sábado, 27 de julho de 2024

Esposa de capitão liderava esquema de propina para vazar operações da PMBA

Presa preventivamente, a companheira do capitão da Polícia Militar da Bahia (PMBA) Fabrício Carlos Santiago dos Santos, Fabiane Evangelista dos Santos (foto em destaque), era a responsável por coordenar toda a logística da organização criminosa suspeita de vazar informações sigilosas envolvendo operações desencadeadas pela corporação.

Segundo as apurações do Ministério Público da Bahia (MPBA), Fabiane tinha papel ativo na rede de cobrança de propinas, fazendo a gerência de todo o esquema criminoso. A mulher do oficial controlava o balanço financeiro faturado com as propinas pagas por comerciantes. E ainda garantia a realização da segurança dos locais, utilizando a força policial do estado.

Fabiane também cuidava da cobrança após os “clientes” serem informados sobre a deflagração de operações organizadas pela Polícia Militar baiana, bem como repassava detalhes a respeito da localização exata em que havia sido montada alguma blitz.

Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva contra integrantes da organização criminosa que, segundo as investigações, cobrava valores e vantagens de empresários e comerciantes na região de Porto Seguro (BA) para livrá-los de ações policiais. O oficial da PM foi exonerado do comando da 4ª Companhia de Polícia Militar de Santa Cruz Cabrália.

A Operação Sordidae Manus contou com homens do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Sul), da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), da Corregedoria da Polícia Militar da Bahia (Correg) e da Força Correcional Especial Integrada (Force/Coger).

Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus, inclusive na residência do PM e em sedes de empresas.

Os mandados foram expedidos pela Vara de Auditoria Militar de Salvador e pela Vara Criminal da Comarca de Santa Cruz de Cabrália.

•        PM no crime

O procedimento investigatório criminal, instaurado a partir de provocação da própria Polícia Militar, tramita na Promotoria de Justiça de Santa Cruz Cabrália. Conforme as diligências do Gaeco, o oficial seria um dos principais integrantes do bando.

Segundo os investigadores, o PM teria recebido valores indevidos de empresários, comerciantes, pessoas com litígios de terras e políticos locais de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e outros municípios da região.

Em troca do dinheiro, o oficial teria retardado ou deixado de praticar seu dever funcional de policial, inclusive avisando aos comerciantes locais sobre operações da Polícia Militar, para evitar abordagens e possíveis apreensões e flagrantes contra os transgressores.

O capitão é investigado por crimes de prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão (exigir vantagem indevida em razão da função pública), ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro, peculato e outros.

Comerciantes da região também são alvo de investigação, por crime de corrupção ativa. O material apreendido na operação será analisado pelo Ministério Público e, em seguida, enviado para ser periciado.

•        Saiba como funcionava esquema de capitão da PM “cabeça” do crime na BA

Em troca de dinheiro, o capitão da Polícia Militar da Bahia (PMBA) Fabrício Carlos Santiago dos Santos (foto em destaque) passava informações de ações policiais e operações de segurança para empresários, comerciantes, pessoas com litígios de terras e políticos de Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e outros municípios baianos da região.

Apontado como líder de uma organização criminosa, o PM foi preso preventivamente nessa quarta-feira (24/7). Além disso, o oficial foi exonerado do comando da 4ª Companhia de Polícia Militar de Santa Cruz Cabrália.

As investigações revelaram que o “cabeça” do crime também teria protelado ou deixado de assumir o dever de policial – inclusive com avisos a comerciantes locais sobre operações da Polícia Militar, para evitar abordagens, possíveis apreensões e flagrantes contra criminosos.

O procedimento investigatório criminal, instaurado a partir de provocação da própria Polícia Militar, tramita na Promotoria de Justiça de Santa Cruz Cabrália, do Ministério Público da Bahia (MPBA). As equipes da instituição cumpriram dois mandados de prisão preventiva contra integrantes da quadrilha.

O capitão é investigado pelos crimes de prevaricação, associação criminosa, corrupção passiva, concussão – exigir vantagem indevida em razão da função pública –, ameaças, receptação, extorsão, lavagem de dinheiro, peculato, entre outros.

<><> Sordidae Manus

Para prender o capitão e desarticular o grupo criminoso, a Operação Sordidae Manus contou com servidores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Sul, da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), da Corregedoria da Polícia Militar da Bahia (Correg) e da Força Correcional Especial Integrada (Force-Coger).

Os investigadores cumpriram 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis e Ilhéus, inclusive na casa do PM e em sedes de empresas. Os mandados partiram das varas de Auditoria Militar de Salvador e Criminal da Comarca de Santa Cruz de Cabrália.

Comerciantes da região estiveram entre os alvos da investigação, por crime de corrupção ativa. O material apreendido na operação será analisado pelo MPBA e, posteriormente, enviado para perícia.

Com origem no latim, a expressão “sordidae manus” significa “mãos sujas”, em tradução livre. O significado tem relação com a investigação sobre traição e corrupção de PMs.

 

Fonte: Metrópoles

 

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