terça-feira, 30 de julho de 2024

“Democratas golpearam o Brasil em 1964, em 2016 e fizeram a Lava Jato”, diz Brian Mier

Durante entrevista ao programa Bom Dia 247, o jornalista Brian Mier relembrou o histórico de intervenções dos Estados Unidos na política brasileira, destacando a influência dos EUA em eventos chave como o golpe de 1964, o golpe de 2016 e a Operação Lava Jato. Mier afirmou que o Brasil tem sido alvo de intervenções estadunidenses que ocorrem até por meio de fundações que participam por dentro do Governo brasileiro. “Historicamente o Brasil sofre intervenções estadunidenses, até através de fundações que estão usurpando nosso governo brasileiro por dentro, que são fundações dos EUA,” declarou Mier. Ele criticou a ideia de que os Estados Unidos são uma força benéfica que trabalha pela manutenção da democracia.

Mier afirmou que a aliança entre o Partido Democrata e o governo brasileiro tem fins eleitorais voltados para as eleições nos EUA, para não fortalecer o ex-presidente Donald Trump. Ele expressou dúvidas sobre como essa aliança pode ajudar o Brasil. “Essa ideia de que os EUA são do bem e vamos ficar do lado dos EUA contra a nossa vizinha Venezuela, dando credibilidade para os mesmos argumentos antidemocráticos, que quase resultou em um golpe de estado em 8 de janeiro de 2023 no Brasil, sobre eleições fraudadas e ditadura de toga, esse tipo de coisa, eu não enxergo como isso vai ajudar o Brasil,” disse Mier.

Ao projetar cenários futuros, Mier comentou sobre uma possível vitória de Kamala Harris nas eleições estadunidenses. “Quando Kamala Harris vencer, se ela vencer, vai começar do zero nossas relações, pois os democratas golpearam o Brasil em 1964 e em 2016 e foram eles que criaram a operação Lava Jato, que continuou durante o governo Trump, mas era um produto do Partido Democrata, do Governo Democrata,” concluiu.

¨      “Há uma submissão na esquerda brasileira ao Partido Democrata”, diz Breno Altman

Durante sua participação no programa Bom Dia 247, o jornalista Breno Altman fez duras críticas à postura de setores da esquerda brasileira em relação ao Partido Democrata dos Estados Unidos. Segundo Altman, há uma "submissão" por parte de partidos e lideranças de esquerda ao partido norte-americano.

"Parte da esquerda brasileira se comporta em relação ao processo eleitoral dos EUA de uma forma vergonhosa. Aparentemente o que causa esse comportamento vergonhoso é o medo. O medo do fascismo, o medo de Trump, o medo para onde o mundo está se encaminhando, que é para uma confrontação entre campos. E esse medo leva setores da esquerda a se abraçarem a qualquer coisa para combater essa extrema direita. Isso abre portas para que setores e lideranças de esquerda simplesmente esqueçam tudo para defender a democracia liberal contra a extrema direita, e passem a apagar nos seus pronunciamentos, nas suas posições, quaisquer diferenças, ou contradições, ou antagonismo em relação ao Partido Democrata. Vimos várias pessoas e vários partidos, porque isso é transversal, passa pelo PT, pelo PSOL, pelo PCdoB, uma política de submissão em relação ao Partido Democrata, tratando o Partido Democrata como se ele fosse uma contraposição profunda, antagônica, ao Partido Republicano, como se fossem blocos políticos antagônicos entre si, quase como se o Partido Democrata fosse esquerda, e isso não é", disse Altman.

Ele prosseguiu: "Os Democratas e os Republicanos são duas alas do mesmo sistema imperialista. Qualquer que seja o resultado, quem continuará governando são os inimigos dos povos, com Trump, com Kamala Harris, ou com qualquer que seja o candidato democrata, daqueles candidatos democratas que estão no jogo. É rigorosamente uma solução dentro do bloco imperialista, dentro do bloco que representa os piores interesses da burguesia norte-americana. Portanto, é razoável que uma pessoa de esquerda ache melhor para o Brasil que ganhe a Kamala Harris. É uma boa análise achar que seja melhor ganhar Kamala porque a vitória de Trump fortalece Bolsonaro, é uma boa análise. É uma análise pelo menos, digamos assim, séria, pode-se concordar ou não com ela. Mas a vibração, a euforia, o encanto, a apologia a isso é vergonhoso. É vergonhoso de um jeito inacreditável! Kamala Harris defende a mesma política pelo o massacre do povo palestino. Ela é inimiga de muitas das pautas dos movimentos negros americanos. Kamala Harris, quando procuradora da Califórnia, foi uma defensora incondicional do encarceramento em massa, e o encarceramento em massa nos Estados Unidos tem como suas principais vítimas os negros norte-americanos."

Para Altman, esse ponto de vista, conduzido pelo medo, e que de maneira eufórica e acrítica vibra com a candidatura de Kamala, é a "nau da insensatez". "Nós temos uma capitulação ideológica de setores da esquerda brasileira que deseduca. Não há problema em achar que Kamala Harris é melhor do que Trump, mas essa euforia é muito grave. Mostra como a esquerda brasileira está contaminada pelo liberalismo. Mostra como a luta contra o neofascismo está se transformando em um álibi para setores e lideranças de esquerda capitularem às ideias liberais."

Altman finalizou afirmando que "O PT, PCdoB, PSOL não nasceram para ser sucursais do Partido Democrata dos EUA. O Partido Democrata dos EUA é um braço do imperialismo. Não podemos incorporar o Partido Democrata." 

 

¨      Irmão de Trudeau diz que democratas dos EUA estão tentando bloquear Kennedy Jr. nas eleições

Kyle Kemper, um dos principais ativistas da campanha presidencial de Robert F. Kennedy Jr. e irmão do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, disse à Sputnik que o Partido Democrata está com medo de RFK, tentando bloquear sua candidatura às eleições.

"O Partido Democrata está tentando manter Bobby [Robert F. Kennedy Jr.] fora das urnas. Eles não querem que os norte-americanos possam votar nele de forma justa. Eles estão tentando colocar [o ex-presidente dos EUA Donald] Trump na cadeia. Eles querem o mesmo que [o líder ucraniano Vladimir] Zelensky quer e tem, que é nenhuma eleição ou eleições completamente fraudadas", disse Kemper nas margens da conferência anual sobre bitcoin, realizada em Nashville de 25 a 27 de julho.

As táticas da Convenção Nacional Democrata são "bastante deploráveis", enquanto muitos liberais tradicionais não querem ser associados a ela, acrescentou Kemper.

"Então, com Kennedy como alternativa, ele pode ser o remédio para esse cenário político norte-americano dividido, tóxico e polarizado e ajudar a dialogar novamente porque precisamos apenas conversar. Houve tanta divisão e conquista divisiva, tanto ódio", disse Kemper, explicando o impacto que a eleição de Kennedy teria.

Kennedy falou na conferência na sexta-feira (26), um dia antes do discurso do ex-presidente Donald Trump. A comunidade bitcoin gostou do discurso de Kennedy, dizendo que ele foi muito atencioso e apreciou o fato de ele ter uma grande parte de sua riqueza investida na criptomoeda.

Como candidato presidencial independente, Kennedy trabalhou para garantir o acesso às cédulas em todos os 50 estados. No entanto, ele está enfrentando forte oposição de oponentes políticos democratas que estão tentando bloquear sua candidatura na eleição de novembro com vários processos judiciais. A convenção nacional do partido prometeu continuar tentando desafiar o acesso de Kennedy às eleições "e garantir que ele esteja jogando de acordo com as regras".

¨      Biden foi forçado a desistir após “grave evento médico”, afirma jornalista

O jornalista Seymour Hersh traz um furo de reportagem em seu blog.

Segundo ele, Biden teve um grave evento médico que foi encoberto como COVID e que, se ele resistisse a sair, eles invocariam a 25ª emenda.

Isso torna todos os bajuladores que chamam Biden de “herói altruísta” por desistir ainda mais ridículos: o cara recebeu uma oferta que não podia recusar, “ou seja o primeiro presidente a ser removido à força do cargo com a 25ª emenda ou desista”.

Leia abaixo trechos da matéria do Seymour Hersh:

“Quem em Washington não sabia que Biden estava falhando? Todos nós sabíamos, até certo ponto. Eu havia aprendido meses antes com um oficial federal que aqueles nas primeiras filas de eventos universitários onde Biden estava falando foram advertidos a não se moverem se o presidente tropeçasse ao caminhar até o pódio. Agentes do Serviço Secreto estavam à disposição para levantá-lo imediatamente. Não haveria fotos de primeira página de um orador da turma ajudando o presidente a se levantar.”

“Na segunda-feira, 15 de julho, Biden decolou no Air Force One em uma viagem de campanha para Nevada, um estado disputado que Biden venceu em 2020 por pouco mais de 30.000 votos. Na terça-feira, ele fez o discurso principal para 5.000 membros da NAACP em sua convenção anual. No dia seguinte, o presidente, aparentemente acometido enquanto fazia campanha com uma doença ainda a ser revelada, interrompeu sua agenda e fez uma corrida escoltada pela polícia para o Air Force One após inicialmente dizer à polícia que estavam indo para a sala de emergência mais próxima.”

“Naquele momento, de acordo com Emily Goodin, uma repórter do Daily Mail que estava no pool de imprensa itinerante, o presidente estava ‘mortalmente pálido’ e o Air Force One voou a toda velocidade para Delaware, onde o presidente tem um retiro de fim de semana em Rehoboth Beach. O pool de imprensa foi informado de que Biden tinha COVID. Nada mais foi dito no Air Force One. Depois do retorno de Biden a Delaware, a Casa Branca disse ao público que Biden havia contraído uma infecção por COVID e estaria em isolamento. Ele teria sintomas respiratórios superiores, nariz escorrendo, tosse e estava cansado.”

“Essa foi a gota d’água para um grupo central de líderes do Congresso, funcionários do governo e alguns importantes financiadores de Biden que estavam retendo grandes quantias de contribuições comprometidas. ‘Havia pressão sobre os doadores para cumprir seus compromissos pendentes’, disse o oficial. ‘Entendia-se que Biden tinha um problema físico em Las Vegas e a família estava dizendo não à pressão contínua de doadores e de democratas seniores no Congresso para retirar-se da campanha presidencial. Inicialmente, o presidente não pôde ser contatado.'”

“Até sábado, 20 de julho, o ex-presidente Barack Obama estava profundamente envolvido, e havia conversas de que ele ligaria para Biden. Não estava claro se Biden tinha sido examinado ou o que aconteceu com ele em Las Vegas. ‘Os Três Grandes’, disse o oficial, referindo-se à ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, ao líder da maioria no Senado Charles Schumer e ao líder da minoria na Câmara Hakeem Jeffries, continuavam diretamente envolvidos. ‘Na manhã de domingo’, o oficial me disse, com a aprovação de Pelosi e Schumer, ‘Obama ligou para Biden depois do café da manhã e disse: Aqui está o acordo. Temos a aprovação de Kamala para invocar a 25ª Emenda.’ A emenda prevê que, quando o presidente é considerado pelo vice-presidente e outros incapaz de exercer os poderes e deveres de seu cargo, o vice-presidente deve assumir esses deveres.”

¨      Trump: EUA devem recuperar o respeito e evitar novos ataques a Israel

Candidato à Casa Branca condena ataque aéreo às Colinas de Golã; autoridades dos EUA temem que uma guerra entre Israel e Líbano arraste o país ainda mais para o conflito regional.

O candidato à presidência dos EUA Donald Trump condenou o ataque aéreo contra as Colinas de Golã que deixou 12 mortos neste sábado (27), entre crianças e adolescentes. Inicialmente foram reportadas 11 vítimas fatais, mas o número foi revisado para 12 posteriormente.

Trump classificou o bombardeio como "terrível", disse que os Estados Unidos devem recuperar o respeito no mundo e evitar novos ataques a Israel.

"Você provavelmente já ouviu falar que Israel sofreu um ataque terrível. Coisas como essa não deveriam acontecer. Aparentemente o Hezbollah está por trás disso. Eles não deveriam ter permissão para fazer isso, eles deveriam nos respeitar. Precisamos recuperar nosso respeito, isso não deveria acontecer no mundo", disse Trump, falando na conferência anual Bitcoin 2024 em Nashville, Tennessee, EUA.

Apontado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e por Trump como autor do ataque, o grupo libanês Hezbollah nega ter realizado o bombardeio.

"Negamos envolvimento em qualquer ataque a Golã, na Síria ocupada, e não temos nada a ver com qualquer bombardeio na cidade de Majdal Shams", disse uma fonte do grupo à Sputnik.

Apesar disso, as autoridades israelenses começaram a declarar que a guerra com o Hezbollah e o Líbano era iminente.

O ataque acendeu o alerta em autoridades dos EUA, segundo noticiou o portal de notícias norte-americano Axios, citando como fontes membros do governo dos EUA.

"O que aconteceu hoje pode ser o gatilho com o qual estávamos preocupados e tentamos evitar por dez meses", disse uma autoridade à publicação.

Segundo o portal, as autoridades norte-americanas temem que, sem um cessar-fogo na Faixa de Gaza, uma guerra entre Israel e o Hezbollah se torne cada vez mais provável, o que poderia arrastar os EUA ainda mais para o conflito regional.

<><> Trump conquista simpatia da comunidade cripto dos EUA, mas precisa ser consistente, diz especialista

O ex-presidente dos EUA Donald Trump é atualmente considerado o candidato preferido para o cargo de chefe de Estado pela comunidade cripto, mas é importante que as promessas de campanha do político sejam seguidas por ações reais, disse Rich Rines, empresário e analista de criptomoedas dos EUA, à Sputnik.

"É uma pergunta difícil. Eu vi que RFK [Robert F. Kennedy Jr.] mencionou recentemente que a maior parte de sua riqueza está em bitcoins, o que é muito legal. Adorei ouvir isso. Eu não esperava isso. Acho que, no geral, Trump parece ser o vencedor agora", disse Rines à margem de uma grande conferência anual sobre bitcoin, que aconteceu em Nashville, de 25 a 27 de julho.

Ao mesmo tempo, ele disse que as declarações dos políticos por si só não são suficientes, porque você pode votar com base nessas declarações, mas o que importa são as ações que se seguem.

"E eu acho que isso é como, a parte assustadora agora é, tipo, alguns dos candidatos mudaram de ideia, e você tem que saber se isso vai continuar sendo verdade, especialmente depois de ser eleito. [...] Há muitos medos com a administração atual tentando mudar de ideia, mas nos últimos quatro anos, tem sido muito contra criptomoedas, então é difícil, teremos que ver o que acontece no mundo real", acrescentou Rines.

O preço do bitcoin na abertura da bolsa dos EUA no sábado (27) ultrapassou os US$ 69.000 (cerca de R$ 389.405) em antecipação ao discurso de Trump no último dia da conferência em Nashville.

O político fez das criptomoedas parte de sua campanha eleitoral e vários analistas sugerem que, depois de seu discurso no último dia da conferência, o preço do bitcoin pode aumentar drasticamente. Ao mesmo tempo, outros analistas da indústria estão pedindo à comunidade cripto para não fazer planos demasiado otimistas para o mandato de Donald Trump como presidente dos EUA. Em particular, em 2020, o presidente republicano estava a um passo de tomar a decisão de proibir o bitcoin.

¨      JD Vance envia mensagem aos imigrantes ilegais nos EUA: 'Comecem a fazer as malas agora'

A chapa presidencial republicana realizou um evento eleitoral conjunto neste domingo (28) em Minnesota, um tradicional reduto democrata, onde dirigiu suas críticas à vice-presidente Kamala Harris, a favorita para ser a candidata presidencial do partido no poder.

O evento foi realizado no Herb Brooks National Hockey Center, localizado na Universidade Estadual de St. Cloud, décima cidade mais populosa de Minnesota, com casa cheia em suas instalações com capacidade para 8 mil pessoas, segundo a imprensa local.

Embora o destaque tenha sido o discurso do ex-presidente Donald Trump, que falou durante cerca de 90 minutos e chamou a vice-presidente Kamala Harris de "extremista liberal", o senador Vance, escolhido como vice de Trump na corrida pela presidência, também fez um discurso focado em sua provável adversária na eleição de novembro.

No seu pronunciamento de 20 minutos, Vance disse que os meios de comunicação norte-americanos esconderam a verdade sobre a condição física e mental do presidente Joe Biden e que agora queriam fazer o eleitorado acreditar que Harris era o novo Martin Luther King, referindo-se ao ativista pelos direitos civis dos afro-americanos na década de 1960.

Desde a sua nomeação como a substituta mais segura de Biden à frente da chapa democrata, o Partido Republicano, incluindo Vance e o próprio Trump, tem procurado apresentar Harris como uma liberal de extrema-esquerda, concentrando-se no seu passado como procuradora-geral de São Francisco e da Califórnia. E denunciando também o que descrevem como uma política permissiva e de "portas abertas" do governo Biden em relação à migração ilegal.

Ao iniciar o seu discurso ao lado de Trump, que prometeu realizar uma operação massiva de deportação se voltar à presidência, Vance mandou um recado aos imigrantes ilegais nos Estados Unidos, pedindo que "comecem a fazer as malas agora".

 

Fonte: Brasil 247/O Cafezinho/Sputnik Brasil

 

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