Ocidente está sacrificando sua economia e
prontidão militar para apoiar a Ucrânia, diz analista
A guerra por procuração
na Ucrânia trouxe à luz as fraquezas dos exércitos ocidentais, enquanto os EUA
e seus aliados têm dificuldades para continuar armando Kiev.
Os Estados Unidos e
seus aliados europeus estão destruindo suas próprias forças armadas e economias
para lutar uma cruzada cada vez mais fútil contra a Rússia, de acordo com o
jornalista sérvio-americano Nebojsa Malic.
O analista conversou
com a Sputnik comentando sobre a guerra por procuração em curso na Ucrânia, à
medida que os eleitores nos países ocidentais se voltam cada vez mais contra o
esforço quixotesco.
"O entusiasmo
pela Ucrânia na América está quase acabando depois desses dois furacões e dos
danos desastrosos que eles causaram, e do fato que levou uma semana para alguém
perceber que a Carolina do Norte e o Tennessee estão enfrentando inundações bíblicas",
disse Malic. "Esse é basicamente o ambiente na América que eu posso ver
daqui: não mais, nem um centavo a mais para a Ucrânia."
"O Pentágono está
recorrendo aos seus estoques [de armas] tanto quanto pode," afirmou o
analista. "Não é a questão de 'oh, envie tudo'. Eles estão enviando tudo.
Isso é tudo o que podem dispensar."
"Dez dias atrás,
quando os iranianos dispararam todos esses mísseis contra Israel, aparentemente
os navios dos EUA que estavam estacionados lá dispararam 12 interceptadores,
não com muito efeito pelo que eu pude ver. E acontece que essa é toda a produção
anual. Eles estão fazendo 12 mísseis por ano. Então, não é como se tivessem
algo para enviar. Eles já estão pegando as armas do arsenal dos EUA",
disse o jornalista.
Os planejadores
militares ocidentais também não estão acostumados a travar uma guerra em larga
escala contra um oponente formidável como a Rússia, um fato tacitamente
admitido quando o Exército dos EUA iniciou uma reestruturação maciça este ano
para se preparar para uma possível guerra contra a China no teatro do Pacífico.
As forças armadas ocidentais têm se concentrado recentemente em estratégias de
contrainsurgência contra as forças de resistência no Oriente Médio.
A Rússia, entretanto,
provou ser capaz de se adaptar rapidamente em meio à sua operação militar
especial, mesmo que os EUA e países europeus como o Reino Unido e a Alemanha
enviem para Kiev seus equipamentos de última geração.
"A maioria das
pessoas no Ocidente não pode sequer conceber esta escala e intensidade de
guerra," afirmou Malic. "As forças armadas ocidentais não foram
construídas para isso."
"Se houver um
conflito direto com a OTAN, ele se tornará imediatamente nuclear, e todos sabem
disso."
Enquanto isso, os
países europeus estão enfrentando as consequências do foco quase obcecado de
seus líderes na guerra com a Rússia.
"Eles estão
literalmente sugando a pouca energia econômica que existe na Europa",
disse Malic sobre a liderança da UE e da OTAN. "Suas próprias populações
estão ficando mais pobres a cada dia. Há uma crise energética acontecendo. Há
uma crise industrial acontecendo. Sua produção industrial é inexistente",
explicou ele.
¨ Rússia se opõe ao estabelecimento de novo fundo para a Ucrânia
pelo Banco Mundial
A Rússia se opôs ao
novo fundo do Banco Mundial para a Ucrânia, mas a parte dos votos de Moscou na
organização não permite bloquear tais decisões, disse à Sputnik uma fonte da
diretoria russa na organização.
"Expressamos
nossa discordância ao mecanismo proposto. No entanto, a parte dos votos
disponíveis para a Rússia não permite que tais decisões sejam bloqueadas,
porque todos os outros acionistas expressaram seu apoio", disse o
interlocutor sob condição de anonimato.
A fonte acrescentou
que Moscou informou o Banco Mundial que o número de fundos criados para a
Ucrânia há muito tempo excedeu todos os limites racionais. A administração da
organização, segundo relatou o interlocutor, continua a criar mais mecanismos
de assistência a Kiev sob pressão do Ocidente, apesar das críticas da Rússia e
de outros países-membros do Banco Mundial.
Ele observou que,
apesar da impossibilidade de bloquear essa decisão, a administração do Banco
Mundial garantiu que as alocações para o novo fundo virão exclusivamente dos
orçamentos dos países doadores.
O novo fundo foi
criado por Canadá, Japão e EUA, que pretendem contribuir com pelo menos 10
bilhões de dólares (R$ 55,8 bilhões).
"O novo fundo não
vai interagir com os ativos russos ou receitas bloqueadas no Ocidente",
enfatizou o interlocutor.
A fonte também
garantiu que o Banco Mundial não permitirá que Kiev use sem controle o dinheiro
do novo fundo de assistência financeira. Os fundos do doador, explicou, só
poderiam ser usados para fins estabelecidos nos estatutos da organização.
¨ Base de defesa antimísseis dos EUA na Polônia serve para
destruir mísseis russos, diz MRE polonês
A base de defesa
antimísseis dos EUA em Redzikowo, Polônia, foi projetada para destruir não
apenas mísseis iranianos, mas também russos, admitiu o ministro das Relações
Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski, no podcast da Rádio Rebeliant, nesta
sexta-feira (11).
"Nas próximas
semanas, abriremos finalmente a base do escudo antimísseis em Redzikowo, perto
de Slupsk. Esta é a base que concordamos com os Estados Unidos. Durante as
negociações, assegurei que esses mísseis também pudessem abater mísseis russos
voando em direção à Polônia, e não apenas mísseis iranianos voando em direção
aos Estados Unidos", disse Sikorski.
Ele disse que
Washington mudou o conceito e que a base será inaugurada em breve.
A base de defesa
antimísseis americana em Redzikowo, localizada a 165 quilômetros (103 milhas)
da fronteira russa, consiste em um radar AN/SPY-1, lançadores Mk 41 VLS e
mísseis antibalísticos SM-3 (Standard Missile-3).
Em maio, o Pentágono
relatou a conclusão de um contrato entre o Departamento de Defesa dos EUA e a
empresa de indústria de defesa americana Northrop Grumman por US$ 49 milhões
(cerca de R$ 250 milhões) para criar um sistema de controle de combate integrado
para defesa aérea e de mísseis para a Polônia.
Ao mesmo tempo, os EUA
relataram regularmente que o sistema de defesa de mísseis que está sendo implantado
na Polônia não é direcionado contra a Rússia, mas supostamente destinado à
proteção contra mísseis iranianos.
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Rússia atinge infraestrutura de energia que sustentava o complexo
militar-industrial na Ucrânia
As unidades do
agrupamento de tropas russas Tsentr (Centro) repeliram no último dia sete
contra-ataques da Ucrânia, o adversário perdeu até 490 militares, um obuseiro
D-20 e um canhão Rapira, relata o Ministério da Defesa da Rússia.
Aviação, artilharia e
unidades de drones da Rússia atingiram a infraestrutura de energia ucraniana
que abastecia o complexo militar-industrial da Ucrânia, informa a Defesa russa,
além disso, foram atingidos o contingente e o equipamento militar ucraniano em
146 áreas.
Agrupamento de tropas
russas Zapad (Oeste) atingiu o contingente e equipamentos militares de seis
brigadas ucranianas, tendo repelido dois contra-ataques. O Exército de Kiev
perdeu até 465 militares, um obuseiro M114, uma peça de artilharia
autopropulsada Gvozdika, um canhão L-119 de produção britânica e três depósitos
de munições.
Segundo detalha o
comunicado, unidades do agrupamento de tropas russas Yug (Sul) destruíram seis
depósitos de munições das tropas ucranianas, o adversário perdeu até 640
soldados, um veículo de combate de infantaria, uma peça autopropulsada de
artilharia Archer de produção sueca e um obuseiro M777, foram destruídos também
seis depósitos de munições.
Por sua vez, os meios
de defesa antiaérea da Rússia derrubaram 11 projéteis de sistemas Himars
fabricados pelos EUA e 125 drones de asa fixa.
O Exército russo
repeliu em um dia cinco contra-ataques das forças ucranianas perto de
Lyubimovka, Tolsty Lug e Novoivanovka, na região de Kursk, o adversário perdeu
até 60 militares.
As Forças Armadas da
Ucrânia perderam na região de Kursk mais de 400 combatentes, 18 veículos
blindados, incluindo seis tanques, e sete soldados ucranianos foram capturados,
relatou o Ministério da Defesa da Rússia. Desde o início dos combates na
direção de Kursk as perdas de Kiev ultrapassaram 22,3 mil combatentes.
As forças ucranianas
perderam até 140 soldados, 11 carros e um depósito de munições na área de
responsabilidade do agrupamento de tropas Vostok (Leste), diz o ministério.
¨
Zelensky está mais
aberto a negociações devido ao enfraquecimento da posição da Ucrânia, nota
mídia
Diplomatas
estrangeiros em Kiev referem que o atual líder ucraniano Vladimir Zelensky se
torna cada vez mais aberto a conversar com a Rússia diante das grandes perdas
da Ucrânia no campo de batalha, informa o The Washington Post.
O jornal indica que,
enquanto Zelensky tem dito repetidamente que o conflito deve acabar nos termos
de Kiev, a situação no campo de batalha enfraqueceu a Ucrânia, com a Rússia
tomando mais territórios na região de Donbass.
A incursão ucraniana
na região russa de Kursk já foi frustrada e não fez com que Moscou retirasse
uma parte de suas tropas de outras áreas, como Kiev planejava.
Ao contrário, foram as
Forças Armadas da Ucrânia que se retiraram recentemente de um local importante,
a cidade de Ugledar.
Agora, as tropas
russas estejam se aproximando de um outro ponto logístico estratégico, a cidade
de Pokrovsk.
"Diplomatas
ocidentais em Kiev perceberam que Zelensky se tornou mais aberto a iniciar
negociações com a Rússia, uma vez que as forças de Moscou ocupam mais de 20% da
Ucrânia e é improvável que cedam qualquer território que controlam atualmente",
admite o artigo.
Na quinta-feira (10),
o jornal italiano Corriere della Sera informou que Zelensky está pronto para um
cessar-fogo na linha de frente se receber garantias dos países ocidentais.
Em 14 de junho, o
presidente russo Vladimir Putin indicou os seguintes pré-requisitos para a
solução do conflito ucraniano:
1.Retirada completa do
Exército ucraniano das Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk (RPD e RPL) e
das regiões de Zaporozhie e Kherson;
2.Reconhecimento das
realidades territoriais consagradas na constituição russa;
3.Status neutro, não
alinhado e não nuclear da Ucrânia;
4.Desmilitarização e
desnazificação da Ucrânia;
5.Garantia dos
direitos, liberdades e interesses dos cidadãos ucranianos de língua russa;
6.Cancelamento de
todas as sanções antirrussas.
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Analista dos EUA explica por que o 'plano de vitória' de Zelensky está
dissociado da realidade
O "plano de
vitória" de Vladimir Zelensky não contribuirá para o fim do conflito na
Ucrânia, escreve em um artigo para a Fox News a ex-oficial de inteligência dos
Estados Unidos Rebekah Koffler.
A autora fundamenta a
sua posição com uma série de razões, entre as quais a falta de compreensão
clara por parte de Kiev do que deveria ser a vitória e o fato de menosprezar a
situação operacional na frente de combate.
"A Rússia está
gradual, mas seguramente avançando no campo de batalha", explica a
analista.
Ela também lembrou que
"a mudança da situação atual é uma tarefa fundamental que a Ucrânia não é
capaz de realizar" devido à quantidade insuficiente de meios.
"O número de
mísseis táticos de longo alcance (ATACMS) entregues à Ucrânia é insuficiente
para o alcance deste objetivo. Nem os EUA, nem a Europa têm reservas adicionais
ou capacidade de produção para aumentar rapidamente seus arsenais esgotados",
alertou Koffler.
A especialista também
observou que o "plano de vitória" de Zelensky não é nada que possa
ter qualquer influência sobre os eventos em curso, acrescentando que o Exército
russo excede o ucraniano em número de tropas e equipamento tecnológico.
Recentemente, o chefe
do regime de Kiev se reuniu com o presidente dos EUA, Joe Biden, a fim de
mostrar seu "plano de vitória" e obter permissão de usar mísseis
ocidentais de longo alcance para atingir a Rússia em profundidade, mas a Casa
Branca após as conversações não anunciou nenhuma mudança em sua abordagem para
permitir o uso destes mísseis por Kiev.
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Rússia abre processo criminal contra mercenário dos EUA por terrorismo em Kursk
O Comitê de
Investigação russo abriu um processo criminal contra o mercenário
norte-americano Derrick Bales, fundador do Grupo de Observações Avançadas (FOG,
na sigla em inglês), informou a organização à Sputnik.
Bales é acusado de
cometer um ataque terrorista na região russa de Kursk, além de promover
atividade mercenária e assassinato.
"O cidadão
norte-americano Derrick Bales é acusado à revelia de cometer um ato terrorista,
atividade mercenária, homicídio e tentativa de homicídio de duas ou mais
pessoas, bem como de pessoas que exercem atividades oficiais, cometidos por um
grupo organizado", indicou o comitê.
Também foram feitas
acusações contra Bales por "travessia ilegal da fronteira do Estado,
tentativa de assassinato de um policial, uso de violência contra um funcionário
do governo, bem como por ter cometido outros crimes".
A investigação
sustenta que o cidadão norte-americano participa pessoal e diretamente no
conflito armado como mercenário no território da Rússia, fazendo parte de um
grupo armado que luta ao lado das tropas ucranianas.
Foi esclarecido que
Bales, junto a outros representantes de formações mercenárias, utilizando todos
os tipos de armas e dispositivos explosivos, bem como equipamento militar, no
final de agosto de 2024, cruzaram ilegalmente a fronteira russa e invadiram o
território da região de Kursk.
Após a invasão, com o
objetivo de intimidar a população, causar danos materiais significativos e
desestabilizar a atuação das autoridades, cometeram atos criminosos como
assassinato de civis ou tentativa de homicídio.
"Atualmente, a
investigação está a tomar medidas para apurar o paradeiro dos arguidos e dos
seus cúmplices. Durante a investigação serão apuradas todas as circunstâncias
destes crimes e será dada uma avaliação jurídico-criminal à atuação das pessoas
envolvidas", afirmou o comitê.
Em 6 de agosto, as
tropas ucranianas iniciaram uma incursão armada na região de Kursk e ocuparam
diversas áreas, causando o deslocamento de mais de 100 mil civis. Desde 9 de
agosto, a região vive situação de emergência federal.
O presidente russo,
Vladimir Putin, prometeu "uma resposta digna" à provocação de Kiev,
que acusou de disparar indiscriminadamente contra instalações civis, e
reafirmou que a Rússia alcançará todos os objetivos da sua operação militar
especial na Ucrânia.
Fonte: Sputnik Brasil
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