Caso da Igreja Bola de Neve entra em nova
fase com divórcio de pastores fundadores
A crise na Bola de
Neve Church, famosa igreja evangélica dedicada ao público jovem, entra numa
nova fase com o possível divórcio dos pastores fundadores da instituição:
Rinaldo Pereira, conhecido como apóstolo Rina, e a pastora Denise Seixas.
Segundo o portal Fuxico Gospel, especializado no segmento, a separação teria
sido assinada na última semana e contra a vontade de Rina. A igreja, no
entanto, alega que o documento não foi assinado.
Em todo caso, Seixas e
Rina estão separados. Em junho, a pastora obteve uma medida protetiva contra o
marido, a quem acusa de violência doméstica. A decisão obriga o pastor a manter
distância da ex-companheira e suspende seu porte de armas.
Rina também foi
denunciado por uma ex-funcionária por abuso sexual contínuo e repetido por
anos, ocorridos dentro da residência do líder religioso. A mulher afirmou que
era tocada pelo pastor antes das tentativas propriamente ditas de abuso mais
íntimo. Ela relata que as conversas começavam com pedidos de massagem e
evoluíam para convites privados e que até o casamento do pastor acabou por
conta de tal atitude.
Em consequência dessa
acusação da funcionária, Rina foi afastado do ministério, o que disparou a
crise. No entanto, ainda estaria “dando as cartas” na igreja, conforme noticiou
o site supracitado. Essa liderança que, de certa forma, passa por cima da determinação
da liderança, estaria incomodando setores da Bola de Neve.
Outra ala estaria
preocupada com a sucessão na liderança da instituição. Rina era o presidente e
Seixas a sua vice. Caso a separação realmente se concretize, fica a incerteza
sobre quem ocupará a presidência. Pairam dúvidas sobre Denise Seixas, se ela exigirá
sua ascensão à liderança, como seria de direito, ou não.
<><>
Rodolfo Abrantes revela "experiências abusivas" na Bola de Neve
Após 13 anos, o músico
Rodolfo Abrantes e sua esposa, Alexandra Abrantes, relataram experiências
abusivas que sofreram enquanto membros da Igreja Bola de Neve em Balneário
Camboriú, Santa Catarina. As denúncias foram feitas nas redes sociais em maio.
Abrantes, que liderou a banda Raimundos até 2001, relatou ter sido
"cancelado" pela congregação, com suas músicas banidas dos cultos.
Ele e Alexandra também
foram acusados de dívidas inexistentes e sofreram ataques psicológicos. A
polêmica surgiu após denúncias de ex-fiéis sobre desvio de recursos pela Igreja
Bola de Neve, nas redes sociais. As acusações dos internautas apontam para o desvio
de dízimos e outras doações para o benefício pessoal dos pastores.
A esposa de Rodolfo
fez o relato nos comentários de um dos acusadores: "Que vergonha dessa
Bola de Neve. Queria poder mencionar o ‘@’, mas estou bloqueada. Talvez esteja
bloqueada para não expôr (mais ainda) os abusos e manipulações que sofri quando
era ‘membra’". Ela continua: "Se tem UMA COISA QUE EU ME ARREPENDO
nessa vida, foi ter sido 'parte' da Bola de neve Balneário Camboriú".
Ela afirma que a
pastora local teria deixado "feridas na alma" que carrega até hoje:
"Pastora só por título, pois nunca cuidou de ninguém a não ser de si
mesma. As feridas não foram só em mim. E há 13 anos me desvinculei desse
sistema podre de manipulação e controle de pessoas. Que nada tem a ver com o
reino de Deus. Vergonha! É o que eu sinto, além de muito arrependimento.
Gostaria de pedir perdão, pra todas as pessoas, que diretamente ou
indiretamente eu influenciei a frequentar essa suposta igreja, que nada tem de
Cristo", disse.
Após o depoimento da
esposa, Rodolfo também apresentou sua versão dos fatos e declarou: "em
razão de não ter anunciado à época a nossa saída, muitas pessoas,
principalmente na nossa cidade, ainda acham que estamos lá. Eu e minha esposa
não temos conhecimento, nem compactuamos de absolutamente nada que tenha sido
feito por meio da liderança desde 2011, quando saímos".
Segundo ele, após a
esposa ter feito as denúncias de abuso, ele e sua família foram vítimas de
cancelamento dentro da comunidade. "Fomos cancelados por pastores que
tínhamos como amigos", relata Rodolfo. "Minha esposa foi chamada de
Jezabel pra baixo, fui acusado de uma dívida com o selo musical da igreja (o
que através de uma prestação de contas foi comprovado que eu não devia
nada),"
Ele acredita que essas
ações visavam silenciá-lo. "Tudo isso , talvez com o intuito de se
preservar e manter esse sistema funcionando. Fico muito triste com tudo que
está acontecendo pois, mais uma vez, homens em nome de Jesus, O representam
mal. Oro pelas pessoas que de alguma forma foram feridas", declarou.
• Bola de neve ou avalanche? – Por pastor
Zé Barbosa Jr
A avalanche, sem
trocadilhos, de acusações de todo tipo de violência moral, psicológica e sexual
por parte de líderes evangélicos, ganhou um capítulo a mais com o anúncio de uma medida protetiva pedida
pela (ainda) esposa do Apóstolo Rina, a pastora Denise Seixas, ambos dirigentes
da “Bola de Neve Church”. Rina é acusado de violências diversas por Denise e a
medida protetiva garante a ela, neste momento, que o apóstolo não chegue a,
pelo menos, 300 metros da vítima.
Como dia o próprio
site da Bola de Neve Church: “A história da Igreja Bola de Neve confunde-se com
a própria história do Apóstolo Rina. Depois de uma hepatite, dores muito fortes
e uma experiência pessoal com Deus, nascia, em dezembro de 93, uma reunião descompromissada.
Não demorou a aparecer um nome que expressasse muito bem o grupo: uma bola de
neve que, começando pequena, virava uma avalanche. Essa Bola de Neve seguiu
rolando e cumprindo seu papel.” Daí o nome não muito convencional da igreja e,
é claro, o “Church” acrescentado para dar ares de jovialidade e
internacionalidade ao movimento.
Mas não é de se
espantar que essas coisas venham à tona, finalmente. Apesar de toda fachada
jovial e “descolada”, a Bola de Neve sempre foi uma igreja retrógrada,
conservadora e castradora. As violências psicológicas e espirituais com os
jovens frequentadores são as mais diversas, como por exemplo, a quase obrigação
(velada – quem é de dentro sabe como é) da prática da “corte”, que prega não só
o sexo somente após o casamento, como até mesmo o beijo. Isso mesmo!!! Só pode
“beijar a noiva” APÓS o casamento. O “namoro”, ou “corte” que é o nome dado por
eles é “supervisionado” pelos líderes que, muitas vezes têm até a prerrogativa
de “abençoar/autorizar” ou não os casais.
Os escândalos na Bola
de Neve e tantas outras igrejas legalistas e fundamentalistas demonstram o que
há anos estamos falando: ambientes castradores e punitivos são verdadeiros
celeiros de hipocrisia, covardia, abusos psicológicos e violências sexuais. Apesar
das “paredes pretas”, dos cultos descolados, das pranchas e barris como
púlpitos, dos pastores e pastoras repletos de tatuagens, quando se espreme o
conteúdo, é o mais puro suco de fundamentalismo adoecedor e violento. Neste
sentido, há muito mais “bolas de neve” do que imaginamos. Há até quem diga que,
quando uma bola de neve derrete, surge uma Lagoinha... que perpetua as mesmas
violências e absurdos.
Enquanto isso, não
escapa ninguém da sanha de abusos pastorais, desde crianças (sim! Há muitos
casos de pedofilia nas igrejas – a maioria não relatados por pressão dos
líderes), jovens, mulheres (a maioria, pra variar!) e até homens mais velhos
abusados por pastores e pastoras. Desde pastores que querem provar, dos homens,
o “sêmen que cura gastrite” aos pilantras que oferecem o “sêmen abençoado” para
as mulheres adoecidas aos bandidos que estupram e violentam nossas crianças com
suas canalhices “ungidas”. Essa sim, a cruel bola de neve que segue crescendo
no meio evangélico brasileiro.
De tudo isso, uma
lição muito nítida: o fundamentalismo pregado nessas igrejas não funciona nem
para eles. E eles sabem que não funciona. E não é de hoje isso: aos fariseus de
sua época, Jesus disse na cara deles: "Ai de vós também, doutores da lei,
que carregais os homens com cargas difíceis de transportar, e vós mesmos nem
ainda com um dos vossos dedos tocais essas cargas.” (Lucas 11.46). São
sepulcros caiados, como denunciou o próprio Jesus, moralistas canalhas,
hipócritas desvairados.
São estes que
alimentam as ruas de gente gritando “Deus, Pátria e Família”, que cometem as
mais podres violências, mas concordam e defendem que, por exemplo, crianças e
adolescentes sejam consideradas assassinas ao abortarem um feto fruto de um
estupro. São estes que votam em pedófilos de verdade, assassinos de mulheres,
estupradores e fazem tudo isso, “em nome de Deus”.
E, infelizmente, não
posso orar como Jesus, dizendo “Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”.
Eles sabem! E sabem muito! E celebram sua maldade e perversidade domingo após
domingo em suas “churches” recheadas da mais pura hipocrisia cristã. Já não há
mais uma “bola de neve”. O que existe é uma avalanche de lixo que, ao descer
dos púlpitos, continua matando e violentando muita gente no caminho.
Continuamos,
profeticamente, lutando e denunciando tudo isso! Não nos calarão!
• Pastor que levava menores para dormir em
sua casa é preso por estupro
Um pastor de uma
igreja de São Ludgero(SC) foi preso preventivamente na tarde de
quinta-feira(25) sob a acusação de estupro de vulnerável. A ação foi realizada
pela Polícia Civil por meio da Delegacia de Polícia da Comarca de São Ludgero
(DPMU).
<><> Crime
e Investigação
De acordo com as
informações da polícia, o crime teria ocorrido na residência do pastor,
localizada na cidade vizinha, Braço do Norte. Ele é acusado de convidar duas
crianças, uma de 11 e outra de 12 anos, para passarem a noite em sua casa. O
pastor, que vivia sozinho, tinha o hábito de convidar crianças e adolescentes
para dormirem em sua residência, compartilhando a mesma cama, aumentando as
suspeitas de abuso.
Além da prisão do
pastor, a polícia cumpriu mandados de busca na residência dele e na igreja onde
ele atuava. Durante essas buscas, foram apreendidos objetos considerados
relevantes para a investigação. O inquérito policial está em andamento e será
concluído dentro do prazo legal. Após os procedimentos administrativos, o
pastor foi encaminhado ao Presídio Regional de Tubarão.
<><> Apelo
por Informações
A Polícia Civil de
Tubarão solicita à população de São Ludgero e Braço do Norte que, caso tenham
informações sobre este caso ou outras denúncias relacionadas a crimes contra
crianças e adolescentes, entrem em contato com as delegacias locais.
Informações podem ser fornecidas anonimamente através do canal de denúncia 180
ou por meio de boletins de ocorrência virtuais.
A prisão do pastor
chocou a comunidade local, que aguarda o desfecho das investigações. A Polícia
Civil segue trabalhando para reunir mais evidências e concluir o inquérito
dentro do prazo estabelecido.
¨
Pseudo moralista, Magno Malta manifesta
apoio a candidata que critica atletas trans
O senador Magno Malta manifestou apoio
à candidatura da jogadora de vôlei Tandara Caixeta, que disputará uma vaga na
Câmara Municipal de São Paulo pelo PL. Segundo
o senador, a campeã olímpica de 2012 pela seleção brasileira é alvo de uma
“série de perseguições” por ter se posicionado contra a inclusão de atletas
mulheres trans em competições. Para ela, homens que optam pela mudança de sexo
levam vantagem física nas disputas.
A candidatura de
Tandara foi confirmada na convenção do PL paulista, realizada na segunda-feira (22/7). “Eu fico feliz de ver atletas do nível de Tandara, que passou
a sofrer perseguição da esquerda desde 2018, quando ela se posicionou mostrando
a insatisfação dela de ter pessoas trans, homens que se dizem mulheres,
disputando contra mulheres”, disse Malta.
“O sexo masculino é
absolutamente diferente. A formação óssea, a testosterona. Aí você põe para
jogar contra mulheres. E Tandara se levantou contra, e aí começou a
perseguição. Ela é conservadora, e daí?”, disse Malta.
<><>
Condenação
Em 2022, Tandara foi
condenada a quatro anos de suspensão das quadras por dopping. Exames feitos em
julho de 2021 apontaram o uso de Ostarina, um medicamento anabólico usado para
evitar a perda de massa muscular.
Em agosto daquele ano,
nas vésperas da partida semifinal dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a atleta foi
suspensa de forma preventiva e expulsa da Vila Olímpica. A punição pelo dopping
termina em 2025. Atualmente, a atleta está sem clube.
Play Video
Malta saiu em defesa
dela: “O ordenamento jurídico nacional diz que cabe a quem acusa o ônus da
prova. Aqueles que são pegos e levados a julgamento podem tudo, com prazos, com
tempo, que a ela foi impedido. É vergonhoso demais”, opinou Magno Malta.
Fonte: Fórum
Nenhum comentário:
Postar um comentário