sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Ana Penido: A guerra em tempos do Alaranjado na presidência dos EUA

O Alaranjado assumiu a presidência dos Estados Unidos da América (do Norte), com direito a discursos de ódio inflamados, saudações nazistas na televisão, desfile dos donos das mega empresas que controlam as redes sociais, e passeio de bolsonaristas ao free shop, já que não tiveram acesso à cerimônia oficial. Impossível não se lembrar do filme Laranja Mecânica, clássico cult perturbador que questiona os limites do livre arbítrio e a corrupção moral de autoridades, incluindo imagens cruas de violência menos chocantes do que as que assistimos atualmente pela TV na Palestina.

Vivemos em um tempo de guerra. A canção, escrita por Daniel Viglietti e eternizada na voz de Maria Bethânia, diz sobre o tempo passado, que segue presente, e prenuncia o futuro. Engels já dizia que a maneira de se travar a guerra expressa as condições materiais dos tempos. Por isso, embora a presença da guerra seja uma constante, o modo como ela se apresenta muda bastante ao longo do tempo. Não é realista, portanto, esperar que a guerra real só exista depois de uma declaração formal, com a definição de linhas terrestres bem demarcadas e soldados armados buscando ampliar seu terreno. Exu matou um pássaro ontem com uma pedra que só jogou hoje. 

O presidente Donald Trump durante a cerimônia do Memorial Day em Washington.
Não se trata de jogar o passado fora, pois ele segue existindo. Mas o que há de novo na guerra contemporânea? O que ainda sustenta o enorme domínio dos EUA no mundo? Analistas rapidamente responderiam: sua enorme e incomparável capacidade bélica. Logo depois, começariam a descrever um rosário de equipamentos de domínio estadunidense: tantos porta aviões, tantas bases militares, não sei quantos submarinos ou ogivas nucleares. A esse rosário, um ou outro dissidente imporia a pergunta: mas e o equipamento tal que a Rússia testou? Não é superior? Na lógica da guerra, não há limites na relação dialética entre a espada que tudo corta e o escudo que tudo protege. Essa dinâmica é histórica, e permanente.

O domínio dos EUA na área militar vem do controle da vontade daquele que usa (e compra) a espada que o país desenvolve. A grande questão não é com o que lutar as guerras. Esse tema está subordinado ao como e ao porquê lutar as guerras. E as três perguntas são fortemente impactadas pelo pensamento. Não há nenhuma novidade nisso, pois desde Sun Tzu, “o mérito supremo consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar”. Controlar a vontade do inimigo é a chave para a vitória estratégica, e conquistar corações e mentes sempre foi um objetivo estratégico à direita e à esquerda. 

Há autores que vão caracterizar essa possibilidade de modulação em discursos como expressão das Guerras Híbridas. Não faremos nesse curto espaço uma discussão sobre o conceito, empregado para caracterizar fenômenos distintos. De maneira muito geral, a guerra híbrida tem muitas coincidências com as guerras não convencionais. Ambas envolvem combates assimétricos por excelência, tanto tecnológica quanto estrategicamente. São descentralizadas temporal e espacialmente, ou seja, não é possível delimitar um teatro de guerra ou o momento exato de início/fim de um conflito. Primam pela imprevisibilidade e a mobilidade, características observadas também nas guerras de libertação nacional. 

Ganham ênfase as operações psicológicas e de informação, o que também não é novo, haja vista que a ideia de conquistar mentes e corações é o cerne da doutrina contrarrevolucionária francesa. Keohane e Nye, dois insuspeitos liberais, apontam que o conceito básico de poder é a capacidade de influenciar os outros para que façam o que você quer. Basicamente, há três maneiras de se fazer isto: uma delas é ameaçá-los com porretes; a segunda é recompensá-los com cenouras; e a terceira é atraí-los ou cooptá-los para que queiram o mesmo que você. Se você conseguir atrair os outros, de modo que queiram o que você quer, vai ter que gastar muito menos em cenouras e porretes.

·        O que há, então, de diferente atualmente?

A posse de Trump contou com dois personagens bastante importantes, um mais discreto, e o outro espalhafatoso: Mark Zuckerberg, dono da Meta, empresa que tem o Instagram (onde você vai ver a divulgação desse texto) e o Facebook; e Elon Musk, dono do X. Juntos, eles controlam, com exceção do Tik Tok, as principais redes sociais mundiais, através das quais seres humanos se relacionam (ou não) e se (des)informam. Não nos enganemos. Trump pode ser alaranjado, mas laranja, ele não é.

Defende-se que ao menos três características devem ser destacadas como novidades na batalha das ideias no século XXI. A primeira é a velocidade, uma vez que a internet imprime uma nova dinâmica às discussões sobre a fluidez de tempo e espaço. Uma segunda questão é o terreno. Se antes cidades pequenas, a população rural, ou mesmo moradores das periferias dos grandes centros passavam ao largo das discussões políticas, elas foram definitivamente incluídas através das redes sociais, que passam a servir como mais um terreno de batalha, extenso e intenso, pois infiltra a vida privada. A terceira, e mais recente, é a customização das informações que são utilizadas nas operações psicológicas através do uso de big data, o que aumenta a sua eficácia, pois confina as interações sociais a bolhas que se retroalimentam e agudizam.

Em suma, a revolução nas comunicações permite um novo patamar para as operações psicológicas direcionadas ao inimigo ou ao próprio povo, ferramenta tática determinante para a conquista do objetivo estratégico: o controle da vontade, do desejo do outro.

Se essa é a novidade contemporânea, a resistência a ela deve abranger ações em  múltiplas direções, como a regulamentação das redes sociais existentes, a construção de redes nacionais, a alfabetização comunicacional da população, a ampliação dos conhecimentos sobre a formação social do povo brasileiro pela academia em geral, pela esquerda e inclusive, pelas Forças Armadas. Há que dar conteúdo nacional e popular à bonita palavra Pátria, sob pena de nos esquecermos que a América é uma palavra para pensar dois continentes, e não apenas um país.

 

¨      Trump, a nova ofensiva do imperialismo e a integração latino-americana. Por Pedro Alcântara

O presidente dos EUA, Donald Trump, mal tomou posse e já anunciou medidas drásticas para tentar recuperar a capacidade produtiva de seu país frente ao agigantamento da China como motor da produção mundial. Trump revelou, sem cerimônia, a intenção de sobretaxar produtos importados de vários países, a começar pelo México, o Canadá e a China. O líder de extrema direita mostrou-se decidido a tirar a máscara do império estadunidense ao explicitar qual será a linha de seu governo nas relações internacionais: “rendam-se aos EUA ou sofram as consequências”. 

Os primeiros sinais de sua nova política repousam em agressões já externadas em seu discurso. Ele ameaçou tomar a Groenlândia, preocupado com as incursões do comércio chinês no Atlântico Norte e no Ártico; ameaça tomar o canal do Panamá, frente à política comercial e portuária chinesa que ali opera fortemente; promete aumentar absurdamente as tarifas de exportações de outros países, começando pelo México; e iniciou uma política desumana de deportação em massa de imigrantes, sobretudo de pessoas oriundas da América Latina.

Temos nessas ações a tentativa de preservar o poderio estadunidense frente ao crescimento chinês. Trump promoverá mudanças na política externa em relação à aplicada pelos democratas. Enquanto os partidários de Obama buscavam tensionar China e Rússia nas fronteiras das zonas de influência daqueles países através da OTAN, Trump tentará barrar o avanço chinês cercando e preservando com mão de ferro as zonas de influência dos EUA, buscando ao máximo dificultar o movimento comercial chinês na Europa, no Atlântico Norte, em parte do Pacífico e na América do Sul e Central. 

Paralelamente a esse movimento, forçará os países subordinados ao império a enviarem o máximo possível dos ganhos do comércio e do investimento estrangeiro aos EUA, seja através de pesadas tarifas às exportações, seja na humilhante obrigação que imporá aos europeus para o financiamento da OTAN – a Europa, sobretudo a Alemanha, caminha para tempos sombrios. O resultado será uma enorme pressão sobre as balanças de pagamentos e desestabilização da economia dos países dependentes, com potencial para causar um verdadeiro caos no comércio internacional, de onde os profetas estadunidenses acreditam que os EUA sairão mais fortes.

Trata-se da radicalização da lógica econômica que garante o domínio estadunidense no Ocidente desde o fim da Segunda Guerra e no mundo inteiro desde a década de 90. Qual seja: impor, através do endividamento em dólar e do sufocamento econômico, seus interesses imperiais aos países subjugados. Ora, sempre foi esse o papel do FMI e do Banco Mundial: emprestar dinheiro com uma mão e destruir a capacidade produtiva dos devedores impondo-lhes rígidas políticas austericidas com a outra. O que Trump propõe agora é o aprofundamento dessa dinâmica,  deixando que as promessas e as ideias de liberdade e prosperidade para seus satélites se dissolvam no ar, aos olhos do mundo inteiro. 

Vem aí uma dura política de manutenção da força do império estadunidense, que tentará impor uma colossal austeridade aos países subjugados como condição para suportarem os efeitos colaterais das medidas americanas, sem se rebelarem. A alternativa a esse caminho seria a negação, por parte dos devedores, do pagamento de suas dívidas, denominadas em dólar, o que constituiria verdadeiro ato revolucionário frente à conjuntura atual. Ou buscar socorro no bloco que ameaça os EUA e promete prosperidade, parceria tecnológica e crescimento econômico: o BRICS. Porém, qualquer uma dessas duas últimas opções poderia levar ao uso da força pelos norte-americanos, que seguirão tendo nas Big Techs instrumentos para desestabilização e golpes em governos não-alinhados. 

Frente a tudo isso os países latino-americanos precisam buscar reconstruir laços mais fortes de cooperação e parcerias entre si. Na atual quadra de avanço do imperialismo, entre todas as saídas possíveis, nenhuma pode prescindir do fortalecimento da relação política, econômica e cultural entre os países da nossa região.

Um dos norteadores da política externa de Trump, aliás, é a crença na doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual os EUA estão destinados, por vontade divina, a dominarem o mundo. Essa ideia colonial e xenófoba desenha a nós, latino-americanos, como o “outro” inferior, cuja coação e expulsão do centro imperial tem significado e papel funcional para o discurso e a ação trumpista. As deportações em massa de mexicanos, colombianos, brasileiros e tantos outros nos localizam nesse projeto como os “indesejados”. Esse é um discurso perigosíssimo, que deve ser combatido com altivez e em conjunto por nossos países. 

Brasil, México, Venezuela e Colômbia serão fundamentais numa busca pelo fortalecimento mútuo, pelo enfrentamento do imperialismo e abertura de parceria mais consistente com países como a China e a Rússia. Precisamos fortalecer laços de solidariedade e cooperação, apostando na ação em bloco em torno de um plano consistente de desenvolvimento tecnológico e econômico para a região, como já havíamos esboçado no início do século XXI. Além disso, é preciso criar um movimento coordenado de combate à extrema direita latino-americana, que deverá ser fortalecida por Trump. Atitudes como a brasileira, de não rechaçar a direita golpista venezuelana e barrar a entrada da Venezuela nos Brics, devem passar longe do nosso horizonte, pois vão na contramão de tudo aquilo que a América Latina precisa. 

Quanto à China, talvez ela não responda imediatamente à provocação estadunidense e siga sua estratégia de deixar que as contradições se aprofundem, já que um dos efeitos das tarifas será a sobrevalorização do dólar, ruim para a política industrial estadunidense e potencialmente elevadora da inflação por lá. Também não é razoável supor que ela investirá na desdolarização imediata, convidando-nos para sua festa de pronto. Ela parece buscar, isto sim, disputar a própria zona do dólar, deixando o processo de desdolarização como “cartada final”, num futuro, espera-se, não tão distante. Mesmo assim, a China tem buscado abrir relações mais profundas conosco, como as saídas para a Nova Rota da Seda. Não faz sentido algum nos negarmos a isso. 

Quanto ao Brasil, temos dois desafios. O primeiro é mudar a linha da política interna, voltando a construir um projeto de desenvolvimento das nossas forças produtivas, apostando em tecnologia e na retomada do pleno controle de nossas fontes energéticas. Segundo, diminuir a influência da burocracia do Itamaraty sobre nossa política externa, que deve voltar-se tanto quanto possível para o chamado Sul Global, para o fortalecimento da América Latina e para a parceria possível com a Europa, em segundo plano. Derrotar a extrema direita em 2026 ganha ainda mais importância para qualquer tentativa de avanço nessa direção. 

A ação truculenta de Trump pode em alguma medida até nos favorecer num primeiro momento, dada nossa condição, conquistada nos governos Lula, de baixo endividamento em dólar, abrindo mercados em detrimento dos países a serem sobretaxados. No entanto, uma aposta isolada nisso nos mantém reféns do modelo primário-exportador de sempre e da nociva dependência aos EUA, impede uma política mais firme de enfrentamento em bloco na América Latina e limita nosso desenvolvimento. 

Aqueles que na esquerda brasileira aderiram ao discurso de Fukuyama sobre o fim da história após a queda da União Soviética devem voltar a se acostumar com categorias como imperialismo, colonialismo, e – não se assustem –, a volta do socialismo e da rebelião dos povos como saída contra um capitalismo austericida e genocida, contra uma novíssima fase do imperialismo. Qualquer debate sobre democracia e soberania que não passe pela luta de classes, pela luta anti-imperialista e pelo entendimento sobre a reconfiguração por que passa o capitalismo será insuficiente para construção de um projeto nacional de libertação, emancipação e cidadania. Sigamos firmes e na luta. 

 

¨      Trump, Canal do Panamá e o porto de Chancay. Por Nilo Meza

Enquanto o nacionalismo delirante de Trump causa inquietação em ambos os lados, o governo Lula parece não se sentir afetado. E ele pode estar certo se “os EUA continuam sendo seu parceiro histórico” (Lula) muito além da bravata do atual inquilino da Casa Branca, um amigo de Bolsonaro (“Trump tropical”). Contudo, ficar à margem quando os principais pontos de partida para seus produtos de exportação (Canal do Panamá e Chancay) estão na mira do “parceiro histórico”, não compreende totalmente a política de silêncio em relação a esta questão, nem contra outras que afetam diretamente o Brasil.

Dado que Trump não teve nenhuma consideração pela retirada dos EUA da OMS e do Acordo Climático de Paris, não se deve esperar muita delicadeza na hora de executar suas ameaças contra o Panamá (Canal) e o Peru (Porto de Chancay). Não se trata de uma questão pequena. É, nada menos, o triângulo logístico que explica grande parte do comércio mundial: Xangai (China), Canal do Panamá (Panamá) e Chancay (Peru). O controle, ou mesmo a influência, sobre as operações dessa infraestrutura e logística é geopoliticamente decisivo na disputa pela hegemonia mundial. A bravata de Trump não é gratuita.

<><> A ‘ameaça chinesa’ no triângulo, segundo Trump

Durante a sua posse, Trump reiterou sua intenção de “retomar” o Canal do Panamá porque ele estava sendo “usado” pela China. “Os maravilhosos soldados chineses estão operando amorosamente, mas ilegalmente, o Canal do Panamá” (Trump). Ele enfatizou que exigiria que o “Canal fosse devolvido aos EUA em sua totalidade e sem fazer perguntas”. O presidente panamenho, José Raúl Mulino, não demorou a responder, dizendo que é “um absurdo” afirmar que a China administra o canal e que também não é verdade que “os navios americanos pagam taxas exorbitantes”. Ele ressaltou que “cada metro quadrado do Canal continuará pertencendo ao Panamá”. As cartas, ao que parece, já foram distribuídas. Vamos então ver alguns detalhes.

Lembremos que o Canal do Panamá é uma rota navegável de 80 km que liga os oceanos Atlântico e Pacífico, adquirindo a mais alta importância econômica e geopolítica para aqueles que disputam a hegemonia mundial. A República do Panamá é apenas o palco onde um conflito de dimensões ainda desconhecidas pode ser desencadeado. O Canal, por onde passa mais de 5% do comércio mundial, opera sob a administração formal do governo panamenho. Este fato não nega a presença chinesa com investimentos significativos no mesmo canal e infraestrutura associada.

Neste ponto, é necessário fazer uma distinção entre o investimento chinês feito por empresas privadas e aquele feito por empresas sob o controle do governo, mesmo que operem em regime privado. Embora, é preciso dizer, ambos os tipos de investimento privado são responsáveis ​​perante o governo chinês, desde que cumpram o planejamento quinquenal do país.

Em termos de carga movimentada pelo canal, a China é o segundo maior usuário, depois dos EUA, respondendo por mais de 21% da carga que transita pelo meio. Em termos de investimento, a China fez mais progressos que os EUA na operação de portos (Balboa no Pacífico e Cristobal no Atlântico), bem como na construção de terminais (para navios de cruzeiro) e pontes sobre o canal. Não é preciso ser especialista para concluir que as informações disponíveis nesses portos e terminais, especialmente sobre cadeias de suprimentos, são potencialmente estratégicas no caso de um conflito armado ou guerra comercial.

Por outro lado, o Panamá, de acordo com o Tratado Torrijos-Carter, garante a neutralidade no uso do Canal e de outras rotas internacionais que sejam construídas em território panamenho. Mas também, de acordo com o mesmo tratado, “os EUA reservam-se o direito de defender qualquer ameaça à neutralidade do canal usando força militar.” (BBC, 21.01.25)

<><> Chancay vs Canal do Panamá?

Durante décadas, o Canal foi a joia da coroa do comércio marítimo internacional na América Latina. O trânsito de mercadorias entre os oceanos Pacífico e Atlântico mereceu a distinção acima mencionada.

O surgimento de Chancay, um megaporto financiado pela China, a apenas 80 km de Lima, no Peru, não pretende tirar essa coroa, mas não poderá deixar de impactar as dimensões e a importância das operações do Canal. O porto de Chancay foi projetado para transportar cargas e se tornar o novo centro logístico da América Latina.

O surgimento de Chancay e a crise que o Canal começou a enfrentar devido à escassez de água, consequência das mudanças climáticas e do desmatamento, parecem coincidir. Por exemplo, o Porto de Balboa depende de água doce para operar suas eclusas, cuja disponibilidade não é mais a mesma. Essa situação forçou a restrição do tráfego de navios e o aumento de tarifas para manter a operação do canal. E a situação não afeta apenas sua competitividade, mas também o grau de previsibilidade e confiança dos usuários dos canais e dos próprios operadores.

Nessas condições, é óbvio que Chancay, um porto multifuncional, ofereça vantagens competitivas atraentes para operadores de comércio internacional. Com a tecnologia disponível, os custos operacionais e os tempos de carga e descarga serão menores do que os oferecidos atualmente pelo Canal. Está a caminho de se tornar um jogador global no comércio internacional.

Chancay, para concluir esta nota, conta com uma localização estratégica na América Latina que lhe permite oferecer vantagens dificilmente superáveis ​​ao comércio internacional da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Chile, para o qual dispõe de uma rede ferroviária e estradas que facilitem o acesso aos produtos dos países mencionados e outros.

 

Fonte: Opera Mundi

 

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