sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Eleitores dos EUA estão 'muito preocupados' com saúde cognitiva de Biden, diz pesquisa

Uma recente pesquisa eleitoral feita por uma empresa de comunicação estadunidense revelou que mais da metade dos americanos estão "muito preocupados" com a saúde cognitiva do atual presidente dos EUA, Joe Biden.

A preocupação dos eleitores reflete a insatisfação do público americano com a atuação do octogenário na presidência e no seu posicionamento como próximo candidato do Partido Democrata para as eleições de 2024.

A pesquisa, conduzida pela empresa NewsNation/Decision Desk HQ e divulgada nesta quinta-feira (28), tinha como foco perguntas sobre os candidatos do Partido Republicano, mas continha duas perguntas sobre Biden.

A primeira perguntava: "Quão preocupado você está com a possibilidade da saúde cognitiva de Joe Biden afetar sua capacidade de servir outro mandato como presidente com eficácia?". Dos entrevistados, 52,21% disseram estar "muito preocupados" e outros 22,1% afirmaram estar "relativamente preocupados". Outros 12,51% disseram estar "pouco preocupados" e 13,19% disseram que não se importam.

Quando as eleições de novembro de 2024 começarem, Biden estará a 15 dias de completar 82 anos. Quando o seu mandato terminar, supondo que vença, Biden terá 87 anos, já que o seu aniversário é no final de novembro e os mandatos presidenciais terminam em janeiro, após a eleição.

A outra pergunta sobre o atual presidente era: "Se Joe Biden for o candidato democrata em 2024, a idade dele afetaria sua decisão sobre em quem votar?". Para esta, 40,17% afirmaram que esse dado "impacta fortemente" sua decisão e outros 18,84% disseram que teria um impacto mediano. Um pouco mais de 13% afirmaram que o impacto seria pequeno e 27,79% de entrevistados disseram que a idade de Biden não teria influência alguma na sua escolha de candidato.

Os pesquisadores fizeram perguntas idênticas sobre o ex-presidente Donald Trump, que é apenas três anos mais novo que Biden e lidera como um dos favoritos para concorrer ao cargo pelo Partido Republicano.

Neste caso, 38,8% dos eleitores disseram estar "muito preocupados" com a saúde cognitiva de Trump, enquanto 20,76% disseram estar "relativamente preocupados". Aproximadamente 23% dos entrevistados disseram não estar preocupados com a saúde mental de Trump.

·         Retorno de Trump à Casa Branca seria um inferno para Europa e Kiev, diz mídia francesa

Segundo artigo publicado no jornal francês Le Figaro, desejo de Donald Trump de encerrar o conflito na Ucrânia torna a possibilidade de retorno alarmante para Kiev e seus aliados ocidentais.

Os políticos ocidentais têm medo do possível retorno de Donald Trump à Casa Branca por conta do seu desejo de acabar com o conflito na Ucrânia, escreve um artigo do jornal francês Le Figaro.

"O primeiro mandato de [Donald] Trump foi um pesadelo para os europeus. Um segundo mandato pode significar um inferno para eles. Ele [Trump] repete continuamente que não levará mais de um dia para resolver o conflito ucraniano", diz o artigo.

O texto acrescenta que a possibilidade de Trump regressar à Casa Branca é extremamente alarmante também porque os Estados Unidos podem retirar as suas tropas da Europa. Segundo ao artigo, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) mal se recuperou do primeiro mandato de Trump, entre 2016-2020, quando ele reduziu a atuação americana na aliança. Por isso, segundo o texto, o retorno de Trump à presidência dos EUA seria um desastre tanto para a Europa como para a Ucrânia.

Em diversas ocasiões, Trump se manifestou contra o apoio dos EUA a Kiev e prometeu acabar com o conflito, se for eleito presidente em 2024. Recentemente, a mídia americana também sugeriu que ele poderia aliviar as sanções contra a Rússia e resolver as relações hostis dos EUA com a China.

 

       Regras para petróleo de Rússia e Arábia Saudita ameaçam reeleição de Joe Biden, diz mídia brasileira

 

A economia, junto à imigração e a idade avançada do presidente estadunidense são os maiores problemas de Biden na campanha eleitoral. Em relação ao primeiro ponto, a recente escalada dos preços do petróleo ameaça prejudicar ainda mais a economia americana.

Uma pesquisa divulgada nesta semana pelo The Washington Post, indica que apenas 30% dos norte-americanos aprovam a condução da economia norte-americana por Joe Biden, o menor patamar da sua presidência.

O aumento do petróleo, que vem sendo puxado pela Rússia e pela Arábia Saudita, países parceiros na OPEP+, é uma das maiores preocupações da Casa Branca, relata o jornal Valor Econômico.

Ainda segundo o levantamento do Washington Post, 74% dos norte-americanos acham que a economia não vai muito bem ou vai mal, e entre os pontos mais negativos destacados, na percepção de 87% dos que responderam à pesquisa, o preço dos combustíveis é o que mais impacta.

Além disso, se a alta dos combustíveis se mantiver, tal fato tende a se propagar pela economia, atingindo os demais preços, incluindo alimentos. Uma alta geral de preços elevaria a preocupação com a inflação e poderá fazer o Fed (Banco Central dos EUA) elevar mais os juros, com consequência negativa na economia.

A OPEP+ começou a cortar a produção de petróleo em abril, para tentar elevar os preços. Mas a demanda continuou fraca e os preços não subiram. Em julho, o grupo reforçou essa política com um corte ainda maior da Arábia Saudita, o maior exportador mundial. Isso coincidiu com um aumento da demanda global e os preços começaram a subir. Neste mês, a Rússia (segundo maior exportador) e Arábia Saudita concordaram em estender os seus cortes voluntários de produção até o final deste ano.

Além do corte em si, chamou a atenção do mercado a aparente facilidade de russos e sauditas de chegarem a um acordo. No passado, os dois países tinham dificuldade de alinhar suas políticas de produção, mas a parceria entre os dois países vem progredindo notavelmente.

A economia desses dois países depende fortemente do petróleo, e ambos têm interesses imediatos em elevar o preço da commodity, para aumentar a receita, diz o jornal brasileiro.

O preço do barril de petróleo, que em junho chegou a US$ 71,4 (R$ 373) vem subindo desde então e atingiu ontem US$ 96,55 (R$ 486). Muitos analistas especulam que deve chegar logo a US$ 100 (R$ 504).

Segundo o Valor, Biden tem poucas opções de ação para enfrentar o petróleo a US$ 100. Em março de 2022, no início da operação russa na Ucrânia, ele autorizou o uso das reservas estratégicas dos EUA para tentar reduzir o preço, mas o resultado foi pouco efetivo e deixou as reservas baixas, o que dificulta uma nova liberação de petróleo.

Um fator que depreciaria o petróleo seria uma redução da demanda na China, entretanto, a economia chinesa, que vinha desacelerando, deu alguns sinais de melhora nas últimas semanas.

Outro fator que reduziria as cotações seria uma recessão nos Estados Unidos, com queda de demanda, mas isso quase certamente significaria a derrota de Biden nas eleições de 2024.

 

Ø  Senadores republicanos querem teto anual para ajuda americana à Ucrânia

 

Diante de um cenário interno repleto de desafios, como a inflação nas alturas e a dívida pública que já ultrapassa US$ 33 trilhões (R$ 166,1 trilhões), os senadores republicanos começam a defender um teto para a ajuda anual à Ucrânia. O objetivo do pacote é financiar o país em conflito até a eleição presidencial americana, em novembro de 2024.

Além disso, a medida evita a necessidade de repetidas votações no Congresso para aprovar ajuda financeira ao regime de Vladimir Zelensky. Inclusive esse é um dos motivos que têm travado a apreciação do projeto que permite ao governo federal elevar os gastos previstos para o ano fiscal, diante da queda da arrecadação, que só em agosto foi 4,1% menor, e do aumento de despesas. Sem a aprovação, até 1º de outubro, as atividades cotidianas da administração de Joe Biden podem ficar paralisadas, inclusive o pagamento de salários aos funcionários federais.

O pacote custaria aos cofres públicos entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões no período (de R$ 302 bilhões a R$ 402 bilhões), em votação única no próximo mês, conforme relatado pelo Punchbowl News. Só em agosto, Biden solicitou ao Congresso americano a liberação de mais US$ 13 bilhões (R$ 65,4 bilhões) em ajuda à Ucrânia. Porém, enquanto o presidente americano fala em financiamento pelo "tempo que for necessário", autoridades americanas já alertam Kiev de que há limite para a paciência da população do país e dos parlamentares.

·         Uma votação a cada três meses

Um relatório do presidente do Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara dos EUA, Michael McCaul, apontou que os parlamentares americanos têm votado financiamentos ao conflito ucraniano a cada três meses.

Com o teto, também há possibilidade de romper o impasse atual entre a Câmara dos Representantes, de maioria republicana, e o Senado, que é de maioria democrata, com relação ao financiamento provisório para evitar a paralisação do governo dos EUA — isso ainda retira as discussões sobre a Ucrânia da mesa.

·         'Cansaço' com o conflito

Ao contrário de outras situações em que esteve nos Estados Unidos, o presidente Vladimir Zelensky não foi recebido com tanta pompa em sua última ida ao Congresso, sob a justificativa, por parte dos parlamentares, de que "simplesmente não tinham tempo". Pesquisas também apontam um "cansaço" do público norte-americano com o conflito, que já dura 18 meses e consumiu bilhões de dólares dos cofres públicos.

O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, ainda negou o pedido de Zelensky para discursar em uma reunião conjunta do Congresso.

No último dia 19, o presidente ucraniano discursou em uma sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Os canais de televisão dos EUA mostraram muitos assentos vazios nas instalações onde Zelensky fez o discurso.

 

Ø  Hackers chineses roubaram em julho 60.000 e-mails do Departamento de Estado dos EUA, revela o Senado

 

Hackers baseados na China, que obtiveram acesso às contas da secretária de Comércio dos Estados Unidos Gina Raimondo e de outros funcionários do governo neste ano, conseguiram roubar 60.000 e-mails do Departamento de Estado dos EUA, disseram duas pessoas familiarizadas com as informações obtidas na quarta-feira (27) por funcionários do Senado.

Foi revelado que aproximadamente 60 mil e-mails foram subtraídos de dez contas diferentes pertencentes ao Departamento de Estado, que os funcionários do departamento informaram aos membros do Senado.

Embora as identidades das vítimas não tenham sido divulgadas, foi informado que todas, com exceção de uma, estavam relacionadas a atividades no Leste Asiático e no Pacífico, de acordo com o comunicado dos interlocutores, um dos quais é funcionário que atua no gabinete do senador Eric Schmitt, segundo um artigo do The New York Times.

A espionagem, que comprometeu contas de e-mail baseadas na Microsoft nos departamentos de Estado e de Comércio, foi relatada pela primeira vez em julho. Naquele momento, nem os funcionários do governo dos Estados Unidos nem os executivos da empresa Microsoft disseram quantas contas de e-mail acreditavam ter sido afetadas ou quantos e-mails foram roubados pelos hackers.

Washington não culpou oficialmente a China pela espionagem, mas várias autoridades norte-americanas, inclusive a secretária de Comércio Gina Raimondo, apontaram essa conexão, ressalta a publicação.

Os hackers obtiveram acesso a contas de e-mail de aproximadamente 25 organizações, incluindo agências do governo, usando um certificado roubado da Microsoft, segundo o comunicado dos funcionários do governo Biden.

Ainda não está claro qual era a natureza dos e-mails. As autoridades americanas minimizaram a possibilidade de que a invasão pudesse ter exposto informações confidenciais, dizendo que nenhuma conta de e-mail confidencial foi comprometida na invasão. As violações ocorreram poucas semanas antes da viagem do secretário de Estado, Antony Blinken, à China, 19 de junho.

Foi o primeiro de vários funcionários do gabinete a fazer a viagem como parte dos esforços do governo Biden para amenizar as perdas nas relações diplomáticas entre Washington e Pequim, ao mesmo tempo em que impõe restrições ao investimento americano em alguns setores da economia chinesa, escreve a mídia.

"Precisamos fortalecer nossa defesa a ataques cibernéticos e invasões semelhantes no futuro, e devemos examinar com atenção a dependência do governo federal em um único fornecedor como uma possível fraqueza", disse o senador Eric Schmitt, comprometendo-se a buscar "respostas mais detalhadas dos funcionários para garantir que a China e outros invasores não obtenham acesso às informações mais confidenciais do governo federal".

 

Ø  Especialista: Pashinyan 'vendeu' Nagorno-Karabakh seguindo ordens dos EUA

 

De acordo com um especialista ouvido pela Sputnik, Nikol Pashinyan tem um histórico de erros domésticos e internacionais.

"O primeiro ministro da Armênia, Nikol Pashinyan, tem feito o trabalho sujo dos EUA, como [Vladimir] Zelensky está fazendo na Ucrânia", disse à Sputnik o professor Alfred de Zayas, antigo especialista independente em política internacional da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Ele é um traidor do seu povo, vendendo-se aos interesses americanos. Se estivesse defendendo os direitos dos armênios, teria levado os ataques do Azerbaijão contra a Armênia e Nagorno-Karabakh à Assembleia Geral da ONU e feito uma denúncia ao procurador do Tribunal Penal Internacional. Ele deveria ter remetido o caso ao Tribunal Internacional de Justiça como um genocídio contínuo", afirmou o autor de dez livros, incluindo "A indústria dos direitos humanos" e "Construindo uma ordem mundial justa".

O "fim de Nagorno-Karabakh" é muito mais do que um fracasso da política externa do primeiro-ministro da Armênia, concordou Aleksandr Konkov, professor associado do Departamento de Análise Política da Universidade Estatal Lomonosov de Moscou. É um testemunho do "colapso do modelo geral de política pró-Ocidente no Cáucaso".

"Pashinyan caiu na mesma armadilha que [Mikhail] Saakashvili, cujas ações resultaram na perda da Abkházia e da Ossétia do Sul pela Geórgia, ao apostar na aplicação universal dos valores ocidentais na resolução de conflitos regionais. Em vez de procurar chegar a acordos dentro da região e procurar soluções para as realidades que se desenrolavam no terreno, ele começou a procurar apoio muito além da própria região", explicou Konkov.

·         Objetivo é "expulsar a Rússia da região"

Durante as últimas tensões em Nagorno-Karabakh, diplomatas dos EUA, incluindo a chefe da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, e Yuri Kim, secretária de Estado adjunto dos EUA para Assuntos Europeus e Eurasiáticos, foram rápidos em se deslocar para a capital da Armênia, Yerevan.

A visita, feita na última segunda-feira (25), procurou "afirmar o apoio dos EUA à soberania, independência, integridade territorial e democracia da Armênia, e abordar as necessidades humanitárias decorrentes da recente violência em Nagorno-Karabakh", segundo uma publicação da Embaixada dos EUA.

Aleksandr Konkov afirmou que os Estados Unidos têm os olhos postos em um objetivo específico: "Expulsar a Rússia da região".

Agora as autoridades dos EUA procuram atribuir a culpa dos acontecimentos não a Yerevan em si, mas à Rússia, sublinhou.

·         Conflito em Nagorno-Karabakh

Nagorno-Karabakh é uma região na Transcaucásia. A esmagadora maioria da população é armênia.

Em 1923, a região recebeu o status de região autônoma dentro da República Socialista Soviética do Azerbaijão. Em 1988, começou em Nagorno-Karabakh um movimento de reunificação com a Armênia. Em 2 de setembro de 1991, o Azerbaijão proclamou a sua independência, e o nome da região autônoma mudou para república de Nagorno-Karabakh. De 1992 a 1994, o Azerbaijão tentou assumir o controle da autoproclamada república. Nessa ação militar de grande escala morreram cerca de 30 mil pessoas.

Em 1994, as partes concordaram em estabelecer um cessar-fogo, mas o status do território nunca foi determinado. No final de setembro de 2020, os combates recomeçaram em Nagorno-Karabakh. Na noite de 10 de novembro, o Azerbaijão e a Armênia, com o apoio de Moscou, chegaram a um acordo para cessar completamente as hostilidades, permanecendo nas posições ocupadas, trocar prisioneiros e os corpos dos mortos. Na região foram implantadas forças de paz russas, inclusive no corredor de Lachin.

No ano passado, Yerevan e Baku, com a mediação de Rússia, EUA e União Europeia, iniciaram discussões sobre um futuro acordo de paz. No final de maio deste ano, o premiê armênio, Nikol Pashinyan, disse que seu país estava pronto para reconhecer a soberania do Azerbaijão nas fronteiras soviéticas, ou seja, junto com Nagorno-Karabakh. Em setembro, o presidente russo, Vladimir Putin, chamou a atenção para o fato de que a liderança armênia, em essência, havia reconhecido a soberania do Azerbaijão sobre Nagorno-Karabakh. O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, disse que Baku e Yerevan podem assinar um acordo de paz antes do final do ano, a menos que a Armênia mude sua posição.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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