terça-feira, 30 de julho de 2024

"Ficou provado que o genocídio não é de Netanyahu – é dos Estados Unidos", diz Ualid Rabah

O presidente da Federação Palestina do Brasil (Fepal), Ualid Rabah, fez duras críticas ao discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no Congresso dos Estados Unidos. Em entrevista ao programa Boa Noite 247, Rabah condenou a recepção calorosa ao líder israelense, destacando que os aplausos do Congresso americano são uma confirmação do apoio dos Estados Unidos às ações de Netanyahu contra o povo palestino.

"Escandaloso, o maior carniceiro do século 21 foi ovacionado pelo Congresso americano", afirmou Rabah, referindo-se ao tratamento dado a Netanyahu durante sua visita a Washington D.C. Para Rabah, esse apoio explicitado pelos legisladores americanos é um sinal claro da cumplicidade dos Estados Unidos no que ele descreve como genocídio contra os palestinos. "Ficou provado que o genocídio não é de Netanyahu, é dos Estados Unidos", disse.

Netanyahu, durante seu discurso, negou as acusações de genocídio e qualificou as críticas a Israel como tentativas de deslegitimar o Estado judeu e incitar o antissemitismo. Rabah, no entanto, foi enfático em sua crítica à aliança entre os Estados Unidos e Israel. "Netanyahu é a besta do apocalipse, mas apenas porque está autorizado pelos Estados Unidos", afirmou o presidente da Fepal.

A retórica de Netanyahu, que inclui a manutenção do controle de segurança em Gaza e a rejeição de um governo de unidade nacional palestina, foi fortemente criticada por Rabah. Ele também destacou a hipocrisia dos Estados Unidos ao aplaudirem Netanyahu, que ele chamou de "Hitler do momento". "Os Estados Unidos assumiram o genocídio ao aplaudirem o Hitler do momento", concluiu Rabah, ressaltando a necessidade de uma posição mais crítica e responsável da comunidade internacional em relação às ações de Israel. 

¨      "Os Estados Unidos legitimaram o genocídio em Gaza", diz José Reinaldo Carvalho

Em um comentário contundente no programa Bom Dia 247, José Reinaldo Carvalho, editor internacional do Brasil 247, criticou duramente a recepção calorosa do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu no Congresso dos Estados Unidos. Carvalho afirmou que os Estados Unidos legitimaram o genocídio em Gaza ao aplaudir Netanyahu, que ele descreveu como um genocida. "Os Estados Unidos legitimaram o genocídio. O parlamento se ajoelhou diante do genocídio e do genocida Netanyahu. Isso mostra a falência dos Estados Unidos", declarou.

Carvalho destacou a relação simbiótica entre os Estados Unidos e Israel, afirmando que, em última instância, quem manda em Israel é a potência imperialista. Ele argumentou que Israel serve como um instrumento do imperialismo estadunidense para controlar as riquezas energéticas do Oriente Médio e atuar como uma ponte para agressões imperialistas na região. "Israel é um instrumento do imperialismo estadunidense para se assenhorar das riquezas energéticas do Oriente Médio. É uma ponte para agressões imperialistas no Oriente Médio", explicou.

Durante seu discurso no Congresso, Netanyahu pediu explicitamente apoio para uma guerra contra o Irã, segundo Carvalho. "Netanyahu claramente pediu apoio para uma guerra contra o Irã. Estamos vivendo a barbárie. Ela já está instalada", alertou o editor internacional. Ele também destacou a gravidade da situação global atual, afirmando que o capitalismo não se sustenta mais apenas pelos meios econômicos e que toda a humanidade está ameaçada. 

A presença de Netanyahu no Congresso estadunidense gerou intensos protestos. Descrito como um "criminoso de guerra" pelo senador Bernie Sanders, Netanyahu foi recebido com frenéticos aplausos pela maioria dos congressistas. Essa recepção pode ser vista como um sinal da falência da democracia estadunidense. A visita de Netanyahu foi marcada por protestos de milhares de manifestantes e personalidades democráticas ao redor do mundo, que expressaram sua indignação e cólera legítima.

Em seu discurso, Netanyahu defendeu a guerra genocida contra o povo palestino e atacou os ativistas que protestavam contra sua presença, culpando as forças da Resistência pela morte de mais de 40 mil pessoas e acusando os manifestantes de serem financiados pelo Irã. Ele também reafirmou a aliança estratégica entre Israel e os Estados Unidos, destacando a importância do apoio militar americano, o que, segundo Carvalho, evidencia a cumplicidade dessa potência imperialista com os sionistas genocidas.

Carvalho concluiu enfatizando a necessidade de a esquerda global colocar a luta anti-imperialista no centro de sua estratégia. Ele chamou a atenção para o perigo crescente de uma guerra global liderada por figuras como Netanyahu e seus aliados nos Estados Unidos. "A perpetuação de um estado de guerra contra o povo palestino pode levar a uma conflagração militar em toda a região do Oriente Médio, tornando ainda mais precária a segurança internacional. Sob a liderança de políticos como Netanyahu e daqueles que comandam e pretendem comandar os Estados Unidos, a ameaça de guerra global torna-se cada vez mais presente." 

¨      Netanyahu está certo: a guerra em Gaza é um “choque entre a barbárie e a civilização”

O espetáculo de uma reunião acalorada com Benjamin Netanyahu, acompanhado de aplausos estrondosos e ovações de pé de seus servos obsequiosos no Congresso dos EUA, foi realmente algo digno de ser visto. Ali estavam: duas das autoproclamadas “democracias” líderes do mundo, abraçando e celebrando aberta e descaradamente sua criminalidade mútua e o desmantelamento sistemático do direito internacional, enquanto denegriam a decência e a coragem comuns de muitos de seus próprios cidadãos e a opinião quase universal da humanidade sobre a questão da Palestina.

Cerca de 146 países agora reconhecem formalmente o estado da Palestina, tornando os Estados Unidos e um punhado de aliados próximos os outliers em sua recusa. O que poderia dar errado quando se trata de liberdade, justiça e nacionalidade, já que esses padrões ideais estão sendo distorcidos e reimpostos sobre – ou melhor, contra – o resto do mundo? Tanto para “um respeito decente às opiniões da humanidade”, como notoriamente declarado na Declaração de Independência dos EUA.

O discurso de Netanyahu na sessão conjunta do Congresso ocorreu menos de uma semana após a Corte Internacional de Justiça (CIJ) emitir seu parecer consultivo, a pedido da Assembleia Geral das Nações Unidas, sobre a ocupação de territórios palestinos por Israel.

O tribunal concluiu o que todos sabem há muito tempo, e seu julgamento não tem poder de execução. Ainda assim, é útil ter sua decisão registrada como parte de um grande corpo de declarações legais internacionais quase unânimes sobre o status da Palestina.

A CIJ concluiu: a presença contínua de Israel no Território Palestino Ocupado (TPO), incluindo Jerusalém Oriental, é ilegal; o país é obrigado a cessar todas as novas atividades de assentamento e a evacuar todos os colonos ilegais do TPO; Israel tem a obrigação de reparar os danos causados a todas as pessoas físicas ou jurídicas envolvidas no TPO; todos os estados e organizações internacionais são obrigados a não reconhecer a presença ilegal de Israel no TPO e a trabalhar para acabar com sua presença lá.

Uma consequência legal imediata do parecer da CIJ sobre a destruição contínua de Gaza por Israel é que ela não pode ser interpretada como um ato de autodefesa, mas sim de ocupação ilegal. Previsivelmente, Washington denunciou a opinião do tribunal. O Knesset, o parlamento de Israel, votou pela aprovação de uma legislação que se opõe ao estabelecimento de um estado palestino como um “perigo existencial”. É interessante observar qual lado está realmente sofrendo milhares de mortes mês após mês, no que equivale a uma política deliberada de despovoamento.

Em um caso separado, a CIJ já decidiu que Israel tem um caso “plausível” de genocídio para responder em Gaza e está atualmente examinando as evidências, argumentos e contra-argumentos. Francesca Albanese, relatora especial da ONU sobre direitos humanos nos territórios palestinos, concluiu que a conduta de Israel em Gaza atinge o “limiar” do genocídio segundo o direito internacional.

Karim Khan, promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), pediu a um painel de seus próprios juízes que emita mandados de prisão para Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant, bem como o líder do Hamas, Yahya Sinwar, e dois outros altos funcionários do Hamas por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Esses longos procedimentos legais foram ainda mais atrasados e complicados pela interferência flagrante – legal e ilegal – de Israel, dos EUA e da Grã-Bretanha, entre outros aliados ocidentais. Membros do Congresso dos EUA ameaçaram abertamente com sanções o promotor-chefe do TPI e sua equipe. Outras ameaças mais encobertas foram feitas, levando seu gabinete a emitir uma declaração pública sem precedentes em maio, pedindo o fim do que chamou de intimidação de sua equipe e alertando que tais ameaças poderiam equivaler a uma ofensa sob o direito internacional.

Tal intimidação remonta a anos. De acordo com o UK Guardian, Yossi Cohen, o ex-chefe do Mossad, a agência de inteligência estrangeira de Israel, havia ameaçado anteriormente a antecessora de Khan, Fatou Bensouda, para que abandonasse uma investigação sobre supostos crimes de guerra israelenses e crimes contra a humanidade nos territórios palestinos ocupados, bem antes do atual conflito de Gaza.

Curiosamente, nem Israel nem os EUA reconhecem a jurisdição do TPI. Na verdade, os EUA têm uma lei que foi ironicamente chamada de “Lei de Invasão de Haia”, permitindo que o presidente dos EUA ordene o uso da força contra o TPI em qualquer detenção de oficiais e militares dos EUA.

Uma razão para o atraso na decisão dos juízes do TPI sobre a emissão ou não de mandados de prisão para Netanyahu e Gallant é que o governo britânico apresentou uma objeção tardia ao pedido de mandado do promotor-chefe, garantindo assim que Netanyahu não tivesse um mandado de prisão sobre sua cabeça quando fizesse seu discurso perante o Congresso dos EUA. Embora a ótica atual seja ruim o suficiente para a posição global da América, dar boas-vindas de herói a um suspeito criminoso de guerra teria sido muito pior.

A objeção britânica foi protocolada sob o governo conservador de Rishi Sunak. Antes que o novo primeiro-ministro trabalhista, Keir Starmer, assumisse o cargo, ele havia insinuado que a objeção seria retirada. Claramente, o propósito de ajudar Washington e Netanyahu a evitar o constrangimento foi atendido. Mas agora há notícias israelenses de que o governo de Starmer continuará com a objeção de qualquer maneira.

A guerra de Israel em Gaza não teria sido possível sem o apoio diplomático quase incondicional dos EUA e o fornecimento militar massivo. Isso torna os EUA totalmente cúmplices – junto com um punhado de aliados ocidentais, incluindo a Alemanha – caso qualquer caso de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio seja mantido sob a lei internacional.

Pode-se observar que Netanyahu é agora o primeiro líder mundial a discursar em uma sessão conjunta do Congresso quatro vezes, superando o recorde anterior mantido em conjunto por ele e Winston Churchill.

Netanyahu disse ao Congresso que a guerra em Gaza é um “choque entre barbárie e civilização”. De fato! Quando perguntaram a Mahatma Gandhi o que ele pensava sobre a “civilização” ocidental, sua resposta foi: “Seria uma ótima ideia”.

¨      "O capitalismo não oferece horizontes. Agora é socialismo ou barbárie", diz Alysson Mascaro

Em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o professor e filósofo Alysson Mascaro fez uma análise contundente sobre o estado atual do capitalismo global, destacando a emblemática cena do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que está perpetrando o genocídio do povo palestino, sendo ovacionado pelo Senado estadunidense. "A cena de Netanyahu ovacionado pelo senado estadunidense foi ao mesmo tempo horrível e simbólica. Não foi um acaso", afirmou Mascaro.

Para o filósofo, esse episódio ilustra de forma clara o impasse atual do capitalismo. "O Império não tergiversa e hoje se assenta sobre a violência. Todo capitalismo é uma violência porque a acumulação se faz por meio da exploração do trabalho. Todos os ciclos do capitalismo foram ancorados na violência, seja na escravidão, no colonialismo ou no imperialismo", destacou.

Mascaro também relembrou a evolução histórica do capitalismo, enfatizando a hegemonia estadunidense pós-Segunda Guerra Mundial. "Depois da Segunda Guerra, o capitalismo passou a ter o comando estadunidense. Os Estados Unidos oferecem cada vez mais o porrete ao mundo – e não as cenouras. Não há mais promessa de desenvolvimento, só resta a ameaça."

O filósofo critica a ausência de perspectivas positivas dentro do sistema capitalista atual. "O capitalismo tem um maquinário muito desenvolvido de servidão. Hoje, no mundo capitalista, a grande maioria da sociedade está em sofrimento psíquico", observou, referindo-se à prevalência de doenças mentais e ao estresse generalizado na sociedade contemporânea.

Rosa Luxemburgo, uma figura emblemática do socialismo, foi citada por Mascaro para sublinhar a urgência de uma alternativa ao capitalismo. "Rosa Luxemburgo cunhou a frase 'Socialismo ou barbárie' porque ela se batia contra os reformistas. Os países que hoje se aguentam são aqueles que fizeram revoluções, como Rússia e China", afirmou.

Em sua análise, Mascaro ainda alertou sobre as consequências da queda do Império estadunidense, especialmente para a América Latina. "A queda do Império será muito perigosa para seu quintal, ou seja, a América Latina."

A entrevista de Alysson Mascaro lança luz sobre a crise profunda do capitalismo e a necessidade de uma transformação radical. Suas palavras ecoam o sentimento de Rosa Luxemburgo, apontando para uma encruzilhada histórica onde a humanidade deve escolher entre o socialismo e a barbárie.

<><> Entenda quem foi Rosa Luxemburgo

Rosa Luxemburgo foi uma teórica marxista, filósofa, economista e revolucionária socialista polonesa-alemã, nascida em 5 de março de 1871 em Zamość, Polônia, e assassinada em 15 de janeiro de 1919 em Berlim, Alemanha. Figura central no movimento socialista europeu, ela foi fundamental na fundação da Liga Espartaquista, que se tornou o Partido Comunista da Alemanha (KPD).

Luxemburgo criticava o revisionismo no marxismo e defendia a revolução socialista. Estudou em Zurique, onde obteve doutorado em Direito e Economia Política, e se envolveu na política socialista. Era crítica tanto do revisionismo de Eduard Bernstein quanto do autoritarismo de Lenin, defendendo a democracia e a liberdade dentro do movimento socialista. Suas obras incluem "Reforma ou Revolução", "A Acumulação do Capital" e "Greve de Massas, Partido e Sindicatos".

Participou da Revolução Alemã de 1918-1919 e liderou a Revolta Espartaquista, sendo capturada e assassinada por forças paramilitares de direita. Luxemburgo é lembrada por sua coragem, intelecto e dedicação à causa socialista, influenciando o pensamento socialista até hoje.

<><> A frase "Socialismo ou Barbárie"

Rosa Luxemburgo cunhou a frase "Socialismo ou Barbárie" para expressar sua crença de que a humanidade enfrentava uma escolha crucial entre duas possíveis trajetórias: a emancipação e justiça social através do socialismo ou o caos e destruição associados à barbárie capitalista.

Luxemburgo acreditava que o capitalismo, com suas crises cíclicas e exploração, levaria inevitavelmente a uma degradação social e econômica profunda, resultando em guerras, opressão e colapso da civilização. Para ela, a única alternativa viável para evitar esse destino sombrio seria a transformação da sociedade em uma baseada nos princípios socialistas de igualdade, justiça e controle democrático dos meios de produção.

Essa frase resumia sua visão de que a luta socialista não era apenas uma questão de melhorar as condições de vida, mas uma necessidade urgente para a sobrevivência da humanidade diante das ameaças geradas pelo sistema capitalista. Em resumo, "Socialismo ou Barbárie" encapsula a urgência e a seriedade de sua crítica ao capitalismo e sua defesa da revolução socialista como um imperativo histórico. 

¨      Netanyahu teria paralisado a evacuação médica de crianças feridas em Gaza, diz mídia

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu atrasou supostamente um voo que estava programado para transportar mais de 150 menores palestinos feridos e doentes para tratamento nos Emirados Árabes Unidos, relata o The Jerusalem Post. Não se sabe se o voo será remarcado.

A decisão foi tomada depois que uma explosão em um campo de futebol nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel, matou 12 menores árabes drusos, informou a mídia israelense, citando autoridades. No último domingo (28), o primeiro-ministro voltou dos Estados Unidos antes do previsto devido à tragédia.

Israel culpa o Hezbollah pelo ataque, mas o grupo libanês nega as acusações e aponta que foi um míssil de defesa aérea israelense que caiu no campo.

As Colinas de Golã fazem parte da Síria, mas estão ocupadas ilegalmente desde 1967 e foram anexadas unilateralmente por Israel em 1981, medida condenada pelo Conselho de Segurança da ONU (CSNU).

A decisão inicial de evacuação se deve ao fato de o grupo de direitos humanos Médicos pelos Direitos Humanos de Israel ter solicitado ao Supremo Tribunal do país que ordenasse ao governo a transferência dos menores afetados.

A entidade denunciou a retirada de Netanyahu, qualificando-a de "jogo cruel do governo israelense com a vida das crianças", e acrescentou que a tragédia das Colinas de Golã "não deve ser explorada para fins políticos cínicos; pôr em perigo a vida das crianças doentes de Gaza não trará de volta os filhos do norte". Uma audiência judicial sobre a petição do grupo está marcada para 4 de agosto.

No final de julho, Netanyahu cancelou um plano ordenado pelo ministro da Defesa israelense para construir um hospital de campanha para menores em Gaza.

De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, quase 15 mil crianças morreram em Gaza desde 7 de outubro.

"Gaza se tornou um cemitério de crianças, com milhares de desaparecidos e o seu destino desconhecido. Deve haver uma investigação independente e os responsáveis devem ser responsabilizados", disse Jeremy Stoner, diretor regional da ONG Save the Children (Salve as crianças) para o Oriente Médio.

 

Fonte: Brasil 247/O Cafezinho/Sputnik Brasil

 

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