Zuckerberg
declarou guerra ao mundo, diz Manuela d’Ávila
O anúncio de
mudanças na política de moderação de conteúdos da Meta, empresa que controla o
Facebook e o Instagram, gerou uma onda de críticas globais. Entre as reações
mais contundentes, a ex-deputada federal Manuela d’Ávila classificou a decisão
de Mark Zuckerberg como uma “declaração de guerra ao mundo”. A declaração foi
feita em uma postagem extensa nas redes sociais, na qual ela analisou o impacto
político e geopolítico das novas diretrizes da gigante tecnológica.
“O que
Zuckerberg diz, com todas as letras, é que a liberdade defendida pela
extrema-direita, as ideias de Trump e Musk, serão as suas. Ideias que ameaçam
instituições e democracias. Ideias de violência e tortura”, afirmou Manuela.
Ela ressaltou que o anúncio não pode ser tratado como uma mera mudança de
política de moderação, mas sim como uma questão central na geopolítica
contemporânea.
<><>
A mudança na política da Meta
A Meta
anunciou o fim das parcerias com verificadores de fatos terceirizados,
substituindo esse sistema por um modelo de “notas da comunidade”, similar ao
adotado pelo X (antigo Twitter), sob a liderança de Elon Musk. De acordo com
Joel Kaplan, chefe de Assuntos Globais da Meta, a decisão busca descentralizar
o controle de conteúdos, colocando o poder nas mãos dos usuários.
Kaplan
defendeu que o modelo antigo sofria com “preconceitos políticos” e que a nova
abordagem seria mais transparente e democrática. No entanto, críticos
argumentam que a medida abre espaço para a disseminação de desinformação,
polarização e discursos de ódio, ao remover o filtro de verificadores
especializados.
O contexto
político também exacerba as preocupações. A mudança ocorre sob um alinhamento
declarado entre a Meta e a administração de Donald Trump, com Kaplan afirmando
que a empresa sente “maior liberdade” para agir sob um governo favorável à
suposta liberdade de expressão.
<><>
Impactos globais e as críticas de Manuela
Para Manuela,
que atualmente se dedica ao estudo das políticas de regulação da internet em
seu doutorado, o anúncio da Meta representa mais do que uma escolha técnica ou
comercial: é uma declaração de intenções políticas e ideológicas com impactos
globais.
Ela destacou a
menção específica de Zuckerberg à China, América Latina e Alemanha, sugerindo
que as novas diretrizes da Meta representam um ataque direto às tentativas de
regulação desses países e regiões. “Esse é o velho excepcionalismo americano: a
ideia de um povo predestinado a salvar todos os povos. As ideias que fazem
desse Império o que mais guerreou na história”, afirmou.
A
ex-parlamentar também criticou a referência de Zuckerberg ao modelo do X, que,
segundo ela, opera como uma plataforma que ameaça a democracia em várias
regiões do mundo. “Não subestimem acreditando que pode ser resolvido pelas
secretarias de comunicação dos governos. Essa é a agenda central da geopolítica
do nosso tempo”, alertou.
Manuela
d’Ávila encerrou sua análise pedindo uma resposta institucional e organizada à
mudança. “Só uma resposta institucional organizada poderá nos permitir
enfrentar essa ameaça”, concluiu.
¨ Zuckerberg e
Elon Musk declaram guerra à democracia ao redor do mundo, diz Gleisi Hofmmann
A presidente
nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), fez um alerta após o
bilionário Mark Zuckerberg, proprietário da Meta, anunciar a remoção dos
checadores de fatos de suas plataformas de redes sociais.
Segundo
Gleisi, a decisão de Zuckerberg segue os passos de outro bilionário, Elon Musk,
conhecido por suas posições de extrema-direita. Após adquirir o X (antigo
Twitter), Musk implementou a política de "notas da comunidade",
transferindo aos usuários a responsabilidade de corrigir fake news. Contudo,
desde então, a plataforma tem se tornado um ambiente propício à disseminação de
informações falsas, ampliando preocupações com a confiabilidade do conteúdo nas
redes sociais.
Gleisi afirmou
que a decisão da Meta é extremamente grave e representa um claro alinhamento de
Zuckerberg ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. A deputada
também destacou as acusações infundadas feitas por Zuckerberg, que afirmou que
"tribunais secretos" na América Latina promovem "censura".
De acordo com
a presidente do PT, Zuckerberg, assim como Elon Musk, declarou uma verdadeira
guerra às democracias ao redor do mundo. Para ela, somente a regulação das
plataformas digitais urgentemente poderá proteger o Brasil da desinformação e
das ameaças à democracia.
"É
gravíssima a noticia de que a Meta (Instagram, Facebook, WhatsApp e Threads)
está se alinhando à extrema-direita. Ao se curvar aos anseios de Donald Trump,
as redes sociais que praticamente dominam o mercado global se transformam em
plataformas políticas tendenciosas, semelhante ao que já acontece no X (antigo
Twitter). Utilizando falsos pretextos como 'liberdade de expressão', 'tribunais
secretos' e 'censura', e com imenso poder econômico, esses bilionários (Elon Musk
anteriormente e, agora, Mark Zuckerberg) atropelam direitos dos usuários e a
soberania dos países no ambiente virtual.
Uma declaração
de guerra à democracia ao redor do mundo. Por isso precisamos combater a
desinformação, fiscalizar as plataformas digitais e exigir mais transparência
junto aos usuários, como pede o Projeto de Lei 4.144/2024, apresentando pelo
companheiro Pedro Uczai. Estabelecer leis para as redes sociais é urgente,
antes que seja tarde demais", escreveu a presidente do PT na plataforma X.
¨ Orlando Silva:
a Meta, de Zuckerberg, pretende se aliar aos ‘objetivos de Trump, da
extrema-direita e de grupos criminosos’
O deputado
federal Orlando Silva (PCdoB-SP) criticou, nesta terça-feira (7), o anúncio
feito pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg, sobre o fim do sistema de checagem de
fatos feito por terceiros, que será substituído por um sistema de notas da
comunidade, como já acontece no X.
“Gravíssimo!
Zuckerberg se alia a Trump, reforça a extrema-direita e declara guerra à
democracia!”, escreveu. “O reposicionamento significa a liberalização total das
plataformas para os objetivos da extrema-direita e de grupos criminosos, como a
disseminação de informações falsas, propagação de violência e extremismo
político, além de conteúdos de ódio e preconceituosos, sob a falsa retórica de
defender a liberdade de expressão.”
De acordo com
o parlamentar, a política a ser adotada pela Meta representa “um mergulho de
cabeça na batalha geopolítica global, alinhando-se totalmente aos objetivos de
Donald Trump e da extrema-direita para combater países que buscam preservar
suas soberanias, como Alemanha e Inglaterra, na União Europeia, e
principalmente a China, única nação que questiona a hegemonia norte-americana,
inclusive afirmando sua soberania tecnológica”.
“A nova
política da Meta deve ter fortes repercussões políticas e é demonstrativa dos
riscos que o novo governo Trump traz aos regimes democráticos”, continuou o
deputado.
A medida será
implementada nos Estados Unidos, e posteriormente pode ser adotada em outros
países. Zuckerberg tem feito acenos a Trump. O executivo se encontrou com o
presidente eleito dos EUA em novembro de 2024. De acordo com a Fox News, o
criador do Facebook afirmou que "deseja apoiar a renovação nacional da
América sob a liderança do presidente Trump".
A apuração de
fatos ocorre em propriedades da Meta desde 2016. O novo presidente
norte-americano é contrário a mecanismos de checagem nas redes sociais. Acusado
de fake news, Trump chegou a ser expulso do X quando a plataforma se chamava Twitter.
<><> Trump elogia decisão da Meta de abandonar
checagem de fatos e diz que suas ameaças surtiram efeito
O presidente
eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira (7) que suas
ameaças "provavelmente" fizeram a Meta mudar suas políticas sobre
moderação de conteúdo.
Em um contexto
de crescente apoio de magnatas a Trump, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, revelou
que suas plataformas adotarão sistema semelhante às "notas da
comunidade". Nesse modelo, os próprios usuários são responsáveis por
verificar a veracidade das informações, uma prática já implementada pelo X, do
bilionário de extrema-direita Elon Musk.
Questionado
durante uma coletiva se a decisão seria uma resposta direta de Zuckerberg às
ameaças feitas por ele, o republicano respondeu “provavelmente”.
Trump também
afirmou nesta terça-feira que a gigante das redes sociais avançou como empresa
após o anúncio de que eliminaria seu programa de verificação de fatos.
“Honestamente,
acho que eles evoluíram muito — Meta, Facebook, acho que avançaram bastante,”
disse ele.
¨ Zuckerberg alinha plataforma à agenda de Trump
O anúncio feito
nesta terça-feira (7) por Mark
Zuckerberg sobre
o fim do sistema de checagem de fatos pela Meta antecipa o
início da nova era Trump e explicita
aliança da empresa com o governo dos EUA.
Essa é a avaliação
do secretário de Políticas Digitais da Secom da
Presidência da República, João
Brant.
Pelas redes sociais, ele avalia que a medida anunciada pelo dono da Meta,
empresa que controla o Facebook, o Instagram e o WhatsApp, sinaliza um
enfrentamento à União Europeia, ao Brasil e a outros países que buscam proteger
direitos no ambiente online, que na visão de Zuckerberg, são os que
‘promovem censura’.
"É uma
declaração fortíssima, que se refere ao STF como ‘corte secreta’, ataca os
checadores de fatos (dizendo que eles ‘mais destruíram do que construíram
confiança’) e questiona o viés da própria equipe de ‘trust and safety’ da Meta
– para fugir da lei da Califórnia", escreve.
Te podría interesar
Brant comenta ainda
que o dono das plataformas também anuncia que vai desligar parte dos filtros
que identificam violações às políticas da plataforma – especialmente sobre
imigração e sobre gênero. Vai ainda reforçar o ‘conteúdo cívico’ nas
plataformas, o que sinaliza que topa servir de plataforma à agenda de Trump.
"Facebook e
Instagram vão se tornar plataformas que vão dar total peso à liberdade de
expressão individual e deixar de proteger outros direitos individuais e
coletivos. A repriorização do ‘discurso cívico’ significa um convite para o
ativismo da extrema direita", alerta.
O secretário
adverte ainda que a Meta vai atuar politicamente no âmbito internacional de
forma articulada com o Governo Trump para combater políticas da Europa, do
Brasil e de outros países que buscam equilibrar direitos no ambiente online.
A declaração é
explícita, afirma Brant, e sinaliza que a empresa não aceita a soberania dos
países sobre o funcionamento do ambiente digital e soa como antecipação de
ações que serão tomadas pelo governo Trump.
"Meta vai
asfixiar financeiramente as empresas de checagem de fatos, o que vai afetar as
operações delas dentro e fora das plataformas. O anúncio só reforça a
relevância das ações em curso na Europa, no Brasil e na Austrália, envolvendo
os três poderes", constata.
Brant afirma também
que a decisão da Meta amplia a centralidade dos esforços internacionais feitos
no âmbito da ONU, UNESCO, G20 e da OCDE para reforçar a agenda de promoção da
integridade da informação.
¨ Internautas
repudiam iniciativa do 'fascista Zuckerberg': Facebook, Instagram e WhatsApp
bombam nas redes sociais
Internautas ficaram preocupados com o anúncio feito pelo CEO da Meta, Mark
Zuckerberg, após o executivo defender o afrouxamento das regras de publicação
de postagens. Perfis nas redes sociais cobraram ações do ministro do Supremo
Tribunal Federal Alexandre de Moraes e afirmaram que o empresário está alinhado
com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano),
da extrema-direita norte-americana. A meta controla Facebook, Instagram e
WhatsApp.
De acordo com o jornalista Leonel Camasão, as mudanças anunciadas pelo
dirigente são “preocupantes”. “É uma demonstração clara de apoio ao presidente
Donald Trump e a um ambiente tóxico nas redes sociais”, continuou.
“É grave que poucos bilionários controlem os principais espaços de
debate público e permitam que mentiras e discursos de ódio sejam disseminados
descontroladamente. Por isso mesmo, precisamos aprovar a regulamentação das
redes no Brasil urgentemente!”, concluiu.
O posicionamento emitido pelo dirigente é semelhante ao adotado pelo
bilionário de extrema-direita Elon Musk. Nos últimos meses, o dono da rede
social X atacou verbalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre
de Moraes, devido à atuação do magistrado em propostas para combater fake news
e discursos de ódio na internet.
O deputado federal Nilton Tatto (PT-SP) também se pronunciou: “A
primeira medida anunciada foi o fim da checagem de fatos, que será substituída
por notas nas comunidades. Sem a checagem de fatos, já dá para perceber aonde
isso vai parar”.
Outro perfil escreveu: “Após o fascista Mark Zuckerberg, principal
responsável pela ascensão da extrema-direita no mundo, anunciar que não vai
mais seguir as leis e vai promover fake news no Facebook, Instagram e WhatsApp,
precisamos mais do que nunca nos unir!!”. “Alexandre, eu autorizo”.
<><> Eduardo Bolsonaro é massacrado por internautas
após atacar a esquerda, Alexandre de Moraes e defender Zuckerberg
Internautas
responderam a uma publicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e criticaram o
deputado federal por defender Mark Zuckerberg após o dono da Meta anunciar que
as plataformas da empresa não terão mais o sistema de checagem e adotarão uma
medida parecida com a da rede social X, do bilionário de extrema-direita Elon
Musk.
O filho de
Jair Bolsonaro (PL) e os dois empresários são aliados do presidente eleito dos
Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), que representa a
extrema-direita norte-americana. 'A esquerda vai sucumbir!', afirmou o
parlamentar, que também atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre
de Moraes.
Usuários do X
reagiram: 'Vai poder mentir à vontade, né, Bananinha?”, escreveu um perfil.
“Bora trabalhar, deputado fake”, publicou outra pessoa. “Detonar sem citar
deputado? O senhor não fica constrangido? Pare de enganar as pessoas”, postou
outro perfil.
Confira a
postagem de Eduardo Bolsonaro no X: “Mark Zuckerberg detona Alexandre de Moraes
sem citá-lo. O dono da Meta (Facebook, Insta e Whats) cita a América Latina,
dizendo que comumente tribunais censuram silenciosamente, sem que os usuários
saibam. O efeito real Donald Trump só está começando, e muitos fatos serão
revistos! Aguardem! A esquerda vai sucumbir!”.
Fonte: Brasil 247/Fórum
Nenhum comentário:
Postar um comentário