quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Políticos dos EUA não se importam quantas pessoas vão ainda morrer na Ucrânia, aponta jornal chinês

Os políticos estadunidenses não se importam quantas pessoas vão morrer ainda na Ucrânia, e os jovens ucranianos enviados para a guerra podem nunca saber que eles foram apenas uma ferramenta para alcançar objetivos estratégicos dos EUA, aponta o editorial do Global Times.

Anteriormente, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, informou que Washington e seus aliados concordam sobre a necessidade de mobilizar cidadãos ucranianos entre os 18 e 25 anos. O conselheiro da presidência ucraniana, Dmitry Litvin, falou mais tarde que na Ucrânia não há planos para reduzir a idade mínima de mobilização de 25 para 18 anos.

"Os políticos americanos não se importam quantas pessoas morrem na Ucrânia, eles não se importam com o futuro que aguarda a Ucrânia ou se ela terá algum futuro sequer", aponta o Global Times.

Os autores observam que os jovens ucranianos podem nem ter tempo para entender a realidade.

"Os jovens ucranianos que podem ser enviados para a guerra podem nunca entender a cruel realidade de que foram forçados a se tornar uma ferramenta para os EUA alcançarem os seus objetivos políticos. [...] Seria uma tragédia para o mundo, e especialmente para a Ucrânia, se eles acabassem sendo nada mais que bucha de canhão para os EUA", diz o artigo.

Anteriormente, a administração norte-americana disse que era "pura matemática" o apelo para que a Ucrânia reduzisse a idade mínima de recrutamento militar de 25 para 18 anos.

<><> Especialista vê verba dos EUA alocada para ajudar Ucrânia 'se esgotando muito rapidamente'

Um empréstimo de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) dos Estados Unidos para ajudar a Ucrânia, reembolsado com recursos dos ativos soberanos congelados da Rússia, "se esgotará muito rapidamente", e a Rússia tem toda uma gama de medidas que podem ser tomadas como resposta, disse o especialista industrial independente Leonid Khazanov à Sputnik.

No dia anterior, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou um empréstimo de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) para a Ucrânia como parte do empréstimo geral de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 300 bilhões) do G7, com pagamento por meio de recursos provenientes de ativos soberanos russos congelados.

"Em resposta, a Rússia pode retaliar nacionalizando os ativos das empresas norte-americanas, se ainda houver alguma em seu território, ou tomar qualquer outra medida de natureza econômica. Além disso, os esforços intensificados da Rússia para reduzir o uso do dólar dentro do BRICS, promovendo uma iniciativa para criar sua própria moeda dentro do bloco, não podem ser descartados", disse ele.

"Por fim, não devemos descartar a possibilidade de intensificar as ações do Exército russo para desativar as instalações de defesa e a infraestrutura crítica na Ucrânia: se o inverno lá for frio e as usinas térmicas não funcionarem, queimar os US$ 20 bilhões (cerca de R$ 120 bilhões) alocados em fogões não ajudará, a moeda americana vai ser queimada muito rapidamente", acrescentou o especialista.

Após o início da operação especial russa na Ucrânia, a UE e os países do G7 congelaram quase metade das reservas monetárias da Rússia, no valor de cerca de € 300 bilhões (cerca de R$ 1.9 biliões). O Ministério das Relações Exteriores da Rússia chamou repetidamente o congelamento dos ativos russos na Europa de roubo.

Em outubro, os ministros das Finanças do G7 afirmaram que o empréstimo a Kiev, no valor de quase US$ 50 bilhões (cerca de R$ 300 bilhões), seria totalmente pago de dezembro de 2024 a 31 de dezembro de 2027, enquanto o corpo principal do empréstimo e os juros seriam pagos com rendimentos provenientes dos ativos congelados da Rússia.

¨      No Brasil, premiê eslovaco elogia iniciativas brasileiras do G20 e para paz na Ucrânia

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, chegou ao Brasil nesta terça-feira (10) para assinar acordos de cooperação diplomática e de defesa. Em discurso, o premiê elogiou a postura independente do Brasil no cenário internacional e propôs uma aproximação entre os países com base nos interesses em comum.

O encontro bilateral foi conduzido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, uma vez que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma cirurgia de emergência na manhã desta terça. Essa é a primeira vez que um líder eslovaco vem ao Brasil.

Juntas, as comitivas governamentais assinaram acordos de cooperação nas áreas de defesa, Justiça e inteligência, além de um protocolo que evita a dupla tributação e previne a evasão fiscal do imposto de renda entre os dois países.

Em seu discurso, o vice-presidente Alckmin especificou que as tratativas buscam aumentar a cooperação dos países nas áreas de segurança cibernética e de combate a ilícitos internacionais.

"O Brasil está pronto para contribuir para a modernização da Força Aérea eslovaca por meio da aeronave C-390 Millennium", adicionou.

Alckmin desejou que os laços entre Brasil e Eslováquia continuem se fortalecendo e convidou o país europeu a participar da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), a ser realizada na Amazônia.

O vice-presidente ainda destacou as similaridades entre as visões de diplomacia dos dois países. "A política externa universalista brasileira e a política externa dos quatro pontos cardeais, eslovaca, têm muito em comum. De norte a sul, de leste a oeste, a divisão do mundo em blocos antagônicos é uma armadilha que devemos evitar."

Robert Fico, que sofreu um atentado em maio, no qual foi baleado cinco vezes, desejou em nome de sua nação uma rápida recuperação ao presidente Lula. Da mesma forma, Alckmin expressou satisfação em ver o premiê recuperado do ataque que sofreu.

"O mundo precisa de uma personalidade como o presidente dos senhores. Eu me encontrei com ele em São Paulo em 2003, em uma reunião de partidos socialistas, e desde aquele momento eu me convenci de que ele é um líder de envergadura mundial."

Em sua fala, o premiê destacou as recentes iniciativas globais brasileiras, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, firmada na Cúpula do G20 em novembro, e os pedidos pela reforma da governança global, em especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), no qual o Brasil advoga por um assento e uma expansão do órgão.

"Eu estou convencido de que o Brasil terá um papel importante na reforma das Nações Unidas, e compartilhamos as mesmas opiniões. Precisamos aumentar o CSNU […]. Apoiamos a candidatura dos senhores e pedimos o seu apoio para [nossa candidatura para] membro temporário em 2028."

Fico ainda reiterou seu desejo de fazer parte do Amigos da Paz, iniciativa que propõe uma solução mediada para o conflito ucraniano desenvolvida pelo Brasil e pela China. A fórmula sino-brasileira pede a diminuição do conflito e o reconhecimento de que só a diplomacia trará a paz para a região.

Alckmin, por sua vez, agradeceu ao apoio eslovaco e ao interesse de Bratislava de se tornar um membro observador do Amigos da Paz.

 

¨      Ocidente poderia dar 'passo louco' e fornecer à Ucrânia armas nucleares, diz mídia

A OTAN poderia tomar a decisão "louca" de estacionar bombas termonucleares B-61 na Polônia ou na Ucrânia. Essa opinião é dada em um artigo da revista americana The National Interest.

Na ótica da empresa, depois que os EUA e seus aliados da OTAN "rejeitaram todas as formas de diminuir o conflito na Ucrânia" e decidiram atacar territórios mais distantes da Rússia a partir de seu território, a perspectiva de fornecimento de armas nucleares à Polônia e à Ucrânia pode ser levada a sério.

Porém, a revista observa que "a ideia de que o Ocidente poderia permitir estacionar ou mais assustadoramente transferir armas nucleares à Ucrânia, um não membro da OTAN, é essencialmente loucura".

A revista lembra que a Polônia já havia anunciado sua disposição de equipar sua frota de caças F-35 Lightning II dos EUA com ogivas nucleares B-61. Conforme a informação que tem a empresa, a bomba termonuclear B-61, desenvolvida no início da década de 1960 nos Estados Unidos, foi fornecida a Bélgica, Alemanha, Itália, Países Baixos e Turquia. A bomba pode ser transportada por aeronaves B-2 Spirit, F-15E e F-35 dos EUA.

Em 5 de dezembro, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a aquisição de armas nucleares pelo regime de Kiev era categoricamente inaceitável. Moscou não pretende permitir tal cenário, disse ela.

¨      Zelensky deve ser mantido longe da sala onde os adultos resolvem as coisas, diz coronel dos EUA

O coronel reformado do Exército dos EUA e ex-conselheiro do Pentágono Douglas Macgregor, em entrevista ao canal de YouTube Deep Dive, aconselhou os aliados de Kiev a não ouvirem o líder ucraniano Vladimir Zelensky após suas observações sobre a adesão à OTAN e o fornecimento de mísseis alemães Taurus.

Na segunda-feira (9), Zelensky publicou uma declaração em que afirmou que respeita e apoia a posição do candidato a chanceler alemão Friedrich Merz sobre a adesão da Ucrânia à OTAN e a permissão de Kiev usar mísseis de longo alcance Taurus. Anteriormente, Merz havia dito que é a favor da entrega de mísseis Taurus à Ucrânia durante o debate no Bundestag, câmara baixa do Parlamento alemão, com o atual chanceler Olaf Scholz.

Macgregor desvalorizou as afirmações de Zelensky. "Eu não me importaria com o que Zelensky está dizendo. Ele […] é um fracassado. […] Você pode apenas dizer a ele para ficar longe da sala onde os adultos estão resolvendo as suas coisas, quer ele goste disso ou não", disse ele.

Anteriormente, Merz afirmou estar pronto, caso seja eleito como chanceler, a apresentar um "ultimato" à Rússia para parar de atacar a infraestrutura da Ucrânia em 24 horas, caso contrário entregaria mísseis de longo alcance Taurus a Kiev. Scholz, por sua vez, durante seu primeiro discurso pré-eleitoral, apelou a Merz para não jogar roleta russa e não brincar com a segurança da Alemanha através de ultimatos de fornecimento de mísseis a Kiev e ataques com armas de longo alcance à Rússia.

¨      OTAN quer elevar o limiar de gastos militares para países-membros de 2% para 3% do PIB, diz mídia

A OTAN poderia atualizar as metas para o número de armas produzidas na aliança, uma medida que exigiria um aumento nos gastos militares de cada um dos Estados-membros do bloco para 3% do PIB, informou a agência de notícias Bloomberg, citando autoridades familiarizadas com o assunto.

"A OTAN planeja estabelecer novas metas concretas para a quantidade de tanques, aviões e outros sistemas de armas que os países-membros precisam produzir, o que pode exigir o aumento da meta de gastos com defesa da aliança para até 3% do produto interno bruto [PIB]", escreveu a agência.

Note-se, que a OTAN dará prioridade ao fortalecimento da defesa antiaérea, dos sistemas ofensivos e das capacidades de dissuasão nuclear como parte das novas metas de produção de armas.

De acordo com a agência, a OTAN quer chegar a um acordo sobre as novas metas de produção de armas no nível dos ministros das Relações Exteriores e da Defesa dos países da aliança até a cúpula dos chefes dos Estados-membros do bloco em Haia, em junho de 2025.

Ao mesmo tempo, a fonte da agência admite que será difícil cumprir esse prazo. A agência ressalta que os ministros da Defesa da OTAN discutirão esse tópico em uma reunião em fevereiro.

Em novembro, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, nomeou entre as principais tarefas da aliança um aumento nos gastos com defesa e na produção de armas. Ele disse que os países da aliança deveriam gastar "muito mais" do que a meta atual de 2% do PIB com defesa.

De acordo com os dados mais recentes, oito países da OTAN, incluindo países grandes como o Canadá e a Itália, não cumprem o padrão da OTAN de 2% de gastos militares.

¨      Reino Unido recrutará pessoas com transtornos e autismo devido à falta de recrutas, diz mídia

Ministério da Defesa se livrou de uma dúzia de restrições que costumavam selecionar centenas de candidatos todos os anos, escreve o The i Paper na terça-feira (10).

Agora, de acordo com relatos da mídia, aqueles que desejarem ingressar nas Forças Armadas e sofrerem de uma série de doenças serão considerados "aptos até que se prove sua inaptidão".

Além disso, pessoas com histórico de dependência de álcool ou drogas e dores nas costas não serão automaticamente rejeitadas. As flexibilizações também se aplicam a candidatos com enxaqueca, acne, eczema e hipertensão, bem como àqueles que sofreram fraturas ou cirurgia de banda gástrica, que é um tipo de cirurgia bariátrica.

"O Ministério da Defesa, em uma tentativa de lidar com a crise de recrutamento, permitirá que jovens com TDAH, autismo ou fadiga crônica entrem para as forças armadas", escreve o jornal britânico, citando a orientação revisada do serviço sobre a avaliação da aptidão para o trabalho.

Um relatório do Comitê de Defesa do governo do Reino Unido afirmou que o Exército britânico não está preparado para uma possível guerra prolongada e de grande escala devido à escassez de pessoal e a problemas de recrutamento e retenção.

O Comitê de Defesa pediu que o governo fizesse uma "escolha difícil": investir totalmente no Exército ou reconhecer que a priorização adequada das operações de combate significaria menos disponibilidade para realização de mais tarefas.

De acordo com o Ministério da Defesa do país, o tamanho do Exército, da Marinha e da Força Aérea foi reduzido de 207.000 em 2000 para 131.000 em 2024.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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