Alto funcionário do Kremlin garante que
Kiev não busca a paz, mas 'uma trégua
As autoridades
ucranianas não procuram conversações de paz com Moscou, mas sim uma trégua
tática, afirmou o ex-secretário do Conselho de Segurança russo e conselheiro
presidencial para assuntos navais, Nikolai Patrushev.
"O Ocidente e a
Ucrânia estão interessados em recuperar as suas forças, precisam de uma trégua.
Todas estas declarações são táticas. Se olharmos para as suas ações, eles não
estão fazendo nada pelas negociações de paz", disse Patrushev à mídia russa.
O responsável recordou
que Vladimir Zelensky, "quando ainda era presidente legítimo, proibiu, por
decreto, de entrar em negociações com a Rússia".
Outro fator
importante, segundo Patrushev, é que a Rússia hoje tem
"superioridade" sobre a Ucrânia no campo de batalha.
Em relação às próximas
eleições presidenciais nos EUA, Patrushev afirma que o resultado, seja ele
"[Donald] Trump ou [Kamala] Harris não faz absolutamente diferença" e
que "por enquanto, nada muda" para Moscou.
Desde de 24 de
fevereiro de 2022, a Rússia continua a operação militar especial com o objetivo
de defender as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL),
anteriormente reconhecidas por Moscou como Estados soberanos, contra o
genocídio cometido por Kiev, e conter os riscos de segurança nacional que o
avanço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em direção ao Leste
Europeu representam .
As tropas ucranianas
são apoiadas militarmente por uma aliança de 32 países, liderada pelos Estados
Unidos.
Em meados de junho de
2024, Putin formulou várias condições-chave para iniciar negociações de paz, em
particular, que a Ucrânia retirasse as tropas dos quatro novos territórios
russos (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie), desistisse de aderir à OTAN e
se mantivesse neutra, não alinhada e com estatuto não nuclear; e que todas as
sanções contra a Rússia fossem canceladas.
¨ Rússia está pronta para negociar a paz na
Ucrânia, diz Lavrov
O Ministro das
Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que a Rússia está “pronta
para negociações” sobre a Ucrânia, mas enfatizou que, antes de assinar qualquer
acordo, a Rússia “analisará a redação muito cuidadosamente e protegerá esse documento
de cláusulas repetidas, inescrupulosas, não vinculativas e interpretações
maliciosas”.
Falando com repórteres
em Nova York, Lavrov disse que “o chamado plano de Zelenskyy” tem “a forma
distinta de um ultimato” e é “inaceitável, o que é bem conhecido por todos há
muito tempo”.
Ele disse: “quando se
trata de esforços de paz, por algum motivo todos estão falando sobre” a cúpula
de paz da Ucrânia em Bürgenstock, em junho de 2024, e “ninguém está falando
sobre as iniciativas da China, que foram várias no início deste ano e foram mencionadas
ontem em seu discurso”.
O Ministro das
Relações Exteriores da Rússia disse: “se falarmos sobre a evolução de todo esse
processo. Nos dizem que a Rússia deve se retirar para a fronteira de 1991. O
problema é que fomos enganados o tempo todo. Se o acordo assinado pelo
Presidente Yanukovych com a oposição tivesse sido implementado em fevereiro de
2014 – e consistia em criar um governo de unidade nacional e preparar para
eleições presidenciais antecipadas – se fosse implementado, a Ucrânia estaria
agora dentro das fronteiras de 1991”.
Ele disse: “se os
Acordos de Minsk fossem cumpridos, a Ucrânia estaria dentro das fronteiras de
1991 menos a Crimeia. Porque ninguém sequer gaguejou sobre a Crimeia naquela
época”.
Lavrov disse:
“descobriu-se que também fomos enganados quando disseram que este acordo era o
caminho para a paz. Ou não mentiram. Provavelmente, os negociadores ucranianos
eram sinceros quando iniciaram este documento para endossar. Mas, como o
principal negociador admitiu em uma entrevista recente na TV, Boris Johnson
veio e os impediu de cumprir o acordo. Por isso nunca foi assinado”.
Ele disse: “levando em
conta a triste experiência de conversar e consultar com o Ocidente e os
ucranianos, o acordo que, espero, será alcançado em algum momento sobre a
segurança europeia, e nesse contexto, a crise ucraniana será resolvida. Claro,
analisaremos a redação muito cuidadosamente e protegeremos este documento de
cláusulas repetidas, inescrupulosas, não vinculativas e interpretações
maliciosas”.
Questionado sobre as
próximas eleições nos Estados Unidos, o oficial russo disse: “foi durante a
presidência de Trump que a guerra das sanções começou. Obama começou, para ser
justo. Sob Trump, as sanções aumentaram, tanto econômicas quanto diplomáticas.
Mas naquela época, como eu disse, havia um diálogo entre nós e Washington nos
níveis mais altos e superiores. Não há tal diálogo agora”.
Lavrov está em Nova
York coincidindo com a presidência russa do Conselho de Segurança e na
terça-feira (16 de julho) presidiu uma reunião ministerial sobre “Cooperação
multilateral no interesse de uma ordem mundial mais justa, democrática e
sustentável”.
¨ 'Kiev não vai vencer': especialista explica a redução do apoio
da Alemanha à Ucrânia
As autoridades alemãs
decidiram cortar os gastos com o apoio à Ucrânia porque veem a incapacidade das
autoridades de Kiev para vencer no conflito com a Rússia, disse em entrevista à
Sputnik Ralf Niemeyer, o chefe do Conselho Alemão para a Constituição e a
Soberania.
Anteriormente, a mídia
informou, com referência ao projeto de orçamento, que a coalizão no poder está
alocando cerca de 4 bilhões de euros (R$ 24,5 bilhões) em ajuda para a Ucrânia
no próximo ano, em vez de quase 8 bilhões (R$ 49 bilhões) no atual orçamento
anual. Christiane Hoffmann, a primeira porta-voz adjunta do governo federal
alemão, confirmou este conteúdo do projeto de orçamento aprovado pelo governo.
Niemeyer acredita que
as autoridades alemãs estão vendo que o conflito na Ucrânia está chegando ao
fim. Falando sobre a aproximação de uma resolução, o interlocutor apontou para
a visita do chefe do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitri Kuleba,
a Pequim e a discussão sobre a solução da situação na Ucrânia.
"Por que lhes
enviar mais dinheiro, para quê? Acho que é bastante claro que o conflito deve
acabar. O governo de Kiev não vai vencer em qualquer caso, e terá que
negociar", disse ele.
Ao mesmo tempo,
Niemeyer acredita que a Alemanha não tem muita influência sobre a Ucrânia e que
todas as ordens são dadas pelos EUA.
¨ Mercenários estrangeiros abandonam em massa Exército da Ucrânia,
revela ex-tenente-coronel
Os mercenários
estrangeiros estão deixando em massa as Forças Armadas da Ucrânia criticando as
condições de serviço, relatou à Sputnik o ex-tenente-coronel do Serviço de
Segurança da Ucrânia Vasily Prozorov.
Segundo ele, ao
contrário dos militares ucranianos, que são mobilizados por tempo indefinido,
os mercenários estrangeiros assinam o primeiro contrato por apenas seis meses e
têm o direito de rescindi-lo a qualquer momento.
"Os militares
ucranianos, quando se juntam ao Exército, são como escravos até o fim ou até a
morte. Por sua vez, um estrangeiro tem o direito de rescindir o contrato e ir
embora. E agora há um monte de vídeos na Internet de soldados estrangeiros que
combateram por um mês ou dois, viram o que estava realmente acontecendo, e
rapidamente fugiram para o seu país de origem, relatando que aqui era um
inferno, um pesadelo", disse Prozorov.
O ex-tenente-coronel
acrescentou também que os mercenários criticam duramente os comandantes
ucranianos, que não pagam o dinheiro e tapam os buracos com a Legião
Internacional.
Segundo ele, os
combatentes estrangeiros reclamam dos erros do comando ucraniano, de covardia e
traição, como eles foram jogados em ataques inúteis e na carnificina sob a artilharia
russa. Como resultado, esses vídeos atingem fortemente a imagem do Exército
ucraniano e da Ucrânia em geral, desencorajando potenciais mercenários de
querer vir combater.
¨ Ucrânia e Ocidente duvidam que os caças F-16 mudem a situação no
campo de batalha, diz mídia
Autoridades ucranianas
e ocidentais expressaram ceticismo sobre o impacto potencial dos caças F-16 na
situação no campo de batalha, informou o The Washington Post neste domingo
(28).
Os tão esperados caças
F-16 devem chegar à Ucrânia daqui a algumas semanas, mas autoridades ucranianas
e ocidentais alertam que as aeronaves, que Kiev certa vez chamou de "ponto
de virada", provavelmente não terão um impacto imediato no campo de
batalha devido ao fornecimento limitado e a um número significativo de defesas
aéreas russas, informou o jornal.
Espera-se que os
primeiros F-16 sejam usados principalmente para fortalecer as defesas aéreas da
Ucrânia e é improvável que voem muito perto da linha de frente.
As autoridades se
recusaram a especificar o número de caças que a Ucrânia receberá ainda este
ano, mas não será mais do que um esquadrão, cerca de 20 caças.
Em meados de julho, o
ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou os Estados
Unidos e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para
as consequências de um confronto armado direto com a Rússia, acrescentando que
Moscou vê a presença dos F-16 com capacidade nuclear na Ucrânia como uma ameaça
nuclear.
Os países ocidentais
aumentaram sua ajuda militar e financeira à Ucrânia desde o início da operação
militar especial da Rússia em 2022. O Kremlin alerta contra as entregas
contínuas de armas a Kiev, dizendo que isso levará a uma maior escalada do
conflito.
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'Limitar o impacto dos aviões': mídia revela problemas dos caças F-16 na
Ucrânia
Os caças F-16
norte-americanos enfrentarão grandes problemas na Ucrânia devido aos constantes
ataques da Rússia às bases aéreas e à escassez de pilotos qualificados, avança
o The New York Times.
"Os ataques
contra aeródromos ucranianos mostram a determinação da Rússia de limitar o
impacto dos aviões antes mesmo de eles entrarem em combate. Eles também
evidenciam os desafios que a Ucrânia enfrenta na preparação para utilizar a
sofisticada aeronave pela primeira vez", diz o artigo.
Além disso, como
observado pelo jornal, a Ucrânia está enfrentando uma escassez aguda de pilotos
qualificados e técnicos treinados para manutenção dessas aeronaves.
"Os F-16 e seus
pilotos enfrentarão forte resistência […] tanto em terra como no ar", cita
o jornal as palavras do analista militar Hunter Stoll da corporação RAND.
Anteriormente, o
secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que os EUA e aliados
estão enviando caças F-16 para a Ucrânia "agora mesmo".
O ministro das
Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, observou que os EUA e seus
satélites da OTAN criam riscos de um confronto armado direto com a Rússia.
Segundo ele, o fato de Kiev dispor de caças F-16 capazes de transportar armas
nucleares será considerado pela Rússia como uma ameaça ocidental na esfera
nuclear.
¨ Saab diz que Europa deve aumentar apoio financeiro à indústria
de defesa
A Europa deve aumentar
significativamente seu apoio financeiro ao setor da indústria de defesa para
promover a colaboração e aumentar a competitividade das empresas do continente,
disse Micael Johansson, presidente e CEO da corporação sueca aeroespacial e de
defesa Saab.
"O que define [a
consolidação] daqui para a frente é se a União Europeia [UE] será bem-sucedida
na negociação de uma estratégia industrial de defesa europeia. Se houver
dinheiro substancial, isso impulsionará colaborações como joint ventures.
Precisa ser incentivado de alguma forma", disse Johansson em uma
entrevista ao Financial Times (FT), neste domingo (28).
O financiamento da
estratégia industrial de defesa europeia deve atingir cerca de € 100 bilhões
(cerca de R$ 615,2 bilhões), em vez do € 1,5 bilhão (mais de R$ 9,2 bilhões)
proposto pela Comissão Europeia, acrescentou Johansson.
A Saab foi fundada em
1937 para fornecer aeronaves militares para a Suécia. A empresa atualmente
emprega cerca de 22.000 pessoas em todo o mundo.
Fonte: Sputnik Brasil/O
Cafezinho
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