quinta-feira, 24 de outubro de 2024

MAMATA SEM FIM: Filha de Michelle recebe diárias para curtir Oktoberfest em meio a ataques em Florianópolis

Filha de Michelle Bolsonaro (PL) com o engenheiro eletricista Marcos Santos da Silva, Letícia Marianna Firmo da Silva tem surfado na mamata sem fim do clã do padrasto, Jair Bolsonaro (PL), que sempre arruma uma boquinha para familiares receberem vultosos salários pagos com verbas públicas em gabinetes de aliados e bajuladores.

Nomeada por Jorginho Mello (PL) em abril de 2023 como assistente de gabinete da Secretaria de Articulação Nacional (SAN), ganhando um salário de R$ 13 mil no escritório do governo catarinense em Brasília, a filha de Michelle tem ganhado de presente do governador viagens por Santa Catarina paga por meio de diárias, que bancam passagens e hospedagem.

Neste sábado (19), enquanto a região metropolitana de Florianópolis estava sob ataque do crime organizado, Letícia Firmo curtia uma dessas viagens, em Blumenau, onde badalou na Oktoberfest, a festa da cerveja mais tradicional do Estado.

Para se deslocar de Brasília - onde vive e deveria trabalhar internamente atendendo telefonemas e anotando na agenda os recados da Secretária de Articulação Nacional de Santa Catarina, Vânia Oliveira Franco - até Blumenau a filha de Michelle recebeu diárias de R$ 660 pagas diretamente por meio do Gabinete do Governador do Estado.

A ordem de pagamento 2024PP000554, emitida na quarta-feira (16), descreve a diária para "pagamento de diária para servidora Letícia Marianna Firmo da Silva, nos trechos BSB - FLN, FLN - BSB, nos dias 17/10/24 e 22/10/24".

Após desembarcar em Florianópolis, a filha de Michelle Bolsonaro viajou sob a tutela da Secretária de Articulação Nacional de Santa Catarina até Blumenau. Vânia fez questão de registrar a curtição com a filha da ex-primeira-dama em publicação nas redes sociais.

Em stories no Instagram, a secretária de Jorginho Mello aparece paramentada com vestes alemãs e uma tradicional caneca de cerveja nas mãos.

Além dos R$ 13 mil mensais, Letícia Firmo já recebeu R$ 2.353,00 em diárias do governo de Santa Catarina desde que assumiu o cargo em Brasília.

Todos os pagamentos são referentes à viagens para Santa Catarina e foram autorizadas diretamente por Jorginho Mello, por meio do Gabinete do Governador do Estado.

<><> No governo, Bolsonaro nomeou namorado da filha de Michelle

O namorado de Letícia Firmo, filha da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi nomeado em janeiro de 2020 como especialista na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Igor Matheus Modtkowski, de 25 anos recebia um salário de 1.100 reais, de acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União. Além do salário no governo, ele também tinha outra fonte de renda, seu soldo de 4.200 reais, pago pelas Forças Armadas. As remunerações foram pagas até dezembro do ano passado, quando foi dispensado através de uma portaria assinada pelo GSI.

<><> Ataques em Florianópolis

A Região Metropolitana de Florianópolis está sob ataque do crime organizado na tarde deste sábado (19). Pelo menos 16 pontos de vias públicas da capital e de outros municípios vizinhos foram bloqueados por veículos em chamas, conforme mostram vídeos e fotos postados por internautas nas redes sociais. Houve ainda tiroteios entre as forças de segurança e integrantes de facções em algumas zonas. Os atos teriam sido determinados pelo crime organizado.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Santa Catarina, num dos confrontos dois homens teriam sido mortos e outros sete presos. Dois indivíduos envolvidos nesse embate estariam neste momento em fuga e sendo procurados por agentes das policiais Militar e Civil.

O governador bolsonarista Jorginho Mello (PL) foi aos seus perfis nas redes sociais para lançar bravatas contra as organizações criminosas que dominam o estado, embora a situação fosse de pânico entre a população.

“Queria tranquilizar a população de Floripa e de Santa Catarina. A nossa força de segurança é uma das melhores do país. Nós não damos moleza para bandido e nem para criminoso. A gente sempre combateu facções criminosas e vamos continuar combatendo. Teve um embate hoje na capital, um veio a óbito e tem mais sete presos e tem dois foragidos. Colocaram fogo para intimidar. Enfim, aqui em Santa Catarina, bandido não tem moleza. Nós não vamos permitir nenhum tipo de excesso. Aqui tem disciplina. Santa Catarina merece respeito e tem o nosso respeito”, postou o governador.

Quem também se manifestou por meio de nota foi a Secretaria de Segurança Pública, que anunciou uma mobilização dos agentes policiais para conter os ataques em andamento, confirmando que grandes operações estavam em andamento em diferentes pontos do estado.

A imprensa local informa que uma invasão realizada por uma facção criminosa catarinense à comunidade Papaquara, no Norte da Ilha, dominada pelo PCC, teria sido o início de todo o problema. Houve uma troca de tiros entre os bandidos e com a chegada da PM o confronto se intensificou.

Ainda que sem compreender a razão exata para o “salve”, e de qual organização criminosa teria partido, a SSP-SC quer agora estancar as ações, prender envolvidos para, então, entender o que de fato fez com que as lideranças de um dos grupos determinassem os ataques.

 

•        Após visita catastrófica, candidato apoiado por Bolsonaro derrete em pesquisa

Rejeitado por mais de 60% dos eleitores de São Paulo, segundo pesquisa DataFolha, Jair Bolsonaro (PL) provocou uma catástrofe em outra capital brasileira, que tem forte influência dos ruralistas e tinha - isso mesmo, tinha - na liderança do segundo turno um ferrenho representante da horda neofascista do ex-presidente no Congresso Nacional.

Jair Bolsonaro esteve em Cuiabá na segunda-feira passada, dia 14 de outubro, para uma agenda intensa ao lado de seu candidato, o deputado federal Abílio Brunini (PL).

Alçado à política com vídeos de lacração nas redes, Brunini terminou o primeiro turno com 39,61% dos votos válidos e enfrenta agora o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que obteve 28,31%.

Apontado como favorito, o candidato do PL vinha na liderança, mas começou a despencar nas pesquisas após a visita catastrófica de Jair Bolsonaro.

Nesta quinta-feira (22), a virada aconteceu, segundo dados divulgados pela pesquisa da Percent, encomendada pela TV Cuiabá e Portal O Documento.

O estudo, realizado entre os dias 19 e 21 de outubro, mostram o petista Lúdio com 53,2% dos votos válidos, contra 46,8% do candidato de Bolsonaro.

O estudo mostra ainda que Brunini é rejeitado por 41% dos eleitores, enquanto a rejeição do petista é de 34,2%.

A pesquisa ouviu 1,2 mil cuiabanos de forma presencial e a margem de erro é de 2,83% para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

•        Catástrofe

Brunini passou a derreter na maioria das pesquisas, que já sinalizavam uma situação de empate técnico, após Bolsonaro visitar a cidade e não saber responder uma pergunta básica de um jornalista: "o senhor consegue listar quais obras o governo do senhor fez em Cuiabá?"

Gaguejando, Bolsonaro respondeu: "tanta coisa". E o jornalista insistiu: "cite uma".

"No geral: água para o Nordeste, Pix...", iniciou o ex-presidente visivelmente nervoso, com Brunini tentando pegar a palavra.

A falácia de Bolsonaro viralizou nas redes e causou revolta na população.

"Então eu pergunto para você pobre de direita? Quantos jet-skis de R$ 80 mil você comprou esse ano. Eu não comprei nenhum. Então, Bolsonaro, pare de ser mentiroso", diz um eleitor em um vídeo, que também viralizou nas redes.

A avalanche provocada por Jair Bolsonaro também atingiu os ruralistas, com a adesão de vários "barões do Agronegócio", como o empresário Elusmar Maggi declarando voto em Lúdio do PT.

"O PT dá condições para as pessoas trabalharem e produzirem, diferentemente do ex-presidente Bolsonaro, que não passa de um motoqueiro ruim de serviço", afirmou Elusmar em entrevista ao Estadão no sábado (19).

"O Bolsonaro não fez nada por Cuiabá. E não sei o motivo se apaixonarem por esse homem. Não tem explicação", completou o "Barão do Agro".

 

•        A resposta enigmática de Michelle para Nikolas sobre os "4 is" de Bolsonaro

Pressionada a não entrar na política pelo marido, que a vê como "adversária" na preferência da ultradireita para a disputa presidencial em 2026, Michelle Bolsonaro (PL) deu um tapa de luva de pelica e deixou no ar o que pensa sobre os "is" distribuídos em forma de medalha por Jair Bolsonaro (PL) a apoiadores mais radicais.

Em meio ao ato flopado em prol de seu candidato, Bruno Engler (PL), à prefeitura de Belo Horizonte, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) indagou a ex-primeira-dama se Bolsonaro seria mesmo "3 is" - de "imorrível, imbrochável e incomível".

"Dona Michelle, dona Michelle, o Bolsonaro é '3 is' mesmo?", indagou o deputado mineiro.

Em tom de zombaria, a ex-primeira-dama responde de bate-pronto: "é 4i (SIC)".

A resposta provocou eforia no ex-presidente, que comemorou. Mas suscitou dúvida em Nikolas Ferreira.

"Calma, calma", pediu o parlamentar. "Qual é o quarto i?", indagou ele à ex-primeira-dama, que fez mistério.

"Segredo", respondeu, o que pode revelar um desejo íntimo de que o marido siga "inelegível" e abra caminhos para sua candidatura em 2026.

<><> Bolsonaro preso?

Antes de se dirigir à capital mineira neste sábado (19), Bolsonaro surtou em ligação às 6h50 ao jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles, que divulgou informações sobre o iminente indiciamento pela Polícia Federal do ex-presidente e de generais integrantes da organização criminosa no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, após vitória de Lula nas eleições presidenciais.

Segundo o jornalista, Bolsonaro ligou de manhãzinha e teve um chilique com a notícia publicada às 2h da madrugada.

“É mais uma da PF criativa do Alexandre [de Moraes]. Não existe decreto de Estado de sítio. O presidente que quiser decretar Estado de sítio deve enviar uma exposição de motivos pro Congresso, ouvir o Conselho da República e o Conselho da Defesa. Cadê a exposição de motivos? Não tem, porque nunca tomei nenhuma medida concreta sobre isso”, disparou, segundo o jornalista.

Em claro sinal de desespero, o ex-presidente afirmou que ele deve ser condenado no caso para "reforçar a inelegibilidade", que o afastou da disputa das eleições em 2030.

“Querem se garantir com uma condenação”, afirmou, já vendo como certa a sentença sobre o caso.

<><> Indiciamento

Segundo a reportagem de Guilherme Amado, Bolsonaro e os ex-ministros e generais Walter Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (GSI) serão indiciados pela Polícia Federal (PF) pela tentativa frustrada de golpe após a derrota para Lula nas eleições de 2022.

O inquérito sobre a organização criminosa que tramou o plano golpista será concluído em novembro, logo após às eleições, e remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Além de Bolsonaro e dos dois generais, que ocupavam posições centrais no governo, a PF vai indiciar o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira (que anteriormente era comandante do Exército), e o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha que colocou as tropas à disposição do ex-presidente para desencadear o golpe.

 

•        Inelegível, Bolsonaro diz que será candidato em 2026: “O nome é Messias”

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que será candidato à Presidência em 2026. Ele falou sobre o tema em entrevista após almoço em churrascaria com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Bolsonaro chamou sua inelegibilidade de perseguição e foi questionado sobre quem seria o candidato da direita em 2026, ele ou Tarcísio. “O nome é Messias”, respondeu o ex-presidente, mencionando seu próprio nome do meio.

Apesar de prometer concorrer na próxima disputa, ele disse ter formado “lideranças” do espectro político. “Quem é o substituto de Lula na política? Não tem. De Bolsonaro? Tem um montão por aí. Eu colaborei a formar lideranças, estou muito feliz com isso”, respondeu. Ao seu lado, Tarcísio afirmou: “O candidato a presidente é Bolsonaro”.

O ex-presidente foi condenado por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação pelo TSE no ano passado. A punição ocorreu após ele usar uma reunião com embaixadores estrangeiros para espalhar fake news sobre as urnas e utilizar o evento do Bicentenário da Independência eleitoralmente.

Ele tem tentado reverter a inelegibilidade no TSE. Em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, então presidente do tribunal eleitoral, negou o pedido para anular a decisão.

Na entrevista de hoje, Bolsonaro não quis mencionar o nome de nenhum aliado que poderia disputar as eleições de 2026, mas em abril ele citou Tarcísio e Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, como “sementes”.

 

Fonte: Fórum/DCM

 

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