quarta-feira, 27 de novembro de 2024

César Fonseca: Oreshnik breca escalada imperialista à terceira guerra e põe em xeque hegemonia americana

O presidente americano, Joe Biden, foi mexer com fogo e se queimou.

Irresponsavelmente, estimulou o presidente fantoche ucraniano, Volodymyr Zelenski a atacar Vladimir Putin, presidente da Rússia, com armas americanas, tecnologicamente, antiquadas, relativamente, às russas, em seu estágio ultra avançado, como é o caso do míssil supersônico Oreshnik.

Biden, em sua sofreguidão imperialista, tentou criar fato consumado para o presidente eleito Donald Trump, jogando-o numa armadilha.

Dela, o neofascista republicano não poderia escapar, logo depois de assumir a Casa Branca em janeiro próximo.

Teria que seguir o curso da guerra, o fim essencial do Deep State, como a alavanca da economia americana, para manter hegemonia global dos Estados Unidos.

Mas, Biden errou feio.

Não combinou com os russos.

 O fantoche de Washington apertou o gatilho das armas monitoradas não por ele, mas pelos profissionais do Pentágono, a serviço da Ucrânia, para tentar destruir a Rússia.

Putin deu o troco na hora com uma violência inaudita.

Contra-atacou com o seu supersônico moderníssimo Oreshnik  as forças da Otan.

Tiro e queda.

O Otanistão não teve bala na agulha para responder.

Segundo comunicado de Putin, em rede estatal, a destruição dos equipamentos do inimigo, em terreno ucraniano, foi total.

Não precisou que mandasse o poderoso Oreshnik equipado de armas nucleares.

Antes, avisou que populações em torno se afastassem para não se machucarem.

Exterminou os inimigos e suas armas desatualizadas tecnologicamente em relação às russas, desenvolvidas por inteligências superiores às ocidentais, e deixou quieto. 

SILÊNCIO FÚNEBRE DO INIMIGO

O silêncio do ocidente, expresso nas reações dos principais jornais europeus e americanos, como se nada tivesse acontecido, sem revelar ao mundo o tremendo estrago sofrido, fala por si.

Trata-se da maior derrota ocidental para a Rússia desde o fim da era soviética, no final dos anos 1990.

O mundo, desde então, vinha sendo alarmado pela vitória americana, proclamada aos mil ventos, de que a história tinha acabado.

Washington inaugurara nova etapa histórica com o predomínio absoluto do neoliberalismo, a partir dos anos 2000.

O imperialismo absoluto, portanto, não teria mais rival.

Todos que se rendessem a ele e se fizessem subordinados, pronto e acabou.

A nova ordem econômica mundial ditada pelos bancos centrais dos países ocidentais coordenados pelo banco central americano e seus agentes financeiros – os fundos financeiros especulativos – na tarefa de financeirizar a economia global, tinha que continuar seguindo o Consenso de Washington.

O tripé neoliberal – câmbio flutuante, metas inflacionárias e superávit primário – uniformizava, desde os anos 1980, os procedimentos econômicos gerais coordenados pelo FMI e Banco Mundial, o modelo de Bretton Woods, inaugurado no pós-segunda guerra mundial.

Todos teriam que continuar se rendendo às condicionalidades do império, na gerência dos seus empréstimos, por meio dos quais o mecanismo econômico especulativo multiplicaria, ad infinitum, a taxa de lucro via juros altos manipulados por construções elaboradas por bancos centrais e suas teorias econométricas falsamente equilibristas.

Os súditos teriam que seguir o mantra: a inflação somente cai “sustentavelmente” mediante equilíbrio da relação dívida pública x PIB com corte de gastos públicos sociais e privatizações, transferência em massa de riqueza real dos países financeiramente dependentes para os países financeiramente dominantes, que submetem aqueles à eterna especulação financeira etc.

Como a sustentabilidade nunca se realiza por ser mera abstração neoliberal, articulada especulativamente, para produzir inflação, cujo combate requer juro alto, a periferia não consegue sair da armadilha.

Afunda-se, dessa forma, interminavelmente, o desequilíbrio, que requer juros altos, cujas consequências são subdesenvolvimento, desigualdade social sem fim etc. 

MILITARIZAÇÃO E GUERRA

 E para sustentar esse processo de espoliação interminável, o império espalha pelo mundo, por meio da sua moeda hegemônica, sem lastro real, o dólar, bases militares que impõem aos governos semi capitalistas dependentes periféricos a sua vontade imperial, e c’est fini.

O desastre desse status quo neoliberal veio em 2008 e começou a desorganizar o sistema capitalista rentista-financista como um todo.

Para mantê-lo, a retórica da guerra, das ameaças, da pressão imperialista, teve que se multiplicar.

Sua multiplicação se estendeu por meio da doutrina da expansão do próprio império por meio de guerras e busca do objetivo central: de um lado, acabar com a Rússia; de outro, bloquear a expansão da China, que não caiu, a partir de 2008, no conto imperialista neoliberal, como aconteceu com o Brasil e América Latina. 

As duas potências comercial e militar – China e Rússia – acabaram se unindo estrategicamente, a partir de 2022, para evitar a expansão imperialista, em sua especialidade de espalhar, globalmente, guerras por procuração, sendo a principal delas, a armada pela Otan, na Ucrânia, a partir de 2014, com nazificação ucraniana.

Diante do ímpeto ucraniano otanista, nazifascista, a Rússia apressou-se em cuidar de si, super-se-armando, até chegar ao estágio da construção do míssil supersônico Oreshnik que soltou em cima da Otan, em território ucraniano, nesta semana histórica.

Aqui, no Brasil, Biden, em arroubo imperialista havia, há menos de duas semanas, por ocasião da 19ª reunião do G20, autorizado o presidente fantoche ucraniano a atacar a Rússia com armas americanas, monitoradas por profissionais americanos, visto que os profissionais ucranianos não estão preparados para tal tarefa.

Biden estava com medo de deixar a Casa Branca e não ver cumprida sua promessa de guerra sem fim a ser seguida, pela lógica pretensamente irrefutável do capitalismo de guerra, por meio do novo presidente Donald Trump. 

HORA DA PAZ NO PÓS-ORESHNIK

Chegara, portanto, o momento crucial para Putin agir com toda a energia possível.

Mandou para cima dos americanos e ingleses a sua poderosa arma e fez picadinho deles.

É nesse estágio atual pós explosão do Oreshnik em cima dos americanos e ingleses, na Ucrânia destruída, que o mundo se encontra.

Estados Unidos e Europa, desde então, encontram-se prostrados.

Vão continuar ameaçando a Rússia com suas armas antiquadas, incapazes de fazer frente ao Oreshnik, ou aceitarão uma paz negociada?

Enfim, o Oreshnik, sem precisar estar equipado com armas nucleares, põe no seu devido lugar as forças americanas e europeias incapazes de enfrentar Putin e obriga-os a sentar na mesa para negociar a paz.

Caso contrário, vão se machucar.

 

¨      Equipe de Trump quer trabalhar em acordo sobre Ucrânia antes da posse do republicano

Em declaração à Fox News, futuro assessor de segurança da Casa Branca diz que a ideia é debater o assunto já durante a transição de governo.

A equipe do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, pretende iniciar as tratativas relativas a um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia já durante a transição de governo.

A informação foi dada neste domingo (24), pelo futuro assessor de segurança da Casa Branca, Mike Waltz, em declarações à Fox News. Segundo Waltz, a ideia é iniciar as discussões com a gestão do atual presidente, Joe Biden, e continuar após a posse de Trump, em 20 de janeiro.

"O presidente Trump tem sido muito claro sobre a necessidade de pôr fim a este conflito. O que temos que discutir é quem vai estar ao redor da mesa, se é um acordo, um armistício, como conseguimos que ambas as partes se sentem ao redor da mesa e qual será o marco para um acordo", disse Waltz à emissora.

Ele acrescentou que os oponentes de Trump, que "que pensam que esta é uma oportunidade para confrontar uma administração com a outra, se enganam" e enfatizou a preocupação do presidente eleito com a escalada do conflito.

O temor se dá por conta da decisão de Biden de autorizar Kiev a usar armas de fabricação americana em ataques ao território da Rússia, o que desencadeou reação de Moscou, que autorizou o uso do míssil hipersônico Oreshnik em ações em resposta a ataques realizados com mísseis ocidentais.

Em relação à escalada no Oriente Médio, Waltz afirmou defender um acordo que "realmente traga estabilidade" para a região.

A retirada do apoio dos EUA à Ucrânia era um dos principais temores de aliados ocidentais de Washington, uma vez que o republicano vinha desde a campanha presidencial criticando a atuação da gestão Biden sobre o tema e afirmando que pretendia solucionar questão rapidamente. Os europeus temem que Trump pressione Kiev a negociar um acordo de paz com Moscou.

 

¨      Rússia expõe tentativa de Kiev de lançar uma nova provocação, similar à encenação em Bucha de 2022

Diplomata russo afirma que ucranianos tentaram repetir a provocação feita em Bucha assassinando civis na aldeia de Selidovo dias antes de o povoado ser libertado por tropas russas.

As tropas ucranianas causaram "um banho de sangue" na aldeia de Selidovo, na República Popular de Donetsk (RPD), tentando repetir o que aconteceu na cidade ucraniana de Bucha em abril de 2022.

A afirmação foi feita pelo enviado especial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia sobre os crimes de Kiev, Rodion Miroshnik, em entrevista à Sputnik.

Em 29 de outubro, o Ministério da Defesa russo anunciou a libertação completa da aldeia de Selidovo, que tem localização estratégica, a cerca de 40 quilômetros a noroeste de Donetsk.

"Quando o Ocidente começou a falar sobre negociações de paz, [o ucraniano Vladimir] Zelensky começou a preparar a 'Bucha número dois', mas já em Selidovo", disse Miroshnik.

O diplomata acrescentou que os residentes evacuados de Selidovo relatam dezenas de civis mortos nas ruas da cidade.

"Eles descrevem detalhadamente os acontecimentos com endereços, nomes dos mortos e descrições das tropas punitivas do regime de Kiev. Eles afirmam que os nazistas realizaram um banho de sangue dois ou três dias antes da libertação da cidade pelas tropas russas", afirmou Miroshnik.

Ele acrescentou que as autoridades que atuam na investigação do caso vão examinar os detalhes e as provas do ocorrido.

"Agora existem depoimentos de vítimas e testemunhas que impediram o massacre em Selidovo", disse o diplomata.

De acordo com um residente de Selidovo, soldados ucranianos, incluindo mercenários poloneses, começaram a disparar contra civis na aldeia dois dias antes da chegada das tropas russas, a fim de culpar a Rússia no futuro.

"Havia poloneses. Não sei sob quais instruções eles agiram, mas todos usavam o mesmo uniforme. Literalmente dois dias antes [da chegada das tropas russas] eles começaram a matar pessoas. Talvez eles tenham esperado que as tropas russas se aproximassem", acrescentou.

A testemunha afirmou ainda que as Forças Armadas ucranianas entraram nas casas e dispararam contra famílias com crianças e mulheres.

Em abril de 2022, a Ucrânia e vários meios de comunicação internacionais divulgaram inúmeras imagens de câmeras e satélites mostrando supostos corpos de civis, alguns amarrados, nas ruas de Bucha, que estava sob controle de tropas russas.

Autoridades ucranianas afirmaram ter encontrado 410 corpos de civis na cidade, que fica nos arredores de Kiev. Enquanto as autoridades ucranianas e vários países manifestaram solidariedade a Kiev e chamaram o que aconteceu na cidade de "massacre de Bucha", o Ministério da Defesa russo descreveu as imagens veiculadas como "encenação" e "provocação", negando que os residentes locais tivessem sofrido abusos enquanto a cidade permaneceu sob o controle das tropas russas.

O Kremlin rejeitou categoricamente o envolvimento dos militares russos nos assassinatos de civis em Bucha e insistiu na realização de um debate internacional sobre o assunto, mas ao mesmo tempo mostrou-se cético quanto à possibilidade de realizar "uma investigação verdadeiramente imparcial" a nível internacional.

 

¨      Capacetes Azuis: onde as tropas russas já atuaram como forças de manutenção da paz

25 de novembro é o Dia do Soldado da Paz Militar, feriado profissional para as tropas russas enviadas ao exterior para arbitrar, mediar e neutralizar conflitos que vão de disputas étnicas a disputas entre Estados. Aqui está o que você precisa saber sobre os "Capacetes Azuis" da Rússia.

Celebrado anualmente desde 2016, o Dia do Soldado da Paz Militar comemora o envio de 36 observadores militares soviéticos ao Egito em 25 de novembro de 1973, em uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU), após a Guerra Árabe-Israelense de outubro de 1973.

As forças de manutenção da paz da Rússia consistem em tropas especiais treinadas em uma base fora de Samara, operando sob os auspícios da 15ª Brigada Especial de Guarda de Infantaria Mecanizada. As tropas são equipadas com armas leves, veículos blindados, uma variedade de equipamentos de reconhecimento e comunicação e drones.

<><> Manutenção da paz na ex-URSS

As forças de paz da Rússia moderna se tornaram um instrumento inestimável para garantir a segurança regional imediatamente após 1991, quando a caixa de Pandora de conflitos étnicos, desencadeada pelo fim da União Soviética (URSS), incendiou diversas regiões.

Em 1992, a Rússia enviou 3 mil tropas para a Transnístria a fim de parar os combates entre as milícias locais e as forças moldavas. Cerca de 400 soldados da paz permanecem presentes até hoje, com a operação de manutenção da paz sendo a mais antiga e mais longa na história moderna da Rússia;

# Em 1992, 220 soldados da paz foram enviados à Ossétia do Sul para congelar um conflito desencadeado pela plataforma e políticas "Geórgia para os georgianos", do presidente nacionalista georgiano Zviad Gamsakhurdia;

# Em 1993, a Rússia enviou 6 mil tropas ao Tajiquistão para impedir uma sangrenta guerra civil entre o governo central e radicais apoiados por forças islâmicas do Afeganistão. Os pacificadores ajudaram a estabilizar o Tajiquistão e toda a região da Ásia Central, interrompendo a disseminação de ideias islâmicas. As forças do veterano da Guerra do Afeganistão e do coronel das Spetsnaz Vladimir Kvachkov essencialmente inventaram a moderna doutrina de contrainsurgência russa no Tajiquistão;

# Em 1994, 1.800 soldados russos de manutenção da paz chegaram a Abkházia, outro país separatista da Geórgia, para acabar com a violência no local;

Em 2020, a Rússia enviou 1.960 soldados e 90 APCs (veículo blindado de transporte de pessoal) para Nagorno-Karabakh, a fim de ajudar a manter a paz entre armênios e azerbaijanos, após uma guerra brutal de um mês e meio, precedida por um conflito étnico de 30 anos.

<><> Manutenção da paz na Iugoslávia

Em março de 1992, a ONU solicitou à Rússia que enviasse forças de paz à Iugoslávia, o Estado multinacional que se desintegrou lentamente entre 1991 e 2001 em meio a conflitos entre sérvios, croatas, bósnios e albaneses kosovares.

# Na Croácia, entre 1992 e 1995, 900 soldados russos chegaram para proteger civis em meio aos conflitos entre croatas e sérvios;

# Já na Bósnia, 1.600 soldados da paz foram enviados em 1995 para salvaguardar um acordo de paz alcançado no mesmo ano. Forças russas permaneceram no país até 2003;

# Em 1999, 400 soldados da paz do contingente na Bósnia foram subitamente realocados para Kosovo após o bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ao que restava de Iugoslávia, demonstrando ao bloco ocidental que Moscou protegeria o fraternal povo sérvio em sua separação. O contingente de Kosovo foi posteriormente aumentado para 3.600 tropas e retirado em 2003.

A abordagem da Rússia à diplomacia local ajudou a garantir vários acordos de cessar-fogo e paz, com soldados da paz arriscando suas vidas regularmente para interromper os conflitos, fornecer assistência humanitária e mediar negociações.

# 22 soldados da paz russos perderam suas vidas na Croácia;

# 12 morreram em Kosovo;

# 15 soldados da paz foram mortos em um ataque-surpresa da Geórgia à Ossétia do Sul em agosto de 2008, desencadeando um conflito de cinco dias com a Geórgia, que culminou na independência da Abkházia e da Ossétia do Sul.

<><> Manutenção da paz russa torna-se global

A partir de meados da década de 1990, a Rússia se envolveu cada vez mais em operações de manutenção da paz da ONU na África. Isso incluiu:

# um contingente de pilotos de helicóptero para participar de uma missão de paz da ONU em Angola de 1995 a 1996;

# o envio de 114 pilotos e quatro policiais para Serra Leoa durante a guerra civil de 2000 a 2005;

# 22 policiais militares para a Libéria (2003–2018) e 40 para o Burundi (2004–2006);

# uma missão de manutenção na paz no Sudão entre 2005 e 2021, que viu o envio de 133 soldados de paz, além de quatro helicópteros Mi-8;

# 100 soldados e quatro helicópteros Mi-8 para o Chade e a República Centro-Africana em 2008, para participar de uma missão de manutenção da paz da ONU, liderada pela União Europeia. As operações foram encerradas em 2010.

Além de suas operações antiterrorismo, as tropas russas na Síria também se envolveram em atividades de manutenção da paz, mobilizando-se para evitar confrontos entre os soldados governamentais sírios e as milícias apoiadas pela Turquia no norte do país, devastado pela guerra e intervindo para interromper os combates entre as forças sírias e as apoiadas pelos EUA no nordeste.

Em janeiro de 2022, tropas de manutenção da paz da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), lideradas pela Rússia, foram enviadas ao Cazaquistão para ajudar na manutenção da lei e da ordem em meio a confrontos armados entre o governo e os manifestantes.

A operação foi um sucesso absoluto, com o governo restaurando a estabilidade e as forças de paz retornando para casa em apenas uma semana. Mais de 2 mil forças de paz de Rússia, Belarus, Quirguistão, Armênia e Tajiquistão participaram da operação.

Em 2024, além de missões na ex-URSS e na Síria, 87 soldados e oficiais russos estão envolvidos em operações de manutenção de paz da ONU no Sudão, no Sudão do Sul, na República Centro-Africana, no Saara Ocidental, na República Democrática do Congo e no Chipre.

 

Fonte: Brasil 247/Sputnik Brasil

 

Nenhum comentário: