Veja 5
alimentos industrializados que são saudáveis
Quando falamos em
alimentação saudável, logo pensamos em alimentos in natura, como
frutas, verduras e legumes. Mas nem sempre é necessário excluir completamente
os produtos industrializados de uma dieta equilibrada. Algumas opções não são
ultraprocessadas e podem ser benéficas para a saúde, além de trazer praticidade
para a rotina.
“A chave está na escolha
inteligente e na leitura de rótulos. Produtos industrializados podem ser
aliados, desde que priorizem ingredientes de qualidade e sejam minimamente
processados”, orienta Daniela Zuin, nutricionista do Instituto Nutrindo Ideais
e especialista em nutrição clínica e estética, à CNN.
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Como identificar um alimento industrializado
saudável?
Para fazer as melhores
escolhas em relação aos alimentos industrializados, é importante tomar alguns
cuidados. Um deles é olhar a lista de ingredientes. A regra de ouro é
simples: quanto menor a lista, melhor.
“Se os ingredientes
soarem como algo que você reconhece e usaria na sua cozinha, é um bom sinal.
Fuja de nomes complicados ou números, como ‘glutamato monossódico’, ‘BHT’ ou
‘corante amarelo tartrazina'”, orienta a nutricionista.
Ainda na lista de
ingredientes, é importante identificar a presença de açúcar adicionado. Quando o valor é alto, é possível encontrar um selo alertando para
a alta quantidade do ingrediente logo no rótulo do produto. Além disso, vale
procurar por termos como “xarope de glicose“,
“maltodextrina“, “açúcar invertido” ou mesmo “melado de cana” — se eles aparecerem na
lista de ingredientes, principalmente nas primeiras posições, é um sinal de
alerta.
Também tenha atenção à
quantidade de sódio e gorduras ruins, como a trans. Aproveite para verificar a
tabela nutricional e buscar produtos ricos em fibras, proteínas,
vitaminas e minerais. “Evite aqueles com calorias vazias, que apenas entregam
energia sem nutrientes essenciais”, afirma Zuin.
Por fim, é importante
desconfiar de “propagandas de saúde”. “Palavras como ‘natural’, ‘zero açúcar’,
‘fitness’ ou ‘integral’ nem sempre garantem qualidade. Esses termos podem ser
usados como estratégia de marketing, mas só a leitura atenta do rótulo confirma
se o produto é realmente saudável”, acrescenta.
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Exemplos de alimentos industrializados
saudáveis
A seguir, com ajuda de
Zuin, a CNN lista
5 alimentos industrializados que podem ser incluídos em uma dieta equilibrada e saudável, com moderação. Veja:
1. Snacks de vegetais ou leguminosas
Chips de batata-doce ou
grão-de-bico torrado são opções práticas e saudáveis para substituir
salgadinhos ultraprocessados. “Prefira marcas que usem ingredientes naturais e métodos de
preparo mais saudáveis, como assar ou desidratar”, orienta a nutricionista.
2. Chocolate amargo (70% cacau ou mais)
Quer incluir um docinho
na sua rotina sem atrapalhar a dieta? O chocolate amargo (70% cacau) é uma boa opção de industrializado.
“Rico em polifenóis, ele
ajuda a combater inflamações e proporciona uma deliciosa dose de prazer.
Escolha versões com poucos ingredientes e sem adição de leite ou açúcar
refinado”, afirma.
3. Bebidas vegetais fortificadas
Leites vegetais, como
leite de amêndoas, de coco ou de aveia, também são industrializados e podem ser
boas alternativas ao leite de vaca. “Fique de olho nos rótulos e opte por
versões sem adição de açúcares ou espessantes artificiais”, orienta Zuin.
4. Massa de leguminosas
Algumas massas feitas à
base de grão-de-bico, ervilha ou lentilha são boas fontes de proteína e fibra,
oferecendo maior saciedade e valor nutricional.
“São uma ótima
alternativa às massas tradicionais, especialmente para quem busca controle do
índice glicêmico”, afirma a nutricionista.
5. Temperos e caldos naturais prontos
Alguns temperos e caldos
naturais prontos são boas opções para trazer mais praticidade no preparo de
refeições. Mas é importante ficar de olho na lista de ingredientes: se houver
glutamato monossódico, é um alimento ultraprocessado.
“Busque aqueles feitos
com ingredientes naturais, como ervas, especiarias e sal marinho”, aconselha
Zuin.
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Cuidado com barras e bebidas proteicas
As barras e bebidas
proteicas têm ganhado popularidade nos últimos anos por representarem opções
práticas para aumentar o consumo de proteínas, principalmente nos lanches
intermediários. Porém, muitas alternativas encontradas nos mercados são
ultraprocessadas e podem ser pouco nutritivas.
“Para escolher uma boa
opção, leia os ingredientes, preferindo aqueles com lista curta, evite açúcares
e adoçantes artificiais, verifique o teor de proteína — procure, pelo menos, 10
a 15 gramas de proteína por porção — e fique atento ao sódio”, afirma a
nutricionista.
¨ Bebida
e barra de proteína são saudáveis? Estudo responde
Alimentos proteicos,
como bebidas, iogurtes e barras de proteína, são cada vez mais considerados
opções práticas para refeições intermediárias, como lanche da manhã ou da
tarde. Frequentemente, esses produtos são vendidos como opções saudáveis de
“snacks” para o dia a dia, mas um novo estudo mostrou que isso pode não ser
verdade.
O trabalho, publicado
neste mês na revista científica Nutrients, analisou o conteúdo e a salubridade de
alimentos proteicos. Para isso, os pesquisadores avaliaram 4.325 alimentos
processados de 12 tipos diferentes. Cerca de 13% deles exibiram alegações de
proteína em suas embalagens.
A maior proporção de
alimentos considerados proteicos foi observada entre produtos de carne à base
de plantas (68,2%), seguidos por barras (35,3%) e substitutos de sobremesas de
iogurte ou laticínios (21,3%).
Além disso,
aproximadamente 60,4% dos alimentos analisados tinham proteínas fortificadas,
com a maior taxa sendo observada em barras e carnes à base de plantas (90%).
Por outro lado, substitutos do leite e substitutos do iogurte ou sobremesas
lácteas apresentaram as menores taxas de fortificação (7,9% e 3,3%,
respectivamente).
Proteínas vegetais foram
adicionadas com mais frequência a itens fortificados (41,7%) do que proteínas
animais (25,9%). A proteína vegetal mais comumente adicionada foi o glúten,
seguido por proteínas do leite e da soja.
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Produtos proteicos foram considerados “menos saudáveis”
O estudo avaliou a
qualidade nutricional dos alimentos considerados proteicos com base em um
modelo de perfil nutricional desenvolvido pela Organização Pan-Americana da
Saúde (Opas), da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O trabalho revelou que
cerca de 90,8% dos alimentos proteicos são classificados como “menos saudáveis”
e mais de 50% têm alto teor de gordura e sódio. Além
disso, um em cada quatro itens tinha alto teor de açúcar livre e gordura
saturada, e um em cada cinco itens tinha adoçantes.
Para somar, ao serem
comparados com alimentos sem alegações de proteína, alimentos proteicos
apresentaram 17% mais itens “menos saudáveis”. As proporções de alimentos
com altas quantidades de gordura, sódio ou adoçantes também foram maiores entre
os alimentos com proteína.
Por outro lado, as
proporções de alimentos com altas quantidades de açúcar livre ou gordura
saturada foram menores entre os itens alimentares com alegações de proteína.
Diante dos achados, os
autores do estudo consideram o consumo de alimentos proteicos “representa um
risco adicional à nossa saúde que nunca deve ser justificado pela presença de
proteína extra”. “Isso é particularmente sério porque os consumidores muitas
vezes não estão cientes desse risco e, em vez disso, percebem esses alimentos
como saudáveis”, afirmam.
Além disso, os
pesquisadores orientam que os consumidores verifiquem a declaração nutricional
e a lista de ingredientes dos alimentos proteicos para fazer escolhas
saudáveis.
Fonte: CNN Brasil
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