sábado, 26 de outubro de 2024

O que acontece nas primeiras horas de vida do bebê? Confira 7 pontos

Você já pensou na importância das primeiras horas da vida de um bebê assim que ele nasce? Além de respirar sozinho e regular sua temperatura fora do útero, o recém-nascido vai aprender a mamar e passará por exames e avaliações que podem evitar problemas futuros.

A seguir, saiba mais sobre os procedimentos essenciais nas primeiras horas de vida dos bebês.

1. Avaliação geral

Ainda na sala de parto, o pediatra neonatologista analisa se ele tem tônus muscular adequado e se está respirando naturalmente. Essa avaliação é importante porque, dentro do útero materno, o pulmão do feto fica cheio de líquido e ele recebe oxigênio através do cordão umbilical.

Nos primeiros 30 minutos após o nascimento, ocorre uma mudança do padrão de circulação fetal para o chamado padrão de circulação neonatal, ou seja, o bebê assume sua própria respiração e sua circulação passa a ser igual a de um adulto.

Em 90% dos casos esse processo acontece naturalmente e o bebê já vem ao mundo com um choro forte. Quando isso não ocorre, o pediatra entra em cena para tomar as atitudes necessárias.

A equipe médica também monitora a frequência cardíaca e a cor da pele do recém-nascido. Esses parâmetros são pontuados de 0 a 2 e permitem que o médico forneça uma nota de 0 a 10, conhecida como Escore de Apgar. Valores de 8 a 10 pontos significam que a saúde está ótima; de 6 a 7 pode necessitar de algum cuidado especial; e abaixo disso indica algum problema que necessite de intervenção médica.

“Esse processo é realizado no primeiro e no quinto minuto de vida para podermos avaliar as condições ao nascimento e as respostas do recém-nascido à ajuda prestada”, diz a médica Romy Zacharias, coordenadora da neonatologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

2. Contato pele a pele

O bebê que nasce bem, independentemente da via de parto, é colocado imediatamente no colo da mãe. O recomendado é que a golden hour — ou “hora dourada”, como é chamada essa primeira hora de vida — permita o contato pele a pele e que a mãe já ofereça o peito. Isso dá mais segurança à mulher e acalma o recém-nascido, que ouve os batimentos cardíacos da mãe e vozes conhecidas.

“Além disso, hormônios desencadeados nesse processo promovem a descida do leite mais precocemente e diminuem o risco de a mãe apresentar sangramento excessivo”, destaca a médica neonatologista Tarita De Losso, do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O contato também ajuda o bebê a já buscar o peito da mãe, estimulando a amamentação. E ainda contribui para que o recém-nascido perca menos calor.

3. Corte do cordão umbilical

O clampeamento do cordão umbilical acontece ainda com o bebê em contato com a mãe. O Ministério da Saúde recomenda que ele seja cortado quando a pulsação parar, o que significa que a circulação de sangue entre o recém-nascido e a placenta cessou — acontece entre um e três minutos após o nascimento.

O corte no momento correto leva ao aumento no volume sanguíneo do recém-nascido e das suas reservas de ferro. Isso diminui o risco de ele desenvolver anemia nos primeiros seis meses de vida.

4. Medidas antropométricas e colírio

Após o contato pele a pele e, principalmente, quando o bebê não estiver mais mamando, é hora de realizar as medidas antropométricas, que envolvem peso, comprimento e perímetro cefálico, a medida da circunferência da cabeça. “A aspiração das vias aéreas não é mais indicada de rotina. Ela deve ser realizada apenas se o neonatologista detectar a presença de secreção”, diz a médica da Unicamp.

Outro cuidado importante que acontece na sala de parto é a utilização de um colírio, que deve ser pingado nos olhos do recém-nascido para fazer a profilaxia da conjuntivite neonatal. O bebê pode ser contaminado por bactérias no ventre ou ao passar pelo canal de parto e a doença pode desencadear sequelas graves, como a cegueira.

5. Vitamina e vacinas

Na sala de parto o bebê também recebe uma injeção de vitamina K. A substância é essencial para a coagulação do sangue e só começa a ser produzida para valer quando o recém-nascido está se alimentando bem. Enquanto isso não acontece, ele apresenta um déficit dessa vitamina, o que pode desencadear hemorragia.

No que se refere às vacinas, a única que é dada na maternidade é a primeira dose contra a hepatite B. Ela deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida e é importante porque ajuda a prevenir a hepatite crônica, a forma mais comum da doença em bebês contaminados ao nascer. Já a vacina BCG, que previne contra tuberculose, pode ser dada no primeiro mês de vida, mas geralmente também é oferecida na maternidade.

6. Testes rápidos

Antes de o bebê ir para casa com os pais, ele passa por alguns testes rápidos, entre eles, o do pezinho, que permite identificar várias doenças e síndromes. A tipagem sanguínea também é feita para saber se o pequeno tem incompatibilidade sanguínea com a mãe.

Além do teste do pezinho, o recém-nascido passa também pelos testes da orelhinha, do olhinho, do coraçãozinho e da linguinha para detectar precocemente outras doenças e problemas de saúde.

7. Primeiro banho

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o banho não precisa acontecer nos primeiros momentos após o nascimento, muito pelo contrário. “As substâncias presentes na pele do recém-nascido hidratam e protegem o tecido. Além disso, é importante que antes da lavagem a temperatura do bebê fique estável”, orienta Tarita De Losso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a realização do primeiro banho somente após 24 horas de vida.

 

•        Entenda o que é pubalgia, dor no final da gravidez

O ex-BBB Eliezer do Carmo, 34, revelou que a ex-sister Viih Tube, 24, estava sofrendo com fortes dores na região pélvica. A influenciadora digital está no nono mês de sua segunda gestação; os dois já são pais de Lua, 1, e estão esperando o nascimento de Ravi.

A ex-participante da 21ª edição do BBB 21 sofre de pubalgia, que é uma dor na região púbica, que pode irradiar para a virilha, quadris e ou coxas, conforme explicou à CNN o cirurgião ortopedista Dr. Carlos Barsotti da Hapvida NotreDame Intermédica. Segundo ele, pacientes com histórico de problemas pélvicos e dores lombares ou gestações múltiplas possuem mais risco de desenvolver essa condição.

“Durante a gravidez, [a pubalgia] ocorre devido à produção do hormônio relaxina, que afrouxa os ligamentos pélvicos para preparar o corpo para o parto, aumentando a mobilidade e gerando instabilidade articular”, explicou o médico. “A pubalgia afeta cerca de 20% a 30% das gestantes, com maior prevalência a partir do segundo e terceiro trimestres, quando o aumento do peso fetal e as mudanças biomecânicas impõem maior pressão sobre a pélvis.”

<><> A pubalgia oferece risco para o bebê?

Esse tipo de dor não oferece risco à saúde do bebê, mas pode prejudicar a mãe. Barsotti alerta que a pubalgia pode impactar a saúde física e emocional da gestante, já que interfere na qualidade do sono e nas atividades diárias.

“Em casos severos, [a pubalgia] pode limitar a mobilidade e dificultar o trabalho de parto, aumentando a necessidade de intervenções obstétricas e suporte adicional no pós-parto”, disse.

<><> Como é o tratamento da pubalgia?

Conforme explicou Barsotti, o tratamento para aliviar as dores da pubalgia pode consistir em uma série de abordagens não-medicamentosas, como:

•        Exercícios de baixo impacto, como yoga pré-natal e Pilates, ajudam a fortalecer o core e o assoalho pélvico, reduzindo o desconforto;

•        Fisioterapia especializada, com foco na estabilização pélvica;

•        Uso de cintos de suporte pélvico, para reduzir a sobrecarga nas articulações;

•        Terapias complementares, como massagem e acupuntura;

•        Adaptação postural, como evitar cruzar as pernas e manter os joelhos juntos ao se levantar da cama.

Em casos mais severos, em que esses tratamentos não funcionam, a equipe médica tem a opção de prescrever infiltrações com anestésicos locais e corticosteroides na sínfise púbica, articulação cartilaginosa que une os ossos púbicos esquerdo e direito, na região anterior da pelve.

‘Esse procedimento pode proporcionar alívio temporário, especialmente em pacientes com dor intensa que afeta significativamente a mobilidade e a qualidade de vida”, afirmou o cirurgião.

 

Fonte: Agência Einstein/CNN Brasil

 

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