'Solteiros
são felizes e, depois dos 40, ainda mais': a cientista de Harvard que estuda os
benefícios de ser solteiro
A
pesquisadora Bella DePaulo conta que quando tinha vinte e poucos anos, era
feliz sendo solteira. Mas admite que sempre esteve à espera de que esse
sentimento fosse mudar — pelo menos, era o que as pessoas ao seu redor diziam.
Hoje,
aos 71 anos, DePaulo afirma que esse sentimento nunca mudou e que, apesar do
que muita gente à sua volta acreditava, ser solteira permitiu a ela viver uma
vida com absoluta plenitude.
"Com
o tempo, percebi que a vida de solteira era para mim. Depois de aceitar isso,
você pode investir totalmente na sua vida de solteiro: comprar uma casa, buscar
seus interesses e viver plenamente."
DePaulo
é psicóloga social da Universidade Harvard, nos EUA, e autora do livro Singles
by Nature ("Solteiros por natureza", em tradução livre).
Durante
anos, ela se dedicou a estudar a vida e os níveis de felicidade relatados por
pessoas solteiras — e como seu papel na sociedade está mudando.
Para
a especialista, há uma quantidade enorme de ideias no imaginário coletivo sobre
a experiência de pessoas solteiras — e, segundo ela, muitas dessas ideias estão
totalmente distantes do que ela, como pesquisadora social, tem visto.
"Dediquei
o trabalho da minha vida a encontrar as histórias reais da vida de
solteiro", afirmou DePaulo em sua palestra do TED em 2017, que teve mais
de 1,7 milhão de visualizações.
"As
histórias que ninguém nos conta", acrescentou.
LEIA
A ENTREVISTA:
• Começo fazendo uma
pergunta que vem da minha experiência pessoal. Tenho 38 anos, estou solteiro e,
às vezes, sinto que o mundo está a favor das pessoas que estão vivendo a dois.
Por que sinto isso?
Bella
DePaulo - É verdade que os casais recebem muita atenção, presentes, respeito e
até destaque em séries e filmes. Tudo parece girar em torno deles ou daqueles
que desejam ser um casal.
No
entanto, isso está mudando porque cada vez mais pessoas, em todo o mundo, estão
decidindo permanecer solteiras. À medida que nos tornamos mais, podemos
transformar a narrativa sobre o que significa ser solteiro. E todos nos
sentiremos melhor em relação a isso.
Na
verdade, se você for como eu, pode até sentir orgulho de ser solteiro.
• Mas, às vezes, pode ser
difícil sentir esse orgulho, quando vemos até estudos científicos argumentando
que são as pessoas casadas que se declaram "mais felizes" na velhice.
DePaulo
- O problema é que esses estudos estão desatualizados.
Estudos
recentes que acompanharam pessoas solteiras mostram que, à medida que elas
passam da meia-idade para as décadas posteriores — aproximadamente a partir dos
40 anos —, são cada vez mais felizes.
Isso
acaba com o estereótipo de solteiros tristes que choram sozinhos em casa
enquanto tomam sorvete. Na verdade, os solteiros já são felizes e, com o tempo,
ficam ainda mais felizes.
• E o que os estudos
revelam sobre as razões pelas quais as pessoas solteiras são mais felizes?
DePaulo
- As pesquisas mostram que quando as pessoas se casam, elas tendem a ficar mais
isoladas: ligam menos para os amigos, passam menos tempo com os pais e criam
uma espécie de bolha.
Em
contrapartida, as pessoas solteiras tendem a permanecer conectadas com os
amigos, familiares e outras pessoas importantes em suas vidas. Esta é uma das
razões pelas quais as pessoas solteiras tendem a ser mais felizes com o tempo.
Além
disso, elas sabem como viver solteiras: estabelecem seus próprios lares,
cultivam seus relacionamentos e têm a liberdade de serem elas mesmas.
Eu
chamo essas pessoas de "solteiras de coração". São aquelas que
prosperam e se sentem felizes graças ao fato de serem solteiras, e não apesar
disso.
• Você fala de pessoas que
são "solteiras de coração", quais são as características para
identificar uma pessoa solteira de coração?
DePaulo
- As pessoas solteiras de coração desfrutam da sua liberdade e usam seu tempo
sozinhas para refletir, relaxar, ser criativas ou desenvolver sua
espiritualidade. Elas não têm medo de ficar sozinhas, o que as protege, em
grande parte, de se sentirem solitárias.
Isso
contrasta com o estereótipo de que pessoas solteiras são solitárias. Claro,
alguns solteiros se sentem solitários, assim como muitas pessoas casadas, mas
os solteiros, no fundo, valorizam a solidão como algo positivo.
• Em inglês, há dois
termos diferentes para falar sobre solidão: solitude e loneliness. Esta
diferenciação pode nos ajudar a entender por que é que pode haver pessoas
solteiras que se sentem felizes, e pessoas casadas que se sentem sozinhas?
DePaulo
- Claro. A solidão a que loneliness se refere acontece quando você não tem a
quantidade ou qualidade de interação social que deseja, e se sente infeliz com
isso.
Por
outro lado, solitude se refere à solidão como uma escolha, ou o tempo a sós,
que pode ser muito enriquecedor. Muitas pessoas, principalmente as solteiras,
valorizam esse tempo para refletir ou se dedicar ao que mais gostam sem se
sentirem julgadas.
• Isso me leva a perguntar
sobre aquelas pessoas que, mesmo estando em relacionamentos amorosos, ainda se
identificam como "solteiras de coração". Como é que isso funciona?
DePaulo
- Geralmente, estas pessoas costumam preferir relacionamentos menos
convencionais: talvez vivam em casas separadas ou tenham espaços independentes
dentro do mesmo lar.
Não
compartilham tanto as finanças, e mantêm um equilíbrio entre o tempo em casal e
o tempo para os amigos ou para si mesmos.
Desta
forma, elas podem aproveitar os benefícios de um relacionamento amoroso sem
abrir mão de sua identidade como "solteiros de coração".
• Você mencionou que foi
solteira a vida toda. Poderia compartilhar um pouco da sua experiência?
DePaulo
- Tenho 71 anos e sempre fui solteira. Quando era jovem, na casa dos 20 anos,
embora gostasse da minha vida de solteira, achava que acabaria mudando de
opinião porque isso era o esperado.
Mas,
com o tempo, percebi que a vida de solteira era para mim.
Depois
de aceitar isso, você pode investir totalmente na sua vida de solteiro: comprar
uma casa, buscar seus interesses e viver plenamente.
• Em sociedades como as da
América Latina, onde há muita pressão para que as pessoas se casem, que
conselho você daria aos homens e mulheres solteiros que sentem que a sociedade
está contra eles?
DePaulo
- Meu conselho é que se sintam orgulhosos. Se você é solteiro e quer um
parceiro, mas não se contenta com qualquer um, sinta-se orgulhoso de seus
padrões.
Se,
por outro lado, você gosta da vida de solteiro e resistiu à pressão social para
se casar, sinta-se orgulhoso de ser fiel a si mesmo.
Além
disso, lembre-se de que à medida que o número de solteiros aumenta ao redor do
mundo, as atitudes sociais em relação à vida de solteiro vão continuar mudando.
• Os efeitos nocivos do
julgamento social contra solteiros
Perguntar
por que alguém "ainda" é solteiro e confortá-lo dizendo que "irá
encontrar alguém em breve" pode parecer uma forma atenciosa e até sensível
de procurar saber como estão seus amigos solteiros. Mas essas frases simples
fazem parte do "constrangimento por ser solteiro" e provavelmente
trazem mais danos do que ajuda.
O
constrangimento por ser solteiro é o resultado do preconceito contra as pessoas
que não se casaram: que elas devem ser tristes e solitárias por não terem
parceiros; que estão ativamente procurando por alguém, mas ainda não
encontraram um par; e que deve haver algo de errado com elas, que está fazendo
com que vivam sozinhas.
Todos
esses estereótipos são causados pelas pressões para adequar-se a padrões
sociais definidos: conheça o parceiro, case-se, tenha dois ou três filhos e um
cachorro — e pronto, você reuniu todos os ingredientes de que precisa para uma
vida feliz.
Embora
as pessoas venham reavaliando constantemente essas normas sociais há décadas,
pesquisas recentes indicam que o constrangimento por ser solteiro ainda é
grande. Dados de uma pesquisa do site de relacionamentos Match, analisados pela
BBC, demonstram que, entre mil adultos britânicos solteiros pesquisados, 52%
relataram sofrer constrangimento por serem solteiros "desde o início da
pandemia", provavelmente devido ao maior peso de saber com quem podemos
contar durante os lockdowns.
E,
muito embora 59% tenham afirmado que estavam "satisfeitos com seu status
de relacionamento", eles ainda eram alvo de questionamentos incômodos.
A
persistência desses preconceitos contra os solteiros não é apenas
constrangedora, mas também ultrapassada em muitos países.
"A
vida de solteiro era considerada um período de transição, quando as pessoas
passavam o tempo até que se casassem, ou se casassem de novo", segundo
Bella DePaulo, autora do livro Singled Out: How Singles are Stereotyped,
Stigmatized and Ignored, and Still Live Happily Ever After (publicado em
português com o título "Segregados: como os solteiros são estereotipados,
estigmatizados e ignorados e vivem felizes"). Mas agora, DePaulo afirma
que os americanos passam mais tempo da sua vida adulta solteiros do que
casados.
Ela
indica que, em 1970, segundo dados do censo dos Estados Unidos, 40% dos lares
americanos consistiam de casais casados e seus filhos, enquanto 17% viviam
sozinhos como solteiros. E, em 2012, 27% dos lares americanos consistiam de
solteiros e apenas 20% eram compostos de pais e filhos.
Mas,
mesmo com essas mudanças nas estatísticas, ainda fica claro, observando tanto
as pesquisas quanto episódios isolados, que as pessoas que não têm
relacionamentos amorosos continuam a enfrentar dificuldades com seus amigos e
parentes casados — e também com eles próprios. Ainda que os solteiros pareçam
escolher e abraçar cada vez mais seu status de relacionamento, a pressão para
encontrar pares não está necessariamente desaparecendo.
Mas
pode haver pelo menos algum progresso, já que o percentual crescente de pessoas
solteiras na população pode vir a prevalecer sobre a estigmatização.
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Os danos causados pelo constrangimentos feitos aos solteiros
Segundo
a psicoterapeuta Allison Abrams, de Nova York, nos Estados Unidos, o
constrangimento por ser solteiro consiste em "condenar alguém por não ter
parceiro e não se adequar às expectativas da sociedade... de casar-se com uma
certa idade". Por isso, as outras pessoas tratam os solteiros "de
forma diferente", segundo ela.
"As
pessoas tendem a achar que você está solitário e aborrecido quando é
solteiro", segundo Ipek Kucuk, especialista em namoros do aplicativo
Happn.
O
estudo apresentado pelo Match perguntou quais as "frases
constrangedoras" mais comuns ouvidas pelos solteiros. E, dentre os
participantes, 35% responderam "você logo vai encontrar alguém",
enquanto 29% ouviram "você deve ser tão solitário" e 38% relataram
que as pessoas geralmente têm pena da sua situação.
DePaulo
afirma que os mitos que envolvem os solteiros incluem a noção de que os casais
casados têm um domínio especial da vida que os solteiros não têm; que as vidas
dos solteiros são "trágicas"; e que ser solteiro significa ser
egoísta. E, na realidade, existem pesquisas que sustentam que estes são mitos,
incluindo um estudo alemão de 2018 que indica que os estereótipos sobre os
solteiros infelizes e casais realizados não são corretos.
Mas
os estereótipos sobre os solteiros não são apenas um erro — eles podem ter
consequências prejudiciais.
A
psicoterapeuta Abrams afirma que o constrangimento internalizado pelo
comportamento social com relação aos solteiros pode prejudicar sua autoimagem.
Mesmo quando a pessoa solteira não é constrangida pelos seus amigos e parentes,
não atingir grandes objetivos de vida como o casamento e os filhos pode trazer
prejuízos — especialmente para aqueles que procuram ativamente por um parceiro
— porque é isso que a sociedade costuma esperar das pessoas.
"Muitas
vezes, presenciei essa situação como uma das causas da depressão", segundo
Abrams. Um "roteiro" normalizado para a vida bem sucedida pode até
forçar pessoas que estão felizes como solteiras a reconsiderar esse
posicionamento e buscar algo que tenham razoável certeza de que não querem,
apenas para poder encaixar-se nas normas culturais.
O
constrangimento por ser solteiro vem de muitas fontes, além de nossos amigos e
parentes intrometidos. Os governos também têm sua participação, oferecendo
diversos benefícios às pessoas casadas legalmente dos quais os solteiros não
podem beneficiar-se.
Algumas
pessoas acreditam que isso envia uma mensagem sobre a "forma certa"
de se portar na vida, servindo de reforço positivo para os casados e
facilitando para que os solteiros internalizem a ideia de que estariam vivendo
a vida adulta de forma errada.
DePaulo
salienta, por exemplo, que, nos Estados Unidos, um funcionário pode acrescentar
o seu cônjuge ao plano de saúde, mas os solteiros não podem fazer o mesmo para
pessoas importantes, como seus irmãos ou amigos próximos. Os casais e as
famílias também conseguem privilégios não disponíveis para os solteiros em
outros campos, que vão desde descontos em férias até locais de trabalho que
concedem benefícios especiais para as pessoas que vivem em famílias nucleares.
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As 'solteironas'
Como
todo estigma cultural, o constrangimento por ser solteiro não é distribuído
igualmente. As mulheres tendem a sofrer mais e algumas culturas enfatizam o
casamento e os filhos mais do que outras.
Tome-se,
antes de tudo, a forma como as pessoas se referem às mulheres solteiras, em
comparação com os homens. Em português, por exemplo, o termo
"solteirona" tem sentido muito mais pejorativo que sua forma no
masculino, "solteirão".
Já
na língua inglesa, a palavra "spinster" (equivalente a
"solteirona") surgiu no final da Idade Média para designar as
mulheres que teciam lã como profissão. A maioria delas não era casada. Era mais
fácil para elas conseguir esse trabalho considerado inferior, já que os
empregos mais procurados geralmente eram reservados para as mulheres casadas —
que, com seus maridos, tinham condições de comprar os materiais necessários
para trabalhos mais respeitados.
Já
os homens solteiros são chamados em inglês de "bachelors", geralmente
retratados como engraçados, potencialmente charmosos (quando não de má
reputação), despreocupados e vivendo o melhor de suas vidas — características
positivas que remontam aos Contos da Cantuária, de Geoffrey Chaucer, do final
do século 14.
"Solteirona"
ganhou conotação negativa ao longo do tempo, depreciando as mulheres solteiras
(e jovens) na cultura popular, como no filme e no livro O Diário de Bridget
Jones (a personagem-título tem pouco mais de 30 anos de idade e um emprego estável
em Londres, mas preocupa-se com sua situação de solteirona, ou
"spinster").
"Segundo
a sabedoria convencional — que não é sábia, nem precisa —, as mulheres se
preocupam mais com o casamento que os homens", segundo DePaulo. "Por
isso, acho que as mulheres solteiras são submetidas com mais frequência a
perguntas irritantes como 'você está namorando?'"
Já
Abrams relembra que mais clientes mulheres compartilham experiências que
causaram constrangimento por serem solteiras que seus clientes homens, mas
ressalva que a maior parte dos seus clientes é composta de mulheres.
"Os
homens solteiros também podem ser tratados de forma depreciativa e
arrogante", acrescenta DePaulo, em que as pessoas os consideram infantis,
incapazes de cuidar de si próprios ou "obcecados por sexo".
Variações
culturais também podem influenciar o constrangimento dos solteiros.
Profissionalmente, Abrams conheceu clientes com certas origens, como famílias
da Coreia, China e Índia, que tendem a ser mais constrangidos pelos familiares
por serem solteiros, bem como alguns de seus clientes que se mudaram do centro
dos Estados Unidos para Nova York.
Essas
culturas tendem a dar mais importância aos papéis de gênero mais tradicionais
em torno do casamento e não cumprir com essas tradições pode parecer muito
pouco convencional. "Ouvi de um [cliente] algo como [sua] família tem
vergonha porque eles não tiveram um filho com 30 anos de idade ou até
menos", relembra Abrams.
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O 'poder dos números'
O
significado de ser solteiro está mudando. Alguns especialistas acreditam que
essas mudanças comportamentais e culturais poderão ajudar a normalizar os
solteiros — e talvez reduzir o impulso de julgar os que não têm parceiros.
Nos
últimos anos, personalidades influentes das redes sociais e celebridades
tradicionais vêm falando com orgulho sobre serem solteiros. A atriz Emma
Watson, por exemplo, descreveu seu status em público como "parceira de si
mesma", incentivando outras pessoas a considerar a ausência de um parceiro
romântico como positiva e não negativa.
"Quanto
mais pessoas aceitarem sua situação de solteira, acho que mais pessoas se
sentirão liberadas para fazer o mesmo", afirma Abrams.
A
pesquisa de outubro de 2021, conduzida pelo aplicativo Bumble e analisada pela
BBC, demonstrou que 53% dos mais de 8.500 usuários do aplicativo pesquisados no
Canadá, França, Alemanha, Índia, México, Filipinas, Austrália, Reino Unido e
EUA "perceberam que não há problema em ficar solteiro por algum
tempo", graças à covid-19.
Além
disso, desde o início da pandemia, muitos solteiros relataram sentimentos e
desdobramentos positivos sobre seu status de relacionamento. Segundo a pesquisa
do site de relacionamentos Match, 42% afirmam que "gostaram" de ser
solteiros durante a pandemia.
Mas
essa estatística indica que os outros 58% pesquisados não gostaram dessa
situação. Na verdade, o isolamento forçado pela pandemia prejudicou muitos
solteiros e aumentou o constrangimento para alguns. O Match indicou que 37% dos
solteiros pesquisados afirmaram terem sido mais questionados sobre sua vida
amorosa por "amigos e parentes preocupados".
De
fato, Abrams sugere que o constrangimento por ser solteiro "ainda é
bastante desenfreado", mesmo que os números cada vez maiores de solteiros
em países como os Estados Unidos indiquem uma possível redução desse
comportamento.
Mas
os especialistas ainda esperam que essas mudanças culturais continuem a fazer
evoluir o julgamento dos solteiros. DePaulo chama esse processo de "o
poder dos números". Segundo ela, "quase toda vez que o Escritório do
Censo [dos Estados Unidos] divulga suas últimas estatísticas, as conclusões
indicam maior número e proporção de pessoas solteiras".
"Quando
uma grande parcela da população não está casada — nos Estados Unidos, perto da
metade —, fica mais difícil insistir que há algo de errado com todos
eles", conclui ela.
Fonte:
BBC News Mundo
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