Servidores
baianos pedem discutir com governador crise e sucatemento do Planserv
Representantes
de servidores públicos estaduais entregaram na Governadoria uma "Carta ao
Governador" que pede providências sobre a assistência prestada pelo
Planserv. Representantes da Fetrab, da ACEB e da AFPEB entregaram o documento a
um representante do governador que, em vídeo divulgado no Instagram,
compromete-se a marcar audiência com os trabalhadores do estado.
"Vamos
marcar uma reunião breve com vocês", diz o representante do governo que
fala com os servidores. "Um dos pontos mais importantes é a assistência à
saúde dos servidores públicos do Estado da Bahia. Neste momento em que se
acentuam as críticas à gestão do sistema de assistência, as entidades
representantes dos servidores públicos, beneficiários e seus dependentes têm
acompanhado a sua atuação no sentido de dar voz às denúncias", disse
Marinalva Nunes, da ACEB.
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Jerônimo Rodrigues abre o jogo sobre possibilidade de CPI do Planserv na ALBA
Em
entrevista à imprensa no final do Encontro Estadual com prefeitos, prefeitas e
vice eleitos em 2024, promovido pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), na
manhã desta sexta-feira (22), no Quality Hotel, no Stiep, em Salvador, o
governador Jerônimo Rodrigues (PT) abriu o jogo sobre a situação do Planserv,
que pode acabar virando objeto de CPI na Assembleia Legisltativa da Bahia
(ALBA).
"Solicitei,
me reuni com o secretário Góes [Edelvino Góes - Secretário de Administração],
minha chefe de gabinete, para fazer uma análise do que está posto. E eles estão
estudando as minhas encomendas para a gente poder tomar decisões sobre o plano",
disse o governador.
Os
problemas voltaram ao centro das atenções após os atendimentos de urgência e
emergência para beneficiários terem sido suspensos no início do mês no Hospital
da Bahia, em Salvador.
Segundo
o Planserv, os beneficiários continuarão sendo atendidos pelo Hospital da Bahia
para serviços de saúde relacionados a atendimentos ambulatoriais de
neurocirurgia, cirurgias torácica, cardíaca, cabeça e pescoço, cirurgia geral
do trato digestivo e oncológica.
<><> Servidores enviam carta ao governador cobrando
melhorias no Planserv
Associações
que representam funcionários públicos da Bahia enviaram uma carta ao governador
Jerônimo Rodrigues (PT) cobrando melhorias no Planserv - plano de saúde
dos servidores do governo estadual. As entidades destacam preocupações com a
qualidade do atendimento e propõem a criação de uma rede própria de saúde para
complementar o credenciamento da rede privada, visando a um melhor atendimento
preventivo e curativo.
Neste
mês, o Hospital da Bahia, na Pituba, suspendeu os atendimentos de urgência e
emergência do Planserv devido ao fato de a unidade de saúde estar em processo
de venda. Segundo apurou o CORREIO, o hospital, que integra a rede Dasa, será comprado pela maior rede privada de hospitais
do país, o Grupo Rede D'Or São Luiz. Após
suspensão no Hospital da Bahia, beneficiários do Planserv denunciaram o sucateamento do plano.
No
documento endereçado ao governador, os servidores dizem que o Planserv
"foi crucial para a edificação do Hospital da Bahia, sendo seu principal
cliente". Os servidores pedem que o governo do estado comunique ao
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a necessidade de evitar a
concentração de mercado pela Rede D'Or São Luiz. As negociações de compra
e venda foram negadas pelas empresas.
Os
servidores também defendem o aumento da participação financeira do governo no
plano, sugerindo elevar a contribuição patronal para, no mínimo, 5% da Receita
Corrente Líquida (RCL). A carta foi enviada no dia 12 de novembro.
Na
carta, assinada pela Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia
(Fetrab) e pela Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia
(Afpeb), as entidades pedem que seja realizada uma reunião com o governador.
"É necessária para discutir essas questões e buscar soluções que
garantam um atendimento de saúde mais justo e acessível para
beneficiários", dizem.
Desde
junho, o Planserv conta com um hospital de atendimento exclusivo do convênio,
localizado em Brotas. A unidade terá a abertura de 150 leitos antecipada para
atender a demanda após a suspensão no Hospital da Bahia. Em entrevista
recente, Jerônimo Rodrigues disse 'estar no limite' quanto à situação do Planserv.
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Crise no Planserv
ganha viés político e expõe gestão terceirizada ineficiente
Em
meio ao burburinho da provável venda do Hospital da Bahia à Rede D’or e da
suspensão de atendimentos de emergências na unidade para beneficiários do
Planserv, críticas ao plano de saúde dos servidores estaduais voltam a ganhar
força. O movimento, no entanto, foi apenas de jogar luz a críticas já
recorrentes. Isso porque o sistema, que já foi modelo no funcionalismo público,
se tornou nos últimos anos símbolo de reclamação dos beneficiários, após
problemas na arrecadação e principalmente em uma administração terceirizada
ineficiente.
Criado
em 1988 após a extinção do antigo Instituto de Assistência e Previdência dos
Servidores da Bahia (Iapseb), o plano já foi considerado uma espécie de mãe aos
beneficiários, dado o nível da sua assistência e serviços prestados, além da
flexibilidade com dependentes e agregados. Agora, atendendo mais de 500 mil
usuários, o Planserv está mais para padrasto. E tem ganhado também um viés
político, afinal são milhares de servidores que depositam suas frustrações
sobre o sistema de saúde na conta do governo do estado. A insatisfação já
chegou até ao governador Jerônimo Rodrigues, que disse estar “no limite” com o
plano e prometeu “medidas drásticas”.
A
principal queixa é a falta de hospitais credenciados ou vagas para os
beneficiários. Em Salvador, há o recém inaugurado Hospital de Brotas, dedicado
exclusivamente a pacientes do plano, e outros quatro hospitais credenciados ao
Planserv. Ainda assim, são frequentes os relatos de suspensão temporária de
atendimentos pelo plano e de negativas de vagas sob alegação de que foi
atingida a cota de consultas e exames estabelecida pelo governo. A culpa só
pode recair sobre uma gestão que é símbolo de ineficiência e que em 2022
anunciou a contratação, por 60 meses, da empresa Maida Health, para prestar
apoio operacional por meio da implantação de um novo software integrado com
ferramentas gerenciais, táticas e operacionais para a gestão do plano. Pode
parecer coincidência, mas, na época da contratação, a empresa pertencia ao
grupo Hapvida, operadora de planos de saúde que também lidera os rankings de
reclamação na área da saúde. Em 2023, a Maida Health foi vendida por R$ 26,8
milhões à MV Sistemas e deu adeus ao grupo Hapvida.
A
arrecadação do plano é formada pela mensalidade descontada automaticamente na
folha dos servidores e pela contribuição da gestão estadual. Mas aí segue outro
problema, porque além de enfrentar cortes na verba estadual (que passou de 5%
sobre a folha salarial bruta do estado para em 2% no governo Rui Costa e agora
2,5% com Jerônimo Rodrigues), o plano segue um modelo de contribuição que não
tem equilíbrio entre os beneficiários. Só a nível de comparação: enquanto o
servidor que recebe R$ 3,750 mil de salário paga mensalmente R$ 330,43 pelo
titular do plano, aquele com rendimento seis vezes maior (na faixa de R$ 22,5
mil) vai desembolsar pela assistência médica apenas R$ 721,32, menos do que o
triplo do colega servidor e o valor máximo para titulares. Essa falta de
justiça é apenas mais um dos fatores que expõem a distorção no plano e se
somaram para o desmonte na assistência à saúde dos servidores públicos do
estado.
• Você tem que
ter uma retaguarda", diz Jerônimo Rodrigues sobre escolha de secretários
em evento do PSB
Em
evento realizado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), no auditório do
Quality Hotel, no Stiep, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (22), o
governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou sobre a escolha de secretários e
também sobre a importância do partido político.
"Da
prefeitura. É fácil? Não. Alguém pode dizer, mas eu não tenho dinheiro o
suficiente, eu não tô falando de dinheiro. Posso dar um exemplo agora, que é
duro e eu não tô querendo me meter como que vai dar dor, que eu sei que o
eleito foi vocês, mas, a gente precisa agora, nesse um mês e uma semana que
falta para vocês assumirem um novo mandato ou um novo governo, vocês estão
montando o quebra-cabeça que é escolher secretário e secretária. A gente não
pode, vocês já tiveram coragem suficiente de botar a cara para ser candidato ou
candidato, que não é fácil, não tem eleição ganha, não tem, mas vocês precisam
ter com a mesma coragem da candidatura, chamar os partidos e dizerem, aqui, se
a gente combinou que tais secretarias serão suas, bota uma pessoa que ajuda e
tal, indica uma pessoa que possa. Porque
vocês prefeitos e prefeitas, vocês além de acompanharem, fiscalizarem,
monitorarem, vocês vêm a Salvador em busca de dinheiro, de projetos, vocês vão
à Brasília, vocês participam de reuniões regionais nos consórcios. Então, pelo
menos dois, três, quatro dias as vezes, vocês estão fora do município em busca
de investimentos, então você tem que ter uma retaguarda, como eu tenho em
algumas secretarias", disse o governador.
Jerônimo também pontuou que a escolha dos secretários
é "um sucesso" que os prefeitos e prefeitas devem ter.
"Eu
destaco mais forte isso, eu não quero saber, bota aqui, eu quero isso, e no
final de semana eu quero cobrar, eu quero monitorar, andam o quê, faltam o quê,
então a escolha de secretárias e secretários, diretores, é um sucesso que vocês
precisam ter. Quem está para reeleição, são 4 anos. Tira aí 2 anos de eleições,
porque 26 tem eleições e 28 tem eleições, ficam na verdade 2 anos qualquer
coisa para fazer um governo sem tirar o tempo da política, que às vezes
contamina a gestão", pontuou.
O
governador tamBém exaltou o PSB.
"E
o papel do PSB, vocês sabem, o estatuto do partido é o Estatuto que tem muitas
responsabilidades estratégicas, de concepção, qual é o modelo da educação que o
PSB pensa? Eu sei qual é, é da qualidade, é da integração, é da inclusão. Qual
é o modelo de saúde do PSB? Eu recebi a Lílian, ela me entregou um livro, eu
falei vou ler a cartilha com os principais projetos. Qual é o modelo de
agricultura, de cultura? Tem municípios aqui que o forte é a indústria, mas tem
praia, tem outros que é turismo, tem outros que é agricultura, cada um tem sua
realidade", destacou.
• Você
acredita? Tarcísio diz que abusos da PM de SP serão severamente punidos
O
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lamentou a morte do estudante de
medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, e disse que abusos da
Polícia Militar serão severamente punidos. As declarações do governador foram
dadas nas redes sociais.
O
estudante foi morto na quarta-feira (20) com um tiro à queima-roupa disparado
pelo policial militar Guilherme Augusto Macedo, por volta das 2h50, na
escadaria de um hotel na Rua Cubatão, na Vila Mariana, zona sul da capital
paulista.
"Eu
lamento muito a morte do Marco Aurélio. Essa não é a conduta que a polícia do
estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A
Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, é a polícia mais preparada
do país e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão
severamente punidos", disse Tarcísio nas redes sociais.
Imagens
da câmera de segurança do hotel mostram que o rapaz estava sem camisa quando
entrou no saguão. O PM Guilherme Augusto Macedo segurou o braço do jovem, que
tentou se soltar, enquanto o outro policial o chutou. Na sequência, é possível
ver que o PM dispara na direção do rapaz, que cai no chão.
Segundo
informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), Acosta golpeou a
viatura policial, tentou fugir e, ao ser abordado, "investiu" contra
os policiais e foi ferido. O rapaz foi socorrido e levado ao Hospital Ipiranga,
mas não resistiu ao ferimento.
O
policial militar foi indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de
matar - em Inquérito Policial Militar (IPM), informou a Secretaria da Segurança
Pública. A pasta acrescentou que as câmeras corporais dos PMs registraram a
ocorrência.
Macedo,
autor do disparo, e o outro PM que participou da ocorrência prestaram
depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão
das investigações.
Fonte:
BNews/Correio/Mtro 1/Agencia Brasil
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