Paramilitares bolsonaristas estão levando
sua guerra covarde ao campo, é guerra o que eles vão ter!
“A reação
latifundiária bolsonarista, depois de várias derrotas impostas pela LCP em
Rondônia, razão pela qual criaram, com total incentivo do então Presidente da
República Bolsonaro, a força paramilitar “Invasão Zero”, que em pouco tempo de
existência tantos crimes já cometeu e comete pelo País, em Barro Branco, sofreu
sua primeira derrota. É a primeira de várias que amargará, pois cada vez mais
os camponeses, indígenas e quilombolas percebem que só elevando sua autodefesa
poderão assegurar seus direitos. Já em 2023, numa declaração pública a LCP
alertou os camponeses de todo o País e os conclamou a defender seu direito a
terra de armas nas mãos. Esta horda paramilitar bolsonarista está levando sua
guerra covarde ao campo, é guerra que eles vão ter!”. Assim inicia o comunicado
conjunto da Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres e da Liga dos
Camponeses Pobres do Nordeste.
O comunicado, tornado
público hoje, trata em detalhes da Batalha Camponesa em Barro Branco, em
Jaqueira, na Zona da Mata de Pernambuco.
A LCP relata que, no
dia 28 de outubro, “o movimento bolsonarista ‘Invasão Zero’ fez mais um de seus
ataques terroristas contra as massas do campo. Em diversas regiões do País,
este grupo paramilitar, financiado por
latifundiários, contando com o apoio político de ‘autoridades’” do velho
Estado e o suporte militar das PMs e Polícias Civis, armado até os dentes tem
atacado as mobilizações dos camponeses, quilombolas e indígenas”, porém, desta
vez, “levaram chumbo grosso”:
“O último ataque, de
28 de setembro, foi o maior que fizeram contra os posseiros de Barro Branco.
Foi também a maior derrota que sofreram. Enfileiraram suas caminhonetes, com
duas retroescavadeiras na frente e a tropa da PM na retaguarda. Como sempre, vieram
com sua arrogância coronelista, mandando os camponeses saírem do caminho,
acreditando que aquelas massas aceitariam, mais uma vez, ver suas casas serem
demolidas e soterradas. Desta vez toparam com duas barricadas e muito fogo no
caminho. Encurralado pelas pedras lançadas e pelo fogo ateado pela resistência,
mostraram o tamanho de sua ‘valentia’ e como covardes fugiram desesperados. O
presidente estadual do ‘Invasão Zero’, tão acostumado a bater em camponeses,
ele e outro de seu bando levaram chumbo quente. Uma retroescavadeira também
ficou destruída e um dos cachorros rottweiler levados pelos criminosos para
intimidar os camponeses, terminou morto pelo fogo das barricadas”, destaca a
LCP.
• ‘Horda paramilitar acostumada a agredir
impunemente’
A LCP denunciou ainda
que o “Invasão Zero” tem realizado um conjunto de operações de guerra contra os
camponeses, acostumado a agir sem resistência a altura.
“Em diversas regiões
do País, este grupo paramilitar, financiado por
latifundiários, contando com o apoio político de ‘autoridades’ do velho
Estado e o suporte militar das PMs e Polícias Civis, armado até os dentes tem
atacado as mobilizações dos camponeses, quilombolas e indígenas. Em 2024,
reunindo um grande número de caminhonetes com bandos armados, o ‘Invasão Zero’
atacou camponeses desarmados no Pará, impedindo uma justa retomada de terras.
Na Bahia, contando com o apoio da PM do governo petista, atacou uma mobilização
indígena e assassinaram a companheira Nega Pataxó. No início do ano, em
Rondônia, no município de Machadinho D’Oeste, mais de 100 homens armados
cercaram um acampamento sem nenhuma bandeira, renderam os camponeses,
torturaram várias pessoas e os entregaram para a PM. Da mesma forma tem atacado
sistematicamente os Guaranis-kaiowás no Mato Grosso do Sul e, em 9 de setembro
o mesmo bando assassinou a jovem liderança guarani Neri Ramos da Silva,
enquanto a Força Nacional de Segurança, enviada pelo governo Luiz Inácio, nada
fez para impedir os assassinos. Também no Paraná, no município de Terra Roxa,
onde os Awá-guaranis tentam retomar as terras griladas pela fazenda Brilhante,
o mesmo ‘Invasão Zero’ sob as vistas da FNS incendiou o paiol de produtos e
feriu 4 indígenas”, destacou o movimento.
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Reproduzimos abaixo o comunicado completo.
• Autodefesa dos camponeses enfrenta e
derrota ataque das hordas paramilitares “Invasão Zero”
O movimento
bolsonarista “Invasão Zero” fez mais um de seus ataques terroristas contra as
massas do campo. Em diversas regiões do País, este grupo paramilitar,
financiado por latifundiários, contando
com o apoio político de “autoridades” do velho Estado e o suporte militar das
PMs e Polícias Civis, armado até os dentes tem atacado as mobilizações dos
camponeses, quilombolas e indígenas. Em 2024, reunindo um grande número de
caminhonetes com bandos armados, o “Invasão Zero” atacou camponeses desarmados
no Pará, impedindo uma justa retomada de terras. Na Bahia, contando com o apoio
da PM do governo petista, atacou uma mobilização indígena e assassinaram a
companheira Nega Pataxó. No início do ano, em Rondônia, no município de
Machadinho D’Oeste, mais de 100 homens armados cercaram um acampamento sem
nenhuma bandeira, renderam os camponeses, torturaram várias pessoas e os
entregaram para a PM. Da mesma forma tem atacado sistematicamente os
Guaranis-kaiowás no Mato Grosso do Sul e, em 9 de setembro o mesmo bando
assassinou a jovem liderança guarani Neri Ramos da Silva, enquanto a Força
Nacional de Segurança, enviada pelo governo Luiz Inácio, nada fez para impedir
os assassinos. Também no Paraná, no município de Terra Roxa, onde os
Awá-guaranis tentam retomar as terras griladas pela fazenda Brilhante, o mesmo
“Invasão Zero” sob as vistas da FNS incendiou o paiol de produtos e feriu 4
indígenas.
No sábado, dia 28 de
setembro de 2024, este grupo reacionário da extrema-direita atacou a comunidade
Barro Branco no município de Jaqueira, Zona da Mata de Pernambuco. Como de
costume reuniu um grande grupo de pistoleiros e latifundiários, contando mais de
50 criminosos, em 14 caminhonetes. Estes covardes contavam com o suporte de
mais de 50 policiais militares do 10º BPM de Palmares, para fazerem a segurança
de seu ataque criminoso. À frente desta horda estava o presidente estadual do
“Invasão Zero”, o latifundiário José Antônio Fonseca de Mello.
Este ataque criminoso
aconteceu pela manhã, pois a pandilha pretendia atacar a comunidade Barro
Branco, quando a maior parte de seus moradores se encontrava no centro de
Jaqueira, na feira semanal da cidade. Os objetivos desses terroristas era
destruir a sede da Associação de Barro Branco e as casas de suas principais
lideranças. No entanto, desta vez, o bando paramilitar “Invasão Zero” foi
derrotado pela autodefesa dos posseiros que lutam em defesa de sua terra de
direito e de fato, numa batalha feroz de mais de 6 horas, expulsando os
criminosos.
A comunidade do
Engenho Barro Branco é composta por centenas de famílias, que vivem e trabalham
naquelas terras há mais de 100 anos. Todos ali eram moradores da antiga Usina
Frei Caneca e por décadas foram submetidos a relações semifeudais de exploração
por esse latifúndio. Durante todo o ano, cultivavam pequenas glebas em volta de
suas casas e, durante o período do plantio e corte da cana, trabalhavam a troco
de míseras diárias para a Usina. Esta forma de exploração, extremamente comum
na região, sempre foi utilizada pelo latifúndio, pois permite a este, tanto
fixar a força de trabalho na terra, para tê-la disponível quando necessitava de
grande contingente de trabalhadores, quanto para rebaixar os salários dos
trabalhadores durante o corte da cana, principalmente.
No início dos anos
2000, a Usina Frei Caneca faliu e deixou de moer cana e fabricar açúcar. Nessas
condições, os antigos moradores se transformaram em posseiros livres daquelas
terras, podendo assim aumentar sua produção e criação. A Usina nunca pagou os
direitos trabalhistas atrasados, muito menos as indenizações a que tinham
direito aquelas famílias pelas décadas daquela exploração. A reivindicação do
corte de todas as terras da Usina falida e sua entrega aos moradores e
trabalhadores de décadas a fio, era mais do que justa.
A partir de 2015, as
terras da Usina falida passam a ser ilegalmente arrendadas para grandes grupos
latifundiários de criação de gado para abate e exportação de carne. Inicia-se
então uma guerra não declarada contra os mais de 5 mil posseiros daquelas terras.
Inúmeros crimes foram cometidos por estes grupos, num processo de expropriação
de posses camponesas que não se restringiu à cidade de Jaqueira, mas que
abarcou toda a Região da Mata Sul pernambucana. No Engenho Barro Branco, muitos
camponeses foram expulsos de suas casas, e várias destas foram derrubadas e
mesmo soterradas pelos capangas do latifúndio.
Com muita resistência
e união, diversas comunidades de posseiros permaneceram dentro das terras,
lutando e reivindicando por seus direitos. Os órgãos do velho Estado, poder
judiciário, governo estadual, Incra, Iterpe, etc, sempre se colocaram do lado
dos latifundiários, isto é, dos usineiros falidos e do grupo agroexportador.
Como “solução” do conflito, propuseram assentar os camponeses em pequenas
parcelas de terras muito distantes dali. Ou seja, propunham tirar aquelas
famílias, que há mais de século vivem ali, para que o gado tomasse conta do
lugar.
Claro que as famílias
do Engenho Barro Branco não aceitaram esta proposta, e desde 2023, já cansados
da enrolação dos órgãos do Estado e das nunca cumpridas promessas de solução do
oportunismo, se uniram à Liga dos Camponeses Pobres para organizar sua luta com
a mobilização das massas pela conquista da terra. O grupo latifundiário, do
ladrão de terras públicas Guilherme Maranhão, que desde 2018 reinava no local,
cometendo impunemente todos os crimes contra os camponeses, ao arrepio da lei e
com a conveniente cegueira do judiciário, passou a enfrentar uma resistência
mais tenaz e organizada. A cada ataque do latifúndio, este recebia uma
resposta. Cortava a cerca dos posseiros e, agora, via o arrasamento das suas
estruturas para manejo do gado. Afinal, se não há justiça a favor dos pobres
neste País, só resta a estes o antigo princípio de olho por olho, dente por
dente.
O último ataque, de 28
de setembro, foi o maior que fizeram contra os posseiros de Barro Branco. Foi
também a maior derrota que sofreram. Enfileiraram suas caminhonetes, com duas
retroescavadeiras na frente e a tropa da PM na retaguarda. Como sempre, vieram
com sua arrogância coronelista, mandando os camponeses saírem do caminho,
acreditando que aquelas massas aceitariam, mais uma vez, ver suas casas serem
demolidas e soterradas. Desta vez toparam com duas barricadas e muito fogo no
caminho. Encurralado pelas pedras lançadas e pelo fogo ateado pela resistência,
mostraram o tamanho de sua “valentia” e como covardes fugiram desesperados. O
presidente estadual do “Invasão Zero” tão acostumado a bater em camponeses, ele
e outro de seu bando levaram chumbo quente. Uma retroescavadeira também ficou
destruída e um dos cachorros rottweiler levados pelos criminosos para intimidar
os camponeses, terminou morto pelo fogo das barricadas.
Dois camponeses e uma
estudante da UFPE foram feridos a bala. Terminada a batalha os companheiros
feridos receberam atendimento médico e ficaram bem, e todos retornaram
vitoriosos para o Engenho Barro Branco. A reação latifundiária bolsonarista,
depois de várias derrotas impostas pela LCP em Rondônia, razão pela qual
criaram, com total incentivo do então Presidente da República Bolsonaro, a
força paramilitar “Invasão Zero”, que em pouco tempo de existência tantos
crimes já cometeu e comete pelo País, em Barro Branco, sofreu sua primeira
derrota. É a primeira de várias que amargará, pois cada vez mais os camponeses,
indígenas e quilombolas percebem que só elevando sua autodefesa poderão
assegurar seus direitos. Já em 2023, numa declaração pública a LCP alertou os
camponeses de todo o País e os conclamou a defender seu direito a terra de
armas nas mãos. Esta horda paramilitar bolsonarista está levando sua guerra
covarde ao campo, é guerra que eles vão ter!
O velho Estado
brasileiro sempre esteve do lado dos latifundiários, porque são seus criadores
e um dos seus principais sustentadores junto com o imperialismo, principalmente
ianque (norte-americano) e a grande burguesia local. Depois desta ação
criminosa, ademais de ilegal, a qual reação e desavisados chamaram de
“reintegração de posse”, o aparato de Estado, como sempre, se voltou contra as
organizações camponesas, buscando criminalizá-las. Que fique bem claro, no dia
28 de setembro, não houve nenhum cumprimento de “reintegração de posse”. Ao
contrário, o que houve foi um ataque desse bando paramilitar do latifúndio
criado sob a denominação de “Invasão Zero” contra a posse centenária dos
camponeses do Engenho Barro Branco. Os sítios dos camponeses foram atacados e
parte de suas plantações foram destruídas. Esses bandidos queriam derrubar as
casas construídas a décadas pelos posseiros, todas de alvenaria e cobertas por
telhas, onde viveram seus bisavós e avós, e onde hoje vivem e trabalham. Mas
estes ladrões de terra não conseguiram, pois se defrontaram com a intrépida
resistência camponesa e o destemido apoio de estudantes, professores e outras
organizações populares e democráticas, presentes em uma Missão de
Solidariedade.
Esta é velha sina dos
camponeses no Brasil. O judiciário deste velho Estado burguês-latifundiário só
reconhece o “sagrado” direito à propriedade privada, se esta propriedade for do
latifúndio; quando a propriedade ou a posse é de um camponês ou de povos indígenas
e quilombolas, o direito a propriedade é simplesmente atropelado pelas próprias
instituições, fiscais das leis, deste Estado em decomposição, por suas polícias
e pelos bandos de pistoleiros e paramilitares do latifúndio, que expulsam os
camponeses, roubam suas terras e seus bens. Quando as terras são públicas, se é
um camponês que se apossa do menor pedaço que seja, logo será expulso e
criminalizado; se é um latifundiário aí a história é diferente, para este
“empresário” haverão todos os direitos e logo seu “grilo” (escritura forjada,
falsa) da terra pública será legalizado para o “bem da nação”. Assim é o
direito nesta sociedade semifeudal como a nossa: na letra, todos são iguais
perante a lei; na prática, alguns são mais iguais que os outros. Ou seja, os
camponeses são menos cidadãos que os latifundiários, na prática nunca seu
direito é respeitado, mesmo se for o da “propriedade privada”.
Nestas condições, só
há um caminho para os camponeses, indígenas e quilombolas: é o caminho da
Revolução Agrária, como parte inseparável da Revolução de Nova Democracia.
Somente revolucionando o campo, destruindo o latifúndio e seu velho Estado, as
massas poderão conquistar o sagrado direito da terra para quem nela vive e
trabalha. A revolução agrária é a destruição, na prática, destas relações de
produção semifeudais que desde a origem da nação brasileira (cinco séculos)
vigoram no campo; hoje, a revolução agrária, ademais, é a derrota na prática da
extrema-direita. Como afirmou o grande revolucionário peruano Mariátegui, a
luta pela terra é sempre violenta e por isso toca desde o início na questão
política do Poder. Sob a direção da classe operária revolucionária, o
insurgente campesinato brasileiro avança a cada luta em direção à construção de
um Novo Poder.
Em agosto de 2024, no
pronunciamento sobre os 29 anos da Heroica Batalha Camponesa armada de Santa
Elina, a Comissão Nacional das Ligas dos Camponeses Pobres (LCP) novamente
conclamou os camponeses de todo País a preparar autodefesas armadas contra a
guerra de extermínio dos camponeses, indígenas e quilombolas em luta pela
terra, levada pelas hordas paramilitares bolsonaristas, organizadas e
financiadas pelo latifúndio e em curso no campo por todo território nacional. O
assassinato de Mãe Bernadete, de Nega Pataxó e dos indígenas Guarani-Kaiowás e
outras dezenas de ataques a camponeses em luta pela terra e assassinato de suas
lideranças demonstram que só com a resistência armada os pobres do campo, mesmo
em condições desiguais, podem vencer esses parasitas da nação, latifundiários
ladrões de terra da União e dos camponeses, e as hordas de pistoleiros e
paramilitares da extrema-direita bolsonarista. A condenação a essa conclamação
da LCP por oportunistas de plantão não são mais que sintomas de frouxidão e covardia
da natureza enferma e em decomposição desses enganadores do povo.
Recentemente, o
presidente Luiz Inácio foi criticado publicamente por uma histórica liderança
indígena pela completa paralisia de seu governo em relação a demarcação dos
territórios indígenas. Lula sentiu o golpe e numa resposta furibunda colocou a
culpa da omissão de seu governo na maioria reacionária que hoje domina o
parlamento brasileiro. Desculpa esfarrapada, pois é decisão de seu governo
centrar a política econômica no latifúndio embelezado com o nome de
“agronegócio”, na desindustrialização e desnacionalização da economia,
baseando-se nas alianças políticas com forças reacionárias em nome de enfrentar
a extrema-direita. É decisão de Luíz Inácio a política de apaziguamento com os
generais golpistas, de colaboração e conciliação de classes e da ilusão de que
a suprema corte (STF) desse velho Estado de grandes burgueses e latifundiários,
lacaios do imperialismo, principalmente do imperialismo ianque pode deter a
ofensiva contrarrevolucionária preventiva ao inevitável levantamento do povo e
por salvar este apodrecido sistema de opressão e exploração de nosso povo e de
subjugação estrangeira de nossa Pátria e que há dez anos arrasta o País em
sucessivas crises políticas. Só com a mobilização do povo na luta combativa e
revolucionária é possível aplastar toda esta ofensiva da reação e do fascismo.
Isto é o que nos ensina a história. Hoje no Brasil, só a sólida aliança
operário-camponesa construída na luta revolucionária pela destruição do
latifúndio, pela terra a quem nela trabalha e de defesa dos direitos do povo,
fortemente unida com as mulheres do povo, os estudantes e a juventude
combatente, com os professores e demais intelectuais honestos, com os pequenos
proprietários e com todas as forças verdadeiramente democráticas e
progressistas se poderá esmagar toda a extrema-direita e a direita militarmente
ativa, paralisar os conservadores e liberais sinceros a não se unirem à
contrarrevolução, defender as liberdades e conquistar uma nova democracia e o
Brasil Novo.
A resistência feroz
dos posseiros do Engenho Barro Branco é a continuidade da heroica luta dos
camponeses de Santa Elina, de Eldorado dos Carajás, dos povos guaranis,
kaiowas, tupinambás, caigangues, mundurucus, pataxós e tantos outros, do
acampamento Manoel Ribeiro e as batalhas sangrentas dos camponeses do Tiago dos
Santos, para citar alguns exemplos de nossa história recente. Assim como é
também a continuidade de todas as lutas combativas de nosso povo como
continuação da resistência e rebelião indígena da Confederação dos Tamoios e a
guerra de mais de 100 anos dos Aimorés, as lutas quilombolas contra a
escravidão e dos colonizados contra o jugo português, e as de todos estes três
pilares de nossa raça contra o genocida Estado colonial/semicolonial de senhores
de terra e de escravos, Estado de grandes burgueses e latifundiários, lacaio do
imperialismo; resistência e guerra contra o latifúndio de mais de 5 séculos. É,
em último termo o único caminho pelo qual podem as massas do campo conquistarem
sua terra e criar a base para levantar a República democrática popular, tarefa
histórica, pendente e atrasada.
A histórica saga do
caminho democrático em nosso País para derrotar o caminho burocrático dos
grandes burgueses e latifundiários lacaios do imperialismo, hoje se funde com a
Heroica Resistência Nacional Palestina que neste 07 de outubro completa-se um
ano de sua audaz contraofensiva que resplandece perante todo mundo e convoca
todos os oprimidos a levantarem-se contra o imperialismo caduco. O indômito
povo palestino luta há 76 anos contra a ocupação sionista de suas terras
milenares. O Estado sionista terrorista de Israel é uma entidade fantoche
sustentada e mantida pelo imperialismo ianque, para subjugar os povos árabes e
controlar suas fontes de petróleo e projetar seu poderio militar “geopolítico”.
Financiado pelo imperialismo ianque, Israel dispõe das armas mais letais e
segue seu crime de genocídio sem sofrer nenhuma punição por parte da dita
Comunidade Internacional, nada além das sanções da ONU tornadas letras mortas,
e nenhuma sequer do Tribunal Penal Internacional. Nós camponeses somos os
palestinos do Brasil e lutamos contra um inimigo armado até os dentes; mas
assim como o Povo Palestino, nossa luta é justa e venceremos inevitavelmente!
Há exatos 75 anos, o povo chinês, em mais de 27 anos de guerra popular
prolongada, derrotou três grandes inimigos que pesavam sobre o povo e a nação
chinesa: o imperialismo, o capitalismo burocrático e o latifúndio feudal e
semifeudal. Do mesmo modo, o povo palestino e o povo brasileiro, assegurarão a
sua completa libertação, mesmo que a luta cobre muito tempo para se cumprir,
nossa causa triunfará inevitavelmente!
A Comissão Nacional
das Ligas dos Camponeses Pobres e a LCP Nordeste conclamamos todas as
organizações de luta pela terra no estado de Pernambuco, do Sertão ao Litoral,
e os camponeses, povos indígenas e quilombolas de todo o País, a se mobilizarem
para confrontar e derrotar as hordas paramilitares bolsonaristas da
extrema-direita “Invasão Zero”, em toda situação que esta se apresente e a
apoiar a luta dos posseiros de Barro Branco.
## Comissão Nacional
das Ligas dos Camponeses Pobres – LCP
Liga dos Camponeses
Pobres – LCP Nordeste - Engenho Barro Branco, Jaqueira, outubro de 2024
Fonte: A Nova
Democracia
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