quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Alimentos ultraprocessados podem prejudicar a saúde de diabéticos

Para quem vive com a diabetes ou tem predisposição a ter a doença, a atenção à alimentação é fundamental. Os alimentos ultraprocessados, por exemplo, são prejudiciais à saúde, principalmente para quem convive com esse tipo de doença crônica. Dessa maneira, é necessário fazer escolhas de comida mais saudáveis e, assim, conseguir controlar a enfermidade melhor.

Além disso, o diagnóstico do diabetes é uma preocupação global devido ao seu aumento constante. Em 2021, cerca de 529 milhões de pessoas eram afetadas por essa doença, e espera-se que esse número dobre em menos de três décadas, atingindo um impressionante total de 1,3 bilhão de pessoas, conforme relatórios da revista The Lancet. Essa condição de saúde também aumenta significativamente o risco de desenvolver problemas metabólicos, renais e cardiovasculares.

“Apesar de o diagnóstico de diabetes tipo 2 assustar, existem recomendações dietéticas que protegem os pacientes de morte por várias causas, incluindo doenças cardiovasculares”, explica a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ).

·         O que são os alimentos ultraprocessados?

Conforme explica a Dra. Deborah Beranger, os alimentos ultraprocessados são produtos prontos para consumo ou de fácil preparação, frequentemente caracterizados por altos teores de açúcar, sódio e gorduras, enquanto apresentam baixos níveis de fibras, proteínas, vitaminas e minerais.

Esses alimentos são fabricados industrialmente e geralmente exibem uma extensa lista de ingredientes na parte traseira da embalagem, muitas vezes contendo termos e abreviações de difícil entendimento para o público em geral.

·         Riscos para os pacientes idosos

Um estudo recente, publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, mostrou que entre os idosos com diabetes tipo 2, aqueles com maior consumo de alimentos e bebidas ultraprocessadas tinham maior probabilidade de morte por todas as causas ou doenças cardiovasculares dentro de uma década.

“Os adultos diabéticos que consomem esses alimentos tiveram um risco 2,5 vezes maior de morte por doenças do coração durante o acompanhamento em comparação com aqueles que seguiam a dieta mediterrânea”, acrescenta a endocrinologista.

·         Alimentação saudável e segura para os diabéticos

A médica explica que as recomendações dietéticas para prevenção e controle do diabetes tipo 2 priorizam quase exclusivamente o consumo de alimentos nutricionalmente balanceados que são fonte de fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis e são pobres em açúcares livres.

“Padrões alimentares como a dieta mediterrânea e a dieta DASH, que colocam grande ênfase em grupos de alimentos (por exemplo, grãos integrais, legumes, nozes, frutas e vegetais), independentemente do processamento dos alimentos, são bem-vindos”, observa a endocrinologista.

·         Atente-se às informações nos rótulos

A pesquisa sugere que o manejo do diabetes tipo 2 também deve envolver a limitação dos alimentos ultraprocessados. “Além da adoção de uma dieta baseada em requisitos nutricionais bem conhecidos, as recomendações dietéticas também devem sugerir limitar o consumo de alimentos ultraprocessados o máximo possível”, afirma a Dra. Deborah Beranger.

Ainda, segundo a profissional, os rótulos nutricionais frontais também devem incluir informações sobre o grau de processamento dos alimentos. “A alta ingestão de ultraprocessados pode exacerbar os riscos à saúde em pessoas com diabetes tipo 2, que já correm maior risco de mortalidade prematura, principalmente devido a complicações relacionadas ao diabetes”, explica.

·         Ingestão de ultraprocessados aumenta o risco de mortalidade

No estudo, os pesquisadores analisaram dados de fatores ambientais e genéticos subjacentes à doença, que inscreveu 24.325 indivíduos com 35 anos ou mais que viviam em Molise, no centro-sul da Itália, em 2005-2010. A maior ingestão de ultraprocessados foi de carne processada (22,4%), pão e torradas (16,6%), pizza não caseira (11,2%) e bolos, tortas, pastéis e pudins (8,8%).

Durante o acompanhamento médio de quase 12 anos, 308 participantes morreram por causas variadas, incluindo 129 por doença cardiovascular. “Outro dado importante é que o aumento da ingestão de sucos de frutas, bebidas carbonatadas e biscoitos salgados foi associado a taxas mais altas de mortalidade por todas as causas e por doença cardiovascular, e o consumo de cubos de caldo e margarina foi ainda relacionado à maior mortalidade por doenças no coração”, finaliza a endocrinologista.

 

Ø  10 alimentos que aumentam a saciedade e ajudam a emagrecer

 

Saciar a fome é um dos principais objetivos da alimentação. Não é à toa que, antes das refeições, é comum ser recomendado por especialistas o consumo de saladas. Afinal, elas são preparadas com frutas, legumes e folhas que favorecem a sensação de saciedade e preparam o organismo para receber outros alimentos.

Além disso, algumas práticas diárias, como comer em frente ao computador, acabam interferindo em processos biológicos. Isso, segundo o Dr. Rizzieri Gomes, cardiologista focado na mudança do estilo de vida (MEV), faz com as pessoas não tenham consciência do que estão comendo, gerando falta de saciedade e consequências para a saúde. “O ato de comer desenfreadamente pode acarretar ganho de peso e aumento da ansiedade”, afirma o especialista.

Por isso, além de cuidados com os hábitos durante as refeições, é importante estar atento aos alimentos colocados no prato. A seguir, confira 10 alimentos que aumentam a saciedade para você inserir na sua dieta e controlar a fome ao longo do dia!

1. Abacate

O abacate é uma fruta rica em fibras e gorduras saudáveis, como a monoinsaturada, que é a principal aliada no combate do colesterol ruim (LDL) e aumenta os níveis de colesterol bom (HDL). Essas substâncias, aliadas às vitaminas e aos minerais presentes em sua composição, controlam a fome ao longo do dia e tornam o alimento uma escolha saudável.

2. Aveia

A aveia é um dos cereais mais conhecidos por aumentar a sensação de saciedade. Isso ocorre porque ela contém uma alta concentração de fibras solúveis, especialmente a betaglucana, que absorvem a água e formam uma espécie de gel no estômago, ajudando a retardar o esvaziamento gástrico e, consequentemente, a fome. “A aveia tem carboidratos de absorção lenta, que dão a sensação de saciedade por mais tempo, auxiliando no emagrecimento”, explica a nutricionista Daniela Medeiros.

3. Quinoa

A quinoa é uma ótima fonte de fibras e proteína vegetal completa, o que significa que ela é composta por todos os aminoácidos essenciais e promove o controle do apetite, já que as proteínas levam mais tempo para serem digeridas.

“A qualidade de proteínas que [a quinoa] possui é comparável às fontes de origem animal, não pela quantidade, mas pela união de vários tipos proteicos que oferecem tudo o que o organismo necessita”, explica a culinarista Guta Pudell.

4. Oleaginosas

As oleaginosas, como as castanhas e as amêndoas, são uma excelente alternativa para saciar a fome. Por conterem gorduras boas, fibras e carboidratos, demoram para serem digeridas. Com isso, retardam a chegada de glicose no sangue, ajudando a regular os seus níveis, por isso são tão indicadas para quem deseja emagrecer.

“[As oleaginosas] possuem grande quantidade de nutrientes que provocam saciedade, são antioxidantes e ajudam a manter o nível de glicose estável, auxiliando o processo da queima de gordura”, explica a nutricionista Nathalia Bungenstab Sales.

5. Batata-doce

Devido à sua composição nutricional, a batata-doce é muito indicada por especialistas durante as dietas. Rica em fibras, especialmente quando consumida com casca, e com baixo teor glicêmico, ela ajuda a retardar o processo de digestão e a absorção de carboidratos, o que mantém os níveis de açúcar no sangue estáveis e evita a fome. Além disso, por ser fonte de vitaminas, minerais e antioxidantes, ela previne o envelhecimento precoce e colabora com a imunidade do corpo.

6. Grão-de-bico

O grão-de-bico é rico em fibras que desempenham um papel importante na promoção de saciedade. Por exemplo, quando você consome esse grão, provavelmente sente a sensação de estar com o estômago cheio, porque a substância retarda a digestão, evitando a fome. Além disso, a leguminosa também é fonte de proteína vegetal, que, assim como a quinoa, leva mais tempo para ser digerida, ajudando a reduzir a quantidade de açúcar no sangue.

7. Soja

Assim como a quinoa e o grão-de-bico, a soja é conhecida por ser uma fonte de proteína vegetal de alta qualidade que reduz o apetite. E, por ser rica em fibras solúveis, auxilia na regulação intestinal, contribuindo para uma alimentação equilibrada, que aumenta a saciedade e evita picos de fome.

8. Linhaça

A linhaça, bem como a quinoa, também forma uma espécie de gel no estômago que retarda o esvaziamento gástrico e a fome, devido à alta concentração de fibras presentes em sua composição. Já o ômega 3 dessa semente previne problemas circulatórios e ajuda a regular o intestino. “[A linhaça] auxilia na redução de processos inflamatórios e previne dislipidemias e doenças cardiovasculares”, completa a nutricionista Adriana Cerchiari de Andrade.

9. Ovo

O ovo é fonte de proteínas de qualidade e macronutrientes. Por isso, ajuda a controlar o apetite , promovendo a sensação de saciedade por horas. Além disso, contém gorduras saudáveis e uma boa quantidade de vitaminas e minerais, essenciais para o organismo, assim como equilibra os níveis de açúcar no sangue. Mas, claro, tudo isso depende da forma como ele é preparado.

10. Maçã

As maçãs fazem parte do grupo de frutas que contêm um alto teor de fibras, como a pectina, que preenche o estômago e retarda a digestão, reduzindo o apetite. Por isso, são boas escolhas para quem deseja consumir alimentos saudáveis e emagrecer. Com baixo teor calórico e ricas em água, elas também favorecem o transporte de nutrientes no corpo e auxiliam na regulação da saúde intestinal.

 

Fonte: iG

 

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