Miocardite: o que é, sintomas, causas e
tratamento
A miocardite é a
inflamação do músculo do coração, que normalmente surge como complicação de uma
infecção, mas que também pode se desenvolver após o uso de alguns antibióticos
e até consumo de drogas. A miocardite causa sintomas como dor no peito, falta de
ar ou tonturas.
Na maioria dos casos,
a miocardite surge durante uma infecção por vírus, como gripe ou catapora, mas
também pode acontecer quando existe uma infecção grave por bactérias ou fungos.
Além disso, a miocardite pode ser decorrente de doenças autoimunes, como o
Lúpus Eritematoso Sistêmico, uso de alguns medicamentos ou consumo excessivo de
bebidas alcoólicas, por exemplo.
A miocardite tem cura
e, geralmente, desaparece quando a infecção fica curada, no entanto, quando a
inflamação do coração é muito grave ou não desaparece, pode ser necessário
internamento no hospital.
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Principais sintomas
Os principais sintomas
de miocardite são:
1. Dor no peito;
2. Alteração do batimento cardíaco;
3. Sensação de aperto e pressão no peito;
4. Cansaço excessivo;
5. Dificuldade para respirar, no repouso ou
durante a atividade física;
6. Sensação de falta de ar;
7. Inchaço dos pés, tornozelos e das pernas;
8. Tontura e/ ou desmaio;
9. Febre, em alguns casos.
Em alguns casos, a
miocardite não causa sinais ou sintomas, sendo apenas descoberto após a
realização de exames que avaliam o funcionamento do coração.
No entanto, na
presença de dor no peito e dificuldade para respirar, por exemplo, é
fundamental ir à emergência para que seja feita uma avaliação, identificada a
causa dos sintomas e iniciado o tratamento mais adequado.
<><> Como
confirmar diagnóstico
O diagnóstico da
miocardite é feito pelo cardiologista através de exames como raio X do tórax,
eletrocardiograma ou ecocardiograma, que permitem identificar alterações no
funcionamento do coração. Estes exames são especialmente importantes porque os
sintomas podem estar apenas sendo provocados pela infecção no organismo, sem
que exista alteração no coração.
Além disso,
normalmente são solicitados alguns exames laboratoriais para verificar o
funcionamento do coração e a possibilidade de infecção, como VSH, dosagem de
PCR, leucograma e concentração dos marcadores cardíacos, como CK-MB e
Troponina.
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Possíveis causas
A miocardite é causada
por uma inflamação no músculo cardíaco, que pode surgir em decorrência de
várias situações como:
• Infecções virais, como gripe,
mononucleose, catapora, hepatitis B ou C, HIV, ou COVID-19;
• Infecções bacterianas, como difteria,
tuberculose ou doença de Lyme;
• Infecções fúngicas, como aspergilose;
• Doenças parasitárias, como doença de
Chagas ou toxoplasmose;
• Doenças autoimunes, como lupus
eritematoso sistêmico ou sarcoidose;
• Quimioterapia para o tratamento do
câncer, com remédios como doxorrubicina ou interleucina-2;
• Uso de antibióticos, como penicilinas ou
sulfonamidas;
A miocardite pode
acontecer em qualquer pessoa independentemente da idade, no entanto é mais
frequente de acontecer como consequência de infecções por vírus que não foram
devidamente identificadas e tratadas, como hepatite, infecção pelo HIV,
mononucleose e COVID-19, por exemplo.
Além disso, o risco de
miocardite é maior em pessoas que fazem uso frequente e indiscriminado de
medicamentos e/ ou bebidas alcoólicas e drogas, possuem doenças autoimunes,
fazem uso de antibióticos ou quimioterapia, por exemplo.
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Miocardite e COVID-19
A miocardite é uma
condição que pode acontecer como consequência da COVID-19, porque, em alguns
casos, a presença do vírus parece causar danos ao coração como consequência da
resposta imune inflamatória. Assim, pessoas com COVID-19 podem apresentar sintomas
de miocardite, como respiração rápida e ofegante, dor no peito e palpitação.
<><> Como
é feito o tratamento
O tratamento
normalmente é feito em casa com repouso para evitar excesso de trabalho por
parte do coração. No entanto, durante esse período também se deve fazer o
tratamento adequado da infecção que esteve na origem da miocardite e, por isso,
pode ser necessário tomar antibióticos, antifúngicos ou antivirais, por
exemplo.
Além disso, se
surgirem sintomas de miocardite ou se a inflamação estiver dificultando o
funcionamento do coração, o cardiologista pode indicar o uso de alguns remédios
como:
• Remédios para pressão alta, como
captopril, ramipril ou losartana: relaxam os vasos sanguíneos e facilitam a
circulação de sangue, reduzindo sintomas como dor no peito e falta de ar;
• Beta-bloqueadores, como metoprolol ou
bisoprolol: ajudam a fortalecer o coração, controlando o batimento irregular;
• Diuréticos, como furosemida: eliminam o
excesso de líquidos do corpo, diminuindo o inchaço nas pernas e facilitando a
respiração.
Já nos casos mais
graves, em que a miocardite causa muitas alterações no funcionamento do
coração, pode ser necessário ficar internado no hospital para fazer remédios
diretamente na veia ou colocar aparelhos, semelhantes ao marcapasso, que ajudam
o coração a trabalhar.
Em alguns casos muito
raros, em que a inflamação do coração coloca a vida em risco, pode até ser
necessário fazer um transplante de coração de emergência.
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Possíveis complicações
Na maior parte dos
casos a miocardite desaparece sem deixa qualquer tipo de sequelas, sendo até
muito comum que a pessoa nem saiba que teve esse problema no coração.
Porém, quando a
inflamação no coração é muito grave pode deixar lesões permanentes no músculo
cardíaco que levam ao surgimento de doenças como insuficiência cardíaca ou
pressão alta. Nestes casos, o cardiologista irá recomendar o uso de alguns
medicamentos que devem ser utilizados por alguns meses ou por toda a vida,
dependendo da gravidade.
• Coração grande: o que é, sintomas,
causas e tratamento
O coração grande,
também chamado de cardiomegalia, não é uma doença, mas é um sinal de alguma
outra doença do coração como insuficiência cardíaca, doença das artérias
coronárias, problemas nas válvulas do coração ou arritmia, por exemplo. Estas
doenças podem deixar o músculo do coração mais grosso ou as câmaras do coração
mais dilatadas, fazendo com que o coração fique maior.
O coração grande
acontece com mais frequência em idosos, mas também pode acontecer em adultos
jovens ou em crianças com problemas cardíacos e, num estágio inicial pode não
apresentar sintomas. No entanto, devido ao crescimento do coração, o
bombeamento de sangue para todo o corpo fica comprometido, causando cansaço
intenso e falta de ar, por exemplo.
Apesar de ser uma
condição grave e que pode levar à morte, a cardiomegalia pode ser tratada por
um cardiologista com medicamentos ou cirurgia, e tem cura quando identificada
no início.
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Principais sintomas
Os sintomas de coração
grande costumam surgir em fases mais avançadas, sendo os principais:
• Falta de ar durante esforço físico, em
repouso ou quando se está deitado de costas;
• Palpitações cardíacas;
• Dor no peito;
• Tosse, principalmente quando deitado;
• Tonturas e desmaios;
• Fraqueza e cansaço ao realizar pequenos
esforços;
• Inchaço nas pernas, tornozelos ou pés;
• Inchaço excessivo na barriga.
Numa fase inicial, a
cardiomegalia, geralmente, não apresenta sintomas, no entanto, com a evolução
do problema, o coração começa a apresentar maior dificuldade para bombear o
sangue para o corpo de forma adequada.
É importante consultar
um cardiologista logo que esses sintomas apareçam ou procurar um pronto socorro
mais próximo se apresentar sintomas de infarto como dor no peito e dificuldade
de respirar.
<><> Por
que o coração cresce?
O coração pode crescer
devido ao fato de algumas doenças causarem uma inflamação no organismo e
favorecerem o estresse oxidativo, o que tem como consequência o espessamento e
o estiramento do músculo cardíaco.
Essas alterações fazem
com que aconteça uma alteração no processo de contração do coração, fazendo com
que trabalhe mais forte para bombear sangue para todo o corpo, provocando um
aumento no volume do músculo cardíaco e fazendo com que fique fatigado,
aumentando o risco de insuficiência cardíaca.
<><> Como
confirmar o diagnóstico
O diagnóstico da
cardiomegalia é feito com base no histórico clínico e através de exames como
raio X, eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia computadorizada ou
ressonância magnética para avaliar o funcionamento do coração. Além disso,
podem ser solicitados exames de sangue para detectar os níveis de algumas
substâncias no sangue que podem estar causando o problema no coração.
Outros tipos de exames
que o cardiologista pode solicitar são o cateterismo, que permite visualizar o
coração por dentro e a biópsia do coração, que pode ser feita durante o
cateterismo para avaliar danos nas células cardíacas.
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Possíveis causas da cardiomegalia
A cardiomegalia
normalmente é consequência de algumas doenças como:
• Doença de Chagas;
• Hipertensão arterial sistêmica;
• Obstrução coronariana, insuficiência
cardíaca, infarto ou arritmia cardíaca;
• Cardiomiopatia;
• Doença das válvulas do coração devido a
febre reumática ou infecção no coração como a endocardite;
• Diabetes;
• Hipertensão pulmonar ou doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC);
• Insuficiência renal;
• Anemia;
• Problemas na glândula tireoide como hipo
ou hipertireoidismo;
• Alcoolismo.
Além disso, alguns
medicamentos para tratar o câncer como doxorrubicina, epirrubicina,
daunorrubicina ou ciclofosfamida, também podem causar o aparecimento de
cardiomegalia.
Apesar de não ser
muito comum, durante a gravidez é possível que a mulher apresente o coração
grande, principalmente quando existem antecedentes de doenças do coração,
quando a mulher tem idade mais avançada, bebem álcool ou fumam, por exemplo. No
entanto, esses casos são considerados passageiros, de forma que o coração volta
ao tamanho normal após cerca de 1 ano após o início do tratamento.
<><> O
coração grande pode voltar ao tamanho normal?
Algumas pessoas podem
ter o coração aumentado como consequência de fatores passageiros, como infecção
ou gravidez, por exemplo. Nesses casos, o coração pode voltar à normalidade com
o tratamento adequado.
No entanto, no caso do
coração grande ser consequência de uma doença crônica, é possível que permaneça
aumentado, sendo importante continuar a realizar o tratamento indicado pelo
médico para controlar os sintomas relacionados com essa alteração.
<><> Como
é feito o tratamento
O tratamento para a
cardiomegalia deve ser orientado por um cardiologista e normalmente inclui:
1. Uso de medicamentos
Os medicamentos que o
cardiologista pode prescrever para tratar a cardiomegalia são:
• Diuréticos como furosemida ou
indapamida: ajudam a remover o excesso de líquidos do organismo, evitando que
se acumulem nas veias e dificultem o batimento cardíaco, além de reduzir o
inchaço na barriga e nas pernas, pés e tornozelos;
• Anti-hipertensivos como captopril,
enalapril, losartana, valsartana, carvedilol ou bisoprolol: ajudam a melhorar a
dilatação dos vasos, aumentam o fluxo sanguíneo e facilitam o trabalho do
coração;
• Anticoagulantes como varfarina ou
aspirina: diminuem a viscosidade do sangue, prevenindo o surgimento de coágulos
que podem causar embolias ou AVC;
• Antiarrítmico como a digoxina: fortalece
o músculo cardíaco, facilitando as contrações e permite o bombeamento mais
eficaz de sangue.
O uso desses
medicamentos deve ser feito somente sob a supervisão de um cardiologista e com
doses específicas para cada pessoa.
2. Colocação de
marcapasso
Em alguns casos de
cardiomegalia, principalmente em estágios mais avançados, o cardiologista pode
indicar a colocação de um marcapasso para coordenar os impulsos elétricos e a
contração do músculo cardíaco, melhorando seu funcionamento e facilitando o trabalho
do coração.
3. Transplante de
coração
O transplante de
coração pode ser feito se as outras opções de tratamento não forem eficazes
para controlar os sintomas da cardiomegalia, sendo a última opção de
tratamento.
4. Cirurgia cardíaca
A cirurgia cardíaca
pode ser realizada pelo cardiologista se a causa da cardiomegalia for algum
defeito ou alteração nas válvulas do coração. A cirurgia permite reparar ou
substituir a válvula afetada.
5. Cirurgia de bypass
coronário
A cirurgia de bypass
coronário pode ser indicada pelo cardiologista se a cardiomegalia for causada
por problemas das artérias coronárias que são responsáveis por irrigar o
coração.
Essa cirurgia permite
corrigir e redirecionar o fluxo de sangue da artéria coronária afetada e ajuda
a controlar os sintomas de dor no peito e dificuldade de respirar.
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Possíveis complicações
As complicações que a
cardiomegalia pode causar são:
• Infarto;
• Formação de coágulos no sangue;
• Parada cardíaca;
• Morte súbita.
Essas complicações
dependem de qual parte do coração está aumentada e da causa da cardiomegalia.
Por isso, sempre que existe suspeita de algum problema no coração é muito
importante procurar ajuda médica.
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Quando tempo vive uma pessoa com coração grande?
Como a cardiomegalia
pode ser causada por diversos fatores, não é possível determinar o tempo de
vida da pessoa, já que isso depende da causa do aumento do coração e do estado
geral de saúde da pessoa.
Além disso, caso a
pessoa não inicie o tratamento adequado, pode aumentar a gravidade da situação,
diminuindo a qualidade de vida e aumentando o risco de mortalidade. Por isso, o
ideal é que o cardiologista seja consultado.
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Cuidados durante o tratamento
Algumas medidas
importantes durante o tratamento da cardiomegalia são:
• Não fumar;
• Manter o peso saudável;
• Manter os níveis de glicose no sangue
controlados e fazer o tratamento da diabetes recomendado pelo médico;
• Fazer acompanhamento médico para
controlar a pressão alta;
• Evitar bebidas alcoólicas e cafeína;
• Não usar drogas como cocaína ou
anfetaminas;
• Fazer exercícios físicos recomendados
pelo médico;
• Dormir pelo menos 8 a 9 horas por noite.
É ainda importante
fazer acompanhamento com o cardiologista que também deve orientar mudanças na
alimentação e a fazer uma dieta equilibrada e pobre em gorduras, açúcar ou sal.
Fonte: Tua Saúde
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