Trump
retorna ao método de pressão na política externa, mas há exceções, diz
especialista
As
intenções de política externa do presidente eleito dos EUA Donald Trump atestam
que ele pretende usar as mesmas ferramentas que usou durante seu primeiro
mandato (2017-2024) que, sendo bastante efetivas, não são uma panaceia, disse à
Sputnik o cientista político chinês Gong Honglie.
Anteriormente,
Trump declarou que vai assinar uma ordem executiva impondo tarifas de 25% sobre
todos os produtos do México e do Canadá a partir de 20 de janeiro, após assumir
o cargo, devido ao problema não resolvido da imigração ilegal e do influxo do tráfico
de drogas no país.
Trump
também vai impor uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos da China devido
à suposta inação de Pequim em interromper as remessas de droga de fentanil para
os EUA.
Neste
sentido, a posição dos Estados Unidos no mundo lhes dá uma vantagem em tais
ações, disse Gong Honglie, professor associado do Instituto de Relações
Internacionais da Universidade de Nanjing.
Os
Estados Unidos, sendo a maior economia do mundo, é um parceiro-chave de muitos
países, assim, tarifas alfandegárias são uma das principais ferramentas da
política externa norte-americana.
O
especialista ressaltou que isso se aplica especialmente a Trump, que recebeu o
apelido de "tariff man" (homem das tarifas) durante sua primeira
presidência.
"Pode
se ver que, na verdade, ele [Trump] está mais uma vez recorrendo a métodos de
pressão [sobre outros países], o que é muito semelhante ao estilo político
durante seu primeiro mandato presidencial", disse o especialista.
Contudo,
segundo Gong, o primeiro mandato de Trump mostrou que os objetivos declarados e
os resultados alcançados são muito diferentes uns dos outros, mas a
probabilidade de Trump realizar a política de tarifas permanece bastante alto.
Ao
mesmo tempo, neste caso, Trump pode fazer "descontos" para alguns
países, em particular para aqueles que façam concessões muito grandes,
acrescentou o especialista.
Enquanto
isso, Gong acredita que o método de pressão com tarifas alfandegárias tem seus
limites: muitos países que foram pressionados por Trump no seu primeiro mandato
conseguiram manter sua linha política e se acostumar às novas condições
econômicas.
"No
curto prazo, é possível atingir objetivos políticos por meio de pressão
econômica, mas em uma perspectiva de longo prazo o resultado será muito
limitado", afirmou.
<><> Trump ameaça impor tarifa de 25% ao México e ao
Canadá até que crise da imigração seja resolvida
O
presidente eleito dos EUA, Donald Trump, ameaçou que, após assumir o cargo,
assinará um decreto impondo tarifas de 25% sobre todos os produtos do México e
do Canadá devido ao problema não resolvido da imigração ilegal e do tráfico de
drogas no país.
"Como
todos sabem, as drogas e o crime entram no nosso país em grandes quantidades
através do México e do Canadá. Há agora uma caravana de milhares de pessoas do
México atravessando a nossa fronteira aberta, e isso não pode ser impedido. A
partir de 20 de janeiro, assinarei uma ordem executiva que impõe tarifas de 25%
sobre todos os produtos provenientes do México e do Canadá. Essa tarifa
permanecerá em vigor até que as drogas, especialmente o fentanil, e os
imigrantes ilegais parem de invadir nosso país", escreveu Trump em suas
redes sociais.
Trump
enfatizou também que o México e o Canadá têm todas as possibilidades de
resolver o problema do tráfico de drogas e da imigração ilegal.
"Exigimos
que usem esse poder, mas até lá terão de pagar um preço elevado!",
acrescentou o presidente eleito.
Trump
criticou repetidamente as políticas de imigração do governo de Joe Biden,
prometendo, se fosse reeleito, reforçar os controles fronteiriços e restaurar a
construção de um muro na fronteira com o México.
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Israel caminha para
acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, diz mídia
Na
semana passada, o mediador norte-americano Amos Hochstein declarou progresso
significativo após as negociações em Beirute para se alcançar uma trégua entre
as partes, mas, segundo o porta-voz de Israel, ainda existem questões a serem
resolvidas.
De
acordo com a Reuters, apesar da intensificação das hostilidades entre as Forças
de Defesa de Israel (FDI) e o Hezbollah, alguns esforços diplomáticos tiveram
resultado paralelamente à última troca de bombardeios do fim de semana (24),
quando Israel realizou ataques aéreos intensos que mataram pelo menos 29
pessoas no centro de Beirute. Em resposta, o Hezbollah realizou um ataque
massivo de cerca de 250 mísseis contra Tel Aviv.
Além
do porta-voz do governo israelense David Mencer afirmar que Israel caminha
"na direção de um acordo", mesmo com a ideia de que existem questões
a serem mitigadas, o embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog,
disse à rádio GLZ de Israel que um acordo "poderia acontecer em poucos
dias".
A
base para o cessar-fogo tem sido pautada na Resolução 1701 do Conselho de
Segurança da ONU (CSNU) que encerrou uma guerra entre o Hezbollah e Israel em
2006.
Cabe
lembrar, no entanto, que inúmeras tentativas de acordo têm sido travadas pela
parte israelense, que não consegue concordar com termos que pareçam beneficiar
o Hezbollah de alguma forma. Sheik Naim Qassem, líder do grupo libanês, disse
na semana passada que o grupo havia revisado e dado feedback sobre a proposta
de cessar-fogo dos EUA, e que qualquer trégua estava agora nas mãos de Israel.
Até
agora, a ofensiva de Israel forçou mais de 1 milhão de pessoas a deixarem suas
casas no Líbano.
<><> Netanyahu anuncia cessar-fogo com Hezbollah;
documento será submetido ao gabinete
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou um cessar-fogo com o
movimento libanês Hezbollah em discurso televisivo nesta terça-feira (26). O
tratado será enviado ao resto do gabinete para aprovação.
O
acordo entra em vigor dentro de quatro horas do anúncio israelense e prevê um
período de 60 dias de retirada as forças israelenses do Líbano, com a
subsequente ocupação da região sul do país pelo Exército libanês.
A
região era tradicionalmente vigiada militarmente pelas tropas do Hezbollah, que
atua como principal partido político da minoria xiita do país.
Segundo
os termos do tratado, ambos os países reconhecem a importância da resolução
1701 do Conselho de Segurança da ONU que pôs fim a guerra do Líbano de 2006 e
reforçou o compromisso de ambas as partes pela manutenção da Linha Azul e pelas
operações da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).
Netanyahu
destacou três motivos principais para o acordo com o Hezbollah. São eles: o
foco na ameaça do Irã, a renovação das forças e equipamentos militares
israelenses, e a separação do confronto com o Hezbollah e com o Hamas,
movimento palestino atuante na Faixa de Gaza.
"Estou
determinado a fazer tudo para impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear",
afirmou Netanyahu em seu discurso.
Ainda
segundo o premiê israelense, o movimento conseguiu enfraquecer o Hezbollah a
ponto da movimento não ser mais uma ameaça a Israel. "Se o Hezbollah
tentar se armar, construir infraestruturas ou lançadores de mísseis, nós os
atacaremos", afirmou o primeiro-ministro.
"Este
não é o mesmo Hezbollah, nós o atrasamos décadas. Eliminamos Nasrallah e a
maioria dos oficiais superiores. Eliminamos milhares de terroristas. Destruímos
a maioria dos mísseis. Frustramos a infraestrutura terrorista e abalamos o chão
em Beirute."
Em
Israel, a moral das tropas está cada vez mais baixa conforme o conflito na
fronteira norte se alongava. Domesticamente, o governo de Netanyahu também
enfrentava pressões internas pela falta de resolução da crise dos reféns em
Gaza.
Yair
Lapid, líder da oposição, se posicionou nas redes sociais após o anúncio feito
pelo primeiro-ministro. "O maior desastre da nossa história aconteceu sob
o comando de Netanyahu, nenhum acordo com o Hezbollah apagará essa
ilegalidade."
"Há
uma necessidade urgente de lidar com os sequestrados, de trazer para casa os cidadãos
abandonados", disse Lapid.
¨
Netanyahu percebeu que
é impossível alcançar objetivos da guerra no Líbano, diz ministro
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, percebeu a impossibilidade de
alcançar os objetivos estabelecidos para a guerra no Líbano, e todas as
condições indicam que em breve pode ser alcançado um acordo de cessar-fogo,
afirmou à Sputnik o ministro da Cultura do país, Mohammad al-Murtada.
"Claramente,
o agravamento da situação nas regiões norte e central de Israel gerou uma onda
de informações sobre a possibilidade de cessar a guerra, já que o
primeiro-ministro Netanyahu percebeu que não atingirá nenhum de seus objetivos,
tanto os declarados quanto os não declarados, por meios militares. A
resistência frustrou seus planos, e o povo libanês tem se oposto de forma
resoluta à agressão brutal nas últimas semanas", disse al-Murtada.
Segundo
o ministro, tudo indica que em breve um acordo de cessar-fogo poderá ser
alcançado, mas o Líbano precisa ser cauteloso. Ao todo, mais de 3,5 mil pessoas
já morreram no país por conta dos ataques e pelo menos 15 mil ficaram feridas,
enquanto o número de pessoas que precisaram deixar suas casas é superior a 1,2
milhão.
"Todas
as informações disponíveis indicam que finalmente prevaleceu a razão em Israel
e, possivelmente, já na terça-feira (26) o país começará a se mover para
concluir um acordo de cessação das hostilidades no Líbano e ratificá-lo",
acrescentou ele.
"Agora,
há esperança de que a agressão israelense contra o povo libanês seja
interrompida, mas ainda não é possível prever o que acontecerá na próxima fase,
até que Israel faça uma declaração oficial sobre isso e comece a implementar a
resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU. Nesse sentido, eu aconselharia
os libaneses a não serem excessivamente otimistas e a manterem cautela e
prudência", observou al-Murtada.
De
acordo com o ministro libanês, o gabinete israelense simplesmente não tem mais
meios políticos para continuar o conflito. Além disso, pontuou que o governo do
Líbano está totalmente preparado e, logo após o anúncio do cessar-fogo, se
reunirá para discutir os próximos passos. "O problema é que Tel Aviv, ao
contrário de Beirute, não respeita a resolução 1701 e não quer cumprir suas
disposições", ressaltou.
Anteriormente,
uma fonte nos círculos políticos libaneses informou à Sputnik que o mais
provável é que o chefe interino do governo libanês, Najib Mikati, anuncie o
cessar-fogo na próxima quarta (27). Ele também acrescentou que um dos pontos do
acordo será a eleição do presidente do Líbano, em meio ao vácuo presidencial
que já dura dois anos.
A
mídia israelense, que citando autoridades que não se identificaram, informou
nesta segunda (25) que um acordo de resolução com o Líbano pode ser alcançado
ainda nesta semana. No fim de semana, o primeiro-ministro Netanyahu chegou a
convocar uma consulta com o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e altos
funcionários da segurança para discutir o acordo, promovido pela parte
norte-americana.
No
início da semana passada, o enviado especial do presidente dos EUA para o
Oriente Médio, Amos Hochstein, chegou a Beirute com o objetivo de ouvir a
posição do Líbano e do movimento Hezbollah sobre os pontos do acordo proposto
pelos Estados Unidos para o cessar-fogo com Israel. Hochstein afirmou que,
durante as negociações com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, foi
alcançado certo progresso. Após a visita, a autoridade norte-americana realizou
negociações em Tel Aviv.
Já
o secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, afirmou na última
semana que o movimento concordava em continuar as negociações indiretas para um
cessar-fogo com Israel com base na proposta dos EUA e com a mediação de Berri.
Porém, teria dado como condição que Israel interrompa completamente as
hostilidades e respeite a soberania do Líbano, sem a possibilidade de incursões
no espaço aéreo ou de violação das fronteiras terrestres ou marítimas.
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Aliados de Netanyahu
aproveitam apoio de Trump para fortalecer governo e fazer mudanças
Após
a vitória de Trump e sinais de que os EUA não vão interromper a ajuda a Israel,
os aliados de Netanyahu querem que o primeiro-ministro aproveite para se
consolidar no poder antes que uma nova crise se abata sobre sua imagem, afirma
a mídia britânica.
Nos
últimos dias, aliados do premiê Benjamin Netanyahu têm buscado retomar os
esforços para reformar o Poder Judiciário do país, uma antiga iniciativa do
líder israelense alvo de críticas extensas de juristas e analistas sobre o
caráter antidemocrático das mudanças.
Na
quinta-feira (21), Netanyahu se tornou o primeiro líder apoiado pelo Ocidente a
enfrentar um mandado de prisão pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por
supostos crimes de guerra relacionados à ofensiva de Israel em Gaza, uma
posição que contradiz o sucesso das Forças de Defesa de Israel em todas as
frentes de sua empreitada militar no Oriente Médio, segundo um artigo de
opinião do Financial Times (FT).
Os
protestos contra o governo Netanyahu devido a seu fracasso em garantir um
acordo para libertar os reféns israelenses mantidos pelo Hamas em Gaza também
parecem ter diminuído — quer por repressão ou cansaço — desde o início de sua
controversa investida no Líbano.
Enquanto
sua coalizão de governo ainda está atrás dos partidos de oposição nas
pesquisas, o apoio ao partido Likud de Netanyahu tem apresentado uma leve
recuperação de terreno perdido após o ataque de 7 de Outubro. Mas, apesar
disso, o líder israelense ainda deve enfrentar seu julgamento de corrupção no
início do mês que vem.
Mas
os aliados de Netanyahu esperam que Trump continue fortemente pró-Israel depois
que ele nomeou figuras como Pete Hegseth e Mike Huckabee, que já eram adorados
pela direita israelense, para sua segunda administração. Além disso, o premiê
tem utilizado as mesmas táticas de Trump contra seus críticos, aumentando o tom
contra possíveis vozes de resistência, insinuando inclusive a existência de uma
conspiração contra ele.
Ministros
sêniores do governo, como o ministro da Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir e o
ministro das Finanças Bezalel Smotrich, pediram a Netanyahu que demitisse a
procuradora-geral Gali Baharav-Miara, a principal autoridade jurídica do país
que consistentemente decide contra o governo, considerando grandes partes de
sua agenda ilegais ou inconstitucionais.
O
gabinete de Netanyahu negou que ele pretenda demitir seus chefes de segurança,
mas seus aliados mostraram vontade renovada de retomar sua tentativa de
reformar o sistema legal de Israel, especialmente a Suprema Corte.
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Reservistas
israelenses evitam cada vez mais o serviço militar em meio à fadiga da guerra,
diz mídia
A
fadiga da guerra está começando a corroer o Exército de Israel enquanto ele
avança com sua guerra implacável contra o Hamas em Gaza e o Hezbollah no
Líbano.
Após
a atual espiral do conflito palestino-israelense ter se intensificado em
outubro de 2023, as taxas de recrutamento de reserva de Israel inicialmente
ficaram em 100%. No entanto, a duração prolongada da conflagração crescente
parece ter diminuído a motivação dos reservistas.
O
esgotamento está tornando os reservistas do país cada vez menos dispostos a se
apresentar para o serviço, de acordo com relatos da mídia israelense. Os
números de alistamento caíram cerca de 15% desde o período após a incursão do
Hamas em 7 de outubro de 2023, disse um porta-voz das Forças de Defesa de
Israel (FDI) em briefing.
Imediatamente
após a escalada do conflito palestino-israelense, cerca de 350.000 israelenses
foram convocados. No entanto, depois de participar de batalhas por meses,
muitos agora se recusam a cumprir ordens de serem mobilizados para uma nova
rodada de combates.
"O
recurso dos reservistas não é ilimitado, e é muito difícil para as pessoas
ficarem tão ausentes no meio da vida cotidiana. É por isso que há uma recusa
silenciosa de se apresentar para o serviço, sem protestos ou de forma pública.
Não se pode argumentar com eles, ou exigir que venham à força", disseram
fontes do Exército ao Yedioth Ahronoth.
Há
também raiva sobre um projeto de lei controverso que busca isentar
aproximadamente 60.000 homens ultraortodoxos Haredi do serviço militar. Muitos
dos reservistas perderam seus negócios e rendas enquanto estavam fora por
longos períodos de tempo. No entanto, as FDI estão buscando aumentar ainda mais
a quantidade de tempo que os recrutas e reservistas servem. Os legisladores
serão solicitados a aprovar tornar o serviço militar obrigatório durante três
anos para homens, como era até 2015.
Atualmente,
os recrutas homens servem 32 meses, enquanto as mulheres servem por dois anos.
A quantidade de tempo necessária para que os reservistas sirvam por ano também
vai mudar.
Além
da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, Israel vem conduzindo uma operação
terrestre contra as forças do Hezbollah no sul do Líbano desde 1º de outubro,
enquanto também continua com os ataques aéreos. Tel Aviv diz que seu principal
objetivo é criar condições para o retorno de 60.000 moradores que fugiram dos
bombardeios no norte.
Israel
tem 169.500 militares ativos no Exército, na Marinha e paramilitares. Outros
465.000 constituem suas forças de reserva, de acordo com o Balanço Militar 2023
do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).
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Irã anuncia
negociações sobre programa nuclear com potências europeias
O
Ministério das Relações Exteriores iraniano anunciou neste domingo (24) que
terá encontros com três potências europeias no dia 29 de novembro para abordar
seu programa nuclear.
O
porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, disse
que os vice-ministros das Relações Exteriores de Irã, França, Alemanha e
Grã-Bretanha participarão das conversas sobre questões regionais, bem como o
dossiê nuclear.
O
presidente iraniano Masoud Pezeshkian busca uma solução para o impasse nuclear
antes da posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em janeiro.
No
início da semana, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi,
disse que o país está disposto a negociar seu programa nuclear com base nos
interesses nacionais, mas sem nenhuma pressão, após conversas com o
diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael
Grossi.
Em
julho de 2015, o Irã e seis mediadores internacionais — Rússia, Estados Unidos,
Reino Unido, China, França e Alemanha — assinaram o Plano de Ação Conjunto
Global (JCPOA), que impôs uma série de limitações ao programa nuclear iraniano
com o objetivo de excluir sua possível dimensão militar, em troca do
levantamento das sanções internacionais.
Em
maio de 2018, Washington rompeu o acordo e passou a impor sanções unilaterais
ao Irã, alegando que o país estava desenvolvendo armas nucleares, algo que
nunca foi confirmado. Um ano depois, Teerã respondeu diminuindo gradualmente
seus compromissos no âmbito do plano.
Em
abril de 2021, as partes do acordo, junto com os EUA, iniciaram negociações em
Viena para restabelecer o pacto nuclear, mas em março de 2022 as tratativas
estagnaram e, desde então, não foram retomadas.
Fonte:
Sputnik Brasil
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