O dia em que
tentaram matar Bob Marley com um tiro no coração
Na noite de 3 de
dezembro de 1976, sete homens armados entraram na casa do cantor de reggae mais
famoso do mundo: Bob Marley, que completaria
80 anos em 2025. No pátio da casa, eles encontraram a esposa do cantor e
compositor, Rita Marley, e, sem dizer nenhuma palavra, deram um tiro em sua
cabeça. Três deles cercaram a casa e os demais entraram na cozinha onde Marley
conversava com os integrantes de sua banda, The Wailers, enquanto preparava uma
salada de frutas.
De acordo com a
jornalista britânica Vivien Goldman, que estava na Jamaica na época, o que
aconteceu foi uma cena de fuzilamento em câmera
lenta. Os homens dispararam contra os músicos. O sangue
respingou nas paredes e formou poças no chão. Em meio aos gritos, um dos
invasores apontou contra o peito de Marley e puxou o gatilho. No total eles
dispararam mais de 80 tiros. Mas, em um desfecho inacreditável, ninguém morreu
naquela noite — ainda que as tensões tenham recrudescido no país.
·
Jamaica,
1976
Mesmo 40 anos
depois, o episódio ainda é considerado obscuro e envolto em mistério.
Na época, a Jamaica
era um país oposto ao seu estereótipo atual. A ilha estava muito longe de ser
um tranquilo paraíso caribenho. Em 1976, quem mandava eram os traficantes e
pistoleiros; as tensões sociais estavam em seu ponto máximo e sob influência da
Guerra Fria, além de ter estruturas políticas fragilizadas menos de duas
décadas depois de sua independência do Reino Unido. No mapa, a Jamaica está
mais perto de Cuba do que Cuba está perto de Miami. E, na cartografia
ideológica da década de 1970, Havana e Kingston eram vizinhas de Moscou.
O primeiro-ministro
Michael Manley, do Partido Nacional do Povo (PNP), socialista e próximo de
Fidel Castro, tentava a reeleição enfrentando Edward Seaga, do Partido
Trabalhista Jamaicano (JLP). Alguns ligavam Seaga à agência secreta americana,
a CIA. No meio desses extremos estava uma estrela mundial do reggae que tentava
manter sua neutralidade, mas cuja música mobilizava centenas de milhares de
eleitores. "Os políticos são o diabo", disse Marley à época, de
acordo com Mikal Gilmore, jornalista veterano da revista Rolling Stone. Os dois
candidatos a premiê queriam que Marley fizesse campanha para eles. E, se ele
não fizesse, o melhor seria é que ele ficasse em silêncio.
·
Ameaças
"Foi a época
mais violenta que o país viveu, e Marley era praticamente a única força que
poderia unir os dois grupos", explicou o escritor jamaicano Marlon James.
Em 1976, a fama
mundial transformou o cantor de 31 anos em um líder quase espiritual de boa
parte dos milhões de moradores da ilha. O reggae tinha se transformado em uma
expressão popular de um país pobre em que "as pessoas estavam cada vez
mais desesperadas e violentas", segundo a jornalista Vivien Goldman.
"A ilha parecia cheia de armas".
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Show
gratuito
O governo de Manley
convenceu Marley a oferecer um show gratuito na capital, Kingston, para acalmar
os ânimos da população que já estava cansada de viver em estado de emergência. O
evento estava programado para o dia 5 de dezembro e se chamava Smile
Jamaica ("Sorria Jamaica" em tradução livre). Mas o
primeiro-ministro também tomou outra decisão que parecia apenas confirmar a
desconfiança do cantor em relação aos políticos: adiantou as eleições para o
dia 15 de dezembro.
E, dessa forma,
ficou inevitável a associação entre Bob Marley e a campanha de reeleição de
Michael Manley.
O cantor até
alertou que, devido a essa manobra, as ameaças de morte contra ele aumentaram.
Mesmo assim, Marley decidiu participar do show. Dois policiais foram designados
para cuidar de sua casa, que também era onde o The Wailers ensaiava.
Mas na noite de 3
de dezembro, dois dias antes do Smile Jamaica, por alguma razão que até hoje
ninguém conseguiu explicar, os sete homens armados entraram na casa de Marley
sem que ninguém os impedisse. Os dois policiais simplesmente não estavam em
seus postos.
·
'Sete
Assassinatos'
Em apenas cinco
minutos, os homens entraram na casa de Marley, dispararam contra todos e
fugiram. Nunca foram capturados e nunca se soube quem eles eram ou para onde
foram. "É um mistério como esses homens, que talvez tenham cometido o
crime mais temerário e doloroso da história da Jamaica, simplesmente
desapareceram", contou o escritor Marlon James no site da editora Malpaso,
que traduziu para o espanhol o livro que ele escreveu, A Brief History of
Seven Killings (em tradução livre, "Uma Breve História de Sete
Assassinatos").
No livro, James usa
como ponto de partida o ataque contra Marley para mergulhar na vida dos bairros
mais perigosos de Kingston, nos conflitos de raça e classe, nas guerras entre
quadrilhas e nas conspirações de governo. O resultado são quase 700 páginas nas
quais se misturam as vozes de 76 personagens. Com elas, Marlon James venceu em
2015 o Man Booker Prize, talvez o prêmio literário mais famoso do idioma
inglês. De acordo com o jornal americano The New York Times, toda trama social
explosiva daqueles anos girava em torno de Bob Marley, que tinha se
transformado em uma espécie de santo para os oprimidos, um revolucionário para
os conservadores e uma ameaça para os políticos.
·
'Salvo'
por Selassie
Além de não saber
como os sete homens conseguiram desaparecer, ainda não se sabe como Marley
sobreviveu a um tiro no peito. O cantor sempre disse que foi salvo pelo
espírito de Haile Selassie, o
imperador da Etiópia morto no ano anterior.
Para rastafáris
como Marley, Selassie era a reencarnação de Deus. O uso dos cabelos
"rasta" e o consumo de maconha também fazem parte desse movimento
espiritual nascido na Jamaica. "Se Marley, naquele momento, estivesse
inspirando em vez de expirando, a bala teria atravessado seu coração",
afirmou Marlon James.
A bala passou pelo
peito de Marley e foi parar no braço esquerdo. Não houve tempo para um segundo
disparo.
No meio da confusão,
Don Taylor, o agente do cantor, se jogou sobre ele, levando cinco tiros no
abdome. Mas sobreviveu. O caso mais incrível, no entanto, foi o de Rita Marley,
a esposa de Bob. A bala disparada contra sua cabeça ficou presa entre seu couro
cabeludo e o crânio sem fazer maiores danos. Dois dias depois do ataque, ainda
com curativos no peito e no braço, Marley se apresentou por mais de uma hora
diante de mais de 80 mil pessoas no concerto Smile Jamaica. Rita o
acompanhou, ainda usando a camisola do hospital.
·
'Exodus'
Poucos dias depois
do show, Marley viajou. Foi para as Bahamas, aos Estados Unidos e depois para
Londres. De certa forma, a Jamaica jamais voltou a ser seu lar como era antes. Mas
tentativa de assassinato inspirou o que a revista americana Time considera o
melhor álbum de música do século 20, Exodus.
A primeira
canção, Natural Mystic, diz:
Esta
pode ser a primeira trombeta, pode ser também a última:
Muitos
mais terão que sofrer,
Muitos
mais terão que morrer.
No último minuto de
um vídeo no YouTube, de imagens escuras e de má qualidade, é possível ver Bob
Marley no fim da apresentação Smile Jamaica. O cantor entrega o microfone
a um companheiro de banda e se aproxima do público. Um policial faz a
segurança. Em frente à multidão, a lenda do reggae desabotoa a camisa devagar e
mostra o ferimento a bala que cruzou seu peito chegando até ao braço esquerdo.
Marley continuou
com esta bala alojada no corpo e na música até o dia de sua morte em 1981, com
apenas 36 anos.
¨ O dia em que Bob Marley jogou futebol com Chico Buarque
e Moraes Moreira no Rio de Janeiro
Bob Marley, que completaria
80 anos em 2025, estava em estúdio gravando Uprising — aquele que
viria a ser seu último álbum lançado em vida — quando recebeu um convite para
lá de irrecusável de Ramón Segura, diretor geral da Ariola: participar da festa
de lançamento da gravadora alemã no Brasil. Torcedor apaixonado da seleção à
época tricampeã do mundo, o cantor jamaicano, então com 34 anos, nem pensou em
recusar o convite. "Rivelino, Jairzinho, Pelé... A Jamaica gosta de
futebol por causa do Brasil", explicaria, dias depois, já em solo
brasileiro. Convite aceito, um dos maiores nomes do reggae de todos os tempos
embarcou em Port of Spain, em Trinidad e Tobago, rumo ao país do futebol.
Marley não veio sozinho.
A bordo de um jato
particular fretado pela Island Records, gravadora jamaicana fundada em 1959
que, hoje, pertence ao acervo da Universal Music, vieram, também, o guitarrista
Junior Marvin, da banda The Wailers; o cantor Jacob Miller (1952-1980), do
grupo Inner Circle; o executivo Chris Blackwell, fundador da Island Records, e
sua mulher, a atriz e modelo Nathalie Delon (1941-2021). E a comitiva seria
ainda maior se o cantor e compositor Barry Manilow, também convidado para
prestigiar o evento, não tivesse mudado de ideia na véspera do embarque. Segundo
Marco Mazzola, o fundador da Ariola Discos no Brasil, o voo de Bob Marley teve
duas escalas: uma em Manaus, outra em Brasília, ambas para reabastecimento.
Em Ouvindo
Estrelas - A Luta, A Ousadia e a Glória de Um dos Maiores Produtores Musicais
do Brasil (2007), Mazzola conta que, em Manaus, os militares desconfiaram
daquelas "figuras estranhas" e pediram explicações sobre o motivo da
viagem. Depois de algum tempo, liberaram seus passaportes, mas, não concederam
vistos de trabalho. "Isso nos causou muita frustração", admite
Mazzola. "Tanto nós quanto eles sonhávamos com uma jam na festa de
lançamento". Por volta das 18h30 de terça-feira, 18 de março de 1980, a
aeronave pousou no Rio de Janeiro. No saguão do aeroporto Santos Dumont, Bob
Marley — vestindo uma boina de tricô chamada tam — falou da vontade de conhecer
Gilberto Gil. Em agosto de 1979, Gil tinha lançado Não Chore Mais, sua versão
para No Woman, No Cry, um dos maiores hits do repertório do artista jamaicano.
"O reggae tem a mesma raiz, o mesmo calor e o mesmo ritmo do samba",
declarou aos repórteres. Do aeroporto, Marley e sua comitiva seguiram para o
Copacabana Palace.
Fanático por
futebol, Bob Marley não era torcedor de um clube só. Na Jamaica, o menino que
aprendeu a jogar bola nas ruas de Trenchtown, bairro pobre de Kingston, a
capital do país, torcia pelo Boys Town. Mas, na Inglaterra, seu "time do
coração" era o Everton; na Escócia, era o Celtic e, no Brasil, o Santos. Na
quarta, dia 19, dia seguinte à chegada no Rio, o rei do reggae ganhou de presente
de Pelé, o rei do futebol, uma camisa 10 do time da Vila Belmiro.
Em sua visita ao
Rio, Marley realizou outro sonho: conhecer Paulo Cézar Lima, também conhecido
como Paulo Cézar Caju, companheiro de Pelé na seleção que conquistou a Taça
Jules Rimet no México, em 1970. "O futebol fazia tanto parte da vida de
Bob Marley quanto a música", afirma o biógrafo Gerald Hausman, organizador
da antologia O Futuro É O Começo (2013). "Adorava acordar cedo para correr
e jogar bola. Quando estava em campo, sentia-se revigorado."
Na única vez em que
esteve no Brasil, Bob Marley não entrou em estúdio ou subiu ao palco. Mas,
boleiro incorrigível, não abriu mão de mostrar seus dotes como jogador. A
"pelada" foi marcada para o Centro Recreativo Vinícius de Moraes, no
Km 18 de Avenida Lúcio Costa, antiga Sernambetiba, no Recreio dos Bandeirantes.
É lá que funciona, até hoje, o "estádio" do Politheama, o time de
futebol do cantor e compositor Chico Buarque que, reza a lenda, nunca perdeu
uma partida oficial. "Politheama era o time de botão do Chico, azul e
verde, que ele fundou aos 15 anos", explica a jornalista Regina Zappa,
autora das biografias Chico Buarque: Para Todos (1999) e Chico Buarque - Para
Seguir Minha Jornada (2011). "Depois, foi promovido a time de futebol de
verdade. No grego, Politheama significa: muitos espetáculos".
·
'Sou
passarinho, não ornitólogo'
Ao contrário de Bob
Marley, que torcia por diferentes clubes, Chico Buarque é torcedor de um time
só: o Fluminense Football Club - paixão que herdou da mãe, Maria Amélia
(1910-2010). Mas, os dois, Marley e Chico, têm algo em comum: sempre que saem
em turnê, dão um jeito, antes ou depois dos shows, de bater uma bolinha com
seus músicos ou membros da equipe técnica.
Certa vez, na falta
de um campinho de futebol e de um time adversário, Chico e alguns integrantes
de sua banda, como o percussionista Chico Batera, improvisaram uma troca de
passes e uns chutes a gol no corredor de um hotel em Brasília. Mas Chico não
gosta apenas de jogar futebol. Também gosta de assistir aos jogos pela TV e, de
quando em quando, ser cronista esportivo — em 1998, na Copa do Mundo da França,
escreveu uma coluna para o jornal O Globo. Até criar um jogo de tabuleiro sobre
futebol, Chico Buarque já criou: o Ludopédio, em 1969, pela Grow. A única coisa
de que ele não gosta é teorizar sobre futebol. "Sou passarinho, não
ornitólogo", costuma dizer, citando o escritor chileno Antonio Skármeta.
Desde que o
Politheama foi inaugurado, em 1979, Chico e outros "peladeiros"
assumidos, como o cantor Carlinhos Vergueiro e o produtor e empresário Vinícius
França, costumavam se reunir três vezes por semana - às segundas, quintas e
sábados - para jogar bola. Indagado sobre quem seria o "craque" do
Politheama, Carlinhos Vergueiro diz que não gostaria de cometer injustiças.
"O Politheama é, antes de tudo, um time. O entrosamento favorece as
individualidades", filosofa. Naquela tarde, o Politheama ganhou alguns
reforços: Toquinho, Moraes Moreira e Alceu Valença, todos recém-contratados
pela Ariola. Bob Marley chegou às 15h50. "Para minha tristeza, não
compareci a esse evento histórico", lamenta Vinícius França. "Estava
prestando exames finais na PUC".
·
Um
craque entre os peladeiros
Evandro Mesquita
compareceu, mas chegou atrasado. Estava na praia com Regina Casé e Patricya
Travassos, acertando os últimos detalhes de um ensaio do grupo teatral Asdrúbal
Trouxe o Trombone, quando Paulo Cézar Lima o convidou para jogar bola. "O
Bob Marley tá na casa do Chico e quer jogar com a gente. Bora lá?",
perguntou PC. Evandro quase caiu para trás. "No começo, as duas
estranharam. Mas, como sabiam da minha paixão pelo Bob Marley, me
liberaram", diverte-se o líder da Blitz.
À beira do campo,
Evandro demorou a entrar. Nenhum dos jogadores, por mais cansado que estivesse,
queria ceder a vaga. Faltando uns dez minutos para o apito final, a bola
escapuliu pela lateral, Evandro fez umas "embaixadinhas" e a
devolveu, com estilo, para Bob Marley. "Yeah, man! Very nice!",
exclamou, sorridente, o jamaicano. "Nice to meet you, man!", retribuiu
Evandro, encabulado. "I love your music!". "Bob Marley era
lindo, gentil e maravilhoso. Um gigante, bem ali na minha frente",
derrete-se o roqueiro.
Dos
"jogadores" em campo, o único profissional era mesmo Paulo Cézar Caju
- na época, ele defendia as cores do Club de Regatas Vasco da Gama. Todos os
demais eram "peladeiros". Caju, aliás, não foi o único jogador
profissional a marcar presença no Politheama - Zico, Júnior e Romário, três dos
mais famosos, já entortaram muitos marcadores e fizeram alguns golaços por lá. Na
hora de montar os dois times, porém, faltou jogador. Foi quando tiveram a ideia
de convocar, às pressas, alguns funcionários da Ariola e até o jornalista João
Luiz de Albuquerque. "Free lancer", João Luiz fora contratado pela
Ariola para escrever o discurso do diretor, Marco Mazzola, apresentando a
gravadora para a indústria fonográfica e a imprensa.
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Bom
de bola ou perna de pau?
Segundo o jornal O
Globo, de 20 de março de 1980, a "pelada" teria durado apenas 20
minutos - "dadas as condições físicas dos 'atletas'", enfatizou o
repórter. Toquinho, um dos "craques" do jogo, nega essa versão. E,
esbanjando modéstia, acrescenta: "O melhor em campo? Ora bolas, fui eu!
Joguei muito naquele dia", afirma, categórico, antes de soltar uma
risadinha marota.
E o que dizer de
Bob Marley com a bola nos pés? "Muito ruim", resume o eterno parceiro
de Vinícius. A opinião de Toquinho é compartilhada por Evandro. "Era
esforçado, mas os jamaicanos eram meio duros", analisa. Carlinhos
Vergueiro discorda: "Jogava muito bem". Controvérsias à parte, o
amistoso terminou três a zero — gols de Bob Marley, Paulo Cézar Caju e Chico
Buarque.
Durante a visita de
Bob Marley ao Rio, Paulo Cezar Caju realizou dois desejos do cantor: comer
peixe cru — o dono de um restaurante no Baixo Leblon, muito amigo do jogador,
descolou uma bandeja de sashimi — e tomar suco de frutas. "Viemos andando
pela Visconde de Pirajá e paramos numa lanchonete", recorda o jogador na
biografia Dei a Volta na Vida (2006), referindo-se a uma das principais ruas de
Ipanema. "Aí, misturamos manga, abacaxi, melão e mamão e ele tomou tudo na
hora".
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Um
rei no Rio de Janeiro
Na quarta à noite,
Bob Marley, Marvin Júnior e Jacob Miller subiram o Morro da Urca, na Zona Sul
do Rio. Chegaram por volta das 22h15. "Marley chegou como um rei. Fumou
baseados, tomou guaraná e ficou louco com o visual do Rio", observou o
jornalista e escritor Nelson Motta no livro Noites Tropicais: Solos, Improvisos
e Memórias Musicais (2000). O astro da noite trajava calça jeans e camiseta azul.
Adepto da religião rastafári, não consumiu bebida alcoólica. A casa de shows
Noites Cariocas, no Pão de Açúcar, foi a escolhida para sediar a festa de
inauguração da Ariola. O primeiro lançamento da gravadora no Brasil foi o álbum
Um Pouco de Ilusão, de Toquinho & Vinícius.
Entre os mais de
mil convidados, grandes nomes da MPB, como Ivan Lins, Simone e Marina. O show
de Moraes Moreira começou às 23h20, com direito à participação de Baby
Consuelo. Na manhã seguinte, uma coletiva de imprensa, prevista para começar às
11h30, foi cancelada. Motivo: o voo de volta, segundo os jornais da época,
tinha sido antecipado. Na bagagem, o astro jamaicano levou mil dólares em
material esportivo e alguns instrumentos musicais, como cuíca, atabaque e
maracas, que comprou em uma loja de Copacabana. Houve quem especulasse que, em
setembro, ele voltaria para um festival de reggae no Maracanãzinho. Festival
esse que acabou não acontecendo. No dia 11 de maio de 1981, quase um ano e dois
meses depois de sua visita ao Rio, Bob Marley morreu, vítima de câncer, aos 36
anos.
Fonte: BBC News
Mundo
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