quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Sucessão em Feira de Santana: ACM Neto diz que vai atuar para que haja apenas um candidato da sua base

O ex-prefeito de Salvador e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto (União), declarou nesta terça-feira (26) que vai atuar para que o grupo em que faz parte tenha apenas um candidato nas eleições de Feira de Santana, em 2024. Dois aliados do ex-gestor soteropolitanos podem entrar na disputa e dividir voto, o que parece preocupar Neto.

Os postulantes são o ex-prefeito José Ronaldo (União) e o deputado estadual Pablo Roberto (PSDB). "Eu vou fazer todo esforço para isso. A gente ainda tem tempo. Temos que trabalhar com tempo. É natural que tanto Pablo se coloque como pré-candidato, como passa pela cabeça de Zé Ronaldo, quem sabe, talvez, voltar para a prefeitura. Estou dizendo isso porque oficialmente ninguém colocou ainda esse pleito. Agora eu vou fazer o esforço que puder se de alguma forma puder ajudar, para que a gente tenha um só candidato", disse Neto durante evento da Índigo na capital baiana.

Além de Feira, o grupo político do ex-deputado pretende também trabalhar com uma só candidatura em cidades de grande porte na Bahia, o que sugere os casos de Camaçari, Vitória da Conquista, Juazeiro e Lauro de Freitas. A Fundação Índigo, presidida por Neto, é tida como braço de formação de quadros políticos e gestores do partido União Brasil.

 

       Zé Ronaldo indica seguir no jogo para disputar prefeitura

 

O ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União), afirmou em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (25), que segue no jogo para ser candidato novamente à prefeitura feirense.

Zé Ronaldo, como é conhecido, já foi prefeito de Feira de Santana em quatro oportunidades: em 2000, 2004 (pelo antigo PFL), e em 2012 e 2016 pelo Democratas.

Durante a conversa, Zé Ronaldo ainda disse que adora fazer política e vive para isso: “Eu estou andando muito, porque eu gosto de fazer isso. Eu me sinto feliz em ser convidado para ir nas comunidades. Eu não fui a nenhum lugar sem convite. É uma honra muito grande ser convidado por alguém para participar de algum evento. Eu adoro fazer política. Vivo política. Política é a minha vida!”, afirmou o político.

A última disputa eleitoral do ex-prefeito aconteceu em 2018, quando seu nome foi escolhido para disputar o governo da Bahia contra o então governador Rui Costa, do PT. O movimento foi feito após a desistência de ACM Neto (União), que preferiu não deixar a prefeitura de Salvador à época.

•        Zé Ronaldo diz que acompanha atritos entre prefeitura e Câmara de Feira pela imprensa

Fora das disputas políticas em Feira de Santana desde 2016, José Ronaldo (União), que tende a concorrer às eleições da cidade no ano que vem, disse que não se envolve na relação entre a atual administração e a Câmara de Vereadores. O político deu entrevista nesta segunda-feira (25) no Projeto Prisma, do Bahia Notícias.

Para Zé Ronaldo, a relação entre o prefeito Colbert Martins Filho e os vereadores está longe de ser boa.  O ex-gestor declarou ainda que um dos fatores é que essa legislatura seria diferente de todas as outras com que conviveu.

“Esta legislatura é bem diferente de todas as demais que já aconteceram na história política de Feira. Realmente, a relação entre executivo  e Legislativo e Executivo não é boa. O próprio prefeito fala. Os próprios vereadores falam. Eu acompanho isso muito  mais pela imprensa. Eu já fui do Executivo e do Legislativo e cada um tem suas posições e caminhos a tomar. Mas realmente a relação não é boa”, declarou.

•        Zé Ronaldo reage à ‘provocação’ de Zé Neto e afirma: “Há coisas da vida que não se deve responder”

O ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo (União) comentou uma declaração que o deputado federal e possível adversário na disputa à prefeitura de Feira, Zé Neto (PT), deu ao seu respeito quando afirmou que Zé Ronaldo deveria assumir a secretaria de administração de Feira de Santana ao invés de se candidatar a prefeito.

Zé Ronaldo disse que reage a esse tipo de ‘provocação’ com total tranquilidade. “Há coisas na vida que você deve responder e há episódios da vida que você não deve responder. Eu aprendi, ao longo da minha vida, que o adversário político eu trato com respeito. Mas não sou obrigado a responder o que vem dele, porque, seguramente, não vem nada de bom para minha pessoa. Sempre virá algo para que eu escorregue, uma casa de banana, coisas dessa natureza”, declarou o político.

O ex-prefeito também comentou uma outra declaração de Zé Neto quando, também ao Bahia Noticias, o petista afirmou que a possível candidatura do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB), prejudicaria mais o lado de Zé Ronaldo do que o dele.

 “O que foi dito que prejudica o fato de eu vir a ser candidato, isso não precisa ninguém falar. Isso é claro. Se você tem um grupo político ao invés de sair um candidato, saem três, o grupo se divide. Isso é em qualquer grupo político, qualquer sigla partidária”, declarou Zé Ronaldo.

Ele também destacou que deve decidir entre dezembro deste ano e janeiro de 2024 se sairá como candidato, mas que segue conversando com todo mundo e “inteiramente à disposição”.

O possível candidato ao Executivo feirense ainda comentou sobre a relação dele com o atual prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), frisando que não interfere na gestão do seu sucessor, apesar de manter amigos no secretariado feirense.

 “Quando Colbert assumiu, me substituindo, ele manteve a equipe praticamente total do governo, que vinha bem engatilhado. Ele [Colbert] conduziu isso. Eu nunca me envolvi, nunca me meti, nunca pisei na prefeitura para ir atrás tratar desses assuntos”, afirmou Zé Ronaldo destacando que Colbert Martins tem todo o direito, enquanto prefeito, de decidir como gerir Feira de Santana.

•        Zé Ronaldo diz que apoiar Bolsonaro em 2018 foi "decisão política que tomou por conta própria”

O ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo (União), afirmou que a decisão de apoiar o então candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro, em 2018, foi política.

Ex-candidato ao governo da Bahia naquele ano, Zé Ronaldo ainda pontuou que foi uma decisão unilateral, ou seja, que ele tomou por conta própria. “Foi uma decisão política que eu tomei comigo mesmo. Quando eu viajava para o interior fazendo campanha tinha imensas dificuldades de apoio político, financeiras, de locomoção, tudo”, afirmou Zé Ronaldo.

Ele contou que nessas viagens ao interior baiano, ouvia muitos moradores o aconselhando a apoiar Bolsonaro. “Eu chegava no interior e as pessoas dizem: 'Zé Ronaldo, você deveria anunciar apoio a Bolsonaro'. Eu comecei a ouvir isso com um frequência extraordinária”, explicou o ex-prefeito.

Ele disse que resolveu fazer uma “pesquisa” enquanto discursava em Valente, na região Sisaleira, e percebeu que o apoio a Bolsonaro por lá era maior, quando perguntou em quem a população votaria.

 “Daquele público que estava me assistindo, 70% levantou o braço [a favor de Bolsonaro], alguém gravou isso e já estavam me ligando de Brasília, já estava nas redes sociais todas, viralizou e eu fui sondando”, contou Zé Ronaldo.

Ainda durante a entrevista, o ex-prefeito disse que decidiu apoiar Bolsonaro sem nunca ter conversado com ele. “Nunca estive com Bolsonaro e nunca conversei com ele. Fui colega dele dois anos na Câmara Federal. É um cidadão que fala o que quer, o que deseja. Há um eleitorado no Brasil que deseja algo diferente, isso tá provado. Ele se comunica com as pessoas. O estilo dele, não sei se tá certo ou errado. Acho que ele tem virtudes e acho que tem alguns erros também”, afirmou o político.

Zé Ronaldo também comentou sobre a gestão de Bolsonaro à frente da pandemia pontuando que, na opinião dele, o ex-presidente errou.

 “Acho, e sempre disse isso, que no período da pandemia ele [Bolsonaro] errou. Um período em que nós estávamos vivendo com tamanho receito, muita preocupação. Acho que a condução da pandemia estava sendo feita pelo ministro Mandetta [ministro da Saúde, à época]. Quando ele [Mandetta] saiu, acho que houve uma falta de conexão na questão científica, técnica e da medicina. Acho que ali ele [Bolsonaro] errou. Vi pessoas que votaram nele, dizendo que não iriam votar nele de novo por causa disso”, concluiu Zé Ronaldo.

 

Fonte: BN

 

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