MAMATA SEM FIM: Filha de Michelle recebe
diárias para curtir Oktoberfest em meio a ataques em Florianópolis
Filha de Michelle
Bolsonaro (PL) com o engenheiro eletricista Marcos Santos da Silva, Letícia
Marianna Firmo da Silva tem surfado na mamata sem fim do clã do padrasto, Jair
Bolsonaro (PL), que sempre arruma uma boquinha para familiares receberem
vultosos salários pagos com verbas públicas em gabinetes de aliados e
bajuladores.
Nomeada por Jorginho
Mello (PL) em abril de 2023 como assistente de gabinete da Secretaria de
Articulação Nacional (SAN), ganhando um salário de R$ 13 mil no escritório do
governo catarinense em Brasília, a filha de Michelle tem ganhado de presente do
governador viagens por Santa Catarina paga por meio de diárias, que bancam
passagens e hospedagem.
Neste sábado (19),
enquanto a região metropolitana de Florianópolis estava sob ataque do crime
organizado, Letícia Firmo curtia uma dessas viagens, em Blumenau, onde badalou
na Oktoberfest, a festa da cerveja mais tradicional do Estado.
Para se deslocar de
Brasília - onde vive e deveria trabalhar internamente atendendo telefonemas e
anotando na agenda os recados da Secretária de Articulação Nacional de Santa
Catarina, Vânia Oliveira Franco - até Blumenau a filha de Michelle recebeu diárias
de R$ 660 pagas diretamente por meio do Gabinete do Governador do Estado.
A ordem de pagamento
2024PP000554, emitida na quarta-feira (16), descreve a diária para
"pagamento de diária para servidora Letícia Marianna Firmo da Silva, nos
trechos BSB - FLN, FLN - BSB, nos dias 17/10/24 e 22/10/24".
Após desembarcar em
Florianópolis, a filha de Michelle Bolsonaro viajou sob a tutela da Secretária
de Articulação Nacional de Santa Catarina até Blumenau. Vânia fez questão de
registrar a curtição com a filha da ex-primeira-dama em publicação nas redes sociais.
Em stories no
Instagram, a secretária de Jorginho Mello aparece paramentada com vestes alemãs
e uma tradicional caneca de cerveja nas mãos.
Além dos R$ 13 mil
mensais, Letícia Firmo já recebeu R$ 2.353,00 em diárias do governo de Santa
Catarina desde que assumiu o cargo em Brasília.
Todos os pagamentos
são referentes à viagens para Santa Catarina e foram autorizadas diretamente
por Jorginho Mello, por meio do Gabinete do Governador do Estado.
<><> No
governo, Bolsonaro nomeou namorado da filha de Michelle
O namorado de Letícia
Firmo, filha da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi nomeado em janeiro de
2020 como especialista na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial,
do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Igor Matheus
Modtkowski, de 25 anos recebia um salário de 1.100 reais, de acordo com
portaria publicada no Diário Oficial da União. Além do salário no governo, ele
também tinha outra fonte de renda, seu soldo de 4.200 reais, pago pelas Forças
Armadas. As remunerações foram pagas até dezembro do ano passado, quando foi
dispensado através de uma portaria assinada pelo GSI.
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Ataques em Florianópolis
A Região Metropolitana
de Florianópolis está sob ataque do crime organizado na tarde deste sábado
(19). Pelo menos 16 pontos de vias públicas da capital e de outros municípios
vizinhos foram bloqueados por veículos em chamas, conforme mostram vídeos e fotos
postados por internautas nas redes sociais. Houve ainda tiroteios entre as
forças de segurança e integrantes de facções em algumas zonas. Os atos teriam
sido determinados pelo crime organizado.
Segundo a Secretaria
de Segurança Pública (SSP) de Santa Catarina, num dos confrontos dois homens
teriam sido mortos e outros sete presos. Dois indivíduos envolvidos nesse
embate estariam neste momento em fuga e sendo procurados por agentes das
policiais Militar e Civil.
O governador
bolsonarista Jorginho Mello (PL) foi aos seus perfis nas redes sociais para
lançar bravatas contra as organizações criminosas que dominam o estado, embora
a situação fosse de pânico entre a população.
“Queria tranquilizar a
população de Floripa e de Santa Catarina. A nossa força de segurança é uma das
melhores do país. Nós não damos moleza para bandido e nem para criminoso. A
gente sempre combateu facções criminosas e vamos continuar combatendo. Teve um
embate hoje na capital, um veio a óbito e tem mais sete presos e tem dois
foragidos. Colocaram fogo para intimidar. Enfim, aqui em Santa Catarina,
bandido não tem moleza. Nós não vamos permitir nenhum tipo de excesso. Aqui tem
disciplina. Santa Catarina merece respeito e tem o nosso respeito”, postou o
governador.
Quem também se
manifestou por meio de nota foi a Secretaria de Segurança Pública, que anunciou
uma mobilização dos agentes policiais para conter os ataques em andamento,
confirmando que grandes operações estavam em andamento em diferentes pontos do
estado.
A imprensa local
informa que uma invasão realizada por uma facção criminosa catarinense à
comunidade Papaquara, no Norte da Ilha, dominada pelo PCC, teria sido o início
de todo o problema. Houve uma troca de tiros entre os bandidos e com a chegada
da PM o confronto se intensificou.
Ainda que sem
compreender a razão exata para o “salve”, e de qual organização criminosa teria
partido, a SSP-SC quer agora estancar as ações, prender envolvidos para, então,
entender o que de fato fez com que as lideranças de um dos grupos determinassem
os ataques.
• Após visita catastrófica, candidato
apoiado por Bolsonaro derrete em pesquisa
Rejeitado por mais de
60% dos eleitores de São Paulo, segundo pesquisa DataFolha, Jair Bolsonaro (PL)
provocou uma catástrofe em outra capital brasileira, que tem forte influência
dos ruralistas e tinha - isso mesmo, tinha - na liderança do segundo turno um
ferrenho representante da horda neofascista do ex-presidente no Congresso
Nacional.
Jair Bolsonaro esteve
em Cuiabá na segunda-feira passada, dia 14 de outubro, para uma agenda intensa
ao lado de seu candidato, o deputado federal Abílio Brunini (PL).
Alçado à política com
vídeos de lacração nas redes, Brunini terminou o primeiro turno com 39,61% dos
votos válidos e enfrenta agora o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que
obteve 28,31%.
Apontado como
favorito, o candidato do PL vinha na liderança, mas começou a despencar nas
pesquisas após a visita catastrófica de Jair Bolsonaro.
Nesta quinta-feira
(22), a virada aconteceu, segundo dados divulgados pela pesquisa da Percent,
encomendada pela TV Cuiabá e Portal O Documento.
O estudo, realizado
entre os dias 19 e 21 de outubro, mostram o petista Lúdio com 53,2% dos votos
válidos, contra 46,8% do candidato de Bolsonaro.
O estudo mostra ainda
que Brunini é rejeitado por 41% dos eleitores, enquanto a rejeição do petista é
de 34,2%.
A pesquisa ouviu 1,2
mil cuiabanos de forma presencial e a margem de erro é de 2,83% para mais ou
para menos, com intervalo de confiança de 95%.
• Catástrofe
Brunini passou a
derreter na maioria das pesquisas, que já sinalizavam uma situação de empate
técnico, após Bolsonaro visitar a cidade e não saber responder uma pergunta
básica de um jornalista: "o senhor consegue listar quais obras o governo
do senhor fez em Cuiabá?"
Gaguejando, Bolsonaro
respondeu: "tanta coisa". E o jornalista insistiu: "cite
uma".
"No geral: água
para o Nordeste, Pix...", iniciou o ex-presidente visivelmente nervoso,
com Brunini tentando pegar a palavra.
A falácia de Bolsonaro
viralizou nas redes e causou revolta na população.
"Então eu
pergunto para você pobre de direita? Quantos jet-skis de R$ 80 mil você comprou
esse ano. Eu não comprei nenhum. Então, Bolsonaro, pare de ser mentiroso",
diz um eleitor em um vídeo, que também viralizou nas redes.
A avalanche provocada
por Jair Bolsonaro também atingiu os ruralistas, com a adesão de vários
"barões do Agronegócio", como o empresário Elusmar Maggi declarando
voto em Lúdio do PT.
"O PT dá
condições para as pessoas trabalharem e produzirem, diferentemente do
ex-presidente Bolsonaro, que não passa de um motoqueiro ruim de serviço",
afirmou Elusmar em entrevista ao Estadão no sábado (19).
"O Bolsonaro não
fez nada por Cuiabá. E não sei o motivo se apaixonarem por esse homem. Não tem
explicação", completou o "Barão do Agro".
• A resposta enigmática de Michelle para
Nikolas sobre os "4 is" de Bolsonaro
Pressionada a não
entrar na política pelo marido, que a vê como "adversária" na
preferência da ultradireita para a disputa presidencial em 2026, Michelle
Bolsonaro (PL) deu um tapa de luva de pelica e deixou no ar o que pensa sobre
os "is" distribuídos em forma de medalha por Jair Bolsonaro (PL) a
apoiadores mais radicais.
Em meio ao ato flopado
em prol de seu candidato, Bruno Engler (PL), à prefeitura de Belo Horizonte, o
deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) indagou a ex-primeira-dama se Bolsonaro seria
mesmo "3 is" - de "imorrível, imbrochável e incomível".
"Dona Michelle,
dona Michelle, o Bolsonaro é '3 is' mesmo?", indagou o deputado mineiro.
Em tom de zombaria, a
ex-primeira-dama responde de bate-pronto: "é 4i (SIC)".
A resposta provocou
eforia no ex-presidente, que comemorou. Mas suscitou dúvida em Nikolas
Ferreira.
"Calma,
calma", pediu o parlamentar. "Qual é o quarto i?", indagou ele à
ex-primeira-dama, que fez mistério.
"Segredo",
respondeu, o que pode revelar um desejo íntimo de que o marido siga
"inelegível" e abra caminhos para sua candidatura em 2026.
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Bolsonaro preso?
Antes de se dirigir à
capital mineira neste sábado (19), Bolsonaro surtou em ligação às 6h50 ao
jornalista Guilherme Amado, do site Metrópoles, que divulgou informações sobre
o iminente indiciamento pela Polícia Federal do ex-presidente e de generais integrantes
da organização criminosa no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado em
2022, após vitória de Lula nas eleições presidenciais.
Segundo o jornalista,
Bolsonaro ligou de manhãzinha e teve um chilique com a notícia publicada às 2h
da madrugada.
“É mais uma da PF
criativa do Alexandre [de Moraes]. Não existe decreto de Estado de sítio. O
presidente que quiser decretar Estado de sítio deve enviar uma exposição de
motivos pro Congresso, ouvir o Conselho da República e o Conselho da Defesa.
Cadê a exposição de motivos? Não tem, porque nunca tomei nenhuma medida
concreta sobre isso”, disparou, segundo o jornalista.
Em claro sinal de
desespero, o ex-presidente afirmou que ele deve ser condenado no caso para
"reforçar a inelegibilidade", que o afastou da disputa das eleições
em 2030.
“Querem se garantir
com uma condenação”, afirmou, já vendo como certa a sentença sobre o caso.
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Indiciamento
Segundo a reportagem
de Guilherme Amado, Bolsonaro e os ex-ministros e generais Walter Braga Netto
(Casa Civil) e Augusto Heleno (GSI) serão indiciados pela Polícia Federal (PF)
pela tentativa frustrada de golpe após a derrota para Lula nas eleições de 2022.
O inquérito sobre a
organização criminosa que tramou o plano golpista será concluído em novembro,
logo após às eleições, e remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao
Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Bolsonaro e
dos dois generais, que ocupavam posições centrais no governo, a PF vai indiciar
o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio
Nogueira (que anteriormente era comandante do Exército), e o almirante Almir
Garnier Santos, ex-comandante da Marinha que colocou as tropas à disposição do
ex-presidente para desencadear o golpe.
• Inelegível, Bolsonaro diz que será
candidato em 2026: “O nome é Messias”
O ex-presidente Jair
Bolsonaro, que está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), afirmou que será candidato à Presidência em 2026. Ele falou
sobre o tema em entrevista após almoço em churrascaria com o prefeito Ricardo
Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Bolsonaro chamou sua
inelegibilidade de perseguição e foi questionado sobre quem seria o candidato
da direita em 2026, ele ou Tarcísio. “O nome é Messias”, respondeu o
ex-presidente, mencionando seu próprio nome do meio.
Apesar de prometer
concorrer na próxima disputa, ele disse ter formado “lideranças” do espectro
político. “Quem é o substituto de Lula na política? Não tem. De Bolsonaro? Tem
um montão por aí. Eu colaborei a formar lideranças, estou muito feliz com isso”,
respondeu. Ao seu lado, Tarcísio afirmou: “O candidato a presidente é
Bolsonaro”.
O ex-presidente foi
condenado por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de
comunicação pelo TSE no ano passado. A punição ocorreu após ele usar uma
reunião com embaixadores estrangeiros para espalhar fake news sobre as urnas e
utilizar o evento do Bicentenário da Independência eleitoralmente.
Ele tem tentado
reverter a inelegibilidade no TSE. Em maio deste ano, o ministro Alexandre de
Moraes, então presidente do tribunal eleitoral, negou o pedido para anular a
decisão.
Na entrevista de hoje,
Bolsonaro não quis mencionar o nome de nenhum aliado que poderia disputar as
eleições de 2026, mas em abril ele citou Tarcísio e Ronaldo Caiado (União),
governador de Goiás, como “sementes”.
Fonte: Fórum/DCM
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