terça-feira, 15 de outubro de 2024

Paramilitares bolsonaristas estão levando sua guerra covarde ao campo, é guerra o que eles vão ter!

“A reação latifundiária bolsonarista, depois de várias derrotas impostas pela LCP em Rondônia, razão pela qual criaram, com total incentivo do então Presidente da República Bolsonaro, a força paramilitar “Invasão Zero”, que em pouco tempo de existência tantos crimes já cometeu e comete pelo País, em Barro Branco, sofreu sua primeira derrota. É a primeira de várias que amargará, pois cada vez mais os camponeses, indígenas e quilombolas percebem que só elevando sua autodefesa poderão assegurar seus direitos. Já em 2023, numa declaração pública a LCP alertou os camponeses de todo o País e os conclamou a defender seu direito a terra de armas nas mãos. Esta horda paramilitar bolsonarista está levando sua guerra covarde ao campo, é guerra que eles vão ter!”. Assim inicia o comunicado conjunto da Comissão Nacional das Ligas de Camponeses Pobres e da Liga dos Camponeses Pobres do Nordeste.

O comunicado, tornado público hoje, trata em detalhes da Batalha Camponesa em Barro Branco, em Jaqueira, na Zona da Mata de Pernambuco.

A LCP relata que, no dia 28 de outubro, “o movimento bolsonarista ‘Invasão Zero’ fez mais um de seus ataques terroristas contra as massas do campo. Em diversas regiões do País, este grupo paramilitar, financiado por  latifundiários, contando com o apoio político de ‘autoridades’” do velho Estado e o suporte militar das PMs e Polícias Civis, armado até os dentes tem atacado as mobilizações dos camponeses, quilombolas e indígenas”, porém, desta vez, “levaram chumbo grosso”:

“O último ataque, de 28 de setembro, foi o maior que fizeram contra os posseiros de Barro Branco. Foi também a maior derrota que sofreram. Enfileiraram suas caminhonetes, com duas retroescavadeiras na frente e a tropa da PM na retaguarda. Como sempre, vieram com sua arrogância coronelista, mandando os camponeses saírem do caminho, acreditando que aquelas massas aceitariam, mais uma vez, ver suas casas serem demolidas e soterradas. Desta vez toparam com duas barricadas e muito fogo no caminho. Encurralado pelas pedras lançadas e pelo fogo ateado pela resistência, mostraram o tamanho de sua ‘valentia’ e como covardes fugiram desesperados. O presidente estadual do ‘Invasão Zero’, tão acostumado a bater em camponeses, ele e outro de seu bando levaram chumbo quente. Uma retroescavadeira também ficou destruída e um dos cachorros rottweiler levados pelos criminosos para intimidar os camponeses, terminou morto pelo fogo das barricadas”, destaca a LCP.

•        ‘Horda paramilitar acostumada a agredir impunemente’

A LCP denunciou ainda que o “Invasão Zero” tem realizado um conjunto de operações de guerra contra os camponeses, acostumado a agir sem resistência a altura.

“Em diversas regiões do País, este grupo paramilitar, financiado por  latifundiários, contando com o apoio político de ‘autoridades’ do velho Estado e o suporte militar das PMs e Polícias Civis, armado até os dentes tem atacado as mobilizações dos camponeses, quilombolas e indígenas. Em 2024, reunindo um grande número de caminhonetes com bandos armados, o ‘Invasão Zero’ atacou camponeses desarmados no Pará, impedindo uma justa retomada de terras. Na Bahia, contando com o apoio da PM do governo petista, atacou uma mobilização indígena e assassinaram a companheira Nega Pataxó. No início do ano, em Rondônia, no município de Machadinho D’Oeste, mais de 100 homens armados cercaram um acampamento sem nenhuma bandeira, renderam os camponeses, torturaram várias pessoas e os entregaram para a PM. Da mesma forma tem atacado sistematicamente os Guaranis-kaiowás no Mato Grosso do Sul e, em 9 de setembro o mesmo bando assassinou a jovem liderança guarani Neri Ramos da Silva, enquanto a Força Nacional de Segurança, enviada pelo governo Luiz Inácio, nada fez para impedir os assassinos. Também no Paraná, no município de Terra Roxa, onde os Awá-guaranis tentam retomar as terras griladas pela fazenda Brilhante, o mesmo ‘Invasão Zero’ sob as vistas da FNS incendiou o paiol de produtos e feriu 4 indígenas”, destacou o movimento.

<><> Reproduzimos abaixo o comunicado completo.

•        Autodefesa dos camponeses enfrenta e derrota ataque das hordas paramilitares “Invasão Zero”

O movimento bolsonarista “Invasão Zero” fez mais um de seus ataques terroristas contra as massas do campo. Em diversas regiões do País, este grupo paramilitar, financiado por  latifundiários, contando com o apoio político de “autoridades” do velho Estado e o suporte militar das PMs e Polícias Civis, armado até os dentes tem atacado as mobilizações dos camponeses, quilombolas e indígenas. Em 2024, reunindo um grande número de caminhonetes com bandos armados, o “Invasão Zero” atacou camponeses desarmados no Pará, impedindo uma justa retomada de terras. Na Bahia, contando com o apoio da PM do governo petista, atacou uma mobilização indígena e assassinaram a companheira Nega Pataxó. No início do ano, em Rondônia, no município de Machadinho D’Oeste, mais de 100 homens armados cercaram um acampamento sem nenhuma bandeira, renderam os camponeses, torturaram várias pessoas e os entregaram para a PM. Da mesma forma tem atacado sistematicamente os Guaranis-kaiowás no Mato Grosso do Sul e, em 9 de setembro o mesmo bando assassinou a jovem liderança guarani Neri Ramos da Silva, enquanto a Força Nacional de Segurança, enviada pelo governo Luiz Inácio, nada fez para impedir os assassinos. Também no Paraná, no município de Terra Roxa, onde os Awá-guaranis tentam retomar as terras griladas pela fazenda Brilhante, o mesmo “Invasão Zero” sob as vistas da FNS incendiou o paiol de produtos e feriu 4 indígenas.

No sábado, dia 28 de setembro de 2024, este grupo reacionário da extrema-direita atacou a comunidade Barro Branco no município de Jaqueira, Zona da Mata de Pernambuco. Como de costume reuniu um grande grupo de pistoleiros e latifundiários, contando mais de 50 criminosos, em 14 caminhonetes. Estes covardes contavam com o suporte de mais de 50 policiais militares do 10º BPM de Palmares, para fazerem a segurança de seu ataque criminoso. À frente desta horda estava o presidente estadual do “Invasão Zero”, o latifundiário José Antônio Fonseca de Mello.

Este ataque criminoso aconteceu pela manhã, pois a pandilha pretendia atacar a comunidade Barro Branco, quando a maior parte de seus moradores se encontrava no centro de Jaqueira, na feira semanal da cidade. Os objetivos desses terroristas era destruir a sede da Associação de Barro Branco e as casas de suas principais lideranças. No entanto, desta vez, o bando paramilitar “Invasão Zero” foi derrotado pela autodefesa dos posseiros que lutam em defesa de sua terra de direito e de fato, numa batalha feroz de mais de 6 horas, expulsando os criminosos.

A comunidade do Engenho Barro Branco é composta por centenas de famílias, que vivem e trabalham naquelas terras há mais de 100 anos. Todos ali eram moradores da antiga Usina Frei Caneca e por décadas foram submetidos a relações semifeudais de exploração por esse latifúndio. Durante todo o ano, cultivavam pequenas glebas em volta de suas casas e, durante o período do plantio e corte da cana, trabalhavam a troco de míseras diárias para a Usina. Esta forma de exploração, extremamente comum na região, sempre foi utilizada pelo latifúndio, pois permite a este, tanto fixar a força de trabalho na terra, para tê-la disponível quando necessitava de grande contingente de trabalhadores, quanto para rebaixar os salários dos trabalhadores durante o corte da cana, principalmente.

No início dos anos 2000, a Usina Frei Caneca faliu e deixou de moer cana e fabricar açúcar. Nessas condições, os antigos moradores se transformaram em posseiros livres daquelas terras, podendo assim aumentar sua produção e criação. A Usina nunca pagou os direitos trabalhistas atrasados, muito menos as indenizações a que tinham direito aquelas famílias pelas décadas daquela exploração. A reivindicação do corte de todas as terras da Usina falida e sua entrega aos moradores e trabalhadores de décadas a fio, era mais do que justa.

A partir de 2015, as terras da Usina falida passam a ser ilegalmente arrendadas para grandes grupos latifundiários de criação de gado para abate e exportação de carne. Inicia-se então uma guerra não declarada contra os mais de 5 mil posseiros daquelas terras. Inúmeros crimes foram cometidos por estes grupos, num processo de expropriação de posses camponesas que não se restringiu à cidade de Jaqueira, mas que abarcou toda a Região da Mata Sul pernambucana. No Engenho Barro Branco, muitos camponeses foram expulsos de suas casas, e várias destas foram derrubadas e mesmo soterradas pelos capangas do latifúndio.

Com muita resistência e união, diversas comunidades de posseiros permaneceram dentro das terras, lutando e reivindicando por seus direitos. Os órgãos do velho Estado, poder judiciário, governo estadual, Incra, Iterpe, etc, sempre se colocaram do lado dos latifundiários, isto é, dos usineiros falidos e do grupo agroexportador. Como “solução” do conflito, propuseram assentar os camponeses em pequenas parcelas de terras muito distantes dali. Ou seja, propunham tirar aquelas famílias, que há mais de século vivem ali, para que o gado tomasse conta do lugar.

Claro que as famílias do Engenho Barro Branco não aceitaram esta proposta, e desde 2023, já cansados da enrolação dos órgãos do Estado e das nunca cumpridas promessas de solução do oportunismo, se uniram à Liga dos Camponeses Pobres para organizar sua luta com a mobilização das massas pela conquista da terra. O grupo latifundiário, do ladrão de terras públicas Guilherme Maranhão, que desde 2018 reinava no local, cometendo impunemente todos os crimes contra os camponeses, ao arrepio da lei e com a conveniente cegueira do judiciário, passou a enfrentar uma resistência mais tenaz e organizada. A cada ataque do latifúndio, este recebia uma resposta. Cortava a cerca dos posseiros e, agora, via o arrasamento das suas estruturas para manejo do gado. Afinal, se não há justiça a favor dos pobres neste País, só resta a estes o antigo princípio de olho por olho, dente por dente.

O último ataque, de 28 de setembro, foi o maior que fizeram contra os posseiros de Barro Branco. Foi também a maior derrota que sofreram. Enfileiraram suas caminhonetes, com duas retroescavadeiras na frente e a tropa da PM na retaguarda. Como sempre, vieram com sua arrogância coronelista, mandando os camponeses saírem do caminho, acreditando que aquelas massas aceitariam, mais uma vez, ver suas casas serem demolidas e soterradas. Desta vez toparam com duas barricadas e muito fogo no caminho. Encurralado pelas pedras lançadas e pelo fogo ateado pela resistência, mostraram o tamanho de sua “valentia” e como covardes fugiram desesperados. O presidente estadual do “Invasão Zero” tão acostumado a bater em camponeses, ele e outro de seu bando levaram chumbo quente. Uma retroescavadeira também ficou destruída e um dos cachorros rottweiler levados pelos criminosos para intimidar os camponeses, terminou morto pelo fogo das barricadas.

Dois camponeses e uma estudante da UFPE foram feridos a bala. Terminada a batalha os companheiros feridos receberam atendimento médico e ficaram bem, e todos retornaram vitoriosos para o Engenho Barro Branco. A reação latifundiária bolsonarista, depois de várias derrotas impostas pela LCP em Rondônia, razão pela qual criaram, com total incentivo do então Presidente da República Bolsonaro, a força paramilitar “Invasão Zero”, que em pouco tempo de existência tantos crimes já cometeu e comete pelo País, em Barro Branco, sofreu sua primeira derrota. É a primeira de várias que amargará, pois cada vez mais os camponeses, indígenas e quilombolas percebem que só elevando sua autodefesa poderão assegurar seus direitos. Já em 2023, numa declaração pública a LCP alertou os camponeses de todo o País e os conclamou a defender seu direito a terra de armas nas mãos. Esta horda paramilitar bolsonarista está levando sua guerra covarde ao campo, é guerra que eles vão ter!

O velho Estado brasileiro sempre esteve do lado dos latifundiários, porque são seus criadores e um dos seus principais sustentadores junto com o imperialismo, principalmente ianque (norte-americano) e a grande burguesia local. Depois desta ação criminosa, ademais de ilegal, a qual reação e desavisados chamaram de “reintegração de posse”, o aparato de Estado, como sempre, se voltou contra as organizações camponesas, buscando criminalizá-las. Que fique bem claro, no dia 28 de setembro, não houve nenhum cumprimento de “reintegração de posse”. Ao contrário, o que houve foi um ataque desse bando paramilitar do latifúndio criado sob a denominação de “Invasão Zero” contra a posse centenária dos camponeses do Engenho Barro Branco. Os sítios dos camponeses foram atacados e parte de suas plantações foram destruídas. Esses bandidos queriam derrubar as casas construídas a décadas pelos posseiros, todas de alvenaria e cobertas por telhas, onde viveram seus bisavós e avós, e onde hoje vivem e trabalham. Mas estes ladrões de terra não conseguiram, pois se defrontaram com a intrépida resistência camponesa e o destemido apoio de estudantes, professores e outras organizações populares e democráticas, presentes em uma Missão de Solidariedade.

Esta é velha sina dos camponeses no Brasil. O judiciário deste velho Estado burguês-latifundiário só reconhece o “sagrado” direito à propriedade privada, se esta propriedade for do latifúndio; quando a propriedade ou a posse é de um camponês ou de povos indígenas e quilombolas, o direito a propriedade é simplesmente atropelado pelas próprias instituições, fiscais das leis, deste Estado em decomposição, por suas polícias e pelos bandos de pistoleiros e paramilitares do latifúndio, que expulsam os camponeses, roubam suas terras e seus bens. Quando as terras são públicas, se é um camponês que se apossa do menor pedaço que seja, logo será expulso e criminalizado; se é um latifundiário aí a história é diferente, para este “empresário” haverão todos os direitos e logo seu “grilo” (escritura forjada, falsa) da terra pública será legalizado para o “bem da nação”. Assim é o direito nesta sociedade semifeudal como a nossa: na letra, todos são iguais perante a lei; na prática, alguns são mais iguais que os outros. Ou seja, os camponeses são menos cidadãos que os latifundiários, na prática nunca seu direito é respeitado, mesmo se for o da “propriedade privada”.

Nestas condições, só há um caminho para os camponeses, indígenas e quilombolas: é o caminho da Revolução Agrária, como parte inseparável da Revolução de Nova Democracia. Somente revolucionando o campo, destruindo o latifúndio e seu velho Estado, as massas poderão conquistar o sagrado direito da terra para quem nela vive e trabalha. A revolução agrária é a destruição, na prática, destas relações de produção semifeudais que desde a origem da nação brasileira (cinco séculos) vigoram no campo; hoje, a revolução agrária, ademais, é a derrota na prática da extrema-direita. Como afirmou o grande revolucionário peruano Mariátegui, a luta pela terra é sempre violenta e por isso toca desde o início na questão política do Poder. Sob a direção da classe operária revolucionária, o insurgente campesinato brasileiro avança a cada luta em direção à construção de um Novo Poder.

Em agosto de 2024, no pronunciamento sobre os 29 anos da Heroica Batalha Camponesa armada de Santa Elina, a Comissão Nacional das Ligas dos Camponeses Pobres (LCP) novamente conclamou os camponeses de todo País a preparar autodefesas armadas contra a guerra de extermínio dos camponeses, indígenas e quilombolas em luta pela terra, levada pelas hordas paramilitares bolsonaristas, organizadas e financiadas pelo latifúndio e em curso no campo por todo território nacional. O assassinato de Mãe Bernadete, de Nega Pataxó e dos indígenas Guarani-Kaiowás e outras dezenas de ataques a camponeses em luta pela terra e assassinato de suas lideranças demonstram que só com a resistência armada os pobres do campo, mesmo em condições desiguais, podem vencer esses parasitas da nação, latifundiários ladrões de terra da União e dos camponeses, e as hordas de pistoleiros e paramilitares da extrema-direita bolsonarista. A condenação a essa conclamação da LCP por oportunistas de plantão não são mais que sintomas de frouxidão e covardia da natureza enferma e em decomposição desses enganadores do povo.

Recentemente, o presidente Luiz Inácio foi criticado publicamente por uma histórica liderança indígena pela completa paralisia de seu governo em relação a demarcação dos territórios indígenas. Lula sentiu o golpe e numa resposta furibunda colocou a culpa da omissão de seu governo na maioria reacionária que hoje domina o parlamento brasileiro. Desculpa esfarrapada, pois é decisão de seu governo centrar a política econômica no latifúndio embelezado com o nome de “agronegócio”, na desindustrialização e desnacionalização da economia, baseando-se nas alianças políticas com forças reacionárias em nome de enfrentar a extrema-direita. É decisão de Luíz Inácio a política de apaziguamento com os generais golpistas, de colaboração e conciliação de classes e da ilusão de que a suprema corte (STF) desse velho Estado de grandes burgueses e latifundiários, lacaios do imperialismo, principalmente do imperialismo ianque pode deter a ofensiva contrarrevolucionária preventiva ao inevitável levantamento do povo e por salvar este apodrecido sistema de opressão e exploração de nosso povo e de subjugação estrangeira de nossa Pátria e que há dez anos arrasta o País em sucessivas crises políticas. Só com a mobilização do povo na luta combativa e revolucionária é possível aplastar toda esta ofensiva da reação e do fascismo. Isto é o que nos ensina a história. Hoje no Brasil, só a sólida aliança operário-camponesa construída na luta revolucionária pela destruição do latifúndio, pela terra a quem nela trabalha e de defesa dos direitos do povo, fortemente unida com as mulheres do povo, os estudantes e a juventude combatente, com os professores e demais intelectuais honestos, com os pequenos proprietários e com todas as forças verdadeiramente democráticas e progressistas se poderá esmagar toda a extrema-direita e a direita militarmente ativa, paralisar os conservadores e liberais sinceros a não se unirem à contrarrevolução, defender as liberdades e conquistar uma nova democracia e o Brasil Novo.

A resistência feroz dos posseiros do Engenho Barro Branco é a continuidade da heroica luta dos camponeses de Santa Elina, de Eldorado dos Carajás, dos povos guaranis, kaiowas, tupinambás, caigangues, mundurucus, pataxós e tantos outros, do acampamento Manoel Ribeiro e as batalhas sangrentas dos camponeses do Tiago dos Santos, para citar alguns exemplos de nossa história recente. Assim como é também a continuidade de todas as lutas combativas de nosso povo como continuação da resistência e rebelião indígena da Confederação dos Tamoios e a guerra de mais de 100 anos dos Aimorés, as lutas quilombolas contra a escravidão e dos colonizados contra o jugo português, e as de todos estes três pilares de nossa raça contra o genocida Estado colonial/semicolonial de senhores de terra e de escravos, Estado de grandes burgueses e latifundiários, lacaio do imperialismo; resistência e guerra contra o latifúndio de mais de 5 séculos. É, em último termo o único caminho pelo qual podem as massas do campo conquistarem sua terra e criar a base para levantar a República democrática popular, tarefa histórica, pendente e atrasada.

A histórica saga do caminho democrático em nosso País para derrotar o caminho burocrático dos grandes burgueses e latifundiários lacaios do imperialismo, hoje se funde com a Heroica Resistência Nacional Palestina que neste 07 de outubro completa-se um ano de sua audaz contraofensiva que resplandece perante todo mundo e convoca todos os oprimidos a levantarem-se contra o imperialismo caduco. O indômito povo palestino luta há 76 anos contra a ocupação sionista de suas terras milenares. O Estado sionista terrorista de Israel é uma entidade fantoche sustentada e mantida pelo imperialismo ianque, para subjugar os povos árabes e controlar suas fontes de petróleo e projetar seu poderio militar “geopolítico”. Financiado pelo imperialismo ianque, Israel dispõe das armas mais letais e segue seu crime de genocídio sem sofrer nenhuma punição por parte da dita Comunidade Internacional, nada além das sanções da ONU tornadas letras mortas, e nenhuma sequer do Tribunal Penal Internacional. Nós camponeses somos os palestinos do Brasil e lutamos contra um inimigo armado até os dentes; mas assim como o Povo Palestino, nossa luta é justa e venceremos inevitavelmente! Há exatos 75 anos, o povo chinês, em mais de 27 anos de guerra popular prolongada, derrotou três grandes inimigos que pesavam sobre o povo e a nação chinesa: o imperialismo, o capitalismo burocrático e o latifúndio feudal e semifeudal. Do mesmo modo, o povo palestino e o povo brasileiro, assegurarão a sua completa libertação, mesmo que a luta cobre muito tempo para se cumprir, nossa causa triunfará inevitavelmente!

A Comissão Nacional das Ligas dos Camponeses Pobres e a LCP Nordeste conclamamos todas as organizações de luta pela terra no estado de Pernambuco, do Sertão ao Litoral, e os camponeses, povos indígenas e quilombolas de todo o País, a se mobilizarem para confrontar e derrotar as hordas paramilitares bolsonaristas da extrema-direita “Invasão Zero”, em toda situação que esta se apresente e a apoiar a luta dos posseiros de Barro Branco.

## Comissão Nacional das Ligas dos Camponeses Pobres – LCP

Liga dos Camponeses Pobres – LCP Nordeste - Engenho Barro Branco, Jaqueira, outubro de 2024

 

Fonte: A Nova Democracia

 

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