Aumento de países dispostos a aderir ao
BRICS mostra cansaço da ordem americana, diz especialista
A extensa lista de
Estados que expressaram interesse em aderir ao BRICS mostra que o mundo está
procurando uma alternativa à ordem norte-americana, disse o cientista político
russo Bogdan Bezpalko, em conversa com a Sputnik.
O assessor
presidencial russo Yuri Ushakov comunicou recentemente aos jornalistas que o
número de Estados dispostos a cooperar com o BRICS de uma forma ou de outra,
incluindo a adesão à associação, atingiu 34.
Como Bezpalko
observou, os Estados Unidos, estando em processo de declínio, estão tentando
manter seu poder, mas o cansaço de sua ordem entre os países do mundo está
chegando.
"Naturalmente,
com a queda da potência hegemônica [os EUA], é claro que os países querem ter
alguma alternativa com quem se possa contar, onde se possa obter apoio e onde
se possa, de alguma forma, construir relações econômicas internacionais de forma
mais equitativa, pelo menos em paridade, e não apenas receber instruções",
disse Bezpalko.
O BRICS é uma
associação interestatal criada em 2006. A Rússia assumiu a presidência do BRICS
em 1º de janeiro de 2024.
O ano começou com a
entrada de novos membros na associação: além da Rússia, Brasil, Índia, China e
África do Sul, o BRICS agora inclui o Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes
Unidos e Arábia Saudita.
O principal evento
deste ano vai ser a cúpula do BRICS com a participação de chefes de Estado em
Kazan, na Rússia, de 22 a 24 de outubro.
¨ Cúpula do Brics na Rússia mira alternativa ao dólar e ao FMI
Entre os diversos
assuntos que serão tratados na 16ª cúpula dos líderes
do Brics, prevista para ocorrer entre 22 e 24 de outubro, destacam-se
as negociações para reduzir a dependência do dólar no comércio entre os países
do bloco, além de medidas para fortalecer instituições financeiras alternativas
ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, controlados
principalmente por potências ocidentais.
O evento será na
cidade de Kazan, na Rússia, e será a primeira cúpula do Brics com a
participação dos cinco novos membros que ingressaram no bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes
Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até o ano passado, o Brics era formado apenas
por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O governo russo é quem
preside o bloco em 2024 e estabeleceu uma série de prioridades para este ano, entre elas, a integração dos novos membros, além de “reforçar
o papel dos estados Brics no sistema monetário e financeiro internacional” e
“expandir o uso das moedas nacionais dos estados Brics no comércio mútuo”.
Nesta semana, em
reunião entre lideranças das finanças dos países, o ministro das Finanças da
Rússia, Anton Siluanov, pediu que o bloco crie uma alternativa ao FMI.
“O FMI e o Banco
Mundial não estão desempenhando seus papéis. Eles não estão trabalhando nos
interesses dos países Brics. É necessário formar novas condições ou mesmo novas
instituições, semelhantes às instituições de Bretton Woods, mas dentro da
estrutura da nossa comunidade, dentro da estrutura do Brics”, defendeu o
ministro russo, segundo informou a Reuters.
Além de instituições
financeiras próprias, o bloco ainda discute a criação de um sistema de
pagamento alternativo ao dólar, o chamado Brics Bridge, que seria uma
plataforma para a liquidação e pagamento digital entre os membros do grupo.
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Brasil
O presidente
brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na última cúpula dos Brics, na África do
Sul, em 2023, defendeu uma alternativa ao dólar. “A criação de uma moeda para as transações comerciais e
investimentos entre os membros do Brics aumenta nossas condições de pagamento e
reduz nossas vulnerabilidades”, disse Lula naquela ocasião.
O governo brasileiro
também tem feito críticas às principais instituições financeiras globais.
“Essas instituições vão servir para financiar desenvolvimento dos países pobres
ou vão continuar existindo para sufocar os países pobres?”, questionou Lula na cúpula da União Africana, na Etiópia, ao citar o FMI e
o Banco Mundial.
Por enquanto, a única
instituição financeira do Brics em funcionamento é o Novo Banco de
Desenvolvimento (NBD), presidido pela ex-presidente brasileira, Dilma Rousseff.
O chamado Banco do Brics é usado para financiar projetos de infraestrutura
e desenvolvimento entre os países-membros.
Para alguns
especialistas, os projetos dos Brics visando reduzir a influência do dólar no
comércio global e criar instituições financeiras fora do controle das potências
ocidentais representam certa ameaça para as potências beneficiadas pelo modelo
financeiro atual.
O assessor de política
externa da Presidência russa, Yuri Ushakov, rejeitou que o bloco seja uma
associação antiocidental, destacando que o Brics busca criar centros de
desenvolvimento e de influência independentes.
“Sejamos honestos
– eles estão abertamente com inveja de nossa expansão, bem como do fato de
que os países da maioria global gostariam de se unir mais estreitamente para
cooperação na plataforma Brics. Temos visto evidências consideráveis de oponentes ocidentais tentando prejudicar e enfraquecer nossa
associação”, afirmou o assessor do presidente russo,
Vladimir Putin.
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Cúpula Brics
O governo russo
informou que 32 países confirmaram presença do evento, sendo
24 representados por líderes de Estado. Dos dez membros do bloco, nove
serão representados por chefes de Estado, incluindo o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. A exceção é a Arábia Saudita, que vai enviar para a
cúpula o ministro de Relações Exteriores.
“O encontro pode
se transformar no maior evento de política externa já realizado no nosso
país”, afirmou nessa quinta-feira (10) Yuri Ushakov.
Estima-se que o
Brics concentre cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) global,
superando o G7, grupo das maiores economias do planeta com Estados Unidos,
França, Reino Unido e Alemanha, que concentra cerca de 30% do PIB mundial.
O Brics surgiu em
2006, quando os representantes do Brasil, Índia, China e Rússia formaram um
fórum de discussões. O grupo começou como Bric (que reúne as iniciais dos
países fundadores). A primeira cúpula de chefes de Estado ocorreu apenas em
2009. Em 2011, a África do Sul ingressou na organização, que ganhou a letra ‘s’
e virou Brics.
¨ Moscou: 'O BRICS nunca foi e não pretende se tornar uma aliança
militar'
O BRICS nunca foi e
não pretende ser uma aliança militar, refere um comunicado do Ministério das
Relações Exteriores da Rússia divulgado neste sábado (12).
"O BRICS nunca
foi, não é e não pretende se tornar uma aliança militar. Além disso, o BRICS
não é nem mesmo uma organização internacional ou uma estrutura de integração,
mas sim uma associação interestatal de participantes iguais", diz o comunicado
do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
O ministério lembra
que o bloco BRICS é uma parceria estratégica multidisciplinar baseada em três
pilares fundamentais: política e segurança, economia e finanças, cultura e
relações humanitárias.
Um dos principais
objetivos do BRICS é criar um sistema econômico mundial justo e multilateral,
acrescentou Moscou.
No dia 1º de janeiro,
a Rússia assumiu a presidência rotativa do grupo BRICS em 2024, ano que começou
com a admissão de novos membros. Além de Brasil, Rússia, Índia, China e África
do Sul, aos quais o grupo deve a sigla, inclui agora também Egito, Etiópia,
Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
Atualmente, o grupo
representa quase metade da população mundial, mais de 40% da produção global de
petróleo bruto e cerca de 25% das exportações mundiais. A 14ª Cúpula do BRICS
acontecerá na cidade de Kazan (Rússia), de 22 a 24 de outubro.
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A União Europeia, a
OTAN e os cavaleiros templários. Por José Luís Fiori
O projeto de
integração europeia foi concebido, depois da Segunda Guerra Mundial, como parte
de um sistema supranacional liderado e tutelado pelos Estados Unidos, que
visava pacificar um continente que viveu em estado de guerra quase permanente
nos últimos 800 anos. O projeto inicial foi lançado em 1951 com a assinatura,
em Paris, do tratado que instituiu a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço.
Eram apenas seis países – Bélgica, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo e
Países Baixos – mas depois a comunidade inicial se expandiu e se transformou na
atual União Europeia, com o Tratado de Maastricht, assinado em 1992, e chegou a
ter 28 países-membros, até a saída da Grã-Bretanha, em janeiro de 2020.
O projeto inicial da
Comunidade Europeia propunha a desmilitarização parcial dos Estados europeus,
que deveriam transferir sua soberania militar para uma organização
supranacional de defesa – a OTAN, que já havia sido criada em 1949 – que
garantiria “ajuda mútua” em caso de ataque externo a algum dos países-membros
da comunidade. Apesar disso, o Tratado de Maastricht, assinado logo depois da
unificação da Alemanha, estabeleceu como objetivo o desenvolvimento de uma
política de segurança coletiva própria da União Europeia, mas até hoje nunca
havia logrado equacionar o problema do relacionamento desta política de defesa
regional com a política de segurança coletiva da OTAN, tutelada pelos Estados
Unidos.
A formação e a
expansão inicial da Comunidade Europeia avançaram sob a liderança conjunta da
França e da Alemanha Ocidental, até a queda do Muro de Berlim. Entretanto,
depois da reunificação da Alemanha e da incorporação dos antigos países
comunistas da Europa do Leste, a União Europeia caiu prisioneira de uma
armadilha circular, da qual nunca conseguiu se desvencilhar.
Ela precisava
centralizar seu poder político e militar para poder formular uma estratégia
internacional, mas essa centralização foi sistematicamente boicotada por seus
principais sócios, a França, a Alemanha Ocidental e a Inglaterra, que nunca
admitiram abrir mão de suas soberanias nacionais. Um impasse que ficou ainda
mais agudo depois da reunificação da Alemanha, que se transformou na maior
potência demográfica e econômica do continente e passou a ter uma política
externa cada vez mais assertiva e independente.
O comportamento alemão
reacendeu as antigas fraturas e competições do Velho Continente, acentuando o
declínio da França e favorecendo a decisão britânica de se retirar do projeto
comum. Mesmo assim, a União Europeia seguiu sem resolver sua “falha genética”
fundamental, ou seja, a falta de poder central unificado capaz de impor
objetivos comuns a todos os seus Estados-membros, e continuou dependendo dos
Estados Unidos para sua defesa comum.
Essa situação começou
a se modificar com a Guerra na Ucrânia, a partir de 2022, que reacendeu o medo
comum e a paranoia da União Europeia com relação à Rússia, facilitando o
processo de transformação da OTAN no verdadeiro governo militar da União
Europeia, responsável direto pelo planejamento, financiamento e municiamento
das tropas ucranianas.
A verdade é que, desde
o momento de sua criação, em 1949, o objetivo da OTAN foi “manter os russos
fora”, segundo as palavras do Lord Ismay, seu primeiro secretário-geral. Esse
objetivo foi cumprido plenamente ao longo de toda a Guerra Fria. Mas depois da
dissolução da União Soviética, em 1991, a OTAN passou por uma espécie de “crise
de identidade” e de redefinição do seu papel dentro da Europa e no sistema
internacional.
Num primeiro momento,
a organização militar se voltou para o Leste e para a ocupação/incorporação dos
países da Europa do Leste que haviam pertencido ao Pacto de Varsóvia – expansão
que está na origem última da crise e da guerra na Ucrânia. Além disso, participou
diretamente, pela primeira vez na sua história, das guerras da Iugoslávia e do
Kosovo, em 1999. E antes disso, em 1994, lançou um projeto de intercâmbio
militar e segurança com os países árabes do norte da África, o chamado “Diálogo
Mediterrâneo”.
E dez anos depois, na
sua reunião em Istambul, de 2004, decidiu expandir seu objetivo inicial,
criando a “Iniciativa de Cooperação de Istambul” (ICI), voltada para os países
do Oriente Médio. No mesmo período, a OTAN se colocou ao lado das tropas
anglo-americanas, nas guerras do Iraque e do Afeganistão, e depois também no
norte da África. E agora, mais recentemente, vem se propondo a expandir sua
presença na Ásia, participando do cerco militar da China que vem sendo
implantado pelos Estados Unidos.
A Guerra na Ucrânia,
entretanto, e a opção dos principais governos europeus de envolver-se
diretamente no conflito, acabaram envolvendo a OTAN na primeira grande guerra
europeia desde a Segunda Guerra Mundial. E tudo indica neste momento que os
principais países europeus, junto com a nova chefia da Comissão Europeia e da
OTAN, seja prolongar o conflito da Ucrânia, de forma a facilitar a criação de
uma “economia de guerra” no território europeu.
Uma economia de guerra
que seria liderada pela Alemanha, que já renunciou a sua indústria
manufatureira tradicional para transformar-se na cabeça de um “complexo
militar” envolvendo os demais países europeus. Esse novo projeto para a OTAN e
a União Europeia conta com o apoio do atual governo norte-americano, e deverá
se manter e aprofundar no caso de vitória dos democratas na próxima eleição
presidencial.
Pelo menos foi isto
que ficou sacramentado ao final da 75ª Reunião Anual de Cúpula da OTAN,
realizada na cidade de Washington, em julho de 2024, que confirmou a decisão de
prosseguir e aprofundar o envolvimento da Organização na sua guerra Rússia,
incluindo agora também a China na condição de adversária da OTAN. Neste
sentido, ao comemorar seus setenta e cinco anos, se pode dizer que a OTAN
decidiu se transformar definitivamente no “governo militar” da União Europeia,
e ao mesmo tempo na última fortaleza da “civilização ocidental” contra os
“ortodoxos russos”, os “povos islâmicos” e a “civilização chinesa”. Uma espécie
de Cavaleiros Templários do século XXI, responsáveis pela defesa do “Norte
Global”.
¨ Combinação de declínios leva europeus a começarem a negociar
'por fora' da UE, analisa mídia dos EUA
Estados-membros do
bloco europeu começam a defender seus próprios interesses a partir do momento
que a UE sofre uma potente combinação de paralisia política, ameaças externas e
mal-estar econômico que ameaça macabar com as ambições do bloco de se tornar uma
força global por si só, analisa a Bloomberg.
O mundo, de forma
geral, está vivenciando mudanças drásticas como a crise climática, mudanças
demográficas e a transição para uma economia pós-industrial. Mas no que diz
respeito à Europa, esses fenômenos são ainda mais nocivos, uma vez que a
capacidade e a disposição da região para responder a estas questões estão bem
atrasadas.
Em 9 de setembro, o
ex-primeiro-ministro italiano Mario Draghi divulgou um relatório bastante
esperado sobre a competitividade da União Europeia. Após falar sobre o
documento, Draghi instou o bloco a desenvolver suas tecnologias avançadas,
criar um plano para atingir suas metas climáticas e impulsionar a defesa e a
segurança de matérias-primas críticas, rotulando a tarefa de "um desafio
existencial".
"Pela primeira
vez desde a Guerra Fria, devemos temer genuinamente por nossa
autopreservação", enfatizou.
No entanto, segundo a
agência norte-americana, mais de um mês depois, os Estados-membros do bloco
mostraram "apatia ou resistência" aos apelos do ex-primeiro-ministro,
mesmo que não estejam em condições de as fazer.
A mídia cita, como
últimos movimentos regressivos, a entrega do poder de veto na França, por
Emmanuel Macron, à extrema direita; as declarações da maior montadora da
Alemanha sobre fechar fábricas no país pela primeira vez e, adicionalmente, o
fato de as gigantes da tecnologia dos Estados Unidos estarem dando as costas ao
mercado europeu por causa de suas novas restrições à inteligência artificial.
"Todos esses
desenvolvimentos sustentam o fracasso da UE em agir como um bloco econômico
coeso e dinâmico, corroendo seu status e degradando sua capacidade de responder
a uma ampla gama de ameaças, desde a política industrial chinesa até a agressão
militar russa, ou mesmo uma futura administração antagônica nos EUA",
escreve a Bloomberg.
"Se você quisesse
ser uma potência geopolítica, então o poder econômico seria o
ingrediente-chave. O crescimento da produtividade foi um desastre. A Europa
ainda é rica, mas esses diferenciais ao longo de 20 anos têm implicações
enormes", disse Guntram Wolff, professor da Universidade Livre de Bruxelas
e membro sênior do think tank Bruegel.
Os rivais geopolíticos
da região estão tentando explorar essas transformações, enquanto muitos dos
maiores membros da UE estão sobrecarregados com modelos econômicos que não
deram resultado por muito tempo — e ainda precisam lidar com eleitores
inquietos que não aceitam alternativas.
"Algo está
mudando muito, muito dramaticamente e muito, muito profundamente neste mundo.
Não podemos reagir corretamente, porque somos muito lentos", disse o
ex-presidente polonês Aleksander Kwasniewski em uma entrevista.
Além disso, a mídia
aponta para a dificuldade de centralização de decisões que um bloco encontra.
"A China está
lutando contra sua própria desaceleração econômica, e os EUA estão caminhando
para uma eleição potencialmente perturbadora com suas finanças públicas em uma
base insustentável. Mas ambas as nações têm sistemas que centralizam a tomada de
decisões em grande medida, e geram vastas quantidades de capital privado ou
público para defesa e investimento em tecnologia de ponta", diz a agência.
É certo que os padrões
de vida em suas economias ricas não estão à beira do colapso. Alguns países
podem muito bem se beneficiar de acordos de investimento ou comércio com os
EUA, China ou Rússia. Mas quanto mais as tendências atuais persistirem, maior será
a vulnerabilidade da Europa a choques dramáticos.
O contexto ameaça
causar danos que vão além do simples atraso em investimentos e produtividade:
os líderes da região estão perdendo a fé no projeto europeu.
"Eu realmente
acredito que estamos em risco. Nos próximos dois a três anos, se seguirmos
nossa agenda clássica, estaremos fora do mercado. Não tenho dúvidas",
disse Emmanuel Macron no início deste mês em um painel em Berlim.
Macron, segundo a
mídia, argumenta que a perda de combustíveis fósseis russos baratos e o advento
da política industrial agressiva e intensiva em subsídios do presidente dos
EUA, Joe Biden, marcam uma ruptura com o antigo modelo que permitiu que as
economias baseadas na exportação da Europa prosperassem.
Isso se soma aos
desafios pré-existentes impostos pela ascensão da China e sua vasta máquina de
manufatura, e ao salto global em inovação tecnológica que em grande parte
ignorou a região.
A mídia afirma que
"autoridades em países europeus centrais estão começando a ver a UE como
um obstáculo que eles precisam contornar — em vez da fonte de prosperidade e
proteção que ela tem representado até agora".
Para exemplificar o
começo de um certo tipo de racha, a agência cita que autoridades francesas
falam sobre forjar uma integração mais profunda com um grupo menor de países
fora da estrutura do bloco por causa da oposição de longa data da Alemanha.
Autoridades polonesas citam iniciativas semelhantes em defesa. O
primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, tradicionalmente um dos estados
mais pró-UE, está minando sua política comercial para cortejar o investimento
chinês.
"É óbvio que a
Europa está ficando para trás de seus principais parceiros comerciais, os EUA e
a China. Se não tomar medidas imediatas, o declínio acabará se tornando
irreversível", disse o Ministro das Finanças grego Kostis Hatzidakis em
uma entrevista em 24 de setembro.
Fonte: Sputnik Brasil/Sul
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