Ângela
Carrato: A extrema direita, as big techs e as guerras cognitivas
Depois
de ser alvo de brutal fake news, o governo Lula publicou, na quinta-feira (16)
a medida provisória (MP) da gratuidade do PIX.
Ela
garante que este meio de pagamento não terá qualquer tipo de tributo, ao
contrário das mentiras que circularam insistentemente pelas redes sociais nas
últimas semanas, trazendo intranquilidade para os consumidores, o comércio e
influindo negativamente no desempenho da própria economia.
A
decisão dividiu opiniões. Dentro do chamado campo progressista, uma parcela
criticou a medida, considerando-a “capitulação” do governo às “fake news”,
enquanto outra considerou a decisão acertada.
Minha
avaliação é de que o governo agiu certo. Insistir em manter uma decisão correta
e favorável à maioria da população, como a adotada pela Receita Federal no caso
do PIX, porém completamente deturpada pelas fake news, só colocaria mais lenha
na fogueira e ampliaria o desgaste junto à opinião pública.
Ao
contrário do que se possa imaginar, a publicação desta MP está longe de
encerrar o assunto, pois se trata de algo muito mais complexo, demanda análise
cuidadosa e uma série de providências por parte do governo, a fim de se
prevenir contra novas crises fabricadas que, certamente, irão ocorrer.
Todo o
debate envolvendo esse assunto acabou centrado na falta de competência da
Secretaria de Comunicação do governo Lula, no exato momento em que o antigo
titular, deputado Paulo Pimenta, deixava o cargo e o publicitário Sidônio
Palmeira assumia o seu lugar.
Uma
análise superficial até pode apontar para esse aspecto, mas ele está longe de
ser o principal e elucidar o que aconteceu.
Que a
comunicação do governo Lula estava fraca, não resta dúvida.
Lula,
ele próprio, tem poder de falar e ser compreendido infinitamente maior do que
as ações que a Secom vinha desenvolvendo. Razão pela qual alguns especialistas
defendem que o caminho seja ele falar mais e diretamente para a população, como
faz a presidente do México, Cláudia Sheinbaum.
Isso é importante, mas não basta. É o que tentarei explicar a seguir.
As
mentiras envolvendo o PIX estão longe de se constituírem apenas em fruto da
ação maligna de parlamentares como a extremista de direita Nikolas Ferreira
(PL-MG) e da incapacidade de uma enorme parcela da população brasileira para
distinguir o falso do verdadeiro, embora tudo isso faça parte.
As
mentiras envolvendo o PIX, na proporção que assumiram, são parte do que
tecnicamente pode ser considerada “guerra cognitiva”, um dos aspectos da
“guerra híbrida”, que vem sendo utilizada pelos Estados Unidos há várias
décadas. No caso brasileiro, elas têm tudo a ver com as big techs e com o
governo recém-empossado de Donald Trump.
Não
passou despercebido o fato de que, na véspera da posse, um dos principais
auxiliares de Trump, Stevie Bannon, fez questão de dizer que o deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) será o futuro presidente do Brasil. Alguém acredita
que Bannon faria tal declaração sem o conhecimento e o consentimento de Trump?
No
acalorado debate que se travou, inclusive na mídia independente, um aspecto
pouco lembrado foi o de que o bilionário de extrema-direita, Elon Musk, dono do
X (antigo Twitter), está em guerra contra o STF e o governo Lula. Musk chegou a
declarar, rebatendo críticas feitas pela primeira-dama, Janja da Silva, durante
o G-20 Social, que “eles perderão a próxima eleição”, se referindo à possível
candidatura de Lula em 2026.
No
novo governo Trump, Musk, que foi peça decisiva para a sua vitória, vai
comandar o Departamento de Eficiência Governamental, que tem status de
ministério e foi criado para ele.
Oficialmente
o objetivo do novo departamento é “desmantelar a burocracia governamental”, mas
na prática o dono do X estará ao lado de Trump para implementar o “make America
great again”, combater a China, os BRICS e alavancar a extrema-direita no
mundo. Algo na linha do que fez Bannon no mandato anterior de Trump.
Curiosamente
também não foi lembrado neste debate que outro bilionário, Mark Zuckerberg,
dono da Meta, que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, aderiu a Trump.
Há
pouco mais de uma semana, Zuckerberg anunciou que chegou ao fim em suas
plataformas a checagem dos fatos.
A
medida, que causou enorme impacto nos mais diversos países, permitirá que fake
news, preconceitos e discursos de ódio circulem sem qualquer controle, ou,
melhor dizendo, controlados a partir dos interesses de Trump para recuperar a
“grandeza” dos Estados Unidos, como foi dito com todas as letras em seu
discurso de posse.
Quando
do anúncio, o dono da Meta declarou que irá pedir apoio a Trump para pressionar
governos que tentam “cercear a liberdade de expressão”, citando a China, países
da Europa e a América Latina.
O
governo Lula não foi citado nominalmente. Mas seria necessário um absoluto
desconhecimento de geopolítica, de relações internacionais e das mudanças em
processo na ordem global para não perceber que o governo Lula é um dos alvos de
Trump e das big techs.
Além
de integrar o BRICS, grupo que na sua formação ampliada detêm mais de 37% do
PIB mundial e concentra mais de 40% da população global, o Brasil preside o
bloco este ano e Lula é uma das principais vozes do Sul Global.
Trump
quer reduzir a influência da economia chinesa no mundo, começando pela América
Latina, que considera seu “quintal”. Some-se a isso que o Brasil é o maior país
da região e há mais de 10 anos a China se tornou o nosso principal parceiro
comercial.
Como o
governo Lula, através da Advocacia-Geral da União (AGU) deu 72 horas para a
Meta detalhar estas mudanças e o impacto delas no país, a resposta veio dentro
do prazo, mas não deixou de irritar Zuckerberg. Ele pediu sigilo para as respostas,
alegando que as informações contêm detalhes estratégicos e sensíveis sobre suas
operações, que poderiam ser comprometidos.
O
ministério da Justiça entrou no assunto e está buscando o difícil equilíbrio
entre o respeito à confidencialidade empresarial e o direito da sociedade de
conhecer os detalhes de políticas que afetam milhões de usuários no Brasil. O
que está longe de ser o desejado por Zuckerberg.
Não
por acaso foram pelo X e pelas plataformas da Meta que a maioria das fake news
sobre o PIX circulou. Ao contrário de destacarem este aspecto crucial, as
discussões, inclusive na mídia independente, preferiram enfatizar a quantidade
recorde, milhões de visualizações, que as mentiras alcançaram, como se isso
fosse sinônimo de ação espontânea por parte da população, prova cabal de erro
na comunicação oficial e não fruto de uma tremenda manipulação.
Haja
ingenuidade!
Quando
Trump anuncia que irá acabar com as guerras em que os Estados Unidos estão
metidos, é preciso entender exatamente o que está sendo dito. Possivelmente
esteja se referindo às guerras tradicionais, que envolvem perdas de vidas,
consomem bilhões de dólares e são malvistas pela opinião pública.
O
Partido Democrata perdeu as eleições nos Estados Unidos pela impopularidade que
passou a cercar a guerra na Ucrânia e o genocídio de Israel na Faixa de Gaza.
Mesmo
em relação a essas guerras, há dúvidas de que Trump consiga encerrá-las, dado
ao peso do lobby da indústria armamentista.
Entusiasta
do mundo digital, Trump tem sua própria plataforma, a Truth Social, criada no
início de 2022, onde já ganhou muito dinheiro e espera ganhar ainda mais.
Como
ex-presidente dos Estados Unidos e agora de volta ao cargo, ele conhece
profundamente como agem as Forças Armadas e as 22 agências de segurança/espionagem
de seu país, que, pelo menos desde a década de 1980, adotam em suas ações o
conceito de guerra híbrida.
Conceito
potencializado a partir dos anos 2000 pela entrada em cena das big techs e de
suas redes sociais, levando ao surgimento de outro conceito, o de guerra
cognitiva.
A
guerra híbrida é uma estratégia militar que mescla desde a guerra convencional
com a ciberguerra e outros métodos de influência, a exemplo da desinformação e
do lawfare. Ela mascara responsabilidades e evita que o verdadeiro agressor
seja conhecido ou que haja retaliação.
As
redes sociais potencializaram enormemente esta modalidade de intervenção, uma
vez que atuam diretamente sobre a percepção das pessoas, podendo levá-las a
entendimentos equivocados e a posicionamentos que não seriam os melhores e nem
os mais adequados aos seus interesses.
Exemplos
disso não faltam.
A
chamada “Primavera Árabe”, nome impróprio que designa uma série e protestos
antigovernamentais, revoltas e rebeliões que se espalharam nos países árabes do
norte da África e no Oriente Médio, a partir de 2010, talvez seja um dos
principais exemplos deste tipo de guerra.
Nela a
internet e as redes sociais tiveram papel central e foram manipuladas pelos
Estados Unidos e seus aliados contra os governos locais.
A
partir da Tunísia, os protestos espalharam-se por outros cinco países – Líbia,
Egito, Iêmen, Síria e Bahrein.
Os
governantes foram depostos e para lembrar o que ocorreu depois, basta observar
que o Egito se tornou uma ditadura militar, ignorada pela mídia internacional e
pelas redes sociais, e a Líbia transformou-se em um “não estado”, onde grupos
ocidentais competem pelo controle do seu petróleo.
A
Líbia, igualmente, deixou de ser notícia.
A
derrubada de governos democraticamente eleitos em outras partes do planeta como
na Ucrânia, em 2014, e aqui no Brasil, em 2016, têm em comum o ciberativismo
comandado pelos Estados Unidos e aliados, a começar por Israel.
Nos
dois casos, manifestantes foram às ruas exigindo melhorias em políticas
públicas, mas o resultado foi dramático para suas vidas.
A
Ucrânia acabou mergulhada numa guerra por procuração entre os Estados Unidos e
a Rússia. Guerra cujos saldos são terríveis para a Ucrânia, mesmo se ela
acabasse amanhã. O que está longe de ser o caso.
Já no
Brasil, os governos golpistas de Temer e Bolsonaro, que sucederam ao de Dilma,
mergulharam o país em um retrocesso tamanho, que Lula, mesmo na metade do atual
mandato, ainda não conseguiu revertê-lo completamente. Na macroeconomia o
governo vai bem, mas as fake news atuam no que se refere mais diretamente à
vida das pessoas.
Daí a
crise fabricada em torno do PIX.
É
importante observar que Trump, mesmo já tendo o apoio das big techs, não está
descuidando da mídia tradicional.
Prova
disso é que o bilionário dono da Amazon e do jornal The Washington Post,
Jeff Bezos, seguindo a maioria da mídia estadunidense, também se alinhou a ele.
O objetivo é continuar garantindo bons negócios junto à Casa Branca.
Indignados,
os funcionários de sua publicação podem entrar em greve, depois que encaminharam
carta solicitando esclarecimentos sobre a nova linha editorial do jornal,
historicamente considerada simpática ao Partido Democrata.
Nada
disso esteve no radar da maioria das notícias e debates sobre as fake news
contra o PIX.
Ao
contrário. Para quem acompanhou atentamente o assunto, tanto as matérias da
mídia corporativa quanto na maioria dos veículos da mídia independente, o
problema se limitou a um erro de comunicação do governo Lula e ao oportunismo e
má fé de figuras extremistas de direita.
Não
faltou quem comemorasse os milhões de visualizações que o vídeo da deputada
federal Érika Hilton (PSOL-SP) que fez uma didática explicação sobre o PIX, sua
importância e como a medida foi deturpada pela extrema-direita.
Novamente
há ingenuidade na avalição. Que o vídeo é importante, não resta dúvida. Mas as
visualizações, sempre controladas pelas big techs, não deixam de ser uma
tentativa das big techs limparem a própria barra.
Mais
ainda. Mesmo bem intencionado, o vídeo acabou servindo para reabrir uma discussão
que interessa apenas à extrema-direita.
Que
falta fazem atuações sintonizadas por parte dos setores progresssitas!
Dentre
uma série de assuntos que possuíam potencial para gerar dúvidas e preocupações
junto à população, o PIX foi escolhido pelos senhores da guerra cognitiva por
estar presente no dia a dia dos brasileiros e envolver a área econômica, na
qual o governo Lula vai bem na macroeconomia, mas enfrenta problemas, por
exemplo, no que se refere ao preço dos alimentos.
Se
historicamente a mídia tradicional e a própria propaganda sempre se valeram das
emoções (sobretudo do medo) para gerar pânico e levar populações inteiras a
aderir a determinados processos como guerras, as redes sociais fazem isso agora
com maior e melhor eficácia.
As
postagens do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que se elegeu através
do voto evangélico, de mentiras e se valendo da proximidade com Bolsonaro, não
podem ser vistas como algo amador.
Elas
envolvem um nível de sofisticação tal, que deixa claro que foram cuidadosamente
preparadas em laboratórios com finalidade precisa: assustar as pessoas,
inverter o sentido do que o governo pretendia, criar confusão e caos.
O
marqueteiro de Bolsonaro, a quem se atribui a criação destes vídeos, é apenas
um rosto num longo processo.
Haja
vista como o momento para o início da divulgação desta fake news foi escolhido
a dedo: festas de fim de ano e início de novo ano, quando as pessoas gastam
mais com alimentação e compram presentes.
Período
em que os Poderes tradicionalmente estão em recesso e, naquele momento, mais
voltados para questões políticas do que econômicas. Como no macro a economia
vai bem, os olhares estavam concentrados nos desdobramentos das investigações
sobre os dois anos da fracassada tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e
no indiciamento de seus participantes.
De
onde menos se esperava, no entanto, veio o ataque.
Digo
ataque, porque foi ataque mesmo, um ataque cibernético. Postagens e repostagens
que, em situações normais, poderiam alcançar centenas ou, no máximo, milhares
de pessoas, de repente atingiram números estratosféricos, alguns superando o
total da população brasileira.
Como
se sabe que as big techs controlam, através dos algoritmos, a visibilidade das
postagens, potencializando-as ou sombreando-as, é, no mínimo, estranho que o
debate sobre o assunto não tenha ido fundo neste aspecto.
Após
decidir pelo cancelamento da medida da Receita Federal, a ação do governo foi
até ironizada.
Alguns
viram nela uma espécie de “síndrome dos R$ 0,20”, referência às manifestações
contra o governo Dilma, em 2013, que levaram à sua queda.
Claro
que o governo Lula deve ter levado este aspecto em conta. E está correto ao
fazê-lo.
Aquele
aumento no preço do transporte coletivo na cidade de São Paulo não tinha nada a
ver com o governo federal. Mas foi devido ao impulsionamento que recebeu das
redes sociais e do apoio que ganhou da mídia corporativa, TV Globo à frente,
que se transformou em problema nacional e em estopim para as contestações ao
governo Dilma, cujos indicadores econômicos e sociais eram excelentes.
Você
que me lê talvez se recorde que, com as manifestações já em andamento, Dilma
usou cadeia de rádio e TV para anunciar a adoção de medidas cruciais sobre
transporte público, saúde e educação, os principais aspectos que passaram a
dominar os protestos.
Apesar
da tentativa de Dilma para enfrentar a situação, a mídia tradicional abafou as
suas propostas, as redes sociais as ignoraram e o Congresso Nacional, já
naquela época dominado pela extrema-direita, as arquivou sem qualquer
discussão.
Difícil
acreditar que algo semelhante jamais possa voltar a se repetir. Lula sabe que,
em determinadas situações, enfrentar a chamada opinião pública, mesmo quando
manipulada, não é o melhor caminho.
Até
porque há muito a tal opinião pública não passa de opinião publicada/divulgada
pela mídia tradicional e potencializada pelas redes sociais.
No
caso específico do PIX, é preciso observar que as críticas a medidas corretas e
positivas adotadas pelo governo não aconteceram do nada. Não surgiram como um
raio em céu azul.
Desde
quando Lula passou a cobrar do Banco Central, então comandado por um
bolsonarista, a redução dos juros e a defender a ampliação dos investimentos em
políticas sociais, que a mídia corporativa brasileira começou a atacá-lo.
Ao
longo de meses esta mídia vem publicando manchetes mentirosas criticando Lula
por “não se preocupar com o desequilíbrio fiscal” e ser adepto da “gastança”.
Nada
mais mentiroso, como se sabe, mas para o imaginário popular tais manchetes são
importantes para compor o quadro de que o governo é esbanjador. E, pensamento
quase correlato, um governo esbanjador vai precisar aumentar impostos e criar
novas taxas para se equilibrar.
Bingo!
É
neste contexto que uma mentira como a de que o PIX seria taxado encontra
terreno fértil e prospera.
Nikolas,
um mentiroso contumaz, foi apenas um rosto a encarná-la, como no passado o
foram o Movimento Brasil Livre (MBL) e Kim Katanguri. Mentira que colou pelo
contexto previamente preparado e pela repetição colossal a que foi exposta.
Responsabilizar
os rostos que divulgam mentiras é fundamental, mesmo tendo sido cuidadosos,
como fez o próprio Nikolas, após o governo ter voltado atrás.
Ao
contrário de se dar por vencido, ele retornou às redes sociais para inocular,
sem qualquer base na realidade, dúvidas e suspeitas junto à opinião pública,
sobre o que o governo poderia vir a fazer no futuro.
O
Grupo Prerrogativas, que reúne alguns dos mais conceituados advogados e
juristas brasileiros, já anunciou que vai pedir a cassação do mandato dele e
também acionar o Ministério Público Federal, pois suas postagens causaram
graves prejuízos para a economia nacional.
É
preciso que as coisas sejam colocadas no seu devido lugar: não se trata de
opinião, mas de mentir, de falsear a realidade e isso é crime.
Diante
deste quadro, por mais que o governo, através da Secom, tenha também procurado
ocupar as redes sociais com esclarecimentos sobre o PIX, antes de optar por
revogar medidas corretas e anunciar o óbvio, através de MP, dificilmente elas
teriam tido chance de sucesso.
Esse
episódio deve servir para que o governo Lula se torne muito atento de agora em
diante, especialmente após a posse de Trump e sabendo-se de que lado jogam as
big techs.
Não é
mais possível considerar as big techs e suas redes sociais como espaços para
informação, lazer ou negócios.
Elas
são formas de controle sobre quem as usa, através da “mineração” de dados, do
estabelecimento de bolhas e câmeras de eco, como são denominadas grandes reverberações,
sem quaisquer questionamentos, como as mentiras sobre o PIX.
As big
techs são, sobretudo, ferramentas essenciais na guerra cognitiva,
indispensáveis para governos de extrema-direita como o de Trump, que quer fazer
os Estados Unidos grande de novo à custo do desrespeito e da soberania de
outros países e governos.
Enfrentar
uma situação que está apenas começando envolve entendê-la, dimensioná-la
adequadamente e construir os instrumentos adequados a fim de que se possa agir.
Sem
isso, as mentiras podem se avolumar, virarem crises e saírem do controle.
Fonte: Viomundo
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