Políticos dos EUA
não se importam quantas pessoas vão ainda morrer na Ucrânia, aponta jornal
chinês
Os políticos
estadunidenses não se importam quantas pessoas vão morrer ainda na Ucrânia, e
os jovens ucranianos enviados para a guerra podem nunca saber que eles foram
apenas uma ferramenta para alcançar objetivos estratégicos dos EUA, aponta o
editorial do Global Times.
Anteriormente, o
secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou que Washington e seus
aliados concordam sobre a necessidade
de mobilizar cidadãos ucranianos entre os 18 e 25 anos. O conselheiro
da presidência ucraniana, Dmitry Litvin, falou mais tarde que na Ucrânia não há
planos para reduzir a idade mínima de mobilização de 25 para 18 anos.
"Os políticos
americanos não se importam quantas pessoas morrem na Ucrânia, eles não se
importam com o futuro
que aguarda a Ucrânia ou
se ela terá algum futuro sequer", aponta o Global Times.
Os autores observam
que os jovens ucranianos podem nem ter tempo para entender a realidade.
"Os jovens
ucranianos que podem ser enviados para a guerra podem nunca entender a cruel
realidade de que foram forçados a se tornar uma ferramenta para os EUA
alcançarem os seus objetivos políticos. [...] Seria uma tragédia para o
mundo, e especialmente para a Ucrânia, se eles acabassem sendo nada mais
que bucha de canhão para os EUA", diz o artigo.
Anteriormente, a
administração norte-americana disse que era "pura matemática" o apelo
para que a Ucrânia reduzisse
a idade mínima de recrutamento militar de 25 para 18 anos.
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Especialista vê verba dos EUA alocada para ajudar Ucrânia 'se esgotando muito
rapidamente'
Um empréstimo de
US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) dos Estados Unidos para ajudar a
Ucrânia, reembolsado com recursos dos ativos soberanos congelados da Rússia,
"se esgotará muito rapidamente", e a Rússia tem toda uma gama de
medidas que podem ser tomadas como resposta, disse o especialista industrial
independente Leonid Khazanov à Sputnik.
No dia
anterior, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou um empréstimo de
US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) para a Ucrânia como parte do
empréstimo geral de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 300 bilhões) do G7, com
pagamento por meio de recursos provenientes de ativos soberanos russos
congelados.
"Em resposta,
a Rússia pode retaliar nacionalizando os ativos das empresas norte-americanas,
se ainda houver alguma em seu território, ou tomar qualquer outra medida de
natureza econômica. Além disso, os esforços intensificados da Rússia para
reduzir o uso do dólar dentro do BRICS, promovendo uma iniciativa para criar
sua própria
moeda dentro
do bloco, não podem ser descartados", disse ele.
"Por fim, não
devemos descartar a possibilidade de intensificar as ações do Exército
russo para
desativar as instalações de defesa e a infraestrutura crítica na
Ucrânia: se o inverno lá for frio e as usinas térmicas não funcionarem,
queimar os US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) alocados em fogões não
ajudará, a moeda americana vai ser queimada muito rapidamente",
acrescentou o especialista.
Após o início da
operação especial russa na Ucrânia, a UE e os países do G7 congelaram quase
metade das reservas monetárias da Rússia, no valor de cerca de € 300
bilhões (cerca de R$ 1.9 biliões). O
Ministério das Relações Exteriores da Rússia chamou repetidamente o
congelamento dos ativos russos na Europa de roubo.
Em outubro, os
ministros das Finanças do G7 afirmaram que o empréstimo a Kiev, no valor de
quase US$ 50 bilhões (cerca de R$ 300 bilhões), seria totalmente pago de
dezembro de 2024 a 31 de dezembro de 2027, enquanto o corpo principal do
empréstimo e os juros seriam pagos com rendimentos provenientes dos ativos
congelados da Rússia.
¨ No Brasil, premiê eslovaco elogia iniciativas
brasileiras do G20 e para paz na Ucrânia
O primeiro-ministro
da Eslováquia, Robert Fico, chegou ao Brasil nesta terça-feira (10) para
assinar acordos de cooperação diplomática e de defesa. Em discurso, o premiê
elogiou a postura independente do Brasil no cenário internacional e propôs uma
aproximação entre os países com base nos interesses em comum.
O encontro
bilateral foi conduzido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, uma vez que
o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou
por uma cirurgia de emergência na manhã desta terça. Essa é a
primeira vez que um líder eslovaco vem ao Brasil.
Juntas, as
comitivas governamentais assinaram acordos de cooperação nas áreas de
defesa, Justiça e inteligência, além de um protocolo que evita a dupla
tributação e previne a evasão fiscal do imposto de renda entre os dois
países.
Em seu discurso, o
vice-presidente Alckmin especificou que as tratativas buscam aumentar a
cooperação dos países nas áreas de segurança cibernética e de combate a
ilícitos internacionais.
"O Brasil está
pronto para contribuir para a modernização da Força Aérea eslovaca por meio da
aeronave C-390 Millennium", adicionou.
Alckmin desejou que
os laços entre Brasil e Eslováquia continuem se fortalecendo e convidou o país
europeu a participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças
Climáticas de 2025 (COP30), a ser realizada na Amazônia.
O vice-presidente
ainda destacou as similaridades entre as visões de diplomacia dos dois países.
"A política externa universalista brasileira e a política externa dos
quatro pontos cardeais, eslovaca, têm muito em comum. De norte a sul, de
leste a oeste, a divisão do mundo em blocos antagônicos é uma armadilha que
devemos evitar."
Robert Fico,
que sofreu
um atentado em maio,
no qual foi baleado cinco vezes, desejou em nome de sua nação uma rápida
recuperação ao presidente Lula. Da mesma forma, Alckmin expressou satisfação em
ver o premiê recuperado do ataque que sofreu.
"O mundo
precisa de uma personalidade como o presidente dos senhores. Eu me encontrei
com ele em São Paulo em 2003, em uma reunião de partidos socialistas, e desde
aquele momento eu me convenci de que ele é um líder de envergadura
mundial."
Em sua fala, o premiê
destacou as recentes iniciativas globais brasileiras, como a Aliança Global
contra a Fome e a Pobreza, firmada na Cúpula do G20 em novembro, e os pedidos
pela reforma da governança global, em especial do Conselho de Segurança das
Nações Unidas (CSNU), no qual o Brasil advoga por um assento e uma expansão do
órgão.
"Eu estou
convencido de que o Brasil terá um papel importante na reforma das Nações
Unidas, e compartilhamos as mesmas opiniões. Precisamos aumentar o CSNU […].
Apoiamos a candidatura dos senhores e pedimos o seu apoio para [nossa
candidatura para] membro temporário em 2028."
Fico
ainda reiterou seu desejo de fazer parte do Amigos da Paz, iniciativa que
propõe uma solução mediada para o conflito ucraniano desenvolvida pelo Brasil e
pela China. A fórmula sino-brasileira pede a diminuição do conflito e o
reconhecimento de que só
a diplomacia trará a paz para a região.
Alckmin, por sua
vez, agradeceu ao apoio eslovaco e ao interesse de Bratislava de se tornar um
membro observador do Amigos da Paz.
¨ Ocidente poderia dar 'passo louco' e fornecer à Ucrânia
armas nucleares, diz mídia
A OTAN poderia
tomar a decisão "louca" de estacionar bombas termonucleares B-61 na
Polônia ou na Ucrânia. Essa opinião é dada em um artigo da revista americana
The National Interest.
Na ótica da
empresa, depois que os EUA e seus aliados da OTAN "rejeitaram todas as
formas de diminuir o conflito na Ucrânia" e decidiram atacar territórios
mais distantes da Rússia a partir de seu território, a perspectiva de
fornecimento de armas nucleares à Polônia e à Ucrânia pode ser levada a sério.
Porém, a
revista observa que "a
ideia de que o Ocidente poderia permitir estacionar ou mais assustadoramente
transferir armas nucleares à Ucrânia, um não membro da OTAN, é essencialmente
loucura".
A revista lembra
que a Polônia já havia anunciado sua disposição de equipar sua frota
de caças F-35
Lightning II dos
EUA com ogivas nucleares B-61. Conforme a informação que tem a empresa, a bomba
termonuclear B-61, desenvolvida no início da década de 1960 nos Estados Unidos,
foi fornecida a Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos e Turquia. A bomba
pode ser transportada por aeronaves B-2 Spirit, F-15E e F-35 dos EUA.
Em 5 de dezembro, a
porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria
Zakharova,
disse que a aquisição de armas nucleares pelo regime de Kiev
era categoricamente inaceitável. Moscou não pretende
permitir tal cenário, disse ela.
¨ Zelensky deve ser mantido longe da sala onde os adultos
resolvem as coisas, diz coronel dos EUA
O coronel reformado
do Exército dos EUA e ex-conselheiro do Pentágono Douglas Macgregor, em
entrevista ao canal de YouTube Deep Dive, aconselhou os aliados de Kiev a não
ouvirem o líder ucraniano Vladimir Zelensky após suas observações sobre a
adesão à OTAN e o fornecimento de mísseis alemães Taurus.
Na segunda-feira
(9), Zelensky publicou uma declaração em que afirmou que respeita e apoia a posição
do candidato a chanceler alemão Friedrich Merz sobre a adesão da Ucrânia à OTAN
e a permissão de Kiev usar mísseis
de longo alcance Taurus. Anteriormente, Merz havia dito que é a favor da
entrega de mísseis Taurus à Ucrânia durante o debate no Bundestag, câmara baixa
do Parlamento alemão, com o atual chanceler Olaf Scholz.
Macgregor desvalorizou
as afirmações
de Zelensky.
"Eu não me importaria com o que Zelensky está dizendo. Ele […] é um
fracassado. […] Você pode apenas dizer a ele para ficar longe da sala onde os
adultos estão resolvendo as suas coisas, quer ele goste disso ou
não", disse ele.
Anteriormente, Merz
afirmou estar pronto, caso seja eleito como chanceler, a apresentar um
"ultimato" à Rússia para parar de atacar a infraestrutura da Ucrânia
em 24 horas, caso contrário entregaria mísseis de longo alcance Taurus a Kiev.
Scholz, por sua vez, durante seu primeiro discurso pré-eleitoral, apelou a
Merz para não jogar roleta russa e não brincar com a segurança da Alemanha
através de ultimatos de fornecimento de mísseis a Kiev e ataques com armas
de longo alcance à
Rússia.
¨ OTAN quer elevar o limiar de gastos militares para
países-membros de 2% para 3% do PIB, diz mídia
A OTAN poderia
atualizar as metas para o número de armas produzidas na aliança, uma medida que
exigiria um aumento nos gastos militares de cada um dos Estados-membros do
bloco para 3% do PIB, informou a agência de notícias Bloomberg, citando
autoridades familiarizadas com o assunto.
"A OTAN
planeja estabelecer novas metas concretas para a quantidade de tanques, aviões
e outros sistemas de armas que os países-membros precisam produzir, o que pode
exigir o aumento da meta de gastos com defesa da aliança para até 3% do produto
interno bruto [PIB]", escreveu a agência.
Note-se, que a
OTAN dará
prioridade ao fortalecimento da defesa antiaérea, dos sistemas
ofensivos e das capacidades de dissuasão nuclear como parte das
novas metas de produção de armas.
De acordo com a
agência, a OTAN quer chegar a um acordo sobre as novas metas de produção de
armas no nível dos ministros das Relações Exteriores e da Defesa dos
países da aliança até a cúpula dos chefes dos Estados-membros do bloco em Haia,
em junho de 2025.
Ao mesmo tempo, a
fonte da agência admite que será difícil cumprir esse prazo. A agência
ressalta que os ministros da Defesa da OTAN discutirão esse tópico em uma
reunião em fevereiro.
Em novembro, o
secretário-geral da OTAN, Mark
Rutte,
nomeou entre as principais tarefas da aliança um aumento nos gastos com
defesa e na produção de armas. Ele disse que os países da aliança deveriam
gastar "muito mais" do que a meta atual de 2% do PIB
com defesa.
De acordo com os
dados mais recentes, oito países da OTAN, incluindo países grandes como o
Canadá e a Itália, não cumprem o padrão da OTAN de 2% de gastos
militares.
¨ Reino Unido recrutará pessoas com transtornos e autismo
devido à falta de recrutas, diz mídia
Ministério da
Defesa se livrou de uma dúzia de restrições que costumavam selecionar centenas
de candidatos todos os anos, escreve o The i Paper na terça-feira (10).
Agora, de acordo
com relatos da mídia, aqueles que
desejarem ingressar nas Forças Armadas e sofrerem de uma série de doenças serão
considerados "aptos até que se prove sua inaptidão".
Além disso, pessoas
com histórico de dependência de álcool ou drogas e dores nas costas
não serão automaticamente rejeitadas. As flexibilizações também se aplicam
a candidatos com enxaqueca, acne, eczema e hipertensão, bem como àqueles que
sofreram fraturas ou cirurgia de banda gástrica, que é um tipo de cirurgia
bariátrica.
"O Ministério
da Defesa, em uma tentativa de lidar com a crise de recrutamento, permitirá
que jovens com TDAH, autismo ou fadiga crônica entrem para as forças
armadas", escreve o jornal
britânico, citando a orientação revisada do serviço sobre a avaliação da
aptidão para o trabalho.
Um relatório
do Comitê
de Defesa do governo do Reino Unido afirmou que o Exército britânico não
está preparado para uma possível guerra prolongada e de grande escala
devido à escassez de pessoal e a problemas de recrutamento e retenção.
O Comitê de Defesa
pediu que o governo fizesse uma "escolha difícil": investir
totalmente no Exército ou reconhecer que a priorização adequada das operações
de combate significaria menos disponibilidade para realização de mais tarefas.
De acordo com
o Ministério
da Defesa do
país, o tamanho do Exército, da Marinha e da Força Aérea foi reduzido de
207.000 em 2000 para 131.000 em 2024.
Fonte: Sputnik
Brasil
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