Eleitores dos EUA estão 'muito preocupados' com saúde cognitiva de
Biden, diz pesquisa
Uma recente pesquisa eleitoral feita por uma
empresa de comunicação estadunidense revelou que mais da metade dos americanos
estão "muito preocupados" com a saúde cognitiva do atual presidente
dos EUA, Joe Biden.
A preocupação dos eleitores reflete a insatisfação
do público americano com a atuação do octogenário na presidência e no seu
posicionamento como próximo candidato do Partido Democrata para as eleições de
2024.
A pesquisa, conduzida pela empresa
NewsNation/Decision Desk HQ e divulgada nesta quinta-feira (28), tinha como
foco perguntas sobre os candidatos do Partido Republicano, mas continha duas
perguntas sobre Biden.
A primeira perguntava: "Quão preocupado você
está com a possibilidade da saúde cognitiva de Joe Biden afetar sua capacidade
de servir outro mandato como presidente com eficácia?". Dos entrevistados,
52,21% disseram estar "muito preocupados" e outros 22,1% afirmaram
estar "relativamente preocupados". Outros 12,51% disseram estar
"pouco preocupados" e 13,19% disseram que não se importam.
Quando as eleições de novembro de 2024 começarem,
Biden estará a 15 dias de completar 82 anos. Quando o seu mandato terminar,
supondo que vença, Biden terá 87 anos, já que o seu aniversário é no final de
novembro e os mandatos presidenciais terminam em janeiro, após a eleição.
A outra pergunta sobre o atual presidente era:
"Se Joe Biden for o candidato democrata em 2024, a idade dele afetaria sua
decisão sobre em quem votar?". Para esta, 40,17% afirmaram que esse dado
"impacta fortemente" sua decisão e outros 18,84% disseram que teria
um impacto mediano. Um pouco mais de 13% afirmaram que o impacto seria pequeno
e 27,79% de entrevistados disseram que a idade de Biden não teria influência
alguma na sua escolha de candidato.
Os pesquisadores fizeram perguntas idênticas sobre
o ex-presidente Donald Trump, que é apenas três anos mais novo que Biden e
lidera como um dos favoritos para concorrer ao cargo pelo Partido Republicano.
Neste caso, 38,8% dos eleitores disseram estar
"muito preocupados" com a saúde cognitiva de Trump, enquanto 20,76%
disseram estar "relativamente preocupados". Aproximadamente 23% dos
entrevistados disseram não estar preocupados com a saúde mental de Trump.
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Retorno de Trump à Casa Branca seria um inferno
para Europa e Kiev, diz mídia francesa
Segundo artigo publicado no jornal francês Le
Figaro, desejo de Donald Trump de encerrar o conflito na Ucrânia torna a
possibilidade de retorno alarmante para Kiev e seus aliados ocidentais.
Os políticos ocidentais têm medo do possível
retorno de Donald Trump à Casa Branca por conta do seu desejo de acabar com o
conflito na Ucrânia, escreve um artigo do jornal francês Le Figaro.
"O primeiro mandato de [Donald] Trump foi um
pesadelo para os europeus. Um segundo mandato pode significar um inferno para
eles. Ele [Trump] repete continuamente que não levará mais de um dia para
resolver o conflito ucraniano", diz o artigo.
O texto acrescenta que a possibilidade de Trump
regressar à Casa Branca é extremamente alarmante também porque os Estados
Unidos podem retirar as suas tropas da Europa. Segundo ao artigo, a Organização
do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) mal se recuperou do primeiro mandato de
Trump, entre 2016-2020, quando ele reduziu a atuação americana na aliança. Por
isso, segundo o texto, o retorno de Trump à presidência dos EUA seria um
desastre tanto para a Europa como para a Ucrânia.
Em diversas ocasiões, Trump se manifestou contra o
apoio dos EUA a Kiev e prometeu acabar com o conflito, se for eleito presidente
em 2024. Recentemente, a mídia americana também sugeriu que ele poderia aliviar
as sanções contra a Rússia e resolver as relações hostis dos EUA com a China.
Regras
para petróleo de Rússia e Arábia Saudita ameaçam reeleição de Joe Biden, diz
mídia brasileira
A economia, junto à imigração e a idade avançada do
presidente estadunidense são os maiores problemas de Biden na campanha
eleitoral. Em relação ao primeiro ponto, a recente escalada dos preços do
petróleo ameaça prejudicar ainda mais a economia americana.
Uma pesquisa divulgada nesta semana pelo The
Washington Post, indica que apenas 30% dos norte-americanos aprovam a condução
da economia norte-americana por Joe Biden, o menor patamar da sua presidência.
O aumento do petróleo, que vem sendo puxado pela
Rússia e pela Arábia Saudita, países parceiros na OPEP+, é uma das maiores
preocupações da Casa Branca, relata o jornal Valor Econômico.
Ainda segundo o levantamento do Washington Post,
74% dos norte-americanos acham que a economia não vai muito bem ou vai mal, e
entre os pontos mais negativos destacados, na percepção de 87% dos que
responderam à pesquisa, o preço dos combustíveis é o que mais impacta.
Além disso, se a alta dos combustíveis se mantiver,
tal fato tende a se propagar pela economia, atingindo os demais preços,
incluindo alimentos. Uma alta geral de preços elevaria a preocupação com a
inflação e poderá fazer o Fed (Banco Central dos EUA) elevar mais os juros, com
consequência negativa na economia.
A OPEP+ começou a cortar a produção de petróleo em
abril, para tentar elevar os preços. Mas a demanda continuou fraca e os preços
não subiram. Em julho, o grupo reforçou essa política com um corte ainda maior
da Arábia Saudita, o maior exportador mundial. Isso coincidiu com um aumento da
demanda global e os preços começaram a subir. Neste mês, a Rússia (segundo
maior exportador) e Arábia Saudita concordaram em estender os seus cortes
voluntários de produção até o final deste ano.
Além do corte em si, chamou a atenção do mercado a
aparente facilidade de russos e sauditas de chegarem a um acordo. No passado,
os dois países tinham dificuldade de alinhar suas políticas de produção, mas a
parceria entre os dois países vem progredindo notavelmente.
A economia desses dois países depende fortemente do
petróleo, e ambos têm interesses imediatos em elevar o preço da commodity, para
aumentar a receita, diz o jornal brasileiro.
O preço do barril de petróleo, que em junho chegou
a US$ 71,4 (R$ 373) vem subindo desde então e atingiu ontem US$ 96,55 (R$ 486).
Muitos analistas especulam que deve chegar logo a US$ 100 (R$ 504).
Segundo o Valor, Biden tem poucas opções de ação
para enfrentar o petróleo a US$ 100. Em março de 2022, no início da operação
russa na Ucrânia, ele autorizou o uso das reservas estratégicas dos EUA para
tentar reduzir o preço, mas o resultado foi pouco efetivo e deixou as reservas
baixas, o que dificulta uma nova liberação de petróleo.
Um fator que depreciaria o petróleo seria uma
redução da demanda na China, entretanto, a economia chinesa, que vinha
desacelerando, deu alguns sinais de melhora nas últimas semanas.
Outro fator que reduziria as cotações seria uma
recessão nos Estados Unidos, com queda de demanda, mas isso quase certamente significaria
a derrota de Biden nas eleições de 2024.
Ø Senadores republicanos querem teto anual para ajuda americana à Ucrânia
Diante de um cenário interno repleto de desafios,
como a inflação nas alturas e a dívida pública que já ultrapassa US$ 33 trilhões
(R$ 166,1 trilhões), os senadores republicanos começam a defender um teto para
a ajuda anual à Ucrânia. O objetivo do pacote é financiar o país em conflito
até a eleição presidencial americana, em novembro de 2024.
Além disso, a medida evita a necessidade de
repetidas votações no Congresso para aprovar ajuda financeira ao regime de
Vladimir Zelensky. Inclusive esse é um dos motivos que têm travado a apreciação
do projeto que permite ao governo federal elevar os gastos previstos para o ano
fiscal, diante da queda da arrecadação, que só em agosto foi 4,1% menor, e do
aumento de despesas. Sem a aprovação, até 1º de outubro, as atividades
cotidianas da administração de Joe Biden podem ficar paralisadas, inclusive o
pagamento de salários aos funcionários federais.
O pacote custaria aos cofres públicos entre US$ 60
bilhões e US$ 80 bilhões no período (de R$ 302 bilhões a R$ 402 bilhões), em
votação única no próximo mês, conforme relatado pelo Punchbowl News. Só em
agosto, Biden solicitou ao Congresso americano a liberação de mais US$ 13
bilhões (R$ 65,4 bilhões) em ajuda à Ucrânia. Porém, enquanto o presidente
americano fala em financiamento pelo "tempo que for necessário",
autoridades americanas já alertam Kiev de que há limite para a paciência da população
do país e dos parlamentares.
·
Uma votação a cada três meses
Um relatório do presidente do Comitê de Assuntos
Exteriores da Câmara dos EUA, Michael McCaul, apontou que os parlamentares
americanos têm votado financiamentos ao conflito ucraniano a cada três meses.
Com o teto, também há possibilidade de romper o
impasse atual entre a Câmara dos Representantes, de maioria republicana, e o
Senado, que é de maioria democrata, com relação ao financiamento provisório
para evitar a paralisação do governo dos EUA — isso ainda retira as discussões
sobre a Ucrânia da mesa.
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'Cansaço' com o conflito
Ao contrário de outras situações em que esteve nos
Estados Unidos, o presidente Vladimir Zelensky não foi recebido com tanta pompa
em sua última ida ao Congresso, sob a justificativa, por parte dos
parlamentares, de que "simplesmente não tinham tempo". Pesquisas
também apontam um "cansaço" do público norte-americano com o
conflito, que já dura 18 meses e consumiu bilhões de dólares dos cofres
públicos.
O presidente da Câmara dos Representantes dos EUA,
Kevin McCarthy, ainda negou o pedido de Zelensky para discursar em uma reunião
conjunta do Congresso.
No último dia 19, o presidente ucraniano discursou
em uma sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Os canais de televisão
dos EUA mostraram muitos assentos vazios nas instalações onde Zelensky fez o
discurso.
Ø Hackers chineses roubaram em julho 60.000 e-mails do Departamento de
Estado dos EUA, revela o Senado
Hackers baseados na China, que obtiveram acesso às
contas da secretária de Comércio dos Estados Unidos Gina Raimondo e de outros
funcionários do governo neste ano, conseguiram roubar 60.000 e-mails do
Departamento de Estado dos EUA, disseram duas pessoas familiarizadas com as
informações obtidas na quarta-feira (27) por funcionários do Senado.
Foi revelado que aproximadamente 60 mil e-mails
foram subtraídos de dez contas diferentes pertencentes ao Departamento de
Estado, que os funcionários do departamento informaram aos membros do Senado.
Embora as identidades das vítimas não tenham sido
divulgadas, foi informado que todas, com exceção de uma, estavam relacionadas a
atividades no Leste Asiático e no Pacífico, de acordo com o comunicado dos
interlocutores, um dos quais é funcionário que atua no gabinete do senador Eric
Schmitt, segundo um artigo do The New York Times.
A espionagem, que comprometeu contas de e-mail
baseadas na Microsoft nos departamentos de Estado e de Comércio, foi relatada
pela primeira vez em julho. Naquele momento, nem os funcionários do governo dos
Estados Unidos nem os executivos da empresa Microsoft disseram quantas contas
de e-mail acreditavam ter sido afetadas ou quantos e-mails foram roubados pelos
hackers.
Washington não culpou oficialmente a China pela
espionagem, mas várias autoridades norte-americanas, inclusive a secretária de
Comércio Gina Raimondo, apontaram essa conexão, ressalta a publicação.
Os hackers obtiveram acesso a contas de e-mail de
aproximadamente 25 organizações, incluindo agências do governo, usando um
certificado roubado da Microsoft, segundo o comunicado dos funcionários do
governo Biden.
Ainda não está claro qual era a natureza dos
e-mails. As autoridades americanas minimizaram a possibilidade de que a invasão
pudesse ter exposto informações confidenciais, dizendo que nenhuma conta de
e-mail confidencial foi comprometida na invasão. As violações ocorreram poucas
semanas antes da viagem do secretário de Estado, Antony Blinken, à China, 19 de
junho.
Foi o primeiro de vários funcionários do gabinete a
fazer a viagem como parte dos esforços do governo Biden para amenizar as perdas
nas relações diplomáticas entre Washington e Pequim, ao mesmo tempo em que
impõe restrições ao investimento americano em alguns setores da economia
chinesa, escreve a mídia.
"Precisamos fortalecer nossa defesa a ataques
cibernéticos e invasões semelhantes no futuro, e devemos examinar com atenção a
dependência do governo federal em um único fornecedor como uma possível
fraqueza", disse o senador Eric Schmitt, comprometendo-se a buscar
"respostas mais detalhadas dos funcionários para garantir que a China e
outros invasores não obtenham acesso às informações mais confidenciais do
governo federal".
Ø Especialista: Pashinyan 'vendeu' Nagorno-Karabakh seguindo ordens dos
EUA
De acordo com um especialista ouvido pela Sputnik,
Nikol Pashinyan tem um histórico de erros domésticos e internacionais.
"O primeiro ministro da Armênia, Nikol
Pashinyan, tem feito o trabalho sujo dos EUA, como [Vladimir] Zelensky está
fazendo na Ucrânia", disse à Sputnik o professor Alfred de Zayas, antigo
especialista independente em política internacional da Organização das Nações
Unidas (ONU).
"Ele é um traidor do seu povo, vendendo-se aos
interesses americanos. Se estivesse defendendo os direitos dos armênios, teria
levado os ataques do Azerbaijão contra a Armênia e Nagorno-Karabakh à
Assembleia Geral da ONU e feito uma denúncia ao procurador do Tribunal Penal
Internacional. Ele deveria ter remetido o caso ao Tribunal Internacional de
Justiça como um genocídio contínuo", afirmou o autor de dez livros,
incluindo "A indústria dos direitos humanos" e "Construindo uma
ordem mundial justa".
O "fim de Nagorno-Karabakh" é muito mais
do que um fracasso da política externa do primeiro-ministro da Armênia,
concordou Aleksandr Konkov, professor associado do Departamento de Análise
Política da Universidade Estatal Lomonosov de Moscou. É um testemunho do
"colapso do modelo geral de política pró-Ocidente no Cáucaso".
"Pashinyan caiu na mesma armadilha que
[Mikhail] Saakashvili, cujas ações resultaram na perda da Abkházia e da Ossétia
do Sul pela Geórgia, ao apostar na aplicação universal dos valores ocidentais
na resolução de conflitos regionais. Em vez de procurar chegar a acordos dentro
da região e procurar soluções para as realidades que se desenrolavam no terreno,
ele começou a procurar apoio muito além da própria região", explicou
Konkov.
·
Objetivo é "expulsar a Rússia da região"
Durante as últimas tensões em Nagorno-Karabakh,
diplomatas dos EUA, incluindo a chefe da Agência dos EUA para o Desenvolvimento
Internacional (USAID), Samantha Power, e Yuri Kim, secretária de Estado adjunto
dos EUA para Assuntos Europeus e Eurasiáticos, foram rápidos em se deslocar
para a capital da Armênia, Yerevan.
A visita, feita na última segunda-feira (25),
procurou "afirmar o apoio dos EUA à soberania, independência, integridade
territorial e democracia da Armênia, e abordar as necessidades humanitárias
decorrentes da recente violência em Nagorno-Karabakh", segundo uma
publicação da Embaixada dos EUA.
Aleksandr Konkov afirmou que os Estados Unidos têm
os olhos postos em um objetivo específico: "Expulsar a Rússia da
região".
Agora as autoridades dos EUA procuram atribuir a
culpa dos acontecimentos não a Yerevan em si, mas à Rússia, sublinhou.
·
Conflito em Nagorno-Karabakh
Nagorno-Karabakh é uma região na Transcaucásia. A
esmagadora maioria da população é armênia.
Em 1923, a região recebeu o status de região
autônoma dentro da República Socialista Soviética do Azerbaijão. Em 1988,
começou em Nagorno-Karabakh um movimento de reunificação com a Armênia. Em 2 de
setembro de 1991, o Azerbaijão proclamou a sua independência, e o nome da
região autônoma mudou para república de Nagorno-Karabakh. De 1992 a 1994, o
Azerbaijão tentou assumir o controle da autoproclamada república. Nessa ação militar
de grande escala morreram cerca de 30 mil pessoas.
Em 1994, as partes concordaram em estabelecer um
cessar-fogo, mas o status do território nunca foi determinado. No final de
setembro de 2020, os combates recomeçaram em Nagorno-Karabakh. Na noite de 10
de novembro, o Azerbaijão e a Armênia, com o apoio de Moscou, chegaram a um
acordo para cessar completamente as hostilidades, permanecendo nas posições
ocupadas, trocar prisioneiros e os corpos dos mortos. Na região foram
implantadas forças de paz russas, inclusive no corredor de Lachin.
No ano passado, Yerevan e Baku, com a mediação de
Rússia, EUA e União Europeia, iniciaram discussões sobre um futuro acordo de
paz. No final de maio deste ano, o premiê armênio, Nikol Pashinyan, disse que
seu país estava pronto para reconhecer a soberania do Azerbaijão nas fronteiras
soviéticas, ou seja, junto com Nagorno-Karabakh. Em setembro, o presidente
russo, Vladimir Putin, chamou a atenção para o fato de que a liderança armênia,
em essência, havia reconhecido a soberania do Azerbaijão sobre
Nagorno-Karabakh. O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, disse que Baku e
Yerevan podem assinar um acordo de paz antes do final do ano, a menos que a
Armênia mude sua posição.
Fonte: Sputnik Brasil
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