Moraes manda PF abrir inquérito contra
blogueiro bolsonarista Allan dos Santos por forjar mensagens contra jornalista
O ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal
(PF) instaure um inquérito para investigar o blogueiro bolsonarista Allan dos
Santos pela acusação de forjar mensagens contra a jornalista Juliana Dal Piva.
Segundo o Metrópoles,
na mesma decisão, Moraes intimou a rede social X (antigo Twitter) a bloquear o
perfil do extremista na plataforma dentro de duas horas, sob pena de multa
diária de R$ 100 mil. A empresa Meta também foi intimada a bloquear a conta dele
no Instagram no mesmo prazo e sob a mesma penalidade.
O inquérito foi aberto
após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar favorável ao pedido
de Dal Piva. A defesa da jornalista solicitou, em 27 de junho, que Moraes
determinasse uma perícia nas mensagens que Allan dos Santos atribuiu a ela com
a intenção de difamá-la.
Em 21 de junho, o
ativista bolsonarista publicou mensagens falsamente atribuídas a Dal Piva, nas
quais ela mencionava um suposto plano do ministro do STF Alexandre de Moraes
para prender Jair Bolsonaro (PL).
Allan dos Santos está
foragido desde outubro de 2021, quando Moraes expediu um mandado de prisão
contra ele no âmbito do inquérito que apura a atuação das milícias digitais
bolsonaristas e de extrema direita. Atualmente, ele reside nos Estados Unidos,
que negou o pedido de extradição.
• Hacker é condenado a prisão por afirmar
que Bolsonaro ordenou grampo de Moraes
A 3ª Vara Criminal de
Brasília do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT)
condenou o programador Walter Delgatti Neto, hacker conhecido pela Vaza-Jato, a
10 meses e 20 dias de detenção pelo crime de injúria contra o ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL).
Os advogados de
Bolsonaro acionaram a Justiça após Delgatti afirmar em depoimento à CPMI do 8
de Janeiro, no Congresso Nacional, que o ex-presidente teria ordenado um grampo
ilegal contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)
.
Na sentença, o juiz
Omar Dantas Lima destacou que Delgatti não apresentou provas durante o
depoimento que sustentassem sua acusação. "Sob outra perspectiva, de
acordo com o próprio querelado, o fato atribuído ao querelante teria ocorrido
antes das eleições de 2022, isto é, quando este ainda exercia o cargo de
Presidente da República, o que afasta a aplicação do instituto", escreveu
o juiz.
"O animus
caluniandi está caracterizado na conduta do querelado de imputar ao querelante
a prática de fato definido como crime, sabendo ser falsa a imputação, fazendo-o
diante de parlamentares integrantes da CPMI dos atos de 8 de janeiro de 2023,
cujas sessões eram transmitidas por diversos veículos de imprensa, com grande
repercussão no país e no exterior, mormente em função da internet e das redes
sociais", pontuou Lima.
Em interrogatório à
Justiça, Delgatti afirmou que não faltou com a verdade em nenhum momento
durante a oitiva na comissão parlamentar. O hacker ressaltou que nunca teve a
intenção de caluniar Bolsonaro, mas que em uma das vezes em que conversou com o
ex-presidente por celular, o ex-chefe do Palácio do Planalto teria perguntado
se "havia conseguido uma conversa (comprometedora) com o ministro".
Bolsonaro, por sua
vez, negou à Justiça a versão dada pelo hacker e afirmou que conversou com
Delgatti apenas uma vez, no Palácio da Alvorada, e que raramente conversava com
a deputada Carla Zambelli (PL-SP). O ex-presidente negou qualquer ligação
telefônica com o hacker.
Ao fim, a Justiça
determinou que Delgatti cumpra 10 meses e 20 dias de detenção, em regime
semiaberto, além do pagamento de 17 dias-multa. O hacker está preso em um
presídio de Araraquara, no interior de São Paulo, cumprindo outra condenação
definitiva.
• Bolsonarista Cláudio Castro é indiciado
pela PF por corrupção e peculato
A Polícia Federal
indiciou o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), aliado de Jair
Bolsonaro (PL), por corrupção passiva e peculato em inquérito sobre supostos
desvios de dinheiro de programas do governo quando ele era vereador e
vice-governador, na gestão Wilson Witzel.
O relator do caso no
Superior Tribunal de Justiça (STJ) - Castro tem foro privilegiado - será o
ministro Raul Araújo, que também é próximo do ex-presidente, com quem já trocou
gracejos.
Segundo a PF, Castro
recebeu cerca de R$ 400 mil em propinas entre 2017 e 2019, quando foi vereador
e vice-governador.
As irregularidades
teriam sido praticadas durante a execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão,
Agente Social e Qualimóvel.
Em operação realizada
em dezembro de 2023, agentes da PF encontraram R$ 128 mil e US$ 7,5 mil em
dinheiro vivo na casa de Vinicius Sarciá, irmão do governador.
Os investigadores
ainda recolheram planilhas com nomes, valores e porcentagens, em uma espécie de
contabilidade da organização criminosa.
Segundo decisão de
Araújo, baseada na investigação, Castro recebeu propina em dinheiro vivo em
casa, no estacionamento de um shopping, na casa de um assessor e na sede de uma
empresa com contratos com o Estado.
Durante viagem à
Disney, o governador bolsonarista ainda teria sacado propina de um suborno
depositado por empresário.
• Ramuth, vice de Tarcísio de Freitas, é
acusado de fraude em licitação
O ex-prefeito de São
José dos Campos, Felicio Ramuth (PSD), e atual vice-governador de São Paulo, é
acusado pelo Ministério Público de fraude em licitações na Prefeitura de Praia
Grande, município no Litoral Sul paulista.
O MP aponta supostas
irregularidade em três licitações realizadas entre 2014 e 2016 pela prefeitura
do balneário, que era governado na época por Alberto Mourão do PSDB, o mesmo
partido de Felicio na época.
Segundo o MP, em ação
proposta em 2017, a CSJ, empresa que Felicio atuava como consultor, venceu os
dois primeiros certames. Já no terceiro, a vencedora foi a Direct Serviços
Digitais, firma que era de Felicio, com lance 125% maior do que o contrato anterior.
A partir do fim de 2016, a empresa passou a ser controlada pela
ex-primeira-dama Vanessa Ramuth, e já teve como outro sócio o pai de Felicio,
Elcio Irme Ramuth. Além disso, o proprietário da CSJ havia sido sócio da Direct
anteriormente.
A Promotoria aponta
que, em duas das licitações, apenas a CSJ e a Direct participaram. Em outro
certame, somente a CSJ fez proposta. Segundo o MP, a Prefeitura de Praia Grande
deveria ter convidado, no mínimo, três empresas.
• Processo volta à primeira instância
Desde a sua abertura,
o caso já contou com uma série de recursos movidos pelos réus no Tribunal de
Justiça, no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e no STF (Supremo Tribunal
Federal). Em abril deste ano, o processo retornou à primeira instância, que
poderá analisar o mérito da denúncia. Não há um prazo para a sentença ser
expedida.
Após inúmeras idas e
vindas do processo, a promotoria recorreu em fevereiro de 2021, e voltou a
alegar que os denunciados agiram em conluio para fraudar os processos
licitatórios e lesaram, assim, os cofres públicos. A ação foi aceita em junho
de 2022 pela 13ª Câmara de Direito Público do TJ. A partir de então, as duas
empresas e os 13 denunciados voltaram a ser réus. Em março de 2023, Felicio
apresentou recursos ao STJ, que foi negado em agosto, e ao STF, que foi negado
em fevereiro de 2024.
• O que diz a defesa
O vice-governador
Felicio Ramuth negou através de sua defesa qualquer irregularidade em relação à
ação de improbidade administrativa. Segundo seus advogados, não houve nenhuma
ilegalidade nas licitações. Ramuth diz ainda que, mesmo que elas tivessem ocorrido,
não poderiam ser atribuídas a ele, que era apenas o responsável por uma das
empresas contratadas, sem "qualquer participação na fase interna" dos
certames.
Segundo ele, o preço
dos contratos foi compatível com o "praticado no mercado", que as
licitações não foram objeto de nenhum apontamento por parte do TCE (Tribunal de
Contas do Estado) e que não houve dano aos cofres públicos, já que os serviços
foram efetivamente prestados.
Felicio diz também que
a Prefeitura chegou a convidar mais empresas para participar das licitações,
mas que não houve interesse por parte delas. Já sobre a diferença de preço no
certame vencido pela sua então empresa, ele afirma ser justificada pela alteração
no objeto contratado, que exigia um sistema mais moderno e atualizado.
<><> Gayer
e mais três bolsonaristas podem ser cassados por fraude em cota para mulheres
"Do número de
vagas resultante das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação
preencherá o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de 70% (setenta por
cento) para candidaturas de cada sexo", descreve a Lei das Eleições nº
9.504, de 30 de setembro de 1997. No entanto, quatro deputados bolsonaristas:
Gustavo Gayer (PL-GO), Professor Alcides (PL-GO), Daniel Agrobom(PL-GO) e Magda
Mofatto (PL-GO), teriam descumprido a cota mínima de gênero relacionada à
participação feminina nas eleições de 2022 para deputado federal no estado.
É o que afirma a Ação
de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) entregue ao Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) pelo partido Solidariedade, que ajuizou o processo. "Mesmo
havendo tempo hábil após a renúncia, na data da eleição concorreram 17
candidatos a deputado federal pelo PL, sendo apenas 5 mulheres. Bastava ao
partido retirar uma única candidatura masculina para se adequar a cota, mas não
o fez", diz o documento. A informação é da colunista Carolina Brígido, do
UOL.
"É fato
incontroverso que, no dia da eleição, o partido não cumpriu os percentuais
mínimos, pois possuía apenas 29,4% de candidatas mulheres. Assim, tão grave
conduta deve ser, de pronto, repudiada pela Justiça Eleitoral, devendo a
presente ação ter seu julgamento pela procedência do pedido, de forma a cassar
os diplomas dos candidatos a deputado federal pelo PL em Goiás"
O recurso foi
encaminhado ao TSE em maio deste ano e
está sob a relatoria do ministro Nunes Marques. O Tribunal Regional Eleitoral
(TRE) de Goiás rejeitou a tese apresentada pelo partido Solidariedade, mantendo
os mandatos dos deputados do PL. Segundo o TRE, não ficou comprovado que a
desistência da candidata visava fraudar a cota de gênero.
<><>
Bolsonarista cassado por candidatas laranjas
Protagonista de
surtos, ironias e arroubos autoritários em suas intervenções na Câmara Federal,
o deputado bolsonarista Maurício Marcon (Podemos-RS) se vitimizou e tentou
forjar um choro em vídeo nas redes sociais após ter seu mandato cassado pelo
Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) no último dia 17 de
julho.
Eleito na esteira do
bolsonarismo, Marcon já teve o mandato cassado porque, segundo o TRE, o Podemos
usou candidatas laranjas para fraudar a cota de mulheres nas eleições de 2022.
Em nota, o TRE-PR diz que Marcon foi favorecido porque "houve fraude à
cota de gênero na composição da lista de deputados federais do Podemos, nas
eleições de 2022, bem como reconhecido o abuso na ausência de destinação de
percentuais mínimos destinados ao tempo de televisão para candidaturas
femininas e para pessoas negras".
"Como
consequência, o TRE-RS, de forma unanimidade, declarou a parcial procedência da
ação para: a) cassar o diploma de deputado federal expedido a Maurício Bedin
Marcon, com fundamento no art. 14, § 10, da Constituição Federal e do art. 22
da Lei Complementar 64/90; b) invalidar a lista de candidaturas beneficiadas da
legenda ao cargo de deputado federal; c) anular todos os votos nominais e de
legenda do PODEMOS/RS, obtidos para o cargo de deputado federal na Eleição de
2022, no Rio Grande do Sul; d) determinar o recálculo dos quocientes eleitoral
e partidário", afirma a justiça eleitoral. À decisão cabe recurso junto ao
TSE.
¨ Nikolas Ferreira espalha fake news bizarra sobre Luciano Huck
Depois dos Jogos
Olímpicos de 2024, o principal assunto nas redes sociais nesta segunda-feira
(29) é o resultado das eleições presidenciais na Venezuela, que terminou com a
vitória de Nicolás Maduro, gerando protestos de algumas figuras públicas que acusam o
sistema eleitoral venezuelano de fraude.
No Brasil, uma dessas
personalidades que usou as redes sociais para protestar contra a eleição de
Maduro foi o apresentador da Globo Luciano Huck.
"Não dá para
passar pano: a Venezuela vive uma ditadura. E tudo indica que estamos vendo uma
fraude eleitoral. Como cidadão, como latino-americano e como democrata, espero
que a Venezuela possa vencer essa fase e voltar à democracia. Já passou da hora",
escreveu Luciano Huck em suas redes.
Obviamente, a
publicação de Huck gerou uma série de reações. Algumas resgataram o clássico
meme onde o apresentador aparece ao lado de Aécio Neves durante a apuração das
eleições presidenciais do Brasil em 2014, que terminou com a vitória e
reeleição de Dilma Rousseff.
Além disso, o
deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) também criticou o
posicionamento de Huck, mencionando que o apresentador não poderia falar em
"passar pano", pois, segundo ele, Huck apoiou Lula em 2022 e teria
"investido em socialistas no Brasil", uma afirmação que não condiz
com a realidade.
Luciano Huck não
declarou apoio a ninguém na eleição de 2022; quem manifestou voto foi sua
esposa, a também apresentadora Angélica Huck, no presidente Lula.
"Quem você apoiou
em 22? Não foi o maior amigo, aliado e apoiador de Maduro? Por que não citou
Lula no seu post? Não dá para passar pano agora, mas passar pano para o amigo
do ditador dá? Investir em socialistas no Brasil dá? Ninguém mais cai nesse teu
papinho frouxo, Luciano", escreveu Nikolas Ferreira.
Fonte: Brasil
247/Correio Braziliense/Fórum
Nenhum comentário:
Postar um comentário