas pró-Irã, que atuavam como exército paralelo no sul
do país, foram atingidas em suas lideranças com ataques atribuídos a drones
israelenses, operando sob “bandeira falsa” em operações clandestinas. O canal
de influência iraniano no Iraque — fundamental para a chamada “estrada
terrestre” Teerã–Beirute — foi cortado em ao menos três trechos estratégicos,
segundo levantamentos da inteligência curda e da RAND Corporation.
Até
mesmo no Iêmen, o avanço dos Houthis foi contido por ataques precisos contra
navios no Mar Vermelho e intercepções aéreas no estreito de Bab el-Mandeb, num
esforço coordenado entre Israel, EUA e Arábia Saudita.
O que
sobrou do Eixo da Resistência em meados de 2025 foi uma rede fragmentada, sem
coordenação central, com perda de comando, logística e moral. O Irã, pela
primeira vez desde 1979, se viu sem proteção externa funcional. A retaguarda
havia sido desfeita. As linhas de frente, enfraquecidas. E o centro, exposto.
Nesse
novo mapa, o que antes era impensável tornou-se viável: um ataque direto e
massivo ao território iraniano sem risco de uma resposta regional coordenada. A
“resistência” havia sido desfigurada — e o momento do golpe final se
aproximava.
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Trump, Netanyahu e o projeto do Grande Israel
A
ofensiva israelense de 2025 não se explica apenas por fatores militares. Ela
foi — e segue sendo — um projeto político-ideológico de longo prazo,
impulsionado por duas lideranças que compartilham não apenas alianças
estratégicas, mas também uma cosmovisão belicista e messiânica: Donald Trump e
Benjamin Netanyahu.
Desde o
início de seu novo mandato, Trump sinalizou que o apoio a Israel voltaria a ser
irrestrito e pragmático, sem o pouquíssimo verniz diplomático que marcou o
governo Biden. A retórica de “aliança incondicional com a única democracia do
Oriente Médio” foi reciclada com entusiasmo. Mas agora, ela vinha acompanhada
de resultados operacionais concretos: fornecimento imediato de munições
guiadas, compartilhamento de inteligência em tempo real, liberação de
exportações de armamento de precisão e blindagem diplomática no Conselho de
Segurança da ONU. Nenhuma resolução contra os ataques israelenses prosperou.
Nenhuma investigação internacional foi adiante.
Trump
também reabilitou figuras da ala neoconservadora israelense nos bastidores da
Casa Branca e do Departamento de Estado. Jared Kushner, por exemplo, reassumiu
influência informal sobre os assuntos do Oriente Médio, reativando vínculos com
os Emirados, a Arábia Saudita e Bahrein. A doutrina era clara: isolamento do
Irã, fortalecimento militar de Israel e normalização a qualquer custo com os
países árabes moderados.
Benjamin
Netanyahu, por sua vez, viu na volta de Trump a oportunidade perfeita para
tirar do papel uma ambição geopolítica antiga, que há décadas anima os setores
mais extremistas do sionismo político: o chamado "Eretz Israel
Hashlemah" — a ideia do “Grande Israel”, que envolve o controle direto ou
indireto sobre vastas áreas do Levante, incluindo o sul da Síria, a Cisjordânia
integral, partes do Líbano e zonas estratégicas do deserto do Sinai.
A
destruição de Gaza e o enfraquecimento do Hezbollah não são apenas respostas a
ataques: são etapas de uma reconfiguração regional planejada, que pretende
garantir a Israel uma profundidade estratégica territorial e a eliminação de
ameaças “em potencial”, antes mesmo de se materializarem.
A
ligação entre os dois líderes é, portanto, mais do que instrumental. Ela é
simbiótica. Trump fornece a cobertura internacional e o escudo diplomático,
Netanyahu conduz a execução militar e a engenharia geopolítica no campo de
batalha. Ambos compartilham a visão de que acordos só existem para serem
rompidos quando necessário. Ambos enxergam o poder como uma questão de
oportunidade — e não de direito.
Com
essa aliança reforçada, Israel ganhou carta-branca para operar como potência
bélica plena. O que antes era contido por pressões diplomáticas ou temor de
represália, em 2025 passou a ser ação direta, declarada, protegida. E no centro
dessa ação estava o objetivo cada vez mais próximo: neutralizar o Irã como polo
de resistência regional e abrir caminho para uma nova geografia de dominação no
Oriente Médio.
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Irã encurralado: o objetivo final da campanha
Com os
braços externos do Irã desfigurados, suas linhas logísticas regionais
interrompidas e o sistema diplomático internacional paralisado pela presença de
Trump na Casa Branca, Israel avançou rumo ao que durante décadas foi
considerado tabu militar: um ataque direto e massivo ao território iraniano. A
ofensiva ocorreu em 13 de junho de 2025 e ficou conhecida como Operação Rising
Lion.
Cerca
de 200 aeronaves da Força Aérea Israelense foram mobilizadas em ondas
sucessivas, saindo de bases em Negev, Chipre e, segundo fontes não confirmadas,
até do Curdistão iraquiano. Em menos de 24 horas, mais de 100 alvos foram
atingidos em cinco regiões do Irã, incluindo centros de enriquecimento de
urânio, bases da Guarda Revolucionária (IRGC), depósitos subterrâneos de
mísseis balísticos e estações de radar próximas a Isfahan, Natanz, Bandar Abbas
e Shiraz.
Drones
furtivos e mísseis de cruzeiro realizaram ataques de saturação que, segundo
fontes de inteligência independentes, causaram a morte de pelo menos 80
militares iranianos e três cientistas nucleares. A instalação de Fordow,
próxima a Qom, foi parcialmente destruída. Imagens de satélite confirmam
colapsos estruturais em Natanz, o que provavelmente comprometerá por anos o
ciclo de enriquecimento de urânio do país.
O Irã,
por sua vez, respondeu com intensidade. Rompeu parcialmente as defesas aéreas
israelenses, atingiu bases estratégicas e demonstrou que ainda detém poder de
dissuasão real, mesmo com seus aliados regionais enfraquecidos. A guerra, longe
de estar resolvida, permanece aberta — e o cenário atual aponta para uma
escalada de longo prazo, imprevisível e com riscos de regionalização.
Do
ponto de vista israelense, no entanto, a operação foi interpretada como um
sucesso tático e simbólico. Demonstrou que o país tem capacidade para penetrar
o território iraniano com eficácia, destruir estruturas estratégicas e retornar
ileso. Mas mais do que isso: demonstrou que, quando o teatro diplomático está
controlado e os adversários estão esvaziados, o impensável torna-se inevitável.
Com
Trump fornecendo blindagem política global, Israel testou — e aprovou — o que
seria, em outras circunstâncias, uma violação grave do direito internacional. A
operação foi vendida como “preventiva”, “pontual”, “necessária”, e rapidamente
incorporada ao fluxo da desinformação cotidiana. A realidade, no entanto, é que
o objetivo final da campanha sempre foi o cerco ao Irã. O resto — do Hamas a
Beirute, de Damasco a Bagdá — foram etapas de uma engenharia militar que, com
sangue e ruínas, redesenha o mapa do Oriente Médio.
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Conclusão: a paz como camuflagem da guerra
Em
2025, o mundo assistiu a uma inversão brutal da lógica diplomática: a paz
deixou de ser um horizonte político realista e passou a ser uma estratégia de
encobrimento. A proposta de cessar-fogo na Ucrânia, celebrada como símbolo da
“volta da razão” à Casa Branca com o retorno de Trump, funcionou na prática
como um anestésico narrativo global, que desviou os holofotes da escalada mais
destrutiva do século no Oriente Médio.
Enquanto
se discutia o fim da guerra na Europa, uma nova guerra era produzida no
silêncio e na cumplicidade. Gaza foi arrasada. O Hezbollah perdeu sua espinha
dorsal. A Síria voltou ao caos. E o Irã, pela primeira vez, sofreu uma ofensiva
direta e de grandes proporções, rompendo décadas de dissuasão. Tudo isso com
apoio logístico dos Estados Unidos e o silêncio cúmplice de potências
ocidentais que, meses antes, pediam moderação e diplomacia.
O que
se viu em 2025 não foi a vitória de uma potência sobre outra, mas a
consolidação de uma doutrina geopolítica de simulação, em que a retórica da paz
é usada para reposicionar forças, desmontar resistências e legitimar a guerra
como ação preventiva. A realidade é que, por trás da cortina de fumaça da
diplomacia americana, Israel avançou como não se via há décadas, aproximando-se
cada vez mais de um redesenho regional que muitos já não hesitam em chamar de
projeto imperial.
O
conflito entre Israel e Irã, agora em curso, é apenas a manifestação visível de
uma engrenagem maior, que combina poder bélico, manipulação narrativa e
hegemonia informacional. Os próximos meses dirão se o mundo assistirá à
consolidação desse projeto ou se a escalada — já fora de controle —
transformará o Oriente Médio num vórtice irreversível de guerra aberta,
alianças colapsadas e tragédias em série.
Fonte: Por
Reinaldo José Aragon Gonçalves, em Brasil 247

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