EUA podem acabar derrotados em caso de
vários conflitos simultâneos, alerta comissão de defesa
Os Estados Unidos
podem ficar sem recursos e sem capacidade de ação, em caso de múltiplos
conflitos com adversários, afirmou a Comissão de Defesa Nacional do Congresso
norte-americano em relatório divulgado nesta segunda-feira (29).
A comissão, que
recebeu apoio administrativo e analítico do think tank RAND Corporation, foi
encarregada de examinar e fazer recomendações com base na Estratégia de Defesa
Nacional dos EUA.
"O Estados Unidos
enfrentam as ameaças mais graves e desafiadoras desde o final da Segunda Guerra
Mundial. […] podem, em pouco tempo, ser envolvidos em uma guerra em múltiplos
cenários com adversários de igual ou quase igual poder, e poderiam perder",
disse o think tank em declaração sobre o relatório da comissão.
O relatório afirma que
as Forças Armadas dos EUA carecem tanto das capacidades quanto dos recursos
necessários para dissuadir e prevalecer em combate.
O estudo destacou que
China e Rússia estão fundindo força militar, diplomática e industrial para
expandir seu poder global, a fim de "avançar e coagir" vizinhos na
região. O relatório afirma que a China continua a ser o "principal desafio"
para os interesses dos Estados Unidos e sua ameaça militar só faz aumentar.
As conclusões apontam
que os EUA precisam adotar uma abordagem integrada semelhante para enfrentar
China e Rússia.
O relatório delineou
ainda que a Rússia pretende ultrapassar a disposição dos países ocidentais em
apoiar a Ucrânia e buscar resultado favorável para o conflito, observando que,
se a Rússia conseguisse controlar a Ucrânia, suas fronteiras com a Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se expandiriam do Ártico até o mar Negro,
demandando ainda mais investimentos da OTAN.
O Congresso dos
Estados Unidos deveria aprovar um projeto de lei de crédito suplementar para
iniciar um investimento plurianual na base industrial e na inovação em
segurança nacional, segundo o relatório.
Entre as opções
recomendadas para melhorar a prontidão militar dos EUA estão o aumento de
satélites espaciais, veículos subaquáticos e um significativo
"impulso" na presença avançada na Europa Oriental.
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Pentágono: Exército dos EUA realizou recentemente teste hipersônico; mas não se
sabe o resultado
Um oficial de Defesa
dos EUA disse à Sputnik na segunda-feira (29) que o Exército e a Marinha
realizaram recentemente um teste de um sistema hipersônico convencional, mas
evitou comentar se o teste foi bem-sucedido.
"O Exército e a
Marinha dos EUA iniciaram recentemente um teste de um sistema hipersônico
convencional na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida",
disse o oficial. "Este teste foi uma referência essencial no
desenvolvimento da tecnologia hipersônica operacional."
Foram coletados dados
essenciais sobre o desempenho do hardware e software, que vão servir de base ao
progresso contínuo em direção a armas hipersônicas, acrescentou o oficial.
O Exército dos EUA
havia programado conduzir no Caribe na semana passada um teste de arma
hipersônica de longo alcance (LRHW, na sigla em inglês), desenvolvida pela
Lockheed Martin, relata a mídia.
Recentemente, a Casa
Branca anunciou que os Estados Unidos começariam o posicionamento episódico de
"capacidades de fogo de longo alcance não nuclear" na Alemanha em
2026, que incluirá armas hipersônicas em desenvolvimento, com um alcance significativamente
maior do que os atuais sistemas de mísseis terrestres dos EUA implantados na
Europa.
No domingo (28), o
presidente russo Vladimir Putin disse que a Rússia não estará mais vinculada
por uma moratória sobre a implantação de meios e armas de médio e curto alcance
se os Estados Unidos implantarem esses tipos de sistemas de mísseis na Alemanha.
¨ Dívida nacional dos EUA supera US$ 35 trilhões pela 1ª vez na
história
Os EUA atingiram
"outro marco questionável" com sua dívida nacional superando a marca
de US$ 35 trilhões (R$ 197,4 trilhões), anunciou na segunda-feira (29) o Comitê
de Orçamento da Câmara dos Representantes dos EUA.
O presidente do
comitê, Jodey Arrington, do partido republicano, rotulou o desenvolvimento como
um "marco alarmante", instando a mais responsabilidade fiscal e de
gastos para corrigir o crescimento da dívida nacional.
"Hoje, lamentamos
mais um marco duvidoso no declínio fiscal da nação mais poderosa e próspera da
história", disse Arrington em um comunicado, expressando esperanças de que
o Partido Republicano possa de alguma forma aliviar a situação se Donald Trump
vencer as eleições de novembro.
A dívida nacional dos
EUA disparou nos últimos anos sob a liderança do presidente Joe Biden e seu
antecessor, o presidente Trump, que havia prometido repetidamente reduzi-la
durante sua campanha de 2016.
Quando Trump deixou o
cargo, a dívida tinha crescido em US$ 8,4 trilhões (R$ 47,3 trilhões) para US$
27,7 trilhões (156,3 trilhões), com mais da metade dos empréstimos referidos às
medidas relacionadas à COVID-19. A tendência continuou sob Biden, com o presidente
em exercício agora superando a marca de US$ 35 trilhões.
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EUA prometem US$ 500 mi em ajuda militar a Manila aumentando a tensão na
Ásia-Pacífico, diz mídia
Novo financiamento de
Washington visa modernizar as Forças Armadas de Manila em meio aos crescentes
embates com Pequim no mar do Sul da China.
O secretário de Estado
dos EUA, Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, chegaram a
Manila nesta terça-feira (30) para discutir a segurança regional com seus
colegas filipinos — o secretário de Relações Exteriores das Filipinas, Enrique
Manalo, e o secretário de Defesa Nacional, Gilberto Teodoro — no Diálogo
Ministerial anual 2+2 em Camp Aguinaldo e anunciar US$ 500 bilhões (cerca de R$
2,8 bilhões) em ajuda militar, apesar dos alertas da China que tais
intervenções somente escalam as tensões regionais.
De acordo com
analistas que falaram ao South China Morning Post (SCMP), a visita de alto
nível e o financiamento militar maciço ressaltaram a importância estratégica
das Filipinas para os interesses econômicos e de segurança de Washington na
região.
Ainda de acordo com a
apuração, as autoridades norte-americanas disseram que, do financiamento, cerca
de US$ 125 milhões (aproximadamente R$ 703,9 milhões) seriam alocados para a
construção e melhoria das bases militares filipinas nas quais Manila permitiu
que tropas dos EUA fossem estacionadas sob o Acordo de Cooperação de Defesa
Aprimorada dos dois países.
Apesar da demonstração
de comprometimento de Washington com Manila, analistas citados pela mídia
consideram que o movimento tem o potencial de aumentar ainda mais as tensões
com Pequim no mar do Sul da China.
Manila e Pequim têm
travado uma disputa territorial cada vez mais contenciosa no mar do Sul da
China há vários meses, com a última escaramuça em 17 de junho entre a Marinha
filipina e a Guarda Costeira chinesa ocorrendo no disputado Second Thomas
Shoal.
Recentemente (21), as
Filipinas e a China haviam chegado a um "acordo provisório" para
reabastecer posto militar no disputado recife Second Thomas Shoal. O recife se
encontra dentro da zona econômica exclusiva das Filipinas, o que lhes dá direitos
exclusivos para a sua utilização ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre
o Direito do Mar. Pequim, no entanto, insiste que tem soberania sobre o
território, juntamente com a reivindicação da China sobre quase todo o mar do
Sul da China, mas uma decisão arbitral de 2016 rejeitou essa reivindicação.
O problema agora é que
o aceno dos EUA levanta preocupações de que um conflito aberto entre a China e
os EUA possa ser conflagrado uma vez que o Tratado de Defesa Mútua entre
Washington e Manila se aplica ao recife disputado.
A visita de Blinken e
Austin a Manila faz parte de uma viagem de 11 dias à Ásia, com outras paradas
no itinerário, incluindo Japão, Cingapura e Vietnã — todos os países que
aumentaram os laços de segurança com as Filipinas nos últimos meses.
Alguns analistas
especularam que os EUA têm orquestrado alguns desses arranjos de segurança nos
bastidores para criar uma coalizão, centrada nas Filipinas, que pode conter a
influência da China na região, segundo o SCMP.
¨ Jornal destaca alto nível de preparação da Rússia, alertando
forças ucranianas para semanas difíceis
Militares russos
demonstraram um alto nível de preparação no teatro de operações ucraniano,
escreve revista polonesa Mysl Polska.
"Os soldados
russos estão se mostrando como guerreiros corajosos, as unidades russas estão
demonstrando um nível de preparação cada vez mais alto, e a interação de
diferentes [tipos de] tropas na linha de frente está se tornando cada vez mais
coerente", diz o artigo.
Destaca-se que o
Exército russo conduz de modo consistente uma operação ofensiva, tendo vantagem
em recursos humanos, equipamentos e aviação. O autor do artigo também observa
que os combates são conduzidos de acordo com as regras da arte militar.
O Ministério da Defesa
da Rússia relatou no domingo (28) que as perdas totais das tropas ucranianas em
um dia foram de até 1.930 soldados, quatro tanques e outros veículos blindados
de combate, dois veículos de lançamento múltiplo de foguetes e 23 peças de
artilharia de campanha e morteiros.
Anteriormente, o
major-general Leon Komornicki, ex-vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas
da Polônia, alertou que o seu país não seria capaz de enfrentar as forças
russas em caso de um possível conflito, duvidando que a Organização do Tratado
do Atlântico Norte (OTAN) viria em auxílio de seus aliados.
¨ Ucrânia recebe repreensão de aliado da UE após proibição de
trânsito de petróleo russo
O ministro das
Relações Exteriores de Luxemburgo, Xavier Bettel, disse que Kiev deve
considerar as implicações de medidas como a recente proibição de trânsito de
petróleo bruto de um grande fornecedor russo para seus vizinhos, como Hungria e
Eslováquia.
Falando em uma
entrevista coletiva na Letônia nesta terça-feira (30), Bettel disse que se tais
medidas afetam consumidores em outras nações, então "outros países também
precisam estar presentes ou pelo menos ser informados".
"Devemos evitar
criar novas tensões onde tornamos muito fácil para outros países, e,
especialmente, desta vez, para Hungria e Eslováquia, dizerem que não
concordam", disse Bettel. Isso, por sua vez, pode levar a sanções e
restrições entre os países, disse o chanceler, citado pela Bloomberg.
Em junho, a Ucrânia
endureceu as sanções contra a Lukoil, proibindo efetivamente a empresa
petrolífera russa de usar o país como rota de trânsito para alguns clientes na
Europa Central. A Hungria pediu à União Europeia (UE) para ajudar a intermediar
uma solução com Kiev.
A repreensão ao
governo ucraniano por um parceiro europeu sobre uma disputa crescente ocorre
depois que Budapeste alertou que o país pode enfrentar escassez de combustível
já em setembro e ameaçou retaliar.
Bettel também criticou
a viagem do premiê Viktor Orbán à Rússia: "Quando você quer paz, você
começa com as vítimas e não apenas com os agressores".
No entanto, Orbán
também foi a Kiev e se encontrou com Vladimir Zelensky depois que a Hungria
chegou à presidência rotativa da UE, cargo que ocupará até 31 de dezembro.
Também nesta
terça-feira, o porta-voz da chancelaria ucraniana, Georgy Tikhiy, disse que
Kiev está em contato próximo com a Comissão Europeia e pronta para participar
de consultas para resolver a disputa se o executivo da UE decidir sobre elas,
relata a mídia.
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'Há muito tempo toleramos as provocações': Hungria vê hipocrisia polonesa por
receber petróleo russo
O vice-chanceler da
Polônia criticou a Hungria por seus laços com a Rússia, e a chamou a deixar a
UE e a OTAN, além de formar uma aliança com Moscou.
Peter Szijjarto,
ministro das Relações Exteriores da Hungria, respondeu às críticas das
autoridades polonesas sobre a continuação dos laços econômicos da Hungria com a
Rússia, acusando Varsóvia de hipocrisia porque a Polônia também compra petróleo
russo.
Anteriormente,
Wladyslaw Bartoszewski, vice-ministro das Relações Exteriores da Polônia, disse
que o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán estava na periferia da sociedade
internacional, tanto na União Europeia quanto na OTAN, e o aconselhou a deixar
as organizações e formar uma aliança com a Rússia.
"A reação prova a
validade do provérbio húngaro que diz: a verdade fura os olhos [...]. Embora o
atual governo polonês esteja nos criticando por importarmos petróleo da Rússia,
que é absolutamente necessário para o funcionamento do país, se você der uma
olhada de perto na lista de clientes de uma das maiores empresas petrolíferas
russas, com certeza encontrará poloneses lá", escreveu Szijjarto no
Facebook (rede social que faz parte da Meta, cujas atividades na Rússia são
proibidas por serem consideradas extremistas).
O ministro acrescentou
que "não haveria nada de errado nisso, porque o fornecimento de energia,
em última análise, tem uma base física, mas se esse for o caso, não há
necessidade de hipocrisia nem de culpar os outros".
"Desejando
preservar a irmandade polonesa-húngara, há muito tempo toleramos as provocações
e a hipocrisia do atual governo polonês, mas agora o copo está cheio",
disse ele.
Fonte: Sputnik Brasil
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