Tarcísio tenta jogar para Lula a culpa da
crise energética em SP. Ministro e internautas rebatem
O governador de São
Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), adotaram a estratégia de eximir seus respectivos
governos de qualquer responsabilidade pelo apagão e jogar a culpa no governo
Lula. Freitas e Nunes acusam o Palácio do Planalto de inépcia diante da Enel,
empresa responsável pelo fornecimento de energia no estado paulista.
Por meio de suas redes
sociais, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que o governo federal e a
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) "faltam com respeito"
aos paulistanos.
"A concessão da
energia elétrica em São Paulo é federal, sendo o Ministério de Minas e Energia
e a Aneel os representantes do poder concedente. A eles cabe regular,
controlar, fiscalizar e garantir que o serviço prestado esteja adequado",
inicia Tarcísio.
Em seguida, o
governador afirma que "Mais uma vez, a Enel deixou os consumidores de São
Paulo na mão. Se o Ministério de Minas e Energia e, sobretudo, a Aneel, tiverem
respeito com o cidadão paulista, o processo de caducidade será aberto
imediatamente."
Ao término de seu
texto, Tarcísio de Freitas exime seu governo de qualquer responsabilidade no
apagão em São Paulo. "O que não pode seguir acontecendo é o que estamos
vendo mais uma vez em nosso estado. Não podemos ficar à mercê de tanta
irresponsabilidade", concluiu.
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"Destacado bolsonarista"
O ministro de Minas e
Energia, Alexandre Silveira, ao tomar conhecimento do ataque de Tarcísio de
Freitas, lembrou ao governador de São Paulo que a atual direção da Aneel foi
indicada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Tarcísio é aliado.
"Sobre as falhas
da ENEL em São Paulo: Gostaria de lembrar ao governador Tarcísio de Freitas que
a atual composição da Aneel, entidade responsável pela fiscalização da Enel,
foi nomeada com mandato pelo governo anterior, do qual ele foi destacado integrante",
disse.
Em seguida, Silveira
afirma que "Não faltou ao MME e ao nosso governo cobrança à agência para
garantir punição adequada à distribuidora, incluindo o meu ofício que apontou o
caminho da possível caducidade da Enel, há mais de 6 meses, em absoluto respeito
à população da região metropolitana de São Paulo."
"A Aneel
bolsonarista não deu andamento ao processo de punição, nem mesmo a uma
fiscalização adequada. O MME já avisou que não há qualquer indicativo de
renovação da concessão da distribuidora em São Paulo e que a omissão da agência
deve ser investigada pelos órgãos de controle", continua o ministro
Alexandre Silveira.
Por fim, o ministro do
governo Lula destaca que "o Governo Federal editou decreto que estabelece
critérios mais rigorosos de avaliação de desempenho das concessionárias, além
de ampliar a previsão de investimentos, garantir a qualidade do atendimento e
melhorar o serviço, mas a agência do Bolsonaro tem que trabalhar sério”.
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Nunes culpa Lula por apagão em São
Paulo
A cidade de São Paulo
vive caos e apagão desde a noite de sexta-feira (11), quando uma forte
tempestade caiu. Bairros das zonas Sul, Leste, Oeste, Norte e Centro estão sem
luz. A Enel afirmou que não há previsão de retorno da eletricidade nas regiões
afetadas.
Em disputa por um novo
mandato, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) correu para as redes sociais para eximir sua gestão
de qualquer responsabilidade pelo apagão e pelo caos que se instaurou na cidade
de São Paulo.
Além de fugir de sua
responsabilidade, o prefeito Ricardo Nunes responsabiliza o governo Lula pelo novo
apagão. Segundo Nunes, em 2023, quando a cidade ficou no escuro, ele foi até
Brasília dialogar com a gestão federal sobre a Enel, mas nada foi feito e,
portanto, sua gestão é refém.
"A Enel está
dando problema para a nossa cidade. Na outra vez que teve problema, eu fui pra
Brasília, entramos com ação judicial, fui à Justiça contra a Enel. A Enel é
concessão, regulação e fiscalização do governo federal (Lula). Eu estive no
Tribunal de Contas da União (TCU) reclamando, fui ao ministro [de Minas e
Energia, Alexandre Oliveira], deixei minha queixa, levei representação e, mais
uma vez, a Enel deixa a cidade nessa situação", declarou Ricardo Nunes.
<><> Prefeito
é humilhado por ministro de Minas e Energia
Após desmentir o
governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ministro de Minas e Energia,
Alexandre Silveira, voltou às redes sociais para desmentir matéria do UOL
compartilhada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), onde é insinuado que Silveira
tratou da renovação da concessão da Enel durante um evento.
Matéria veiculada no
UOL, com o título "Ministro cita renovação de concessão em evento com Enel
no dia do apagão", e compartilhado por Ricardo Nunes, é classificada
como fake news pelo ministro Alexandre Silveira
Ao responder Ricardo
Nunes, o ministro Alexandre Silveira afirma que o prefeito "está de olho
na herança eleitoral de Pablo Marçal [...] ao divulgar fake news".
"De olho na
herança eleitoral de Pablo Marçal, o Ricardo Nunes se mostra um excelente
aprendiz de malfeitos, ao divulgar fake news. A verdade é que participei de um
fórum de debates na Itália com a presença de vários empresários e autoridades
brasileiras e italianas", inicia o ministro Alexandre Silveira.
Em seguida, o ministro
desmente a matéria do UOL. "Não houve qualquer discussão sobre a renovação
da concessão da Enel. Isso não está na mesa, pois o contrato, que os aliados do
prefeito assinaram, vai até 2028", afirma.
"Pergunto ao
prefeito: as árvores de SP que caíram em cima das redes de energia também são
de responsabilidade do governo federal? O que anda fazendo a ANEEL, agência
ocupada por indicações bolsonaristas, que não dá andamento ao processo de
caducidade que denunciei há meses?", questiona Alexandre Silveira.
Posteriormente, o
ministro de Minas e Energia convoca o prefeito Ricardo Nunes a discutir a
questão energética de forma séria.
"Vamos falar
sério sobre soluções dos problemas reais que atingem a população de SP e
trabalhar para resolvê-los. O governo Lula está trabalhando, e o MME já
articulou reforços com eletricistas de outros estados, veículos e equipamentos
para auxiliar a região neste momento."
Por fim, Alexandre
Silveira lembra a Ricardo Nunes que "ainda dá tempo de podar as árvores,
antes que o período chuvoso chegue de vez".
·
"Cadê o prefeito?": População de
São Paulo detona Nunes
A população de São
Paulo (SP) está revoltada com o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Desde a noite desta sexta-feira (11), diversos bairros da
capital paulista estão sem energia elétrica. Em algumas regiões, o corte
de luz já se prolonga por mais de 16 horas, afetando residências, empresas
e comércios.
Na manhã deste sábado
(12), moradores de bairros como Morumbi, Vila Sônia, Jabaquara e Ipiranga, na
Zona Sul, além de Liberdade (Centro), Pompeia, Pinheiros, Vila Madalena e Vila
Romana (Zona Oeste), continuam parcialmente sem energia.
O apagão foi causado
por um forte temporal que atingiu a cidade na noite de sexta-feira. A chuva,
que durou apenas uma hora, foi suficiente para causar um verdadeiro caos:
centenas de árvores caíram sobre fios de energia e transformadores, semáforos
pararam de funcionar, e inúmeros pontos de alagamento e congestionamentos se
formaram.
No Campo Limpo, Zona
Sul da capital, uma pessoa morreu após ser atingida por uma árvore que caiu. Outras duas
pessoas também foram hospitalizadas pelo mesmo motivo.
Moradores da cidade
têm utilizado as redes sociais para cobrar uma resposta de Ricardo
Nunes. "Cadê o prefeito?", questionam os internautas.
Em resposta, Nunes tem
publicado vídeos em suas redes sociais, nos quais aparece vestindo um colete da
Defesa Civil. Ele afirma que passou a madrugada trabalhando para resolver a
situação, mas não apresentou soluções concretas ou previsão para o restabelecimento
total da energia. O prefeito, que é candidato à reeleição, tem se limitado a
responsabilizar a Enel, concessionária de energia de São Paulo.
A postura de Ricardo
Nunes não tem convencido boa parte dos paulistanos, especialmente em função de
episódios anteriores. Em novembro de 2023, por exemplo, durante uma situação
semelhante de alagamentos e falta de energia, o prefeito esteve ausente, optando
por participar de um camarote na Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos.
A Enel, por sua vez,
informou em nota que 1,6 milhão de pessoas na capital e na Região Metropolitana
estão sem energia e que as equipes estão atuando para o restabelecimento do
serviço. A previsão inicial era de que a luz voltasse em até cinco horas, porém,
mais de 14 horas depois, muitas áreas seguem no escuro.
"De imediato, a
companhia acionou um plano de emergência e cerca de 800 equipes (1,6 mil
técnicos) estão em campo. Ao longo do dia, a empresa mobilizará cerca de 2.500
técnicos. Em alguns locais, trechos inteiros da rede foram danificados, e será
necessário reconstruir quilômetros de rede, além de substituir postes,
transformadores e outros equipamentos", informou a empresa em comunicado.
<><> Boulos
cobra Nunes
Além de trânsito,
alagamentos e falta de energia elétrica, o temporal que atingiu a
cidade de São Paulo (SP) na noite desta sexta-feira (11)
provocou a morte de uma pessoa. A vítima foi atingida por uma árvore que
caiu em meio à chuva no bairro do Campo Limpo, zona sul da capital
paulista.
Guilherme Boulos (PSOL), que é candidato à prefeitura de São Paulo e mora no Campo
Limpo, mostrou em vídeos publicados nas redes sociais a situação de seu bairro
e culpou o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) pelo
caos na cidade. Boulos é um entre os milhares de moradores de diferentes
bairros que estão há mais de 16 horas sem luz.
"Chegando em casa
e olha aí, essa é a situação em São Paulo: semáforo apagado, a cidade um caos.
Uma chuva que durou menos de uma hora. Uma ventania na cidade, e é isso que
acontece: árvores caindo. Isso porque não há poda adequada da prefeitura. Quem
liga para o 156 sabe muito bem disso, que não tem poda e, para conseguir, às
vezes demora meses. Quando é atendido, vem uma ventania, vem uma chuva, e o que
acontece é isso", disse Boulos ao mostrar imagens dos estragos causados
pela chuva na cidade.
"O bairro inteiro
no escuro, árvore caída, a prefeitura não faz poda de maneira adequada e o
bairro está no escuro. Parece que São Paulo não tem prefeito. Só na propaganda,
né? Isso a propaganda do Ricardo Nunes não mostra. E não é só aqui, temos recebido
notícias de dezenas de bairros da cidade em caos, sem semáforo funcionando, com
árvores caindo (...) Essa é São Paulo depois de uma chuva de menos de uma hora.
Não é fácil, né? Imagino que muitos de vocês devem estar passando pela mesma
situação, tentando chegar em casa agora. E aí, cadê o prefeito Ricardo Nunes
agora?", questionou Boulos em outro vídeo.
¨
Ministro acena com o fim da concessão da
Enel
O ministro de Minas e
Energia, Alexandre Silveira, acenou ao fim do contrato de concessão de energia
à Enel em São Paulo, após novos apagões atingirem o estado castigado por
chuvas.
“Determinei a abertura
de processo administrativo para averiguar as falhas e transgressões da
concessionária, com a aplicação das sanções cabíveis, incluindo a declaração de
caducidade”, afirmou o ministro em ofício dirigido ao presidente da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, neste domingo
(13).
No ofício, consta uma
solicitação para que a Aneel apresente um plano de contingência contra os
apagões registrados em São Paulo desde sexta-feira (11). A Aneel terá uma
reunião com a Enel, distribuidora de energia na cidade, para debater ações para
reestabelecer a energia nos pontos que ainda estão sem luz.
Balanço divulgado na
tarde deste domingo pela Enel mostra que 760 mil clientes da região
metropolitana de São Paulo ainda são afetados pela falta de energia elétrica.
Ou seja, quase 11% da base de clientes da distribuidora estão há cerca de 40
horas sem luz em São Paulo e não há previsão para o restabelecimento do
serviço.
<><> Enel
mobilizou menos funcionários do que deveria, diz Aneel
A concessionária de
energia de São Paulo, Enel, mobilizou menos técnicos em campo do que o esperado
e não cumpriu com o plano de contingenciamento para enfrentar a crise
climática, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel), Sandoval Feitosa, em entrevista coletiva na noite de domingo (13). A
capital paulista inicia o terceiro dia de “apagão”, com 537 mil sem energia.
“A percepção que nós
temos a respeito da recuperação do serviço é que ela [a Enel] de fato não tem
atendido todas as expectativas com relação ao ano passado”, afirmou Feitosa.
“Claro que esses
números precisam ser melhor depurados, porque agora temos uma quantidade de
consumidores muito grande que estão interrompidos em função do evento. E há
outros consumidores que têm ausência do seu serviço por questões da rotina
diária do serviço de distribuição”, concluiu.
A Aneel afirma que 2,1
milhões dos 2,6 milhões de consumidores afetados por interrupções no
fornecimento de energia em São Paulo estão localizados na área de concessão da
Enel. O Procon-SP anunciou que vai notificar a Enel para explicar a demora para
a volta da energia.
No domingo, a empresa
afirmou que o serviço foi restabelecido para 1,4 milhão de clientes, mas não
definiu prazo para solução do problema para os 698,8 mil que ainda estão no
escuro. Na manhã desta segunda, a concessionária atualizou o número: 537 mil continuavam
sem energia elétrica.
Segundo a Enel, cerca
de 354 mil estão na capital paulista, 38,1 mil em São Bernardo do Campo, 36,9
mil em Cotia e 32,7 mil em Taboão da Serra.
Segundo a Enel, cerca
de 1.700 técnicos estão trabalhando para tentar resolver o problema, e equipes
de outros estados, como Rio de Janeiro e Ceará, e até funcionários de outras
distribuidoras, serão utilizados para ampliar o grupo de profissionais dedicados
à força-tarefa.
<><> Enel
cortou investimentos e ampliou pagamento de dividendos a acionistas
estrangeiros
Mais uma vez a
população de São Paulo é vítima do descaso da Enel. Durante o fim de semana,
2,1 milhões de consumidores ficaram sem eletricidade em São Paulo. A
empresa italiana adotou uma estratégia global de redução de custos, do número
de funcionários e de investimentos, privilegiando o pagamento de dividendos a
acionistas estrangeiros, aponta reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.
Em 2023, a empresa
tinha 15.366 funcionários, uma queda significativa em comparação aos quase 27
mil de 2020.
A crise de
confiabilidade no serviço da Enel reforça as críticas de que uma estratégia de
corte de custos e priorização de dividendos para acionistas estrangeiros, em
vez de reinvestimento em melhorias na infraestrutura, pode estar comprometendo
a qualidade do fornecimento de energia.
Essa tensão é ampliada
pelo histórico recente da empresa no Brasil. Após o anúncio de novembro de
2023, que também deixou milhões sem luz, a Enel promoveu uma troca de sua
liderança no país como parte de uma tentativa de recuperar sua imagem. No
entanto, mesmo com as mudanças internacionais e promessas de investimento, o
impacto dos cortes de pessoal e a redução de trabalhadores terceirizados
geraram questionamentos sobre a capacidade da empresa de responder de maneira
eficaz às demandas da população.
A resposta da Enel ao
apagão na região metropolitana de São Paulo ficou aquém do esperado, afirmaram
representantes da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e da Arsesp
(Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo) após reunião neste domingo
(13). O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que a empresa
responsável pelo fornecimento de energia em São Paulo não cumpriu com o plano
de contingência para eventos climáticos extremos e mobilizou poucos
funcionários para lidar com a situação
Fonte: Fórum/Infomoney/Brasil
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