sábado, 21 de junho de 2025

Como o general Augusto Heleno ajudou a Abin paralela, segundo a Polícia Federal

A Polícia Federal incluiu o nome do General Augusto Heleno Ribeiro Pereira entre os indiciados de uma investigação que apurou o funcionamento de uma estrutura clandestina de inteligência instalada dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Esse esquema, chamado de “Abin paralela” pelos investigadores, foi montado para servir interesses pessoais e políticos, e teria operado fora dos limites legais usando os recursos do Estado brasileiro.

O relatório final do inquérito 2023.0022161 aponta que o general Heleno, enquanto ocupava o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), teve papel essencial para a continuidade das ações do grupo criminoso. Mesmo sendo o superior imediato da Abin, Heleno não tomou nenhuma medida quando surgiram denúncias e alertas sobre o uso irregular da ferramenta FirstMile. Essa ferramenta era usada para monitorar, de forma ilegal e sem autorização da Justiça, a localização de pessoas consideradas “alvos” pelo grupo.

Entre os alvos monitorados estavam ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), jornalistas, políticos de oposição, servidores públicos e até pessoas comuns. A PF classificou o uso da ferramenta como altamente intrusivo e ilegal, já que ela invadia a privacidade das pessoas sem respaldo jurídico. Segundo os peritos, a contratação da tecnologia foi feita de modo a esconder sua verdadeira função, e o general Heleno, apesar de sua posição de autoridade, não atuou para impedir isso.

O relatório destaca que Heleno manteve Alexandre Ramagem na chefia da Abin, mesmo após sinais claros de que a agência estava envolvida em atividades fora da lei. Ao fazer isso, Heleno teria oferecido o respaldo institucional necessário para que a rede ilegal continuasse a funcionar. Essa omissão é considerada gravíssima pela PF, já que seu cargo exigia vigilância constante e a obrigação de agir diante de qualquer irregularidade.

•        A Polícia Federal afirma que a postura de Heleno não foi apenas omissa, mas também colaborativa com o esquema. Ele teria garantido proteção política e institucional à estrutura criminosa. Por essa razão, o general foi indiciado pelos seguintes crimes:

•        Organização criminosa (art. 2º, §4º, I da Lei 12.850/2013), por participar de um grupo que atuava de forma estruturada e contínua para cometer crimes com apoio de estruturas estatais;

•        Abuso de autoridade (art. 23 da Lei 13.869/2019), por deixar de agir para impedir abusos cometidos sob sua responsabilidade, protegendo os envolvidos e permitindo a continuidade das ilegalidades.

>>>> Sistemas e recursos da Abin foram usados

Durante a gestão de Heleno no GSI, segundo o relatório, não houve qualquer tentativa de desmantelar ou sequer investigar o funcionamento da estrutura paralela de inteligência. Ao contrário, os sistemas e recursos da Abin continuaram sendo usados para fins políticos, como perseguição de adversários e proteção de aliados. Tudo isso era feito à margem da lei, e com o conhecimento de quem ocupava os cargos mais altos do governo.

O documento da PF mostra que o núcleo político da organização criminosa era responsável por assegurar a estabilidade da estrutura clandestina. Esse núcleo incluía figuras de destaque no governo, como o próprio general Heleno. Eles atuavam para evitar que os responsáveis fossem punidos, garantir acesso aos sistemas de inteligência e permitir que a rede clandestina operasse por anos sem ser desfeita.

A investigação conclui que o papel de Heleno foi estratégico para o funcionamento da ABIN paralela. Sem sua anuência e sem o apoio institucional que ofereceu, os atos ilegais provavelmente não teriam durado tanto tempo. A proteção oferecida por ele ao então diretor da ABIN, Alexandre Ramagem, foi decisiva para manter o esquema ativo mesmo diante de indícios públicos e internos de irregularidades.

Com base nessas evidências, a PF afirma que o general Augusto Heleno não apenas sabia do que estava acontecendo, mas teve papel central para que tudo fosse possível. Sua omissão, aliada à autoridade que exercia, contribuiu diretamente para o sucesso e a longa duração das atividades criminosas realizadas por dentro do próprio Estado brasileiro.

•        Esquema criminoso custou mais de R$ 27 milhões aos cofres públicos

O relatório da Polícia Federal que revela a estrutura paralela criada dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fins ilegais no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pode ter custado mais de R$ 27 milhões ao Estado brasileiro.

A estimativa, feita com auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial considera não apenas o valor do sistema de monitoramento secreto utilizado, mas também os salários dos servidores envolvidos e outros custos operacionais.

O centro da operação foi o sistema “First Mile”, contratado pela Abin por meio do contrato nº 567/2018, que operou entre 26 de dezembro de 2018 e 8 de maio de 2021. Segundo o relatório, a ferramenta custou R$ 5,7 milhões durante o período.

O software permitia acessar dados de geolocalização de celulares em tempo real, sem autorização judicial. Diversos servidores da Abin utilizaram a plataforma de forma intensiva.

Um dos principais nomes mencionados, Luiz Gustavo da Silva Mota, realizou mais de 33 mil consultas. Outros agentes, como Diego Braga Serpa e Ítalo Leone Correa, também aparecem entre os principais usuários, com 11.763 acessos. Ao todo, o relatório contabiliza 60.734 acessos ilegais, revelando o uso sistemático da ferramenta para fins não autorizados.

<><> Estrutura organizacional paralela na Abin

A PF aponta que a operação do sistema fez parte de uma estrutura paralela organizada dentro da Abin, composta por diferentes “núcleos” com funções específicas. Entre eles, estão: o Núcleo Político, Núcleo de Comando e Alta Gestão, o Núcleo de Execução Clandestina, Núcleo de Gestão Operacional de Inteligência (DOINT), Núcleo de Produção e Propagação de Fake News e Núcleo de Embaraçamento de Investigações.

Segundo os investigadores, essa estrutura funcionava à margem das atribuições legais da agência, com objetivos políticos e de perseguição a adversários do governo da época.

Para estimar o custo total do esquema, o relatório considerou os salários dos servidores envolvidos. Com base nos usuários identificados e na quantidade de núcleos, estima-se que entre 30 e 40 servidores participaram diretamente das ações ilegais.

Considerando uma média salarial de R$ 20 mil mensais por servidor e o período de operação de 28 meses, o custo estimado com pessoal chega a R$ 19,6 milhões.

Além dos salários e do sistema First Mile, o relatório aponta que outros recursos públicos foram usados para viabilizar a operação da estrutura paralela. Entre eles: instalações da Abin (estrutura física), equipamentos como computadores e servidores, outros sistemas de inteligência, despesas com viagens e diárias. A estimativa conservadora desses custos adicionais é de R$ 2 milhões.

Somando todos os elementos — sistema, pessoal e despesas operacionais —, o custo estimado do esquema ilegal chega a pelo menos R$ 27,3 milhões.

O relatório reforça a gravidade das acusações contra os envolvidos e deve embasar novas fases da investigação conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

<><> Custo institucional incalculável

O relatório ressalta que, além dos danos financeiros, o uso político da estrutura de inteligência causou prejuízos graves e intangíveis à democracia brasileira. Um dos alvos de monitoramento citado foi o Instituto Conhecimento Liberta (ICL), apontando o uso da Abin como instrumento de perseguição a opositores políticos.

A apuração segue em andamento e pode revelar a participação de um número ainda maior de servidores, além de custos não identificados até o momento.

PF mostra como Abin paralela e trama golpista se conectam

Um dos episódios mais graves da história da inteligência estatal brasileira foi desvendado no relatório final do Inquérito Policial 2023.0022161, produzido pela Polícia Federal. O documento revela a existência de uma estrutura clandestina dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), operada com recursos públicos para fins políticos, ilegais e com desvio de finalidade institucional.

A investigação, conduzida pela Divisão de Operações de Inteligência Cibernética da PF, identificou a atuação de uma organização criminosa (ORCRIM) no interior da Abin, com comando político vinculado ao entorno direto do ex-presidente Jair Bolsonaro. O núcleo da operação era liderado por Alexandre Ramagem, então diretor-geral da agência e hoje deputado federal.

Sob a gestão de Ramagem, o grupo estruturou um sistema de vigilância ilegal, sabotagem institucional e disseminação de desinformação. Parte essencial desse aparato envolvia o uso do sistema First Mile, ferramenta de espionagem eletrônica capaz de rastrear dispositivos móveis sem autorização judicial. A PF foi categórica:

“Todas as 60.734 consultas realizadas na solução First Mile durante a vigência do contrato com a Abin foram, assim, ilegais, em qualquer contexto”.

<><> Abin paralela e Carlos Bolsonaro

O relatório aponta que o núcleo político responsável pelo uso da Abin paralela operava com objetivos eleitorais e repressivos, e tinha como elo com o Palácio do Planalto o vereador Carlos Bolsonaro, figura central do chamado “gabinete do ódio”. A estrutura atuava no monitoramento de ministros do STF, parlamentares, jornalistas e adversários políticos — além de proteger aliados, como Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente.

A PF vincula diretamente essas ações à tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, em conexão com os ataques de 8 de janeiro de 2023:

<><> Delação de Cid e provas técnicas

A colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi decisiva para destravar a apuração. A delação revelou detalhes da atuação da estrutura paralela e foi complementada por 104 laudos periciais e mais de 250 relatórios técnicos, a partir da análise de cerca de 200 dispositivos eletrônicos.

A PF também demonstrou que os responsáveis omitiram a natureza intrusiva do sistema First Mile no momento da contratação, que custou R$ 5,7 milhões e foi justificada como apoio à intervenção federal no Rio de Janeiro. Na prática, o sistema foi desviado para espionagem de adversários.

“A motivação para aquisição foi seu uso prioritariamente na intervenção do Rio de Janeiro. Entretanto, os responsáveis pela contratação não enfrentaram a natureza real do sistema […] em flagrante violação aos limites da atividade de inteligência no Brasil”.

<><> Hierarquia, sabotagem e obstrução

A PF detalhou a cadeia de comando e divisão de tarefas da organização, apontando o envolvimento de servidores da Abin, policiais federais cedidos e oficiais de inteligência. A operação era organizada em estruturas como as “Turmas de Buscas” e “Grupos de Consulta”.

Houve, segundo o relatório, obstrução das investigações por meio da formatação de celulares, ocultação de logs e intimidação de servidores que colaboraram. Também foram identificadas ações políticas no Congresso destinadas a desacreditar o inquérito e blindar os envolvidos.

<><> Aparato estatal cooptado

O relatório sustenta que a Abin foi parcialmente convertida em instrumento de perseguição política e ataque a instituições democráticas:

“A estrutura clandestina de inteligência implementada sob a Direção de RAMAGEM era integrada por policiais federais e outros servidores cedidos à Abin […] utilizada para influenciar o resultado das eleições presidenciais de 2022”.

<><> Crimes e pendências no STF

Com base nas evidências reunidas, a PF imputou a dezenas de investigados crimes como organização criminosa, interceptação ilegal, violação de sigilo funcional, corrupção, prevaricação e embaraço à investigação. Parte dos agentes envolvidos ainda ocupa cargos estratégicos na estrutura atual da Abin, o que, segundo os investigadores, compromete o ambiente institucional.

O caso aguarda deliberação no Supremo Tribunal Federal, que poderá determinar novas ações penais e avaliar o impacto institucional de uma das mais profundas crises da história da inteligência brasileira.

•        Veja como aparecem os filhos de Jair Bolsonaro na investigação da Abin paralela

O relatório final da Polícia Federal no inquérito 2023.0022161 revela a existência de uma estrutura paralela de inteligência montada no interior da Abin, com operações ilegais voltadas não apenas contra opositores e autoridades de Estado, mas também em defesa de interesses privados do então presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos: Carlos, Flávio e Jair Renan. A investigação conclui que a chamada “Abin paralela” funcionava de forma organizada, com cadeia de comando definida, padrões operacionais e alvos prioritários.

<><> Carlos Bolsonaro: acesso direto a relatórios e coordenação informal

Carlos é o filho mais diretamente implicado. Segundo a PF, “Carlos Nantes Bolsonaro foi destinatário direto dos produtos da estrutura clandestina da Abin, com objetivo de proteção do núcleo familiar e ofensiva a adversários políticos”. Ele mantinha contato com integrantes da estrutura paralela e tinha acesso a relatórios de inteligência produzidos ilegalmente, com uso do sistema FirstMile. A ferramenta, voltada originalmente ao combate ao crime organizado, foi desviada para gerar dossiês contra jornalistas, magistrados, adversários e servidores públicos.

Carlos é descrito como elo estratégico entre o núcleo político e os operadores da desinformação, orientando linhas de ação e campanhas em conjunto com servidores públicos cedidos. Atuava, ainda que informalmente, no direcionamento das ações da rede clandestina.

<><> Flávio Bolsonaro: neutralização de investigações fiscais

A atuação em benefício de Flávio Bolsonaro é citada como um dos eixos da “Abin paralela”. A PF detalha “monitoramento de servidores da Receita Federal com o objetivo de identificar e neutralizar atuações no âmbito da investigação relacionada ao senador Flávio Bolsonaro”. A apuração sobre o esquema das “rachadinhas” levou a estrutura a monitorar servidores da Receita e tentar influenciar órgãos de controle para impedir avanços nas investigações.

As ações incluíam a obtenção de informações internas da Receita, identificação de delatores e a fragilização da legitimidade dos processos em curso. Para a PF, o uso de recursos da Abin nesse contexto representa obstrução de justiça e desvio de finalidade administrativa.

<><> Jair Renan Bolsonaro: prevenção e proteção antecipada

Com Jair Renan, a atuação teve caráter preventivo. A PF afirma que “a estrutura mobilizou-se para acompanhar investigações e ações administrativas que poderiam impactar Jair Renan Bolsonaro, antecipando medidas para evitar danos”. Houve monitoramento de trâmites envolvendo o Ministério Público, relações empresariais e movimentações financeiras que poderiam afetar sua imagem ou gerar responsabilizações.

A estrutura operava como um sistema de proteção familiar, tratando cada vulnerabilidade como assunto de Estado. Relatórios eram elaborados para antecipar riscos e construir uma estratégia de defesa para o filho mais novo do ex-presidente.

<><> Abin: desvio de finalidade e captura de instituições

O conjunto das ações em favor dos três filhos de Bolsonaro configura um padrão de desvio sistêmico de função pública. O uso da Abin e de tecnologias de inteligência para finalidades pessoais viola os princípios da legalidade e impessoalidade, e é apontado pela PF como parte da captura institucional promovida pelo entorno de Bolsonaro.

A investigação conclui que a estrutura clandestina representava um dos núcleos da erosão institucional que culminou na tentativa de ruptura da ordem democrática. A proteção aos filhos do presidente, embora não constitua crime isolado, integra um esquema de instrumentalização do Estado para fins privados, com efeitos profundos sobre a governança e a legitimidade das instituições.

•        ‘Não vão nos derrubar’, diz Edu Moreira sobre ataque da Abin paralela

O fundador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), Eduardo Moreira, fez um pronunciamento na noite desta terça-feira (18) após a divulgação de um relatório da Polícia Federal que comprova a existência de um esquema de espionagem e ataque político conduzido a partir do próprio Estado, por meio de um software adquirido com recursos públicos.

Dinheiro público foi utilizado para monitoramento e perseguição de jornalistas e comunicadores. “Um escândalo grave que envolve interesses ligados à família Bolsonaro e seus amiguinhos militares”, disse Eduardo Moreira.

“Hoje fui surpreendido com a divulgação de um relatório da Polícia Federal onde está demonstrado de maneira clara um ataque político sem igual, conduzido de dentro do próprio Estado, através de um software comprado com dinheiro público”, afirmou. Segundo ele, o objetivo era destruir reputações com base em mentiras, seguindo uma lógica autoritária.

Moreira enfatizou que não se trata apenas de uma violação contra indivíduos ou instituições mencionadas no relatório, mas de um ataque contra a democracia e a liberdade de imprensa.

“Quando o Leandro Demori é atacado, quando o ICL é atacado, quando jornalistas são atacados, não é figura de linguagem: o país inteiro é atacado. O direito coletivo de ter uma imprensa livre, de ter acesso à verdade, está sendo violado.”

Eduardo Moreira destacou que, em meio a ataques por defender suas posições — ora criticando o governo Bolsonaro, ora criticando a gestão atual —, optou pela coerência e independência.

“Amigos meus me criticaram com respeito. Outros me ridicularizaram. Mas quando criei o ICL, tomei uma decisão: nunca aceitaríamos um centavo de propaganda, patrocínio, fundo público, governo, empresa privada, rede social, nada.”

Segundo ele, essa escolha foi fundamental para garantir a autonomia do projeto. “A crítica do ICL não é contra um governo específico, é contra o modelo fracassado que levou o planeta à miséria mesmo com toda a tecnologia que desenvolvemos”, disse. “Hoje, mesmo com tanto avanço, as pessoas vivem pior, e o planeta agoniza.”

O fundador do ICL reconheceu as dificuldades financeiras enfrentadas. “Toda a fonte de financiamento do ICL vem das pessoas que fazem os cursos. A gente não recebe um centavo de empresa, governo ou propaganda. Isso dificulta, claro. Às vezes eu desanimo, fico cansado. Mas hoje eu estou animado, porque esse relatório é o maior atestado de que estamos no caminho certo.”

<><> Eduardo Moreira: ‘nossa utopia valeu a pena’

O fundador do ICL comemorou o que considera a validação do trabalho feito até aqui. “Eles tentaram nos parar, mas não conseguiram. Hoje eu rio na cara desses criminosos. Nossa utopia valeu a pena. O que estamos construindo é grande, é relevante para o país.”

Ele também criticou figuras públicas e setores da imprensa que se aliam a interesses privados. “É difícil fazer jornalismo de verdade quando se está comprometido com bancos, mineradoras ou interesses capitalistas. O que fazemos é baseado na experiência, na verdade, não em dinheiro”, afirmou.

Eduardo Moreira anunciou que pretende acionar os órgãos competentes. “Vamos buscar acesso a todos os documentos e acionar o Ministério Público, o TCU, e quem mais for necessário. Quem aponta os erros do sistema não pode ser silenciado.”

Ao final, Moreira criticou duramente o que chamou de “teatro da política tradicional”. “O Brasil não precisa de abraço, de uísquezinho à noite, de charuto em sala fechada com quem briga de dia e confraterniza de noite. O Brasil precisa de enfrentamento verdadeiro. Precisa de dedo na cara. E é isso que a gente vai continuar fazendo.”

O pronunciamento foi encerrado com uma mensagem de encorajamento à comunidade do ICL. “Eles vão tentar nos derrubar, mas não vão conseguir. Estamos em comunidade, estamos organizados, e o enfrentamento vai continuar. A hegemonia das ideias está ruindo, e isso é revolucionário”, disse.

“Vamos dormir hoje com orgulho e rir na cara desses criminosos, desses usurpadores do poder e do dinheiro que é nosso, não deles. E amanhã, vamos acordar mais renovados pra seguir na luta. Sigamos juntos. O ICL está aí pra ficar”, finalizou.

 

Fonte: ICL Notícias

 

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