Ricardo
Mezavila: O mito imprestável - Com tantas provas, Bolsonaro está morto para a política
O
próximo passo após o indiciamento de Bolsonaro e sua organização criminosa, é a
análise do relatório pela Procuradoria-Geral da República. A PGR irá avaliar se
oferece denúncia contra os suspeitos ou se demanda mais investigações. Em
seguida, o processo será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para
julgamento.
Esse
é o devido processo legal, que é um princípio fundamental do Direito que
garante que todos os indivíduos sejam tratados justamente e igualmente perante
a lei. Esse conceito é baseado na ideia de que ninguém pode ser privado de seus
direitos sem uma investigação e julgamento justo.
Quando
foi perseguido e preso pela Lava-Jato, Lula não teve direito a julgamento
justo, seus advogados não tiveram acesso pleno ao processo, foi condenado
injustamente sem provas, no que foi o maior escândalo judicial do mundo.
Lula
ficou inelegível em 2018 por decisão política de um tribunal formado pela mídia
golpista, pelos endinheirados da Faria Lima, pelo judiciário formado nas
fileiras do Departamento de Estado norte-americano, pela claque alienada
apascentada por Malafaias e presas às teias das tribunas do Congresso
oportunista.
Bolsonaro
merece tudo o que está por vir, da inelegibilidade à condenação e prisão. É um
político abaixo da linha da mediocridade, um ser humano rastejante diante do
que se entende por humanidade e desqualificado para qualquer posto que venha
ocupar.
O
plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes foi pensado em uma reunião na casa
do general Braga Netto, seu braço direito e vice na chapa derrotada. Tentar
contra a abolição violenta do estado democrático de direito é crime. Se
passasse da tentativa à ação concreta nós que defendemos a democracia é que
seríamos presos.
Além
da tentativa de golpe e da organização criminosa, Bolsonaro responde pelo roubo
das joias e falsificação de carteiras de vacinação. E ainda falta o
indiciamento pelo que causou durante a pandemia.
Com
tantas provas, Bolsonaro não tem por onde escapar, está morto para a política.
O bolsonarismo vai continuar porque a extrema direita está organizada no mundo
todo, mas a figura do ‘imbroxável’, ‘incomível’ e imprestável estará para
sempre na lata de lixo da história.
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Michelle ostenta em pousada de luxo enquanto Bolsonaro tenta pagar de
"simplão" em Alagoas
Faltou
combinar com os russos. A declaração, que virou ditado popular, historicamente
atribuída a Mané Garrincha durante a preleção da partida da seleção brasileira
contra a União Soviética na Copa de 1958, pode ser atribuída ao casal
Bolsonaro, que curte mais umas férias em São Miguel dos Milagres, no Estado de
Alagoas.
Tentando
passar a impressão de que não está preocupado com o indiciamento da organização
criminosa comandada por ele por golpe de Estado, Bolsonaro tem perambulado pelo
pequeno município alagoano buscando passar a imagem de "simplão",
comendo pastel e indo à barbearia local.
Os
passeios são registrados pelo ex-ministro do Turismo e bajulador contumaz,
Gilson Machado Neto, e pelo filho, eleito vereador no Recife, Gilson Machado
Guimarães.
Em
vídeo, o clã Machado busca destacar o estilo Bolsonaro, que se popularizou na
foto em que aparece comendo pão com leite "Moça" no café da manhã e
fortalecida com a pizzada nas ruas de Nova York durante encontro de cúpula do
G20.
"Esse
é o presidente mais simples que eu conheço. Parou na padaria aqui em São Miguel
dos Milagres, tirando foto com todo mundo, falando com todo mundo", diz o
vereador eleito do Recife.
No
entanto, o que Bolsonaro e Gilson Machado, pai e filho, não mostram, Michelle e
a filha, Letícia Firmo, revelam em suas redes sociais.
Neste
sábado (23), a ex-primeira-dama e a primogênita - fruto da relação com o
engenheiro eletricista Marcos Santos Silva - posaram para fotos na pousada de
luxo Villas Taturé, que tem diárias com preços que variam de R$ 2.750 a R$
6.100.
As
fotos de Michelle e a filha à beira da piscina e caminhando no gramado à
beira-mar foram compartilhadas pelo empreendimento nos stories do Instagram
como forma de marketing.
O
que os políticos pernambucanos também não contam é que a pousada no litoral de
Alagoas pertence a eles.
Naturais
do Recife, Gilson Machado - que foi derrotado na disputa à prefeitura da
capital pernambucana - e o filho são donos do negócio de luxo onde o casal
Bolsonaro costuma se hospedar.
Michelle
é antiga frequentadora da pousada. Entre os dias 3 e 9 de abril de 2021, ela
gastou, com cartão corporativo da Presidência, R$ 16,2 mil para servidores se
hospedarem em hotéis da região, entre eles a pousada de Gilson Machado, que
teve nove quartos alugados para a ex-primeira-dama na ocasião.
• “O terror em
Brasília foi estimulado pelo bolsonarismo”, diz Pedro Serrano
Em
entrevista ao programa Boa Noite 247, o jurista Pedro Serrano afirmou que o
ataque ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi fruto de estímulos
vindos de setores radicalizados do bolsonarismo. Serrano analisou o atentado
como um marco que reforça a necessidade de medidas severas para proteger a
democracia brasileira.
“O
terror em Brasília foi estimulado pelo bolsonarismo. Existe um estímulo para
que setores mais radicalizados pratiquem atos violentos”, disse. Para Serrano,
“qualquer tipo de mediação com os terroristas significa apoio ao terrorismo”.
O
jurista destacou a gravidade do ato ocorrido e refutou narrativas que minimizam
o episódio: “O bolsonarismo é uma máquina de justificativa dos extremismos
deles. Quem defende anistia está defendendo terrorismo”. Ele também argumentou
que, independentemente das motivações individuais do autor do atentado, o
episódio deve ser encarado como um ato terrorista que ameaça diretamente a
ordem democrática do país.
“A
radicalidade do extremismo é tamanha que, para produzir terror, a pessoa se
dispõe a atos extremos. O ato foi planejado, teve caráter político de extrema
direita e colocou em risco a democracia. É indispensável que as instituições
democráticas reajam com a maior dureza”, enfatizou.
Serrano
também apontou a responsabilidade de lideranças políticas e criticou o discurso
de moderação de parte das autoridades. “A sociedade democrática pode conviver
com o extremismo ideológico, mas não com a prática de violência como método
político. O que vimos em Brasília é um exemplo claro da necessidade de
vigilância e repressão rigorosa para impedir a escalada desses atos.”
O
jurista defendeu ainda a criação de uma unidade especializada na Polícia
Federal para monitorar crimes extremistas: “Precisamos de um setor preparado
para identificar e reagir a potenciais atos de violência. A Alemanha e os
Estados Unidos já têm iniciativas semelhantes, e o Brasil precisa avançar nesse
sentido”.
Por
fim, Serrano reiterou a importância de combater qualquer tentativa de
normalização de ataques terroristas e criticou propostas de anistia a
envolvidos em atos golpistas: “Quem agora vacilar na punição está indiretamente
apoiando o terrorismo como método. Isso é inadmissível em uma sociedade
democrática”.
• "Impunidade
não pacifica, estimula os atentados à democracia", diz Erika Kokay
Em
entrevista ao programa Boa Noite 247, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF)
destacou a gravidade das recentes revelações sobre articulações golpistas no
Brasil. Kokay fez um panorama dos ataques ao Estado Democrático de Direito e da
escalada de ódio promovida pela extrema direita, enfatizando que
"impunidade não pacifica, ela perpetua os crimes contra a
democracia". A parlamentar também rejeitou propostas de anistia para
envolvidos nos atos antidemocráticos, classificando-as como "um atentado
contra a própria Constituição".
Segundo
Kokay, o país enfrenta uma ameaça sem precedentes à sua democracia. "Os
fatos que vêm à tona são de uma gravidade imensa. Já tivemos quatro atentados
ou tentativas no Distrito Federal: no dia da diplomação, na véspera de Natal,
no 8 de janeiro e no 13 de novembro. Tentam dizer que esses atos foram
realizados por 'lobos solitários', mas, na verdade, era uma alcatéia atacando
as instituições e o Estado Democrático de Direito", afirmou.
A
deputada chamou atenção para a descoberta de diálogos que revelam a existência
de planos articulados para o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal
Federal Alexandre de Moraes. "Isso não pode ser naturalizado ou
normalizado", declarou. Kokay ainda relembrou cenas emblemáticas, como os
corpos estendidos em frente ao Supremo Tribunal Federal, enquanto parlamentares
da extrema direita "faziam exigências absurdas, mostrando o quanto o ódio
e a desumanização estavam enraizados".
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Acampamentos e conspirações
Kokay
também apontou para a organização de acampamentos em frente a quartéis, que
pediam intervenção militar, e para declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro,
que teria autorizado ações golpistas até o dia 30 de dezembro. "Propostas
de anistia, como as que estão sendo discutidas, não são para pacificar o país.
Elas são uma expressão de impunidade, e impunidade estimula mais
atentados", criticou.
A
parlamentar alertou para a necessidade de punições exemplares aos envolvidos
nos atos golpistas, sob risco de danos irreparáveis ao Estado de Direito.
"É inaceitável que haja projetos de anistia que violem princípios
fundamentais da Constituição, como a independência dos poderes e os direitos e
garantias individuais", disse.
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"Democracia precisa ser acarinhada"
Relembrando
os horrores da ditadura militar e a luta de centenas de familiares que ainda
buscam justiça, Erika Kokay reforçou a importância de preservar a democracia.
"O Estado Democrático de Direito custou muita dor para ser construído. Não
podemos permitir que se destrua tudo isso. A democracia precisa ser cuidada,
acarinhada, especialmente diante dos açoites que sofreu nos últimos anos",
afirmou.
A
deputada encerrou sua participação destacando a importância de uma mobilização
social ampla. "A sociedade inteira precisa entender a dimensão das ameaças
que foram construídas nos subterrâneos e nos palácios. É hora de investigarmos
profundamente, punirmos os responsáveis e garantirmos que a democracia
brasileira, mesmo diante de tantos ataques, sobreviva e se fortaleça",
concluiu.
• "Sem
anistia significa punição", afirma Jandira Feghali sobre avanços das
investigações de atos golpistas
Em
entrevista ao programa Boa Noite 247, a deputada federal Jandira Feghali
(PCdoB-RJ) destacou os desdobramentos das investigações sobre os atos golpistas
de 8 de janeiro e criticou veementemente as tentativas de setores políticos de
promover anistia aos envolvidos. Para Jandira, o lema "sem anistia"
deve ser traduzido em punições exemplares. “Não é só prender Bolsonaro, mas
também ele, porque é o comandante de todo esse processo”, enfatizou.
A
parlamentar ressaltou o impacto do relatório final da CPI do Golpe, que serviu
como base para investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério
Público. Segundo Jandira, o documento, entregue ao ministro Alexandre de
Moraes, à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União
(TCU), é um guia robusto que identifica financiadores, mensagens estratégicas e
o envolvimento direto de militares no planejamento do golpe.
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Prisões e os próximos passos
Jandira
celebrou as prisões recentes de militares de alta patente, incluindo o general
da reserva Mario Fernandes, apontado como uma figura central na tentativa de
golpe. Fernandes, que ocupou cargos estratégicos no governo Bolsonaro, foi
preso junto a outros três militares e um agente da Polícia Federal em uma
operação da PF.
Apesar
dos avanços, a deputada destacou a necessidade de responsabilizar outras
lideranças, como o general Braga Netto e o ex-presidente Jair Bolsonaro. “As
prisões desta semana são inovadoras. Prender um general, acessar dados e
mensagens trocadas acelera muito as investigações. Mas ainda há nomes de grande
relevância que precisam ser punidos com urgência”, afirmou.
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Tentativa de anistia e resistência
A
parlamentar também criticou o discurso de anistia, defendido por figuras como
Flávio Bolsonaro e Rogério Marinho. Jandira acredita que a pressão da sociedade
e de parlamentares, inclusive da centro-direita, torna a aprovação de qualquer
proposta de anistia improvável. “Conversei com parlamentares de centro-direita,
e todos eles disseram: ‘Isso tem que ser punido’. A sociedade brasileira não
tolerará impunidade”, argumentou.
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Reformulação das Forças Armadas
A
deputada também abordou a necessidade de reestruturar as Forças Armadas,
apontando problemas na formação de oficiais que estudam em instituições
estrangeiras, principalmente nos Estados Unidos. “Muitos oficiais voltam do
exterior com uma formação que não é desejável para o Brasil e se subordinam a
ideologias que não refletem nosso contexto. Hoje, não existe mais uma força
armada com projeto nacionalista”, analisou.
Jandira
alertou ainda para os riscos de influência externa, especialmente em um
possível retorno de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos. Para ela, a
reformulação das lideranças militares e o fortalecimento das instituições
brasileiras são urgentes. “Sem respaldo norte-americano, eles não avançaram em
8 de janeiro. Mas, com Trump reeleito, a dinâmica pode mudar.”
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Atos golpistas e operação da PF
O
contexto das declarações de Jandira é a operação da PF que desarticulou um
grupo suspeito de planejar um golpe de Estado e assassinatos de lideranças como
Lula, Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Documentos detalhados
do plano, batizado de "Punhal Verde e Amarelo", foram encontrados com
o general Mario Fernandes. Segundo as investigações, o plano incluía ações como
envenenamento e ataques com explosivos.
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A urgência de respostas
Jandira
concluiu a entrevista enfatizando a importância de o Congresso assumir
protagonismo na discussão sobre o papel das Forças Armadas e acelerar os
processos judiciais contra os golpistas. “Nossa campanha foi por ‘sem anistia’,
e isso significa punição. A sociedade brasileira exige respostas à altura dos
ataques que nossa democracia sofreu.”
Fonte:
Brasil 247/Fórum
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