sábado, 26 de outubro de 2024

Samir Gandesha: ‘A base subjetiva da propaganda fascista’

A propaganda fascista é construída em torno do conceito básico do “‘pequeno-grande homem’, de um “sujeito” que sugere tanto onipotência quanto a ideia de que vem a ser um “tipo” simples, de sangue vermelho e imaculado, alguém do próprio povo”.

É dessa forma que Theodor Adorno apresenta o conceito norteador da “personalidade autoritária”: aquele tipo de personalidade caracterizado tanto pela subordinação ao “forte” (barbeiro suburbano) quanto pela dominação sobre o “fraco” (King Kong). Nisso, a estrutura do caráter social reproduz a contradição que está no cerne da sociedade burguesa entre uma autonomia ou liberdade em teoria, mas heteronomia e falta de liberdade na prática.

De acordo com Theodor Adorno, a imagem do “pequeno-grande homem” responde “[ao] desejo duplo [do seguidor] de se submeter à autoridade e de ser a própria autoridade. Isso acontece em um mundo no qual o controle irracional é exercido, mesmo se a convicção interna já se perdeu, por meio do esclarecimento universal. As pessoas que obedecem aos ditadores sentem, ademais, que estes últimos são supérfluos. Eles reconciliam essa contradição por meio da suposição de que eles próprios são opressores implacáveis”. Isso se expressa perfeitamente no lema de Hitler “Verantwortung nach oben, Autorität nach unten”, ou seja, “responsabilidade com quem que está em cima, autoridade com quem está em baixo”. Esse mote, veja-se, expõe a essência da ambivalência inerente à personalidade autoritária típica, ou seja, ela se constitui o “sujeito” como sadomasoquista. No livro A personalidade autoritária, Theodor Adorno assevera que “a identificação do caráter ‘autoritário’ com a força é concomitante com a rejeição de tudo que está ‘em baixo’.”

Quanto mais supérflua for a ideia do ditador nas sociedades formalmente democráticas — eis que são fontes de desigualdades crescentes justamente por estarem baseadas na propriedade privada e no controle dos meios de produção —, mais ênfase será colocada precisamente na qualidade ersatz do ditador. Ora, essa falsidade, ainda que descolada de contexto, é a mesma que existe na casca oca das “congregações” artificialmente construídas por meio das instituições religiosas. A hierarquia posta pela religião, despojada de sua essência espiritual, é copiada pelo fascismo. Eis que forja uma libido negativa quando põe ênfase na distinção entre “ovelhas e cabras”, gente de dentro e de fora do grupo de mesma fé.  Em outras palavras, se a ênfase no amor dentro da congregação religiosa, baseava-se também no ódio em relação àqueles que permaneciam fora da fé, agora, com o fascismo, a corporação criada está despojada até mesmo da aparência de ágape ou camaradagem. Ela tem por função quase exclusiva produzir uma integração negativa [ou seja, que assim se define apenas por ser contra os outros]. Isso permite ao fascismo fazer um “truque identitário”, ou seja, elidir as diferenças dentro do grupo (mantendo, assim, a hierarquia existente) ao mesmo tempo em que enfatiza as diferenças entre o grupo e aqueles que permanecem fora dele. Tal truque culmina no que Adorno chama de “igualitarismo regressivo”: os prazeres individuais devem ser igualmente negados para todos os membros da “comunidade nacional”.

O vínculo social é, por assim dizer, solidificado por meio de uma introjeção compartilhada de sacrifício ou de renúncia à aspiração a uma vida sensualmente realizada. As repetidas e hiperbólicas demandas dos nazistas por sacrifício pela “Pátria”, que ecoam em todas as formas de nacionalismo, particularmente quando se trata de guerra, confirmam isso.

Theodor Adorno mostra uma técnica-chave pela qual a propaganda fascista enfatiza a diferença entre os grupos internos e externos: a saber, o uso repetido de imagens de animais inferiores, como insetos e vermes, para caracterizar estrangeiros, em particular os judeus e os refugiados. Baseando-se não apenas em Freud, mas também em observações de Otto Rank, considera que, no simbolismo dos sonhos, os insetos e os vermes se aplicam aos irmãos mais novos, na verdade, aos bebês indesejados. Tal simbolismo, portanto, quase não esconde uma catexia negativa. Ao mesmo tempo, no entanto, os irmãos e irmãs que compõe o grupo fascista se identificam uns com os outros por meio de um objeto de amor compartilhado, a saber, o líder. Portanto, eles devem direcionar ou projetar essa catexia negativa para fora, para além do grupo.

Aqui, pode-se argumentar, tal como Max Horkheimer e Theodor Adorno o fizeram na Dialética do esclarecimento, que não é apenas o desprezo experimentado pelos próprios seguidores que é projetado para fora por meio de imagens de animais inferiores; isso também ocorre, na propaganda fascista, por meio de uma evocação direta de tropos poderosos e afetivamente carregados de abjeção. Como Julia Kristeva sugere, isso se encontra associado, em última análise, à relação pré-edipiana com o corpo materno e, portanto, com a transgressão de uma fronteira e, assim, em consequência, com a produção de repulsa. Mas qualquer coisa natural que não tenha sido absorvida como coisa útil ao passar pelos canais de limpeza da ordem conceitual — o guincho do estilete na ardósia que faz os dentes rangerem, o haut goût que traz à mente sujeira e corrupção, o suor que aparece na testa do diferente — tudo o que não é totalmente assimilado, ou infringe as regras nas quais o progresso dos séculos foi sedimentado, é sentido como intrusivo e desperta uma aversão compulsiva.

A “aversão compulsiva” — ao que é tomado como abjeto — evocada tem a ver com o medo de autodissolução. Isso constitui o impulso para eliminar o não idêntico ou o que não pode ser conceitualmente apreendido sem resto; na tentativa de colocar a natureza sob o domínio do controle técnico e da maestria, qualquer resíduo de natureza descontrolada ou incontrolável (não idêntica) que permaneça provoca uma resposta automática de repulsa. Os próprios sinais de destrutividade que o fascismo incorpora substantivamente são projetados para fora em suas vítimas; o fascismo, nesse sentido, é a performance paranoica do vitimizador que assume compulsivamente o papel de vítima.

A abjeção é empregada como uma técnica propagandística, em outras palavras, para retratar o outro como um contágio perigoso que ameaça a saúde e a própria vida do corpo político e deve ser excluído espiritual e fisicamente, pela força se necessário. Traços de “natureza” ofensiva, mas secretamente desejada, são projetados no estranho que se tornam seu estigma. Uma vez assim projetado, o “outro” pode então ser contido, excluído e, em casos extremos, finalmente “liquidado” ou “exterminado” como pragas ou vermes. Por meio do processo de extirpar o não idêntico, a identidade da “comunidade” etnonacionalista é confirmada e estabilizada.

Theodor Adorno aborda a questão de como os agitadores chegaram a um conhecimento tão preciso da psicologia de grupo sem ter os meios intelectuais para acessá-la. A resposta é que, dada a identidade psicológica entre o líder e os liderados, o agitador acessa a psicologia de massa por meio de sua própria psicologia. A principal diferença, porém, é que o primeiro, mesmo se “não tem qualquer superioridade natural”, demonstra “uma capacidade de expressar sem inibições o que está latente neles”. O líder autoritário é um tipo de personalidade “oral” que, de acordo com Freud, busca gratificação por meio de comer, beber e outras atividades orais, incluindo falar. O tipo oral agressivo é hostil e verbalmente abusivo em relação aos outros. O agitador demonstra uma “capacidade de falar incessantemente e enganar o outro”. A natureza incessante de tal discurso o esvazia de sentido e o torna mágico; o orador lança um feitiço sobre seus ouvintes e brinca com a “herança arcaica” dos seguidores. O poder que ele exerce é, paradoxalmente, indicativo de sua impotência na medida em que sugere fraqueza do ego em vez de força, expondo seus impulsos inconscientes. No entanto, ao mesmo tempo, isso joga com a própria imagem do líder como a ampliação do próprio ego do seguidor. “Para atender com sucesso às disposições inconscientes de seu público”, argumenta Adorno, “o agitador, por assim dizer, simplesmente volta o seu próprio inconsciente para fora”.

O ajuste entre as técnicas do agitador e a “base psicológica dos indivíduos que o ouvem” é auxiliado por uma grande transformação na sociedade moderna contemporânea. Eis que a consolidação da indústria cultural como um todo contribui para uma crescente passividade do indivíduo, ou seja, para o declínio de sua capacidade de fazer experimentos. A padronização que está no cerne da indústria cultural harmoniza-se perfeitamente com um atributo-chave das personalidades autoritárias, a saber: “estereotipia” e “desejo infantil por repetição infinita e inalterada”.

O elo entre a alta cultura europeia e a indústria cultural, para Theodor Adorno, pode ser localizado no leitmotiv facilmente recordável que foi produzido pelo compositor protofascista Richard Wagner. A sua música monta “partes componentes como se monta produtos em uma fábrica: trata-se de um fordismo musical”. Para mobilizar as massas contra seus próprios interesses, a propaganda fascista tende a contornar o “pensamento discursivo”, “mobilizando forças irracionais, inconscientes e regressivas”.  Nisso, é grandemente auxiliada pela indústria cultural que produziu, ao se desenvolver, uma diminuição expressiva da capacidade humana de autonomia e de espontaneidade.

 

¨      A longa marcha da esquerda brasileira. Por Valerio Arcary

Nos debates sobre o futuro da esquerda há muitas localizações diferentes. Nos dois extremos estão avaliações de que ou a esquerda “morreu”, ou que ela permanece “intacta”, mas ambos, paradoxalmente, subestimam, por razões diferentes, o perigo bolsonarista. Entre elas estão opiniões intermediárias, com maiores ou menores nuances e matizes. Mas existem, grosso modo, três posições sobre o destino da esquerda brasileira: a) existem aqueles partidos, como o PT e PC do B, que apostam na estratégia da Frente Ampla, que está ancorada na tática de um crescimento econômico ininterrupto até 2026, para garantir a derrota do bolsonarismo, e na vigência do lulismo por um futuro indefinido, apoiados na expectativa de vitória em 2026; b) no extremo oposto, existem partidos, como o PSTU e o PCBR, entre outros, que se situam na oposição de esquerda ao governo Lula e consideram que, pelo menos um enfraquecimento do lulismo é inexorável, e apostam na abertura de um espaço à esquerda para uma disputa de influência de massas em torno de um programa revolucionário; c) existe um terceiro campo, onde se situa o PSOL, mas também vários movimentos sociais combativos e lideranças em dissidência que avaliam que há um risco muito grave de que os limites do governo favoreçam um ainda maior fortalecimento da extrema-direita, e não excluem a possibilidade de uma derrota histórica, mas apostam que uma reorganização depende de deslocamentos à esquerda de correntes que se construíram durante o ciclo de hegemonia do PT.

Um pouco de perspectiva histórica pode ser útil para a compreensão dos desafios do presente. Quando consideramos a longa duração reconhecemos cinco ciclos na direção da esquerda no Brasil: a) ciclo anarcossindicalista se inicia nas primeiras décadas do século 20, atinge um auge de influência na greve geral de 1917 em São Paulo, e encerra com a fundação do PCB e o tenentismo, condenando as correntes libertárias à marginalidade; b) o ciclo getulista se abre com a revolução de 30, sua influência dá um salto na década dos 50 pela hegemonia trabalhista no movimento sindical, papel de Brizola e expectativas no governo Jango, e encerra com a derrota histórica de 1964; c) o ciclo do PCB se abre em 1945, em grande medida em função do prestígio da URSS pela vitória sobre o nazifascismo, atravessa os difíceis anos 50, quando se reposiciona diante do varguismo, e encerra, também, diante do golpe que instaura a ditadura militar; d) o ciclo guerrilheiro, em que os sujeitos políticos foram, essencialmente, as variadas organizações que surgiram de rupturas do PCB, se abre pelo impacto da vitória da revolução cubana, atinge seu auge entre 1968/70, e encerra com a implacável repressão da ditadura militar; e) o último ciclo pode ser dividido em duas etapas porque há uma primeira que se abre com o ascenso operário-sindical de 1978/79 e passa pela conquista de hegemonia entre os trabalhadores organizados pelo PT e pela CUT e se estende até 2002, quando Lula vence as eleições presidenciais, pela primeira vez, e uma segunda etapa em que o lulismo conquista hegemonia entre as massas populares a partir de políticas públicas ou reformas.

As determinações de processos tão complexos são muitas. Mas se dividem, essencialmente, em objetivas e subjetivas. As objetivas são aquelas impostas pela força de acontecimentos que, para o fundamental, independem da iniciativa das diferentes correntes da esquerda. Entre os fatores objetivos se destacam dois tipos de fenômenos. As oscilações do capitalismo com suas crises recorrentes e suas refrações no Brasil, e as vitórias e derrotas na luta de classes na dimensão nacional e internacional. Mas há um padrão. Todos os ciclos em que prevaleceu uma nova direção se abriram com uma onda de mobilização de massas, e se encerraram com uma derrota. Ondas de dimensões diferentes, derrotas distintas. Mas sempre o mesmo padrão: a) as condições de superexploração da classe operária industrial, em um país agroexportador dependente, agravadas pelas pressões da Primeira Guerra Mundial, estão na raiz da audiência da militância anarquista na greve geral de 1917; b) o impacto da vitória da revolução russa teve importância crucial para que o jovem PCB conquistasse hegemonia na vanguarda sindical e intelectual a partir de meados dos anos 20; c) a decadência da República Velha explica o deslocamento para a oposição da maioria da classe média urbana e sua refração militar, o tenentismo, e os desdobramentos da revolução de 30, quando a classe dominante se dividiu até o limite, pela única vez na história, de uma guerra civil contra a oligarquia paulista, o fenômeno duradouro do nacional-desenvolvimentista varguista; (d) o ascenso democrático, após a derrota do nazifascismo em 1945, projetou o PCB como um partido com alguma influência de massas em torno da liderança de Prestes; e) a onda de mobilização das camadas médias e de setores mais concentrados do proletariado, em 1968, no contexto de uma onda revolucionária internacional, explicam o respeito e até autoridade política conquistada pelas organizações que decidiram ir para a luta armada; f) a onda de mobilização de 1978/79 foi decisiva para abrir o caminho para a construção do PT/CUT//MST, e seu lugar na fase final da luta contra a ditadura, disputando a hegemonia com o MDB e Brizola nas Diretas Já e depois no Fora Collor de 1992; g) a onda aberta em 1999, quando da manifestação dos cem mil contra FHC abriu o caminho par a vitória eleitoral de Lula em 2002; h) a última grande onda que o país conheceu foi 2013, uma das mais massivas, profundas, e perturbadoras, porque a partir dela ganharam audiência de massas novos movimentos sociais com audiência de massas, como o de moradia popular do MTST, que projetou a liderança de Boulos, os movimentos feministas, negros, LGBTs, ambientais e indígenas, mas também surgiram movimentos que estiveram na liderança das mobilizações contrarrevolucionárias de milhões quando do golpe institucional em 2016, e depois do bolsonarismo.

Os fatores subjetivos, ou seja, as qualidades e limites das organizações e lideranças também contam, quando se abrem oportunidades históricas e consideramos o desafio das conflitivas mudanças de ciclo. A substituição de uma liderança por uma nova é um processo de intensa luta política. Mas nunca é tudo ou nada. As mudanças acontecem em um movimento de negação da organização anterior, mas também conservação do que se acumulou de melhor: a) a combatividade classista e audácia da geração de lideranças anarcossindicalistas foi decisiva para a entrada em cena da classe trabalhadora em 1917, e foi herdada pelos fundadores do PCB; b) a coragem tenentista, que teve na Coluna Vargas um momento épico, foi um fator chave para que uma fração das oligarquias regionais, liderada por Vargas, decidisse derrubar a República Velha, e explica, também, a presença de uma corrente nacionalista nas Forças Armadas nos anos cinquenta.; c) o papel de Getúlio, até o limite trágico do suicídio, a ousadia de Brizola, em 1961, usando o cargo de governador que pegou nas armas para construir uma rede de defesa da legalidade que garantiu a posse de Jango, foram chaves para que o projeto de nacional-desenvolvimentismo conquistasse uma audiência de massas numa forma de “populismo”, lideranças burguesas de movimentos populares, cristalizado numa fração sindical burocrática, que se apoiava nas conquistas sociais da formalização das condições de trabalho, mas explica também a força do movimento sindical nos anos 80; d) o prestígio da URSS e de Prestes, mas também, a militância de milhares de lutadores do PCB explicam, apesar de desastres políticos incontornáveis, uma autoridade que se manteve durante duas décadas; e) o heroísmo abnegado das organizações da luta armada definiu o destino de uma geração, em que os melhores entre os melhores, pagaram com a vida pelos seus erros, mas deixaram um exemplo imortal de grandeza humana; f) a lucidez do projeto de construção do PT em 1980, liderado pelo gigantismo da personalidade de Lula explica uma hegemonia que já tem quatro décadas, mas apesar dos limites dos governos de conciliação, explica também por que somente Lula poderia ter derrotado Bolsonaro em 2022.

Quando pensamos a experiência do lulismo podemos identificar três etapas no longo intervalo 2003/2024:

a) o apogeu da influência, apesar de oscilações, como a crise do “mensalão”, entre 2003/2013;

b) a inversão aberta pelo golpe institucional em 2016, e a abertura da situação reacionária, em que toda a esquerda ficou isolada, e o PT e até o próprio Lula perderam apoio;

c) a recuperação de influência durante os quatro anos de governo Bolsonaro, e a etapa aberta pelo governo Lula 3 após a apertada vitória eleitoral de 2002.

Três hipóteses estão colocadas diante do futuro. São exploratórias porque o processo está em curso e não decantou. Há muitas variáveis indefinidas. As duas mais importantes são indissociáveis, e nos remetem ao centro do enigma: se a esquerda será capaz de derrotar a extrema-direita e, se nesse processo, assistiremos ou não a uma onda de luta dos trabalhadores e oprimidos. Esta são as duas questões centrais. O que a história nos ensina, é que não há como abrir um ciclo superior ao lulismo sem a derrota do bolsonarismo, e sem um ascenso da luta de massas. Se o que prevalecer for uma derrota, continuaremos a ver as divisões, rachas e dispersão na esquerda. E teremos um intervalo histórico como foi depois de 1964, oxalá não tão grande. Mas socialistas devem manter confiança que, mais cedo do que tarde, os trabalhadores irão se levantar. Nesse contexto, três hipóteses são possíveis, sem que se possa responder, por enquanto:

a) a primeira é considerar se o pós-lulismo será ou não por dentro do PT, provavelmente com um giro programático ainda mais moderado, e quem seriam as lideranças dessa transição;

 b) a segunda é calcular se o pós-lulismo será um processo de luta, essencialmente, contra o PT;

c) a terceira é avaliar se o futuro da esquerda será um processo de mediações entre o “velho” e o “novo”, em grande medida, apesar do PT, mas não necessariamente renegando a herança do lulismo.

 

Fonte: A Terra é Redonda

 

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