terça-feira, 15 de outubro de 2024

OTAN jogará o 'cadáver' da Ucrânia no lixo quando já não for necessária, diz Medvedev

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, ridicularizou um dos pontos do chamado "plano de vitória" da Ucrânia, que consiste em a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) convidar Kiev a integrar a aliança militar.

O atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky já havia manifestado essa opinião ao presidente dos EUA, Joe Biden, em uma reunião nos Estados Unidos.

Medvedev faz uma previsão sobre o futuro da Ucrânia se ela for admitida na OTAN: após o país ser usado, "o cadáver da Ucrânia" logo será jogado na lixeira.

O ex-presidente da Rússia comentou também a questão da ajuda do Ocidente à Ucrânia.

Ele indicou que, enquanto os países ocidentais não têm dinheiro para apoiar a situação na Flórida afetada pelo furacão Milton, para prestar assistência ao setor agrícola na França e à indústria na Alemanha, há sempre fundos para os políticos ucranianos e armamentos para "eliminação dos eslavos".

Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a Rússia está pronta para retornar aos "princípios de Istambul", concluídos nas últimas negociações entre a Rússia e a Ucrânia em 2022, mas levando em conta as novas realidades.

As propostas de Istambul incluíam a não adesão da Ucrânia à OTAN, a preservação de seu status não alinhado e garantias de segurança para Kiev, lembrou ele.

Em setembro de 2024, a ex-vice-secretária de Estado dos EUA para Assuntos Políticos, Victoria Nuland, admitiu indiretamente que a Ucrânia não assinou os acordos de Istambul com a Rússia devido a consultas com os norte-americanos e britânicos.

Segundo ela, os parceiros ocidentais de Kiev consideraram a principal condição da Rússia desvantajosa para a Ucrânia, pois supostamente consistia em "neutralizar a Ucrânia" militarmente, sem impor nenhuma restrição desse tipo à Rússia.

¨      Chanceler húngaro explica como a OTAN poderia ter evitado o conflito na Ucrânia

O atual impasse entre a Rússia e o Ocidente poderia ter sido evitado se a OTAN e os EUA tivessem se envolvido em negociações sérias sobre a demanda de garantias de segurança por parte de Moscou, argumentou o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto.

Em dezembro de 2021, dois meses antes da Rússia lançar sua operação militar na Ucrânia, ela apresentou uma lista de propostas de segurança para a OTAN e os EUA, insistindo que o bloco retirasse sua infraestrutura militar para as fronteiras de 1997.

O ponto-chave do documento era parar a expansão da OTAN, particularmente em relação à Ucrânia, que há muito tempo buscava se juntar ao bloco militar. No entanto, o bloco rejeitou a proposta, citando sua "política de portas abertas" para novos membros.

Em uma entrevista à RIA Novosti neste sábado (12), o chefe da diplomacia húngara sugeriu que os termos russos poderiam ter servido como base para evitar o conflito na Ucrânia.

"Eu me lembro daqueles tempos. Acho que o que estava faltando era uma discussão séria [...]. Acredito que se alguém tem um problema [...] e depois deve ser discutido. E essas discussões não ocorreram, infelizmente", disse o diplomata.

Szijjarto reconheceu que qualquer debate sobre o que poderia ter acontecido é agora irrelevante, mas enfatizou que desejava "que esses diálogos tivessem ocorrido. Porque se tivessem acontecido, talvez não estivéssemos na situação que estamos agora".

¨      Alemanha despreza exigências da Ucrânia por mísseis Taurus e adesão à OTAN, diz mídia

Berlim desprezou duas exigências importantes que Vladimir Zelensky tentou "vender" durante sua viagem pela Europa como parte de seu chamado "plano de vitória": receber sinal verde para ataques em profundidade ao território russo (o que exigiria mísseis Taurus alemães, entre outros) e acelerar a adesão da Ucrânia à OTAN, informou a mídia alemã.

De acordo com o Bild, Vladimir Zelensky tinha um itinerário cheio que envolvia uma rápida viagem pelo Reino Unido, França, Itália e Alemanha em uma tentativa de angariar apoio do Ocidente para o seu "plano de vitória".

O chanceler alemão Olaf Scholz, no entanto, não deu um "não" categórico, mas também não deu qualquer resposta positiva aos pedidos ucranianos, enfatizou o veículo. Além disso, o discurso do chanceler sobre os prometidos "bilhões em ajuda para a Ucrânia" em uma entrevista coletiva com Zelensky não passou de uma farsa, disse o Bild. Esse pacote não inclui nenhuma arma nova, já que a quantia e os projetos mencionados foram de fato "já aprovados e financiados no ano passado".

As esperanças de Kiev de obter mais tanques Leopard 2 foram frustradas, apesar de a Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) ainda terem cerca de 300 de seus principais tanques de batalha em seu inventário, afirmou o veículo. O mesmo se aplica a veículos de combate de infantaria e obuseiros blindados. A decisão ocorre porque o Ministério da Defesa alemão não acredita que Kiev seja capaz de realizar nova contraofensiva em um futuro próximo, disseram as fontes ao veículo.

"Até o final do ano, com o apoio da Bélgica, Dinamarca e Noruega, entregaremos outro pacote à Ucrânia no valor de € 1,4 bilhão [cerca de R$ 8,6 bilhões]", anunciou Scholz em 11 de outubro.

Além disso, com a eleição dos EUA se aproximando, o presidente norte-americano Joe Biden usou o furacão Milton como desculpa para não participar da reunião de Ramstein sobre apoio militar a Kiev, acrescentou a apuração.

A Alemanha, o segundo maior doador militar da Ucrânia depois dos EUA, até agora forneceu (ou planejou), assistência militar no valor de aproximadamente € 28 bilhões (aproximadamente R$ 172,3 bilhões). No entanto, em comparação com este ano, reduziu pela metade sua ajuda militar à Ucrânia para 2025, de acordo com o projeto orçamentário.

Moscou alertou repetidamente sobre o perigo do conflito ucraniano se transformar em uma guerra quente com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se esta permitir o uso de seus sistemas de ataque de longo alcance para atacar a Rússia.

¨      Polônia condiciona adesão de Kiev à UE à exumação de corpos da 2ª Guerra Mundial em solo ucraniano

Vladimir Zelensky ficou furioso após uma reunião no mês passado com o chanceler polonês, o qual fez questão de frear as ambições da Ucrânia de adesão rápida à União Europeia, escreve a Bloomberg neste domingo (13).

A mídia relata que, durante o intercâmbio em Kiev no mês passado, o ministro das Relações Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski, frustou as expectativas de acelerar o processo para entrada ucraniana no bloco europeu.

O chanceler mencionou as exigências de Varsóvia, incluindo a de que as vítimas dos massacres de poloneses étnicos na Segunda Guerra Mundial sejam exumadas das terras que agora pertencem à Ucrânia.

De acordo com os participantes da reunião, ouvidos pela agência norte-americana, Sikorski vinculou as exumações às negociações de adesão de Kiev à UE. Se a adesão à UE pode ser negociada em um fórum político, a questão dos massacres de poloneses em 1943 por nacionalistas ucranianos na região de Volyn está se tornando muito mais do que um debate entre historiadores. Estima-se que 100.000 pessoas, incluindo mulheres e crianças, pereceram no massacre, relembra a mídia.

As tensões renovadas com o vizinho, que pontuaram as relações mesmo depois da operação russa, ressaltam o difícil caminho da Ucrânia em direção à integração ocidental.

As coisas pareciam mais esperançosas um ano atrás. Quando Donald Tusk retornou ao cargo de primeiro-ministro da Polônia, Tusk prometeu melhorar as relações que haviam sofrido sob o governo anterior.

A administração passada impôs uma proibição às importações de grãos ucranianos em resposta aos fazendeiros que denunciaram o que chamaram de queda nos preços motivada por um excesso de trigo do leste.

Mas Tusk também teve que navegar na política polonesa. Enquanto ele jurou reunir apoio para Kiev em seu primeiro discurso ao parlamento em dezembro passado, o premiê garantiu que ele mostraria "assertividade cordial e amigável" em questões que pudessem colocar os interesses nacionais da Polônia em risco.

O vice-primeiro-ministro polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, disse que a adesão da Ucrânia à UE estava fora de questão até que os mortos fossem tratados com respeito. Tusk disse o mesmo.

"Há uma necessidade de cavar fundo nessa história se estamos prestes a construir um bom futuro. Enquanto não houver respeito por esses padrões do lado ucraniano, então a Ucrânia certamente não se tornará parte da família europeia", disse Kosiniak-Kamysz em uma entrevista coletiva em Varsóvia no final de agosto, segundo a Bloomberg.

A divisão das terras ucranianas entre a Polônia e a União Soviética após a Primeira Guerra Mundial alimentou queixas étnicas enquanto Varsóvia lançava políticas opressivas para assimilar novas populações. As hostilidades crescentes culminaram nos massacres de poloneses em Volyn de 1943 a 1945 e no subsequente reassentamento forçado de cerca de 150.000 ucranianos.

Embora Kiev reconheça as atrocidades de Volyn, também apelou à Polônia para não politizar a questão — e buscar maneiras para um acordo pacífico. Mas o foco de Sikorski na questão na reunião com Zelensky, que também contou com a presença do ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, mostrou que qualquer intenção de deixar isso para os historiadores era um fracasso em Varsóvia.

Questionado sobre a reunião, o chanceler polonês disse em uma entrevista de rádio que sabe "como expor as coisas com firmeza" — e recebeu garantias de que uma solução será encontrada. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrei Sibiga, se encontrou com seu colega polonês e presidente Andrzej Duda, em Varsóvia neste mês, e disse que as conversas foram "construtivas" e "pragmáticas".

A Polônia continua a pedir apoio militar cada vez maior para a Ucrânia, sanções mais duras contra a Rússia e acolheu quase dois milhões de refugiados desde o início do conflito. Mas ambos os países têm capítulos históricos dolorosos para trabalhar.

"A Ucrânia está em uma situação muito complicada e não apenas por causa da guerra. É meio que um negócio inacabado sobre o passado", disse Judy Dempsey, analista da Carnegie Europe em Berlim.

¨      Mídia revela por que UE está investindo na produção de armas na Ucrânia

A União Europeia está investindo na produção de armas na Ucrânia porque suas próprias fábricas não conseguem dar resposta às necessidades de armamento de Kiev, segundo o The Washington Post, que cita um diplomata europeu.

O artigo admite que as indústrias militares da Europa e dos Estados Unidos não permitem satisfazer a demanda de armas do conflito ucraniano, porque estavam sempre orientadas para "um cenário internacional com menos conflitos".

"Penso que há uma percepção de que a Europa não é capaz de produzir as armas de que a Ucrânia precisa e que a forma mais fácil é os ucranianos fazerem-no eles próprios", disse ao jornal um diplomata europeu, sob condição de anonimato.

A própria publicação salienta que, mesmo com a injeção de dinheiro europeu, o setor da defesa ucraniano está muito atrás da Rússia em termos de volumes de produção.

A Rússia, por sua vez, disse repetidamente que o fornecimento de armas à Ucrânia impede o alcance de um acordo de paz e envolve diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nas hostilidades.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que os Estados Unidos e a OTAN estão diretamente envolvidos no conflito, não apenas fornecendo armas, mas também treinando pessoal militar ucraniano no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e outros países.

¨      Putin garante reconstrução de 'tudo o que foi destruído' nas regiões reintegradas à Rússia em 2022

A Rússia reconstruirá passo a passo tudo o que foi destruído nas regiões reintegradas ao país em 2022, prometeu o presidente russo, Vladimir Putin.

"Passo a passo, sem dúvida, restauraremos e reconstruiremos tudo o que foi destruído e danificado. E, claro, criaremos as condições para aproveitar o rico potencial agrário dos nossos territórios históricos reunificados com a Rússia", disse Putin em seu discurso no Dia do Trabalhador Rural no país.

Além disso, o presidente ressaltou que as autoridades russas seguirão apoiando a agroindústria, ajudando as pequenas empresas agrícolas a se expandir e a entrar mais ativamente nos mercados estrangeiros.

Putin também elogiou o trabalho dos agricultores russos e afirmou que o setor fornece alimentos de forma confiável ao mercado interno e que estes produtos gozam de demanda tanto no país como no exterior.

As repúblicas de Donetsk e Lugansk, bem como as regiões de Kherson e Zaporozhie, juntaram-se à Rússia no final de setembro de 2022, após a realização de referendos.

¨      Ucrânia discute desistência de territórios exigidos para a Rússia, diz revista alemã

Embora Vladimir Zelensky tenha insistido por muito tempo que não possa haver negociações de paz com a Rússia e que o país deve ser conduzido às suas fronteiras anteriores a 2014, autoridades em Kiev supostamente percebem que essa posição é irrealista.

A chefia da atual administração ucraniana está começando a discutir a entrega de territórios reivindicados pela Ucrânia como parte de um acordo de paz com a Rússia, admitiu um servidor de alto escalão do país a uma revista alemã.

A fonte não identificada também expressou preocupação de que, não importa quem vença a eleição presidencial dos EUA no mês que vem, Washington cortará seu apoio anteriormente generoso à Ucrânia.

As perspectivas de perder ajuda militar estrangeira, que prolongou o conflito até agora, juntamente com o crescente descontentamento na sociedade ucraniana, podem explicar a mudança da posição de Kiev de se recusar a negociar com a Rússia e suas outras demandas irredutíveis.

Mas a revista alertou que ainda há figuras poderosas na Ucrânia que permanecem firmemente opostas a quaisquer negociações de paz.

A insistência de Kiev em se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é um grande obstáculo aos esforços para resolver o conflito ucraniano por meio da diplomacia.

Além do reconhecimento das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) e das regiões de Zaporozhie e Kherson, a Rússia insiste que a Ucrânia deve permanecer neutra, não nuclear e desalinhada com qualquer bloco militar.

O regime de Vladimir Zelensky, que cancelou as eleições previstas para este ano e segue no poder sem ter sido reeleito, está perdendo prestígio ocidental e vem cogitando negociar com a Rússia devido a isso, segundo a imprensa dos EUA.

¨      Soldados ucranianos e mercenários brigam por suprimentos e equipamento, diz militar

Os soldados das Forças Armadas da Ucrânia e os mercenários estrangeiros que lutam a seu lado estão em conflito por causa de melhores condições que estes últimos têm, disse à Sputnik um instrutor russo do Regimento de Leningrado com o codinome Beton.

O militar do Exército russo disse que um prisioneiro ucraniano lhe contou uma história em que os soldados das Forças Armadas ucranianas tiveram uma escaramuça com mercenários da Polônia.

"Porque eles [os mercenários poloneses] todos recebem ajuda humanitária, são bem equipados, mas os soldados ucranianos não têm nada. Esses ficam em uma trincheira, aqueles em outra. Uns [os mercenários] têm tudo, outros não têm nada", disse o instrutor.

De acordo com ele, além do baixo nível de provisões, os soldados das Forças Armadas da Ucrânia estão mal treinados porque são enviados para a linha de frente pouco depois de terem sido mobilizados.

Anteriormente, o diretor do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo), Aleksandr Bortnikov, comunicou que a chamada Legião Internacional de Defesa Territorial da Ucrânia, formada pelo Ocidente, possui agora 18.000 combatentes de mais de 85 países.

Entre os mercenários estrangeiros, a maioria vem da Polônia, França e Geórgia.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que mais de 10 mil mercenários estrangeiros chegaram à Ucrânia para lutar ao lado de Kiev. Vários milhares deles já foram eliminados durante esse período.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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