Folhas, contas e bichos: como a feira de
São Joaquim, em Salvador, se tornou o shopping do povo de santo
O terreiro Ilê Asé Opô
Omon Oguian está em festa para saudar seus erês. Tradicionalmente, momento de
muita comida e fartura, a ser compartilhada com filhos, filhas de santo e a
comunidade. “A energia das crianças atrai alegria, felicidade e prosperidade.
Cada orixá traz o seu erê. No sincretismo religioso, os erês são Cosme e
Damião. Nas nossas festas abertas temos uma média de público de 200 pessoas. Um
grande banquete numa confraternização onde o alimento sagrado é a representação
da união de nossa fé”, explica o coordenador da Federação Nacional do Culto
Afro-Brasileiro (Fenacab) e babalorixá no terreiro em Lauro de Freitas, pai
César D'Ajagunã.
A preparação da casa
para este sábado (27) já começou. Em Água de Meninos, na parte baixa da cidade,
a Feira de São Joaquim abastece e alimenta o terreiro. Inspira e expira axé. “A
gente costuma dizer que a feira de São Joaquim é o nosso shopping. Tudo que
precisamos é lá que encontramos. A feira é um mundo”, afirma. Na festa dos
Erês, pai César estima um gasto de quase R$ 3 mil - R$ 1,6 mil com bichos e
mais R$ 1,2 mil com outros itens.
"A gente costuma
dizer que a Feira de São Joaquim é o nosso shopping. Tudo que precisamos é lá
que encontramos. A feira é um mundo" - pai César D'Ajagunã, Coordenador da
Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (Fenacab) e babalorixá no Ilê Asé Opô Omon Oguian.
Metade da movimentação
econômica de São Joaquim vem do povo de santo, confirma o presidente do
Sindicato dos Feirantes e Ambulantes da Cidade de Salvador, Nilton Ávila.
Segundo dados da entidade, a feira tem hoje 2 mil comerciantes, somando
empreendedores formais e informais. Deste volume, metade dos negócios são
impactados de alguma maneira pelo povo de santo.
“Hoje 50% do que é
consumido na Feira de São Joaquim é diretamente ligado ao povo de santo. O
mercado de rituais religiosos, de artigos de candomblé, talvez seja o mais
forte aqui dentro. Temos um percentual muito grande de clientes que vem até a
feira só para comprar esses artigos. São Joaquim é o maior centro de
distribuição de matéria-prima para o culto de religiões de matriz africana”.
"São Joaquim é o
maior centro de distribuição de matéria-prima para o culto de religiões de
matriz africana" - Nilton Ávila, presidente do Sindicato dos Feirantes e
Ambulantes da Cidade de Salvador.
Apesar de não precisar
em números absolutos sobre o montante em reais que essa injeção de recursos
representa, a entidade afirma que 15% dos negócios instalados na feira atuam no
segmento de artigos religiosos. No entanto, a ‘economia do axé’ contempla o
comércio na maior feira livre da Bahia de uma ponta a outra, impactando muito
além: “Quando o povo de santo vem à feira comprar os insumos para as oferendas
eles passam em bares, almoçam, vão nas bombonieres. Ou seja, são clientes que
estimulam de ponta a ponta toda a cadeia produtiva da Feira de São Joaquim”.
A feira funciona todos
os dias, das 5h às 17h. Logo na entrada é possível avistar em meio a bancas e
boxes de frutas, verduras, carnes e temperos, as principais lojas de artigos
religiosos que atraem a clientela do povo de santo. Enquanto percorre cada corredor,
Pai César D'Ajagunã faz questão de recordar sua primeira ida a São Joaquim.
“Comecei a andar por lá quando tinha uns 13 anos, quando minha mãe foi iniciada
no candomblé. Hoje, eu viajo para outros estados e países e levo material da
Feira de São Joaquim”.
No final do mês de
agosto, o terreiro comemora em seu calendário, a Festa do Olubajé, que espera
receber 300 pessoas. “Cada terreiro segue seu próprio calendário. Dia 31 de
agosto teremos a festa do nosso pai Obaluaê, onde oferendamos a praticamente
todos os orixás. Estimamos um consumo de R$ 7 mil, pois realizamos as
obrigações de filhos da nossa casa, o que aumenta o consumo”.
Fora a época de
festas, o babalorixá vai à feira três vezes por semana, e gasta uma média de R$
1 mil, para as necessidades de rotina do terreiro. Até dezembro, são 22 eventos
no calendário, tornando o segundo semestre do ano, o período com mais atividades
festivas da casa. Ao todo, serão 41 atividades na programação de 2024. “Quem
chega na feira sente a energia do candomblé: é o nosso polo geral da religião”,
ressalta.
Pai César D'Ajagunã
participou, em março desse ano, de uma roda de conversa que discutiu o
Patrimônio Material e Imaterial da feira. O evento é fruto da colaboração entre
a JA Bahia e a Wilson Sons, que capacitou e acelerou negócios de 14 feirantes
no ano passado.
Na Feira, é possível
se abastecer de produtos mas também de histórias, como a de Manuel Caxingue,
que vende artigos para o candomblé há 50 anos e não por um acaso, conquistou a
amizade de um ilustre visitante: o fotógrafo, antropólogo e pesquisador francês,
Pierre Verger (1902-1996).
Para a professora da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb) e pesquisadora do
Observatório da Economia Criativa da Bahia (Obec-BA), Lúcia Aquino de Queiroz,
o povo de santo ocupa a posição central no consumo da feira. “Embora não
existam dados quantitativos, o que se observa é que a Feira de São Joaquim é um
espaço que desde a sua fundação, se consagrou cada vez mais, como uma região
voltada para um conjunto de produtos vinculados às religiões de matriz
africana. Esse consumidor é central para a feira de São Joaquim”.
Uma ampla e rica
oferta, que transforma São Joaquim em um reduto desse abastecimento. “A feira é
exatamente uma grande central de abastecimento para as religiões de matriz
africana. São Joaquim nos possibilita essa oferta condensada que a gente
percebe, por exemplo, em um shopping center onde você vê a confluência grande
de pessoas que vão em busca dessa oferta. Um território negro vivo, pulsante na
cidade e extremamente representativo dessa Bahia de matriz africana”.
• Feira do axé
Segundo números IBGE,
na Bahia, em 2000, 21.733 pessoas se identificavam como praticantes de umbanda
e candomblé. Dez anos após, no censo de 2010, esse número mais que dobrou para
47.067, registrando um aumento de 116,6%. Salvador apresenta uma evolução ainda
maior no período de uma década, quando passou de 5.901 para 16.060, crescimento
de 134%. Esse é estudo mais recente, visto que os dados de religião do Censo de
2022 só devem ser divulgados pelo IBGE em 2025.
Pela feira – que já
recebeu o nome de Feira do Sete – passam, diariamente, 2,2 mil pessoas,
espalhadas em uma área de 60 mil metros. As estimativas são do Sindicato dos
Feirantes e Ambulantes da Cidade de Salvador. Não precisa andar muito para
encontrar essas lojas. Logo após atravessar os portões, cada passo vai levar a
um estabelecimento paramentado de artefatos dos orixás ou uma fachada coberta
de contas e miçangas. No entanto, não se admire, se distraidamente, dividir
esse caminho com um bode fugido do corredor que concentra a venda de animais.
Seja no lado esquerdo ou no lado direito, o axé vai se encontrar em cada pedaço
dali.
Lojas de artigos
religiosos como a Casa do Preto Velho se tornaram referência no local. Há 40
anos Marcílio Costa veio de Valença tentar a vida em Salvador. Começou vendendo
tempero verde num carro de mão, depois numa banca e, em seguida, em uma
barraca. Hoje, sua loja tem mais de 1,5 mil itens de artigos religiosos.
De guia, atabaque até
cadeira de babalorixá, a casa, que fica logo na área principal da feira, tem
e-commerce e cresce 10% ao ano. “A Feira de São Joaquim sempre foi uma mãe. A
gente se tornou referência, o shopping da macumba mesmo, uma das casas mais conhecidas
do país. Atendemos a terreiros de toda a Bahia e de Sergipe, Rio de Janeiro,
Recife, Aracaju e São Paulo. Hoje, as pessoas abraçaram a religião”.
"A gente se
tornou referência, o shopping da macumba mesmo, uma das casas mais conhecidas
do país. Atendemos a terreiros de toda a Bahia e de Sergipe, Rio de Janeiro,
Recife, Aracaju e São Paulo" - Marcílio Costa, proprietário da Casa do
Preto Velho.
Apesar de não revelar
números de faturamento, a Casa do Preto Velho chega a registrar uma circulação
de 300 clientes por dia. O ticket médio (consumo) por compra varia de R$ 50 a
R$ 3 mil. Marcílio, que não é adepto do candomblé, diz que os itens vêm de fornecedores
dos municípios baianos de Maragogipinho, Valença e Feira de Santana. Mas a casa
também importa, principalmente, roupas, colares e tecidos da Nigéria, na
África.
“Eu me cuido, mas não
tenho uma ligação direta com a religião. O segmento de artigos religiosos é um
dos mais fortes da feira. É o que mantém São Joaquim viva, sustenta essa feira,
sem dúvida. A concentração de negócios aqui é enorme. E a nossa estimativa de
crescimento é cada vez maior. Já tive, inclusive, convite para abrir a loja
física em outros estados, mas ainda prefiro ficar aqui”.
Não muito distante da
Casa do Preto Velho, a Casa de Oxalá é mais um lugar dedicado a venda desses
artigos que tem uma clientela fiel. Proprietário da loja que fica bem próximo à
entrada de São Joaquim, Edson Alves, tem 36 anos de feira. O comerciante faz
entregas com pedidos pelo WhatsApp e fica aberta de domingo a domingo. São mais
de 300 clientes de terreiros que compram várias vezes semanalmente.
“Em época de festas
nos terreiros, um cliente da loja gasta de uma vez só mais de R$ 8 mil. O axé
se encontra na feira. Tem uns que entram no candomblé, outros saem e voltam de
novo, mas a demanda cresce a cada ano. Sou católico, mas também respeito muito
a religião. Tomo meu banho de folha, é legal, funciona muito”.
"O axé se
encontra na feira. Tem uns que entram no candomblé, outros saem e voltam de
novo, mas a demanda cresce a cada ano" - Edson Alves, proprietário da Casa
de Oxalá.
Em outro corredor onde
se concentra a oferta de animais, uma galinha custa R$ 35. O bode a partir de
R$ 250. Pombo de cor, R$ 15. Pombo-branco, quase três vezes mais: R$ 50. Quem
mais vende por lá é Zé do Bode. "Tem semanas que a gente vende de 100 a
300 galinhas. Varia muito. Vem tudo do interior de Irará, Santa Bárbara”,
reforça o vendedor Daniel Di Nilo, que trabalha na feira desde os 15 anos.
Outro item com
presença recorrente são as folhas. Mário Martins é vendedor há 40 anos. Na sua
banca, ele avisa que tem mais de 100 espécies tanto para banho de descarrego
como também para quem chega em busca de proteção. As folhas custam a partir de
R$ 3. “O meu ganho varia muito mas tem dias que chego a tirar de R$ 600 a R$
800. Aqui na Bahia o povo é demais, as folhas são muito procuradas”.
O banho cheiroso é
para atrair energia positiva: folha de amanci, macaça, manjericão, água de
alevante, alfazema. Se a intenção é o descarrego, a banca tem quebra feitiço,
desata nó e abre caminho. “As ervas vêm de Amélia Rodrigues, chegam aqui 4h30
da manhã. Comecei vendendo temperos, mas depois decidi cuidar só das folhas. O
pessoal do axé vem na barraca ou manda buscar. Indica muitos outros clientes
também. Vendo em quantidade grande”.
Para a analista do
Sebrae-BA, Hirlene Pereira, o povo de santo é o motor da feira em todos os
sentidos. “É em São Joaquim que os rituais sagrados encontram todos os
elementos que são a base da religiosidade de matriz africana. Isso a torna o
principal centro de comercialização em Salvador”, ressalta.
• Freguês
Baiana de acarajé e
yalorixá do terreiro Ilê asè Oyà Ajimuda, no bairro de Santo Inácio, Cláudia
Barbara Jesus garante que nunca voltou da feira sem encontrar o que procura:
“Arriscaria dizer que lá só não vende tortas para aniversário. Todo terreiro
está sempre em atividade”, assegura. A yalorixá costuma gastar mensalmente R$ 4
mil com materiais para limpezas e rituais. “Ir em São Joaquim me deixa
encantada pelas cores e o cheiro da feira até hoje. É cheiro de produtos de
axé, cheiro de bicho para orixá, de dendê, de camarão seco. Uma mistura das
essências de candomblé”.
"É cheiro de
produtos de axé, cheiro de bicho para orixá, de dendê, de camarão seco. Uma
mistura das essências de candomblé" - Cláudia Barbara Jesus, baiana de
acarajé e yalorixá do terreiro Ilê asè Oyà Ajimuda.
Frequentador da feira
antes mesmo de se iniciar na religião, o babalorixá do Ilê Axé Iroko Sun, em
Simões Filho, Pai Pretinho de Iroko, acredita que em nenhum outro lugar há uma
feira tão original para o povo do candomblé. “O período de festa aqui em casa é
janeiro. Tem a festa de Oxum e de Iroko, o meu santo. E em novembro também, no
último sábado do mês, quando fazemos o samba do aniversário do caboclo. Mas é
fato que São Joaquim é o melhor lugar para se comprar itens do candomblé. Gasto
uma média de R$ 500 a R$ 1 mil quando vou à feira, porém, cada pessoa tem uma
necessidade”.
A feira é uma espécie
de elo com o povo de santo. “Foi um lugar feito para o povo do candomblé. É
muito importante para a gente. Não se acha uma feira como essa em nenhum lugar
do país. Compro cereais, bicho vivo, adereços. O povo do candomblé se encontra
aqui”, defende.
• Vínculo
A feira está em
processo de tombamento, porém, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) não informou qual o prazo para a sua conclusão. Mas como São Joaquim se aproximou tanto do sagrado?
Quem explica é o professor e historiador, Ricardo Carvalho:
“Enquanto o cais do
porto, o Mercado Modelo e a rampa do mercado atendiam o comércio de maior
porte, São Joaquim e Água de Meninos se transformaram no local mais associado
ao consumo cotidiano. Esse intercâmbio entre o Recôncavo, a Baía de Todos os
Santos e a cidade de Salvador criava um fluxo - e um refluxo - entre os
terreiros de candomblé e os cultos de matriz africana e seus fornecedores”,
destaca Carvalho sobre a feira que completa 60 anos no mês de setembro.
"Esse intercâmbio
entre o Recôncavo, a Baía de Todos os Santos e a cidade de Salvador criava um
fluxo - e um refluxo - entre os terreiros de candomblé e os cultos de matriz
africana e seus fornecedores" - Ricardo Carvalho, professor e historiador.
Um vínculo não só
simbólico, mas, também, de desenvolvimento econômico. “O povo de santo passou a
ter a feira de São Joaquim como sua referência máxima e, obviamente, os
comerciantes sabiam que ali existia um mercado dedicado a isso. É
impressionante como isso se manteve. É a grande beleza da feira. Sem dúvida,
essa relação, se transformou num aspecto curioso, histórico e fundamental,
sobretudo, poderosamente integrado à economia local”.
Ao chegar em São
Joaquim é preciso “pedir licença”, explica a historiadora, consultora em
conteúdo sobre Salvaguarda Patrimonial de Comunidades -Terreiro e egbomi de
Iemanjá do Terreiro do Gantois, Tanira Fontoura. No candomblé, egbomi é uma
pessoa que já tem certas obrigações, tempo de iniciação e segurança para ser
uma mais velha na estrutura hierárquica religiosa.
“Enquanto guardião e
‘senhor do mercado’, Exu precisa ser reconhecido, saudado e, por isso, nos dar
a permissão de adentrar aquele espaço para integrar o sistema que ultrapassa a
esfera comercial, pois ali está a rede de sociabilidade, de comunicação entre
as partes e o todo. Exu dá energia de funcionamento”.
São Joaquim traz um
sentido de identidade e pertencimento. “É inegável que os terreiros de
candomblé são uma rede de circulação comunitária de saberes e fazeres. Logo,
existe sim, uma 'economia do axé', tornando a feira historicamente vital para
as comunidades e os terreiros”.
• Feira livre e sem gestão
Ao buscar dados
quantitativos sobre a movimentação econômica na Feira de São Joaquim, a
reportagem não obteve retorno da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur),
Secretaria de Turismo do Estado (Setur), Secretaria da Administração (Saeb) e
também Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), que até o
momento é responsável pelo projeto de requalificação na feira que inclui
investimentos na ordem de R$ 41,2 milhões. A reforma prevê a construção de um
galpão de carnes e vísceras, 16 blocos de comércios variados, estacionamento e
uma via perimetral, com calçadão, na borda da Baía de Todos-os-Santos. Nem o
estado, prefeitura, ou governo administram a feira. “A gente fica aqui sem um
poder legal nenhum e sem poder administrativo financeiro também”, pontua o
presidente do Sindicato dos Feirantes e Ambulantes da Cidade de Salvador,
Nilton Ávila.
<><> 10
COISAS QUE VOCÊ SÓ ENCONTRA NA FEIRA DE SÃO JOAQUIM
# 1. Bichos em geral
- Coquem
(galinha-d'angola), bode, pavão, pombo, galinha.
# 2. Folhas e ervas
- Para a realização de
obrigações, banhos e trabalhos nas religiões de matriz africana. “A base de
nossa religião está ligada a oferendas e a essência das folhas (chamadas de
ewé). Com esses materiais ofertamos aos orixás o primórdio, iniciando e/ou encerrando
os trabalhos e obrigações”, explica o babalorixá pai César D'Ajagunã.
# 3. Utensílios de
barro
- Diversidade de potes
e recipientes como o alguidar, a quartinha e o quartilhão para orixás.
# 4. Variedade de
tecidos e roupas de axé
- São inúmeras opções
de estampas, modelos e tamanhos. “As roupas, como todos sabem e comentam, fazem
parte da beleza e produção no momento final das nossas festas. Fazemos questão
de estarmos bem apresentados para nossos orixás e nossa comunidade”.
# 5. Ferramentas de
Orixás
-Pode ser encontrada
em ferro, aço, barro ou em material sintético.
# 6. Guias
- Nas religiões de
matriz africana, as guias são colares de miçangas usados de acordo com o orixá
associado a cada um. Carrega significado, proteção, simbolismo e
representatividade para o povo de santo.
# 7. Produtos para
alimentação
- Camarão seco,
farinhas, grãos, verduras e frutas são alguns dos elementos fundamentais para o
candomblé. “Tudo na religião está ligado à comida, ao alimento, e circulamos
nossa energia neste compartilhar de alimento da nossa fé, seja de forma
simbólica ou prática, pois alimentamos nossa comunidade com estes bichos,
folhas, verduras e frutas”, comenta o babalorixá.
# 8. Velas
- Com maior
diversidade de tipos, cores e tamanhos.
# 9. Charutos
- É mais um item
presente não só nas oferendas, mas também nos rituais.
# 10. Cachaça
- A aguardente é mais
um produto vendido na Feira de São Joaquim que é usado em oferendas nas
religiões de matriz africana, sobretudo, no candomblé.
Fonte: Correio
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