O que acontece nas primeiras horas de vida
do bebê? Confira 7 pontos
Você já pensou na
importância das primeiras horas da vida de um bebê assim que ele nasce? Além de
respirar sozinho e regular sua temperatura fora do útero, o recém-nascido vai
aprender a mamar e passará por exames e avaliações que podem evitar problemas futuros.
A seguir, saiba mais
sobre os procedimentos essenciais nas primeiras horas de vida dos bebês.
1. Avaliação geral
Ainda na sala de
parto, o pediatra neonatologista analisa se ele tem tônus muscular adequado e
se está respirando naturalmente. Essa avaliação é importante porque, dentro do
útero materno, o pulmão do feto fica cheio de líquido e ele recebe oxigênio
através do cordão umbilical.
Nos primeiros 30
minutos após o nascimento, ocorre uma mudança do padrão de circulação fetal
para o chamado padrão de circulação neonatal, ou seja, o bebê assume sua
própria respiração e sua circulação passa a ser igual a de um adulto.
Em 90% dos casos esse
processo acontece naturalmente e o bebê já vem ao mundo com um choro forte.
Quando isso não ocorre, o pediatra entra em cena para tomar as atitudes
necessárias.
A equipe médica também
monitora a frequência cardíaca e a cor da pele do recém-nascido. Esses
parâmetros são pontuados de 0 a 2 e permitem que o médico forneça uma nota de 0
a 10, conhecida como Escore de Apgar. Valores de 8 a 10 pontos significam que a
saúde está ótima; de 6 a 7 pode necessitar de algum cuidado especial; e abaixo
disso indica algum problema que necessite de intervenção médica.
“Esse processo é
realizado no primeiro e no quinto minuto de vida para podermos avaliar as
condições ao nascimento e as respostas do recém-nascido à ajuda prestada”, diz
a médica Romy Zacharias, coordenadora da neonatologia do Hospital Israelita
Albert Einstein.
2. Contato pele a pele
O bebê que nasce bem,
independentemente da via de parto, é colocado imediatamente no colo da mãe. O
recomendado é que a golden hour — ou “hora dourada”, como é chamada essa
primeira hora de vida — permita o contato pele a pele e que a mãe já ofereça o
peito. Isso dá mais segurança à mulher e acalma o recém-nascido, que ouve os
batimentos cardíacos da mãe e vozes conhecidas.
“Além disso, hormônios
desencadeados nesse processo promovem a descida do leite mais precocemente e
diminuem o risco de a mãe apresentar sangramento excessivo”, destaca a médica
neonatologista Tarita De Losso, do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher
(CAISM), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O contato também ajuda
o bebê a já buscar o peito da mãe, estimulando a amamentação. E ainda contribui
para que o recém-nascido perca menos calor.
3. Corte do cordão
umbilical
O clampeamento do cordão
umbilical acontece ainda com o bebê em contato com a mãe. O Ministério da Saúde
recomenda que ele seja cortado quando a pulsação parar, o que significa que a
circulação de sangue entre o recém-nascido e a placenta cessou — acontece entre
um e três minutos após o nascimento.
O corte no momento
correto leva ao aumento no volume sanguíneo do recém-nascido e das suas
reservas de ferro. Isso diminui o risco de ele desenvolver anemia nos primeiros
seis meses de vida.
4. Medidas
antropométricas e colírio
Após o contato pele a
pele e, principalmente, quando o bebê não estiver mais mamando, é hora de
realizar as medidas antropométricas, que envolvem peso, comprimento e perímetro
cefálico, a medida da circunferência da cabeça. “A aspiração das vias aéreas não
é mais indicada de rotina. Ela deve ser realizada apenas se o neonatologista
detectar a presença de secreção”, diz a médica da Unicamp.
Outro cuidado
importante que acontece na sala de parto é a utilização de um colírio, que deve
ser pingado nos olhos do recém-nascido para fazer a profilaxia da conjuntivite
neonatal. O bebê pode ser contaminado por bactérias no ventre ou ao passar pelo
canal de parto e a doença pode desencadear sequelas graves, como a cegueira.
5. Vitamina e vacinas
Na sala de parto o
bebê também recebe uma injeção de vitamina K. A substância é essencial para a
coagulação do sangue e só começa a ser produzida para valer quando o
recém-nascido está se alimentando bem. Enquanto isso não acontece, ele
apresenta um déficit dessa vitamina, o que pode desencadear hemorragia.
No que se refere às
vacinas, a única que é dada na maternidade é a primeira dose contra a hepatite
B. Ela deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida e é importante porque
ajuda a prevenir a hepatite crônica, a forma mais comum da doença em bebês contaminados
ao nascer. Já a vacina BCG, que previne contra tuberculose, pode ser dada no
primeiro mês de vida, mas geralmente também é oferecida na maternidade.
6. Testes rápidos
Antes de o bebê ir
para casa com os pais, ele passa por alguns testes rápidos, entre eles, o do
pezinho, que permite identificar várias doenças e síndromes. A tipagem
sanguínea também é feita para saber se o pequeno tem incompatibilidade
sanguínea com a mãe.
Além do teste do
pezinho, o recém-nascido passa também pelos testes da orelhinha, do olhinho, do
coraçãozinho e da linguinha para detectar precocemente outras doenças e
problemas de saúde.
7. Primeiro banho
Ao contrário do que
muitas pessoas imaginam, o banho não precisa acontecer nos primeiros momentos
após o nascimento, muito pelo contrário. “As substâncias presentes na pele do
recém-nascido hidratam e protegem o tecido. Além disso, é importante que antes
da lavagem a temperatura do bebê fique estável”, orienta Tarita De Losso. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a realização do primeiro banho
somente após 24 horas de vida.
• Entenda o que é pubalgia, dor no final
da gravidez
O ex-BBB Eliezer do
Carmo, 34, revelou que a ex-sister Viih Tube, 24, estava sofrendo com fortes
dores na região pélvica. A influenciadora digital está no nono mês de sua
segunda gestação; os dois já são pais de Lua, 1, e estão esperando o nascimento
de Ravi.
A ex-participante da
21ª edição do BBB 21 sofre de pubalgia, que é uma dor na região púbica, que
pode irradiar para a virilha, quadris e ou coxas, conforme explicou à CNN o
cirurgião ortopedista Dr. Carlos Barsotti da Hapvida NotreDame Intermédica.
Segundo ele, pacientes com histórico de problemas pélvicos e dores lombares ou
gestações múltiplas possuem mais risco de desenvolver essa condição.
“Durante a gravidez,
[a pubalgia] ocorre devido à produção do hormônio relaxina, que afrouxa os
ligamentos pélvicos para preparar o corpo para o parto, aumentando a mobilidade
e gerando instabilidade articular”, explicou o médico. “A pubalgia afeta cerca
de 20% a 30% das gestantes, com maior prevalência a partir do segundo e
terceiro trimestres, quando o aumento do peso fetal e as mudanças biomecânicas
impõem maior pressão sobre a pélvis.”
<><> A
pubalgia oferece risco para o bebê?
Esse tipo de dor não
oferece risco à saúde do bebê, mas pode prejudicar a mãe. Barsotti alerta que a
pubalgia pode impactar a saúde física e emocional da gestante, já que interfere
na qualidade do sono e nas atividades diárias.
“Em casos severos, [a
pubalgia] pode limitar a mobilidade e dificultar o trabalho de parto,
aumentando a necessidade de intervenções obstétricas e suporte adicional no
pós-parto”, disse.
<><> Como
é o tratamento da pubalgia?
Conforme explicou
Barsotti, o tratamento para aliviar as dores da pubalgia pode consistir em uma
série de abordagens não-medicamentosas, como:
• Exercícios de baixo impacto, como yoga
pré-natal e Pilates, ajudam a fortalecer o core e o assoalho pélvico, reduzindo
o desconforto;
• Fisioterapia especializada, com foco na
estabilização pélvica;
• Uso de cintos de suporte pélvico, para
reduzir a sobrecarga nas articulações;
• Terapias complementares, como massagem e
acupuntura;
• Adaptação postural, como evitar cruzar
as pernas e manter os joelhos juntos ao se levantar da cama.
Em casos mais severos,
em que esses tratamentos não funcionam, a equipe médica tem a opção de
prescrever infiltrações com anestésicos locais e corticosteroides na sínfise
púbica, articulação cartilaginosa que une os ossos púbicos esquerdo e direito,
na região anterior da pelve.
‘Esse procedimento
pode proporcionar alívio temporário, especialmente em pacientes com dor intensa
que afeta significativamente a mobilidade e a qualidade de vida”, afirmou o
cirurgião.
Fonte: Agência
Einstein/CNN Brasil
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