segunda-feira, 29 de julho de 2024

Caso da Igreja Bola de Neve entra em nova fase com divórcio de pastores fundadores

A crise na Bola de Neve Church, famosa igreja evangélica dedicada ao público jovem, entra numa nova fase com o possível divórcio dos pastores fundadores da instituição: Rinaldo Pereira, conhecido como apóstolo Rina, e a pastora Denise Seixas. Segundo o portal Fuxico Gospel, especializado no segmento, a separação teria sido assinada na última semana e contra a vontade de Rina. A igreja, no entanto, alega que o documento não foi assinado.

Em todo caso, Seixas e Rina estão separados. Em junho, a pastora obteve uma medida protetiva contra o marido, a quem acusa de violência doméstica. A decisão obriga o pastor a manter distância da ex-companheira e suspende seu porte de armas.

Rina também foi denunciado por uma ex-funcionária por abuso sexual contínuo e repetido por anos, ocorridos dentro da residência do líder religioso. A mulher afirmou que era tocada pelo pastor antes das tentativas propriamente ditas de abuso mais íntimo. Ela relata que as conversas começavam com pedidos de massagem e evoluíam para convites privados e que até o casamento do pastor acabou por conta de tal atitude.

Em consequência dessa acusação da funcionária, Rina foi afastado do ministério, o que disparou a crise. No entanto, ainda estaria “dando as cartas” na igreja, conforme noticiou o site supracitado. Essa liderança que, de certa forma, passa por cima da determinação da liderança, estaria incomodando setores da Bola de Neve.

Outra ala estaria preocupada com a sucessão na liderança da instituição. Rina era o presidente e Seixas a sua vice. Caso a separação realmente se concretize, fica a incerteza sobre quem ocupará a presidência. Pairam dúvidas sobre Denise Seixas, se ela exigirá sua ascensão à liderança, como seria de direito, ou não.

<><> Rodolfo Abrantes revela "experiências abusivas" na Bola de Neve

Após 13 anos, o músico Rodolfo Abrantes e sua esposa, Alexandra Abrantes, relataram experiências abusivas que sofreram enquanto membros da Igreja Bola de Neve em Balneário Camboriú, Santa Catarina. As denúncias foram feitas nas redes sociais em maio. Abrantes, que liderou a banda Raimundos até 2001, relatou ter sido "cancelado" pela congregação, com suas músicas banidas dos cultos.

Ele e Alexandra também foram acusados de dívidas inexistentes e sofreram ataques psicológicos. A polêmica surgiu após denúncias de ex-fiéis sobre desvio de recursos pela Igreja Bola de Neve, nas redes sociais. As acusações dos internautas apontam para o desvio de dízimos e outras doações para o benefício pessoal dos pastores.

A esposa de Rodolfo fez o relato nos comentários de um dos acusadores: "Que vergonha dessa Bola de Neve. Queria poder mencionar o ‘@’, mas estou bloqueada. Talvez esteja bloqueada para não expôr (mais ainda) os abusos e manipulações que sofri quando era ‘membra’". Ela continua: "Se tem UMA COISA QUE EU ME ARREPENDO nessa vida, foi ter sido 'parte' da Bola de neve Balneário Camboriú".

Ela afirma que a pastora local teria deixado "feridas na alma" que carrega até hoje: "Pastora só por título, pois nunca cuidou de ninguém a não ser de si mesma. As feridas não foram só em mim. E há 13 anos me desvinculei desse sistema podre de manipulação e controle de pessoas. Que nada tem a ver com o reino de Deus. Vergonha! É o que eu sinto, além de muito arrependimento. Gostaria de pedir perdão, pra todas as pessoas, que diretamente ou indiretamente eu influenciei a frequentar essa suposta igreja, que nada tem de Cristo", disse.

Após o depoimento da esposa, Rodolfo também apresentou sua versão dos fatos e declarou: "em razão de não ter anunciado à época a nossa saída, muitas pessoas, principalmente na nossa cidade, ainda acham que estamos lá. Eu e minha esposa não temos conhecimento, nem compactuamos de absolutamente nada que tenha sido feito por meio da liderança desde 2011, quando saímos".

Segundo ele, após a esposa ter feito as denúncias de abuso, ele e sua família foram vítimas de cancelamento dentro da comunidade. "Fomos cancelados por pastores que tínhamos como amigos", relata Rodolfo. "Minha esposa foi chamada de Jezabel pra baixo, fui acusado de uma dívida com o selo musical da igreja (o que através de uma prestação de contas foi comprovado que eu não devia nada),"

Ele acredita que essas ações visavam silenciá-lo. "Tudo isso , talvez com o intuito de se preservar e manter esse sistema funcionando. Fico muito triste com tudo que está acontecendo pois, mais uma vez, homens em nome de Jesus, O representam mal. Oro pelas pessoas que de alguma forma foram feridas", declarou.

 

•        Bola de neve ou avalanche? – Por pastor Zé Barbosa Jr

A avalanche, sem trocadilhos, de acusações de todo tipo de violência moral, psicológica e sexual por parte de líderes evangélicos, ganhou um capítulo a mais  com o anúncio de uma medida protetiva pedida pela (ainda) esposa do Apóstolo Rina, a pastora Denise Seixas, ambos dirigentes da “Bola de Neve Church”. Rina é acusado de violências diversas por Denise e a medida protetiva garante a ela, neste momento, que o apóstolo não chegue a, pelo menos, 300 metros da vítima.

Como dia o próprio site da Bola de Neve Church: “A história da Igreja Bola de Neve confunde-se com a própria história do Apóstolo Rina. Depois de uma hepatite, dores muito fortes e uma experiência pessoal com Deus, nascia, em dezembro de 93, uma reunião descompromissada. Não demorou a aparecer um nome que expressasse muito bem o grupo: uma bola de neve que, começando pequena, virava uma avalanche. Essa Bola de Neve seguiu rolando e cumprindo seu papel.” Daí o nome não muito convencional da igreja e, é claro, o “Church” acrescentado para dar ares de jovialidade e internacionalidade ao movimento.

Mas não é de se espantar que essas coisas venham à tona, finalmente. Apesar de toda fachada jovial e “descolada”, a Bola de Neve sempre foi uma igreja retrógrada, conservadora e castradora. As violências psicológicas e espirituais com os jovens frequentadores são as mais diversas, como por exemplo, a quase obrigação (velada – quem é de dentro sabe como é) da prática da “corte”, que prega não só o sexo somente após o casamento, como até mesmo o beijo. Isso mesmo!!! Só pode “beijar a noiva” APÓS o casamento. O “namoro”, ou “corte” que é o nome dado por eles é “supervisionado” pelos líderes que, muitas vezes têm até a prerrogativa de “abençoar/autorizar” ou não os casais.

Os escândalos na Bola de Neve e tantas outras igrejas legalistas e fundamentalistas demonstram o que há anos estamos falando: ambientes castradores e punitivos são verdadeiros celeiros de hipocrisia, covardia, abusos psicológicos e violências sexuais. Apesar das “paredes pretas”, dos cultos descolados, das pranchas e barris como púlpitos, dos pastores e pastoras repletos de tatuagens, quando se espreme o conteúdo, é o mais puro suco de fundamentalismo adoecedor e violento. Neste sentido, há muito mais “bolas de neve” do que imaginamos. Há até quem diga que, quando uma bola de neve derrete, surge uma Lagoinha... que perpetua as mesmas violências e absurdos.

Enquanto isso, não escapa ninguém da sanha de abusos pastorais, desde crianças (sim! Há muitos casos de pedofilia nas igrejas – a maioria não relatados por pressão dos líderes), jovens, mulheres (a maioria, pra variar!) e até homens mais velhos abusados por pastores e pastoras. Desde pastores que querem provar, dos homens, o “sêmen que cura gastrite” aos pilantras que oferecem o “sêmen abençoado” para as mulheres adoecidas aos bandidos que estupram e violentam nossas crianças com suas canalhices “ungidas”. Essa sim, a cruel bola de neve que segue crescendo no meio evangélico brasileiro.

De tudo isso, uma lição muito nítida: o fundamentalismo pregado nessas igrejas não funciona nem para eles. E eles sabem que não funciona. E não é de hoje isso: aos fariseus de sua época, Jesus disse na cara deles: "Ai de vós também, doutores da lei, que carregais os homens com cargas difíceis de transportar, e vós mesmos nem ainda com um dos vossos dedos tocais essas cargas.” (Lucas 11.46). São sepulcros caiados, como denunciou o próprio Jesus, moralistas canalhas, hipócritas desvairados.

São estes que alimentam as ruas de gente gritando “Deus, Pátria e Família”, que cometem as mais podres violências, mas concordam e defendem que, por exemplo, crianças e adolescentes sejam consideradas assassinas ao abortarem um feto fruto de um estupro. São estes que votam em pedófilos de verdade, assassinos de mulheres, estupradores e fazem tudo isso, “em nome de Deus”.

E, infelizmente, não posso orar como Jesus, dizendo “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”. Eles sabem! E sabem muito! E celebram sua maldade e perversidade domingo após domingo em suas “churches” recheadas da mais pura hipocrisia cristã. Já não há mais uma “bola de neve”. O que existe é uma avalanche de lixo que, ao descer dos púlpitos, continua matando e violentando muita gente no caminho.

Continuamos, profeticamente, lutando e denunciando tudo isso! Não nos calarão!

 

•        Pastor que levava menores para dormir em sua casa é preso por estupro

Um pastor de uma igreja de São Ludgero(SC) foi preso preventivamente na tarde de quinta-feira(25) sob a acusação de estupro de vulnerável. A ação foi realizada pela Polícia Civil por meio da Delegacia de Polícia da Comarca de São Ludgero (DPMU).

<><> Crime e Investigação

De acordo com as informações da polícia, o crime teria ocorrido na residência do pastor, localizada na cidade vizinha, Braço do Norte. Ele é acusado de convidar duas crianças, uma de 11 e outra de 12 anos, para passarem a noite em sua casa. O pastor, que vivia sozinho, tinha o hábito de convidar crianças e adolescentes para dormirem em sua residência, compartilhando a mesma cama, aumentando as suspeitas de abuso.

Além da prisão do pastor, a polícia cumpriu mandados de busca na residência dele e na igreja onde ele atuava. Durante essas buscas, foram apreendidos objetos considerados relevantes para a investigação. O inquérito policial está em andamento e será concluído dentro do prazo legal. Após os procedimentos administrativos, o pastor foi encaminhado ao Presídio Regional de Tubarão.

<><> Apelo por Informações

A Polícia Civil de Tubarão solicita à população de São Ludgero e Braço do Norte que, caso tenham informações sobre este caso ou outras denúncias relacionadas a crimes contra crianças e adolescentes, entrem em contato com as delegacias locais. Informações podem ser fornecidas anonimamente através do canal de denúncia 180 ou por meio de boletins de ocorrência virtuais.

A prisão do pastor chocou a comunidade local, que aguarda o desfecho das investigações. A Polícia Civil segue trabalhando para reunir mais evidências e concluir o inquérito dentro do prazo estabelecido.

 

¨      Pseudo moralista, Magno Malta manifesta apoio a candidata que critica atletas trans

O senador Magno Malta manifestou apoio à candidatura da jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que disputará uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo pelo PL. Segundo o senador, a campeã olímpica de 2012 pela seleção brasileira é alvo de uma “série de perseguições” por ter se posicionado contra a inclusão de atletas mulheres trans em competições. Para ela, homens que optam pela mudança de sexo levam vantagem física nas disputas.

A candidatura de Tandara foi confirmada na convenção do PL paulista, realizada na segunda-feira (22/7). “Eu fico feliz de ver atletas do nível de Tandara, que passou a sofrer perseguição da esquerda desde 2018, quando ela se posicionou mostrando a insatisfação dela de ter pessoas trans, homens que se dizem mulheres, disputando contra mulheres”, disse Malta.

“O sexo masculino é absolutamente diferente. A formação óssea, a testosterona. Aí você põe para jogar contra mulheres. E Tandara se levantou contra, e aí começou a perseguição. Ela é conservadora, e daí?”, disse Malta.

<><> Condenação

Em 2022, Tandara foi condenada a quatro anos de suspensão das quadras por dopping. Exames feitos em julho de 2021 apontaram o uso de Ostarina, um medicamento anabólico usado para evitar a perda de massa muscular.

Em agosto daquele ano, nas vésperas da partida semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a atleta foi suspensa de forma preventiva e expulsa da Vila Olímpica. A punição pelo dopping termina em 2025. Atualmente, a atleta está sem clube.

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Malta saiu em defesa dela: “O ordenamento jurídico nacional diz que cabe a quem acusa o ônus da prova. Aqueles que são pegos e levados a julgamento podem tudo, com prazos, com tempo, que a ela foi impedido. É vergonhoso demais”, opinou Magno Malta.

 

Fonte: Fórum

 

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