segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Câncer de mama: sintomas, causas e tratamento

Câncer de mama é um tipo de câncer que se desenvolve no tecido mamário, e que pode ser identificado, numa fase inicial,  através de alterações no formato da mama ou mamilo, assim como do surgimento de um caroço na mama ou axila.

O câncer de mama pode afetar tanto homens, como mulheres, mas é mais comum em mulheres, especialmente quando existe histórico familiar de câncer de mama, tabagismo, obesidade ou consumo excessivo de álcool.

Em caso de suspeita de câncer de mama é importante consultar um clínico geral, mastologista ou ginecologista. Quando o tratamento é indicado, pode envolver desde o uso de medicamentos até cirurgia e as chances de cura são maiores nos estágios iniciais.

•        Sintomas de câncer de mama

Os principais sintomas do câncer de mama são:

•        Surgimento de caroço na mama ou axila;

•        Dor no seio;

•        Alteração da posição ou forma do mamilo;

•        Saída de secreção do mamilo diferente de leite;

•        Vermelhidão na área do mamilo;

•        Inchaço ou espessamento da pele sobre a mama;

•        Alteração no tamanho ou forma da mama;

•        Ferida na mama ou mamilo.

O câncer de mama nos estágios iniciais tende a causar nenhum ou poucos sintomas. Por isso, é importante que mulheres realizem o acompanhamento regular com o ginecologista e, quando indicado, o rastreamento do câncer de mama por meio da mamografia.

•        Possíveis causas

O câncer de mama é causado por mutação nas células que passam a se multiplicar de forma descontrolada devido a fatores genéticos e ambientais.

Os principais fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de mama, são:

# 1. Idade

A idade aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama, sendo que para mulheres há um maior risco após os 45 anos, e para homens após os 60 anos.

No entanto, o câncer de mama também pode surgir em pessoas mais jovens, especialmente se têm histórico familiar de câncer de mama.

# 2. Histórico de alterações na mama

As mulheres que têm maiores chances de desenvolver este tipo de câncer são aquelas que já tiveram câncer de mama, o que aumenta o risco de desenvolver o câncer na outra mama.

O risco também é maior nas mulheres que apresentam alterações benignas na mama, como hiperplasia atípica ou carcinoma lobular in-situ e alta densidade mamária avaliada em uma mamografia.

# 3. Histórico familiar de câncer

Pessoas com familiares que já tiveram câncer de mama ou de ovário, principalmente quando um parente é de primeiro grau como pai, mãe, irmã/o ou filha/o, também apresentam um risco 2 a 3 vezes maior.

Nestes casos, existe um teste genético para identificar mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que ajuda a confirmar se realmente existe risco de desenvolver a doença, e realizar um acompanhamento médico com mais frequência e identificar o câncer de forma precoce.

# 4. Menarca precoce

A menarca corresponde a primeira menstruação da mulher, que quando surge de forma precoce, antes dos 12 anos, aumenta o risco de desenvolvimento do câncer de mama, pelo maior tempo de exposição ao estrogênio ao longo da vida.

# 5. Menopausa

Algumas mulheres na menopausa fazem terapia de reposição hormonal com remédios compostos por estrogênio e progesterona, o que pode aumentar o risco de desenvolver câncer, principalmente quando o seu uso é por mais de 5 anos. No entanto, o risco diminui quando a terapia de reposição hormonal é interrompida.

Além disso, a menopausa tardia, que ocorre após os 55 anos, também aumenta o risco de desenvolvimento do câncer de mama, uma vez que a mulher fica mais tempo exposta ao estrogênio ao longo da vida.

Além disso, o risco também é mais elevado em em mulheres que usam de contraceptivos hormonais combinados.

# 6. Gravidez tardia ou ausência de gravidez

Quando a primeira gestação surge após os 30 anos ou a mulher nunca ter uma gestação, o risco de desenvolver câncer de mama também é maior.

# 7. Estilo de vida pouco saudável

Como em quase todos os tipos de câncer, a falta de atividade física regular aumenta as chances de ter câncer da mama, especialmente devido ao aumento do peso corporal, que favorece o desenvolvimento de mutações nas células.

Além disso, o consumo de bebidas alcoólicas ao longo da vida também aumenta o risco de ter câncer.

# 8. Radioterapia anterior

O risco de mama também aumenta em pessoas que fizeram radioterapia na região do tórax, especialmente quando jovens, como acontece em outros tipos de câncer nessa região ou no tratamento do linfoma de Hodgkin, por exemplo.

# 9. Hormonioterapia para câncer de próstata

Em homens, a hormonioterapia contendo estrogênio para o câncer de próstata, pode aumentar o risco de câncer de mama.

Além disso, homens com histórico de criptorquidia, inflamação nos testículos, remoção dos testículos, e algumas doenças, como a síndrome de Klinefelter e cirrose hepática também podem aumentar o risco de câncer de mama.

•        Tipos de câncer de mama

Os principais tipos de câncer de mama são:

•        Carcinoma lobular in situ: é uma alteração considerada mais um fator de risco para o desenvolvimento de câncer do que um tumor em si;

•        Carcinoma ductal in situ: é uma alteração das células da mama que se não tratada geralmente se desenvolve em um câncer;

•        Carcinoma ductal invasivo: é o tipo mais frequente de câncer de mama;

•        Carcinoma lobular invasivo: é o segundo tipo de câncer de mama mais comum.

A identificação do tipo de câncer de mama normalmente é feita por meio da biópsia da mama e é útil para indicar o tratamento mais apropriado.

•        Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico de câncer de mama é feito pelo clínico geral, ginecologista ou mastologista que pode indicar exames de imagem, como a mamografia, ultrassom ou ressonância magnética, e a biópsia da mama para confirmar o diagnóstico.

•        Estadiamento do câncer de mama

No estadiamento do câncer de mama, o tumor é classificado como T1, quando seu tamanho é menor que 2 cm; T2, quando entre 2 e 5 cm; T3, quando maior que 5 cm; ou T4, caso exista envolvimento da pele ou parede do tórax, por exemplo. 

O tumor também é classificado de acordo com o envolvimento de linfonodos como N1, quando afetada linfonodos axilares, que são móveis e do mesmo lado do tumor; N2 quando estes linfonodos estão aderidos; e N3, quando outros linfonodos estão afetados.

Além disso, quando o câncer de mama surge em outras partes do corpo, como ossos, pulmões e fígado, também pode ser classificado como M1.

Enquanto, nos estágios iniciais o câncer de mama é pequeno e não afeta outras partes do corpo, nos estágios mais avançados, o tumor pode ser difícil de ser operado devido ao seu tamanho e envolvimento de órgãos distantes, vasos e nervos, por exemplo.

<><> Como é feito o tratamento

O tratamento do câncer de mama pode envolver:

•        1. Cirurgia para câncer de mama

A cirurgia para o câncer de mama consiste na remoção do tumor e pode necessitar da retirada completa da mama em alguns casos. Algumas vezes a cirurgia pode ser combinada com a radioterapia.

É possível também realizar a cirurgia plástica reconstrutora da mama, que além de garantir resultado estético, também possui segurança oncológica.

•        2. Radioterapia

A radioterapia consiste na destruição das células do câncer usando radiação e pode ser indicada para reduzir o tamanho do tumor antes da sua remoção ou para eliminar as células cancerígenas restantes após a cirurgia.

•        3. Quimioterapia

A quimioterapia normalmente é feita usando medicamentos capazes de eliminar ou bloquear o crescimento das células do tumor e pode ser indicada por um período de 3 a 6 meses antes ou após a remoção do tumor por cirurgia.

•        4. Terapia hormonal

A terapia hormonal envolve o uso de medicamentos, como tamoxifeno ou inibidores da aromatase (anastrozol, letrozol ou exemestane), para impedir o crescimento de células tumorais. Pode ser indicada em alguns casos como tratamento após a remoção do tumor por cirurgia, para diminuir o risco do câncer voltar a surgir.

Esse tipo de tratamento geralmente é indicado quando o câncer de mama é do tipo "receptor hormonal positivo", ou seja, que é sensível à terapia com medicamentos hormonais.

•        5. Terapia alvo

A terapia alvo é um tipo de tratamento que utiliza medicamentos específicos para combater as células tumorais e pode ser indicada em alguns casos de câncer de mama que apresentam receptores específicos para esses medicamentos.

Alguns dos medicamentos utilizados são Ribociclibe, Abemaciclibe, Trastuzumabe, Pertuzumabe, Bevacizumabe e Nivolumabe.

•        Câncer de mama tem cura?

O câncer de mama pode ser curado em alguns casos, principalmente quando identificado nos estágios iniciais, quando os tumores são pequenos e não afetam outros órgãos ou partes do corpo.

•        Como prevenir

As principais medidas para prevenir o câncer de mama incluem:

•        Realizar exercícios físicos regularmente;

•        Perder peso em caso de obesidade;

•        Evitar o consumo excessivo de álcool;

•        Parar de fumar.

Além disso, em alguns casos, como aqueles em que o risco de desenvolvimento de câncer de mama é muito elevado, o uso de medicamentos, como tamoxifeno ou inibidores da aromatase (anastrozol, letrozol ou exemestane), e até mesmo a remoção preventiva da mama, por meio de cirurgia, podem ser indicados.

 

•        Câncer de mama masculino: sintomas, tipos e tratamento

O câncer de mama masculino é raro, mas quando surge, é mais comum entre 50 e 65 anos, principalmente quando existem casos de câncer de mama ou de ovário na família.

Apesar de ser mais frequente em mulheres, o câncer de mama também pode se desenvolver no homem, já que também possui glândula mamária e hormônios femininos em menor concentração. No entanto, o diagnóstico costuma ser tardio, já que os sintomas são pouco intensos e os exames preventivos não costumam ser realizados.

O tratamento do câncer de mama masculino é semelhante ao tratamento do câncer de mama na mulher, sendo indicada a realização de cirurgia e quimioterapia. No entanto, como o diagnóstico é, na maioria das vezes tardio, a taxa de cura tende a ser mais reduzida.

<><> Principais sintomas

Os sintomas do câncer da mama no homem incluem:

•        Nódulo ou caroço no peito, atrás do mamilo ou logo abaixo da aréola, que não causa dor;

•        Mamilo virado para dentro;

•        Dor numa determinada área do peito que surge tempos depois do surgimento do nódulo;

•        Pele enrugada ou ondulada;

•        Saída de sangue ou líquido pelo mamilo;

•        Vermelhidão ou descamação da pele da mama ou mamilo;

•        Alterações do volume da mama;

•        Inchaço das ínguas na axila.

A maior parte dos casos de câncer de mama não apresentam sintomas fáceis de identificar e, por isso, homens com casos de câncer de mama na família devem alertar o mastologista para fazer exames regulares após os 50 anos para diagnosticar alterações que possam indicar câncer.

Apesar de raro, o câncer de mama nos homens pode ser favorecido por alguns fatores além do histórico familiar, como uso de estrogêneos, problemas hepáticos graves, alterações nos testículos, aumento do tecido mamário devido ao uso de medicamentos e exposição prolongada à radiação.

<><> Como confirmar o diagnóstico

O diagnóstico do câncer de mama masculino deve ser feito por um mastologista, através de exames como mamografia, ultrassom da mama e biópsia. Além disso, o médico também pode recomendar a realização de exames de sangue, principalmente genéticos, raio-X do tórax, cintilografia óssea e tomografia, para verificar a extensão da doença.

Esses exames são importantes para verificar se as alterações identificadas são, de fato, câncer de mama, pois podem ser alterações benignas, como é o caso da ginecomastia, em que há maior desenvolvimento do tecido mamário masculino. Além disso, as alterações também podem indicar a presença de tumores benignos, como o fibroadenoma, que normalmente fica confinado ao tecido mamário, não representando risco

<><> Tipos de câncer de mama no homem

Os tipos de câncer de mama masculino podem ser:

•        Carcinoma ductal in situ: células cancerígenas se formam nos ductos da mama, mas não os invadem ou espalham para fora da mama e é quase sempre curável com cirurgia;

•        Carcinoma ductal invasivo: atinge a parede do ducto e desenvolve-se pelo tecido glandular da mama. Pode-se espalhar para outros órgãos e representam 80% dos tumores;

•        Carcinoma lobular invasivo: cresce no lóbulo da mama e corresponde ao tipo mais raro nos homens;

•        Doença de Paget: começa nos ductos mamários e provoca crostas no mamilo, escamas, coceira, inchaço, vermelhidão e sangramento. A doença de Paget pode estar associada ao carcinoma ductal in situ ou com o carcinoma ductal invasivo;

•        Câncer de mama inflamatório: é muito raro nos homens e consiste na inflamação da mama que provoca o seu inchaço, vermelhidão e queimação, ao contrário de formar um nódulo;

Não se sabe exatamente o que pode causar câncer de mama em homens, mas alguns fatores que parecem colaborar são idade avançada, doença benigna da mama anteriormente, doença testicular e mutações cromossômicas, como o Síndrome de Klinefelter, além do uso de anabolizantes ou estrogênios, radiação, alcoolismo e obesidade.

<><> Como é feito o tratamento

O tratamento para o câncer da mama no homem varia de acordo com grau de desenvolvimento da doença, mas geralmente é iniciado com uma cirurgia para retirar todo o tecido afetado, incluindo o mamilo e aréola, procedimento chamado de mastectomia, assim como as ínguas inflamadas.

Quando o câncer está muito desenvolvido, pode não ser possível remover todas as células cancerígenas e, por isso, pode ser ainda necessário fazer outros tratamentos como quimioterapia, radioterapia ou terapia hormonal, com tamoxifeno, por exemplo.

<><> Câncer de mama masculino tem cura?

Existem maiores chances de cura quando o câncer é descoberto no início, no entanto, é frequente que o câncer seja descoberto numa fase mais avançada, diminuindo as chances de cura.

O tamanho do nódulo e os gânglios afetados devem ser levados em consideração, normalmente há menores chances de cura quando o nódulo tem mais de 2,5 cm e afeta vários gânglios. Assim como nas mulheres, os homens de raça negra e os que possuem mutações no gene BRCA2, também têm menores chances de cura.

<><> Como aumentar as chances de cura

A melhor forma de aumentar as chances de cura do câncer de mama masculino é através da sua identificação numa fase inicial.

Dessa forma, é recomendado fazer o autoexame da mama regularmente, da mesma forma em que é feito pelas mulheres, com o objetivo de identificar nódulos ou alterações na mama que possam ser um primeiro sinal de câncer.

 

Fonte: Tua Saúde

 

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